28 abril, 2006

O teste


Leia o texto abaixo: (estas coisas só acontecem comigo!)

Enviei o e-mail abaixo para uma produtora de vídeo que fica perto do meu serviço, na esperança de ganhar uma camisa:

Enviei o primeiro e-mail com a figura de uma 'cara de cão' abaixo:





Bom dia,

Há alguns dias vejo algumas camisetas com as frases:

"In Dog We Trust" ou "Oh my Dog!"

Gostaria de adquirir uma das camisetas de vocês, caso esteja à venda. Obrigado.

P.S.

O Meu número é "Grande" ou número 3 em camisas de pano.

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Recebi este e-mail deles:

Prezado Haroldo,

Essas camisas são promocionais da empresa e não a venda.
Atualmente estamos sem em estoque, mas te prometo que assim que fizermos mais, te dou uma, ok?
Você é publicitário?
Você mora em BH?

Abraço,
Maurício


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Enviei o segundo e-mail:

To: 'mauricio@caradecao.com.br'
Sent: Friday, April 28, 2006 3:06 PM
Subject: FW: cara de cão

Boa tarde Maurício.

Obrigado por responder minha mensagem e agradeço a gentileza sobre a camiseta. Não vai dar para passar aí, pois eu moro aqui em Belo Horizonte.

A primeira vez que vi as frases com o trocadilho 'God' por 'Dog' foi na internet, em alguns blogs. Ontem à noite em um Shopping daqui eu vi uma pessoa com a frase: "Oh my Dog !" e resolvi conversar com ela e explicar o meu interesse. O nome dela é Ana, e trabalha aqui em BH na pós-produção.

Hoje na hora do almoço fui até o endereço daqui, na Raja Gabablia, 319. Uma subida e tanto daqui onde eu trabalho (CEMIG, uns 3 km de lá).

Chegando lá apertei a campainha . Lá da mesa da recepcionista ela já conseguia me ver. Ela perguntou: "Quem é?'. Eu disse: "Sou eu". Ela apertou o botão que abre o portão.

Fui lá para saber se tinham recebido o meu e-mail sobre a camiseta...

Ela me perguntou: "Veio para o teste?"

Eu quase que respondi que "sim" Quem sabe? Mas como eu não sabia qual era o teste, não quis me passar por "árvore para cachorro". Você sabe!

Contei-lhe sobre o desejo de ter uma camisa com a frase "In Dog We Trust". Mas acho que ela não acreditou na minha história esdrúxula!

Ela me perguntava: "Você é do meio?" Será que meio que ela se referia? Será que eu tenho cara de cão?

Ela disse que o rapaz das camisetas não estava, era para passar depois, sempre com aquele olhar: "Esse cara tá fazendo uma pegadinha comigo!"

Estava de saída e resolvi dar meia volta e dizer a ela que eu estava lá realmente era para o teste.

Ela teve um ataque!

Eu gostaria de saber se ela está bem e se recuperou...


(Ah, não esqueça a minha camiseta!)



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O último e-mail- recebido:

Haroldo,

Já dobramos de rir do seu e-mail por aqui...
Se o teste fosse para comediante você já estaria empregado!!
Eu também estou em BH, exatamente na Raja e pode deixar que eu te aviso quando fizermos a camiseta, ok?

Abraço,
Maurício Foresti

Gerir é Criar

27/4/2006

Nos últimos vinte anos, os princípios e o vocabulário de gestão se infiltraram em quase todas as esferas da atividade humana. Hoje em dia, nós não administramos apenas nossos negócios, mas também nossas vidas e nossos relacionamentos. No espaço de algumas décadas, a gestão se tornou uma referência para quase todas as áreas da atividade humana. Muitas pessoas, sem notar, são impregnadas pelas últimas modas nesse campo – que, a propósito, são abundantes. O tempo inteiro, somos encorajados a tratar nossos colegas, chefes e até mesmo membros da família como “clientes” ou “parceiros”, cujas necessidades precisam ser atendidas. Qualquer pretexto vale para demonstrar nossa “liderança”, “espírito de competitividade” e “habilidades empreendedoras”.

