02 fevereiro, 2006

Para refletir...

A Maçã

Vejam uma história verídica que aconteceu na Universidade de Chicago (USA). Prove e veja:
Na Universidade de Chicago "Divinity School", em cada ano eles têm o que chamam de "Dia Batista".
Nesse dia cada um deve trazer um prato de comida e há um picnic no gramado.
Sempre, no "Dia Batista", a escola convida uma das grandes mentes da literatura no meio educacional teológico para dar uma palestra.
Num ano eles convidaram o Dr. Paul Tillich.
Dr. Tillich, falou durante 2 horas e meia provando que a ressurreição de Jesus era falsa.
Ele questionava estudiosos e livros e concluiu que, a partir do momento que não havia provas históricas da ressurreição, a tradição religiosa da igreja caía por terra, porque era baseada, num relacionamento com um Jesus que havia ressurgido, mas, de fato, ele nunca havia ressurgido literalmente dos mortos.
Quando concluiu sua teoria, ele perguntou se havia alguma pergunta.
Depois de uns 30 segundos, um senhor negro de cabelos brancos se levantou no fundo do auditório.
"Dr. Tillich, eu tenho uma pergunta" ele disse enquanto todos os olhos se voltavam para ele.
Ele colocou a mão na sua sacola, pegou uma maçã e começou a comer.
"Dr. Tillich... CRUNCH, MUNCH... Minha pergunta é uma questão muito simples... CRUNCH, MUNCH...
Eu nunca li tantos livros como o senhor leu...CRUNCH, MUNCH... E também não posso recitar as Escrituras no original grego... CRUNCH, MUNCH...
Eu não sei nada sobre Niebuhr e Heidegger... CRUNCH, MUNCH..."E ele acabou de comer a maçã".
Mas tudo o que eu gostaria de saber é: essa maçã que eu acabei de comer... Estava doce ou azeda?
"Dr. Tillich parou por um momento e respondeu com todo o estilo de um estudioso:
"Eu não tenho possibilidades de responder essa questão, pois eu não provei a sua maçã."
O senhor de cabelos brancos jogou o que restou da maçã dentro do saco de papel, olhou para o Dr. Tillich e disse calmamente:
"O senhor também nunca provou do meu Jesus. Como pode afirmar o que está dizendo?"
O auditório se ergueu em aplausos. Dr. Tillich agradeceu a platéia e rapidamente deixou o palco ".
Você já provou Jesus?"Prove e veja que o Senhor é bom. Feliz é o homem que, nele se refugia" (Salmo 34:8).


Comentário:

Você já reparou na maioria dos textos que circula na internet, de todos os
assuntos, religiosos, políticos, econômicos, o que na maioria tem em comum?

É uma característica de discurso da radicalidade, é o que aparece na
forma de massacre da idéia do outro. Geralmente, no início ou no fim, descreve a
personalidade das figuras do discurso, colocando toda a arrogância e os
estereótipos que se quer combater, o sujeito começa ganhando, vai até o 14 round
batendo, e depois, no último round, a redenção aparece para o lado mais fraco
(ou do que é mais conveniente a redenção).
Substituem textos originais por
outros que se moldam em suas perspectivas. O uso de situações RADICAIS como o
texto que você me enviou, nos sugere que o ser humano não digere bem os
extremos, pois é difícil de entender.

Quem nunca recebeu um e-mail de um
texto supostamente de um discurso de Bill Gattes numa universidade americana?
No fundo está outra mensagem: a figura de uma pessoa pública, odiada ou
respeitada, que, conforme a orientação ideológica do texto poderia servir para
ambos os lados: os que ‘odeiam’ Bill Gattes ou os que o ‘amam’.
Pelo que me
parece, o texto é apócrifo, e nunca seria dito por ele, não condiz com o perfil
dele. Ele não usa na vida diária de tanta arrogância, a insinuação é o que o
senso comum quer acreditar.

Ontem estava lendo uma das biografias de
Einstein, e logo de início, mostrou o descontentamento dele em relação a um
professor ‘X’, que usou parte de sua resposta para este mesmo professor ‘X’.
Einstein respondeu que as contas matemáticas feitas pelo professor estavam
certas, e ainda mencionou: “mas não que as idéias fossem a verdade”. Mas a frase
não foi publicada integralmente. Einstein que era um sujeito muito educado,
NUNCA desmentiu este professor PUBLICAMENTE, mas tomou outra decisão: nunca iria
mais recebê-lo (depois do uso indevido de suas palavras).

O que mais vejo na ciência e religião, é o uso indevido das palavras de um e do outro.
Isto é feito de modo sistemático, usando justamente o que os dois tem de
melhor e ao mesmo tempo, complementar, para anulação do outro.
Se um busca
nas somente nas idéias confortáveis do outro, as justificativas para a sua
própria existência, então os dois SÃO MUTUAMENTE COMPLEMENTARES e não o contrário. Qualquer tentativa de ‘desmascarar’ uma ou outra, quando não
for feita com escrúpulos e retidão, fará com que, AMBAS fiquem muito parecidas
com dois símbolos que lutam contra: a escuridão para com a ciência e as trevas
para com a religião.

"Conhecei a verdade e a verdade vos libertará."

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