Os modelos de gestão, sejam eles aplicados no ambiente corporativo ou no dia-a-dia das pessoas, sucedem-se com uma velocidade impressionante.Isso acontece, especialmente, quando se trata de liderança – assunto muito em moda hoje em dia. Chegamos a um ponto em que é necessário recusar a sucessão interminável de modismos e resistir ao bombardeio de novos catequismos e noções pré-concebidas. Devemos, de uma vez por todas, destruir as amarras e abrir espaço para a originalidade e a criação.

Diversos modelos de gestão prometem produzir resultados num passe de mágica. Não espanta que muitos executivos se sintam atraídos por essas fantasias de auto-ajuda. Tampouco é de estranhar que os criadores desses modismos tenham lucro infindável com suas receitas encantadas. Mas a verdade é bem outra. Não se pode administrar e ter sucesso com um estalar de dedos. Gerir é uma tarefa difícil.

Isso acontece, antes de tudo, porque a administração empresarial não é uma ciência exata. Ao contrário da matemática e da biologia, por exemplo, a gestão carece de conceitos universais, que possam ser aplicados em qualquer ambiente. Tudo precisa ser colocado em seu devido contexto. Por isso, não existe uma única e milagrosa forma de gerir, nem um modelo infalível de organização e liderança. Portanto, não estaria exagerando quem dissesse: “Para o inferno com as teorias de gestão!” Devemos rejeitar todos os conceitos restritivos, que reduzem e simplificam a complexidades das organizações e os mistérios do comportamento humano.

A teoria jamais deve ser considerada mais importante que a experiência. Hoje, a profissão de gestor muitas vezes é ensinada por pessoas que nunca a praticaram. O que pensariam cirurgiões, dentistas, enfermeiras, advogados, cantores ou escritores de um professor que lhes quisesse instruir nos segredos do ofício, sem jamais ter feito uma cirurgia, extraído um dente, cuidado de um doente, apelado a um juiz, cantado em um palco ou publicado um livro?

As escolas de administração vêm estabelecendo novos patamares de ensino superior, contratando pesquisadores com treinamento científico e obtendo credibilidade cada vez maior nos círculos acadêmicos. Mas a qual preço desse triunfo? O próprio objeto de estudo dessas instituições se torna cada vez mais vago e distante – pois é impossível apresentar respostas definitivas para os grandes questionamentos da gestão. Para formar verdadeiros administradores, as escolas deveriam, antes de tudo, perguntar-se: afinal de contas, o que é gerir? Qual o lugar da “gestão profissional” em nossa sociedade? Em todos os domínios da atividade humana, inclusive na arte, o ato de criar é fundamental. Criar, diga-se de passagem, é agir. Antes de tudo, é necessário valorizar a ação e a criação – para só depois começarmos a pensar em teorias.

O desafio das escolas de administração é, precisamente, ensinar os futuros administradores a agir. E nós gerimos como nós somos. A administração é uma atividade humana e carrega todas as características dessa condição: suas qualidades e seus defeitos, seus talentos e suas lacunas, suas forças e suas fraquezas, suas habilidades e suas inaptidões. Para ser um bom gestor, portanto, é preciso desenvolver uma percepção justa e realista de você mesmo e dos outros. É preciso enterra o mito do líder ideal e das receitas infalíveis.

O gestor realista se cerca de pessoas competentes nas áreas que menos conhece – pois é aí que mais precisará de conselhos e sugestões.

É aceitar ser nós mesmos diante dos outros, significa que podemos causar desgostos a alguns e mesmo ser o alvo de sua agressividade, sem por isso tombar acabados.

Gerir como se é, é dar-se o direito de pensar diferentemente dos outros, é reconhecer o dever de consultar, escutar e admitir seus erros, de aprender alguma coisa, de recomeçar e de continuar.

Gerir como se é, é gerir seres humanos imperfeitos, como nós mesmos.

Gerir como se é, é também gerir com outras pessoas. A gestão é evidentemente uma profissão eminentemente social. Quanto mais o gestor é ele mesmo, mais ele se conhece, mais ele aceitará que os outros permaneçam eles mesmos enquanto concentram-se nas tarefas a serem executadas ou no serviço a ser prestado.

Gerir como se é, é provar sua autonomia, sua abertura de espírito com seus próprios princípios e os dos outros, com suas crenças e com as dos outros, é achar sua própria maneira de pensar, sua unicidade como dirigente, e, assim, gerir com seu próprio estilo.

Para serem verdadeiros criadores e líderes de opinião, os dirigentes devem deixar de lado modelos que não correspondem as suas realidades e ousar deixar livre a sua imaginação, sua inteligência e seu julgamento clarificador.

Um Método

Querer importar o modelo das ciências exatas para estudar e compreender as ações humanas é um erro grave, freqüentemente repetido nas “ciências humanas”. O ser humano que nós estudamos é uma entidade viva e pensante que age e muda. Ele pesquisa com os pesquisadores. Ele muda a medida que nós o estudamos. A subjetividade e a inter-subjetividade são partes integrantes do “real e do objetivo” no que concerne as pessoas. Para bem compreender, quando tratamos de gestão das organizações e da direção de pessoas, o projeto científico deveria então focar-se na descrição desta realidade, da maneira mais humilde, mais fiel e mais completa possível, tal como se dá em um dado momento.

A gestão é uma questão de contexto e de historicidade, como já foi dito. A história é feita mais por líderes e organizações do que por teóricos que observam e relatam nossos comportamentos e resultados. Para assumir uma direção, é indispensável uma compreensão da complexidade das pessoas e das organizações. Somente quando alguém tem uma melhor compreensão desta complexidade é que se pode simplificar, voltar à essência e conduzir um curso estável através de águas turbulentas e calmas. A gestão é uma prática que se conhece e se aprende na maioria das vezes por experiência, primeiramente dos outros, e posteriormente por nossas próprias experiências.

Trata-se de uma ação que é enriquecida através da reflexão, o que permite, através da ação e da reflexão, construir uma prática muito peculiar. O conhecimento técnico não substitui a experiência. Existe um conceito errôneo que o mesmo modelo ou o mesmo processo de gestão pode invariavelmente ser aplicado não só para todas as empresas norte americanas, mas também em todas aquelas das repúblicas da antiga União Soviética, da Europa, dos países da África ou da América Latina, do Haiti, etc. Será que podemos dizer que todas culturas nacionais e corporativas, que todas as pessoas e condições de vida são as mesmas em todos os lugares? Será que sabemos que o que era verdade para um país ou organização dez anos atrás é ainda verdade hoje em dia ou que será verdade daqui a dez anos? Claro que não.

No campo da pesquisa da gestão, o método de estudo de casos constitui uma abordagem empírica direta que serve como base parar a produção de documentos e ao avanço do conhecimento. São estes documentos que servem para apoio do processo aprendizagem da prática e de habilidades. O método de casos é baseado na abertura e na receptividade do contato direto das pessoas e de experiências concretas. A preponderância é dada à própria prática, ao estudo rigoroso do fenômeno, onde se examina, caso a caso, a inteligência das ações daqueles que foram bem sucedidos (ou que fracassaram), analisando aquilo que se passa na vida real, para extrair orientações, posições pessoais e novas sínteses que então podem ser colocadas a serviço de suas próprias práticas.

Na formação em gestão, a relação do tipo mestre-aprendiz, os estágios com os grandes especialistas e as classes com os mestres devem ser privilegiadas. O método de casos é um tipo de substituto da realidade do relacionamento entre mestre e aprendiz. Um estudo de caso deve colocar o aprendiz na posição de tomador de decisão e levá-lo a refletir sobre a situação de maneira que vá além das soluções prontas. Queremos especialmente falar de um método de caso que é baseado em narrativas práticas e que produz uma descrição profunda e documentada, uma narrativa que seja a mais fiel possível a realidades que nós queremos conhecer e que constituem o objeto da aprendizagem. Em todos os casos, trata-se de um método de aprendizagem indutivo no qual a pessoa que aprende desempenha o papel principal.

A Arte de Ser um Professor de Gestão

Nossas primeiras aprendizagens têm uma influência inegável sobre nossa maneira de ensinar. Um músico ou cantor necessariamente aprende sua arte através de um mestre. Ele poderá então muito mais facilmente que um dirigente, a quem se tem transmitido somente o conhecimento abstrato, favorecer certo tipo de formação e de aprendizado. Se nós temos a oportunidade de estar em uma relação do tipo mentor ou de estar em contato com mestres gestores, nós aprenderemos, por processo de osmose, sobre a própria aprendizagem, formando nós mesmos nosso próprio talento.

Nós poderíamos pensar que somente os grandes gestores são bons candidatos a se tornarem professores de gestão. Entretanto, a experiência tem mostrado que poucos dentre eles possuem competência ou desejo de se tornarem pesquisadores ou professores em seus campos de atuação.

Ser pedagogo demanda qualidades particulares, um longo trabalho de preparação e uma reciclagem contínua. Se gerirmos como somos, no campo da formação em gestão, ensinamos também como somos com todas as exigências e imperfeições que podem fazer parte deste processo.

De fato, poucos altos dirigentes se tornam bons professores, ainda mais se eles crêem que ensinar se limita a descrever sua experiência. Eles correm o risco de não terem material para mais do que poucas horas! Formar para a gestão não consiste – não deve consistir – em produzir clones daquilo que fomos. Ninguém nasce sendo um bom professor de gestão.

Mesmo que isto dê algum diferencial, como todos os talentos, o talento do mestre de gestão é algo que se desenvolve e se adquire em sua grande parte. O aspecto inato nada mais é que uma base. Como em qualquer profissão, algumas pessoas têm maior potencial do que outras, o que faz do processo de seleção muito mais decisivo.

Tornar-se professor supõe da parte do alto dirigente que ele se recicle verdadeiramente, que ele se informe sobre as diversas maneiras de exercer a gestão e que ele se prepare para se tornar um mestre autêntico, um guia, uma pessoa capaz de ajudar uma outra a encontrar seu próprio caminho, em outras palavras, fazer emergir seu próprio talento. Freqüentemente, ele faz isso com pessoas mais jovens e mais brilhantes que ele mesmo. Assim como os pais que não sofrem de inveja ficam orgulhosos de ver seus filhos não somente fazerem coisas diferentemente e melhor que eles, mas até mesmo superá-los. Que orgulho para um professor ver seus jovens fazerem melhor que as gerações que os precederam!

O mestre também ensina com seus conhecimentos, certamente, mas também com suas qualidades e suas imperfeições, suas forças e fraquezas. O que ele é e o que faz é mais importante do que ele diz. Quando nós realmente acreditamos na força e valor de uma abordagem pedagógica indutiva, mesmo que nós reconheçamos esses limites, nós somos capazes de colocar nossa fé na inteligência da pessoa que aprende, não só em relação a uma aprendizagem específica, mas também em relação a aprender a aprender. O objetivo é dar autonomia a pessoa que queira aprender e aguçar seu julgamento.

É possível ser um bom pedagogo sem ter jamais antes exercido a profissão de gestor! Entretanto, o professor que não tem experiência própria de gestão e não a conhece pela prática deve ter a humildade e a sabedoria de buscar ainda mais a experiência daqueles que a vivenciaram, que têm a inteligência e conhecem o sucesso. Ele deve igualmente aceitar aprender com seus estudantes que podem ter ricas experiências de gestão, e usar abordagens pedagógicas, tais como o método de estudos de casos, que o permite compensar sua falta de experiência e refletir com seus estudantes sobre a prática de outros.

Ensinar a gestão é profundamente desafiador, provocando sentimentos de insegurança porque requer resistir ao ímpeto natural e legítimo do professor de ensinar. Sobretudo resistir a propensão a professorar que foi internalizada desde o começo de nossa educação que nós tradicionalmente recebemos. Formar desta maneira é renunciar ao desejo de impressionar como professor.

Repensando a formação em gestão

Os números, as estatísticas, o uso da linguagem matemática e dos métodos quantitativos são necessários e indispensáveis para uma boa gestão e a concepção de soluções eficazes. Estes aspectos são muito importantes e constituem mais facilmente os objetos da formação. Mas será sempre necessário voltar a essência da gestão: uma práxis, uma filosofia da ação e da criação encarnadas no bom senso. Ai reside o aspecto mais determinante do fato de gerir: fixar metas e objetivos, desenvolver e, usando seu julgamento, assumir a direção de pessoas.

Então, é importante ter em mente que uma organização pode ter um bom produto ou oferecer um serviço de qualidade ao mesmo tempo em que se tem uma gestão artesanal ou que esteja fora das normas reconhecidas, das regras tradicionais da exatidão, dos processos normativos e das teorias populares. A gestão pode parecer deficiente (aos olhos dos especialistas) e, apesar disso, a organização conhecer bastante sucesso. Igualmente, um dirigente pode não ter nenhuma formação superior em gestão e ser exitoso na condução de uma organização. Por outro lado, podemos dificilmente afirmar que o uso de um processo de gestão em moda ou reconhecido, ou que o fato de ser detentor de um diploma outorgado por uma escola de gestão prestigiosa, seja garantia de sucesso...

Isto não significa evidentemente que deveríamos questionar a existência das escolas de gestão. Pelo contrário, uma vez que ela está em contato com a comunidade de negócios, com o mundo da ação, em todos os domínios, a escola de gestão pode oferecer aos que a freqüentam documentar práticas, formar uma rede de conhecimentos, ganhar tempo, desenvolver espírito crítico, formar ou aguçar seu julgamento, aprender a convencer e descobrir seus próprios talentos. Fica por conta do próprio pessoal da universidade (diretores, professores, pesquisadores) permanecer vigilante e de evitar qualquer desvio que venha a romper estas ligações necessárias. Eles têm a responsabilidade de proteger a razão de ser fundamental da sua instituição. A mensagem atualmente transmitida, direta ou indiretamente, para jovens professores formados nos programas de doutorado em gestão é que eles devem produzir um tipo de pesquisa que seja direcionada puramente aos seus colegas professores. Para avançarem em suas carreiras, eles devem publicar em revistas acadêmicas, aquelas que são classificadas em função do número de vezes que os artigos ali publicados são citados por outros pesquisadores. As acreditações internacionais que pesquisam as escolas de gestão impulsionam ainda mais para uma padronização da pesquisa e dos programas de formação.

Escondidos em suas torres de marfim, falando somente com seus semelhantes, professores pesquisadores podem chegar a não ter mais conta daquilo que fazem as pessoas que dirigem verdadeiramente as organizações no mundo real, lhes olhando de cima com seus modelos teóricos e normativos, e pior ainda, lhes menosprezando. Não será surpresa então ver as escolas de gestão isolarem-se do mundo da ação e caírem em uma crise de legitimidade.

Rejeitando os modismos em gestão

A gestão, como a educação e a criação, não é sempre emocionante. Ela contém inevitavelmente sua porção de aspectos, mecânicos, repetitivos, técnicos, rotineiros e monótonos. Mas em sua componente mais crucial, a gestão é necessariamente criação. Ela repousa sobre a imaginação, sobre a inteligência do que deve ser feito para produzir os resultados em equipe. As empresas que tentam mudar a cultura organizacional para “adotar” uma mais a moda, baseada ou fabricada a partir de modelos prontos ou de receitas mágicas, mesmo com a melhor boa vontade das direções de recursos humanos, se arriscam a conhecer um sucesso relativo e breve.

A inteligência própria das ações precisará, sempre e ainda, ser descoberta, descrita e difundida tanto pelos praticantes e aprendizes de gestor, bem como por todos aqueles que aspiram lhe ensinar. Em gestão, devemos sempre estar vigilantes para oportunizar um espaço maior para o bom senso, para o julgamento e para a criação! Os teóricos devem permanecer a escuta e observar a experiência prática da gestão se desejam que suas reflexões sejam pertinentes e levadas a sério. As escolas de gestão devem assumir com urgência um verdadeiro papel de liderança neste sentido e formar para a liberdade de pensar, de criar e de gerir.

Tradução para o português: Cláudia Tondo e Carlos Klein.

Autor: Laurent Lapierre
Email do Autor: n.d.

Fonte: Revista Amanhã

fonte na internet:
http://www.revistadigital.com.br/tendencias.asp?CodMateria=3163

DAC investiga causa de queda de helicóptero na Lapa

Globo Online

SÃO PAULO - Ainda não se sabe a causa da queda do helicóptero que caiu nesta quinta-feira na Rua do Curtume, na Lapa, matando o piloto e dois funcionários da Eletropaulo. A aeronave estava sobrevoando a área para inspecionar a fiação da rede elétrica e voava a baixa altitude. Começou a perder altura e bateu contra fios de alta tensão e o telhado de uma empresa. Um pedaço da cauda da aeronave ficou pendurado numa árvore e enroscado em fios da rede elétrica.

A investigação é feita pelo Departamento de Aviação Civil (DAC). O motor da aeronave, modelo Jet Ranger, prefixo PTH-OQ, só foi retirado do local do acidente no início da noite e passará por perícia.

Segundo a Eletropaulo, o trabalho é rotineiro, mas exige cuidados por causa do risco. A aeronave voa a apenas 30 metros do solo e a 15 metros da rede elétrica, o que precisa de uma autorização especial do Departamento de Aviação Civil.

Morreram o piloto Átila Limp da Costa Mafrae e José Oliveira de Souza e Marcelo Silva, funcionários da empresa desde 1997.

Anualmente, a Eletropaulo gasta 150 horas de vôo com essa inspeção. Os 1.700 quilômetros de linha da empresa são percorridos três vezes ao ano. São 75 vôos anuais, com uma média de 2 horas de vôo em cada dia.

Segundo a Eletropaulo, os trabalhadores costumam levar na vistoria um equipamento chamado termovisão, que verifica o aumento de temperatura da rede elétrica. Também é feita uma inspeção visual com um binóculo para verificar a estrutura física da rede.

O vice-presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Adalberto Febeliano, disse que a inspeção em linhas de alta tensão é um serviço que só pode ser feito de helicóptero. Ele confirmou que a aeronave precisa voar baixo e muito devagar, o que torna o trabalho delicado e de risco.

- Não é a mesma coisa que pegar um helicóptero e viajar para outra cidade. A operação é de risco e precisa de normas específicas - disse Febeliano.



Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/sp/plantao/2006/04/28/246990822.asp

Comentário:

O uso de helicópteros pela Eletropaulo deve ser para garantir a rapidez de acesso aos pontos de inspeção, já que isto é um trabalho que exige uma seqüência para ser feita, mas não é imprencendível que se faça de helicóptero, pelo menos em áreas urbanas e em linha de distribuição, as que alimentam os transformadores das nossas ruas que por sua vez fornecem energia para nossas casas.

Na CEMIG onde eu trabalho, este serviço é feito por um carro que tem um teto solar, e o mesmo é todo sinalizado, com bandeiras e luzes para os motoristas ficarem sobre alerta, pois a velocidade dele é baixa, somente em linhas de transmissão este serviço é feito com helicóptero pela CEMIG. Quem é líder em qualidade sabe o que faz, e com segurança!

27 abril, 2006

Vende-se imagens exclusivas de um assassinato

http://dicascontraviolencia.blogspot.com/2006/04/com-celular-aluno-filma-agresso-em.html


Deixe aqui sua proposta.

Leia coluna de Miriam Leitão sobre o drama da Varig

Globo Online
Bom Dia Brasil

O drama da Varig, que se arrasta há tanto tempo, não tem fim possível. Todas as vezes em que se tentou chegar a alguma solução, a própria Varig impediu que a solução fosse encontrada.

A Fundação Rubem Berta sair da companhia. Este é o ponto onde se bate a cada vez que se tenta resolver o problema da Varig. E ela sem nada no bolso. A fundação sempre sabotou todas as propostas de solução.

No final do governo passado, os economistas Clovis Carvalho, José Roberto Mendonça de Barros e Arnin Lore tentaram uma solução. Naquela época a empresa era mais viável. Hoje, o buraco aumentou muito.

E por que é preciso afastar os atuais controladores e sem nada no bolso? Primeiro, porque eles são donos de uma dívida. O patrimônio líquido negativo da empresa é de R$ 6 bilhões. Segundo, porque foram eles que cavaram o buraco da empresa, por má gestão.

A Varig tem quatro níveis de poder acima da diretoria. Uma confusão que nenhuma outra empresa tem. As empresas ficaram mais simples nos últimos anos. O mais alto desses níveis da Varig tem 180 pessoas, é o colégio deliberante.

Os casos de desperdício na companhia sempre foram absurdos e antigos. Um exemplo: só com caviar, a empresa gastava US$ 6 milhões por ano. Ela tem nove classes de avião, e cada piloto só voa em um tipo.

Quando um avião deixa de fazer uma linha, os pilotos ficam recebendo sem trabalhar. Só no caso do jet class, que parou de voar para Brasília, 150 pilotos ficaram dois anos sem trabalhar e nem eram demitidos.

Há várias extravagâncias que o controlador nunca deixou eliminar. A dívida que o governo tem com a Varig ainda está sendo discutida na Justiça. Mesmo se fosse paga, não cobriria nem a dívida com o próprio governo.

Este é um momento perigoso, em que podem aparecer aventureiros. É preciso que a proposta seja realmente viável, e não uma forma de um aventureiro chegar e pegar uma empresa quebrada e descolar um dinheiro no BNDES. Tem que tomar cuidado com isso.

Nas vezes em que a Varig foi analisada, a empresa se mostrava viável porque ela tem um patrimônio incrível. É a única empresa brasileira que foi fundadora da International Air Carrier Association (IACA, ou Associação Internacional de Transportes Aéreos), que tem conhecimento de operação nos grandes portos do mundo.

A Varig tem um centro de treinamento de pessoal que é realmente extraordinário, de classe mundial. O simulador que tem no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, recebe gente do mundo inteiro para treinamento. Enfim, é uma boa empresa, mas que errou demais e cavou um buraco grande demais.

Miriam Leitão

Fonte:

http://oglobo.globo.com/online/economia/mat/2006/04/27/246971599.asp

26 abril, 2006

TCE julga irregular contratos da Nossa Caixa na gestão Alckmin

João Carlos Moreira - Diário de S.Paulo
Tatiana Farah - O Globo

SÃO PAULO - O Tribunal de Contas do Estado (TCE) julgou irregular as contas de publicidade da Nossa Caixa de março de 2002 a setembro de 2005, durante o governo de Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência da República. A 1ª Câmara do TCE refutou as afirmações do presidente do banco, Carlos Eduardo Monteiro, de que as irregularidades da estatal, que gastou cerca de R$ 45 milhões durante 22 meses sem realizar contrato nem licitação de propaganda, são um "erro formal" da instituição.

A decisão do TCE foi anunciada nesta terça-feira, enquanto Monteiro era sabatinado na Comissão de Finanças da Assembléia Legislativa. A coincidência deu munição à oposição. Segundo o parecer do TCE, "é intolerável que o banco busque conceder a si mesmo o direito de estabelecer relações contratuais amparadas em pactos verbais".

Relator do processo no TCE, o conselheiro Eduardo Bittencourt Carvalho argumentou que o banco cometeu "grave ofensa contra a Constituição Federal". Seu voto foi acompanhado pelos outros dois conselheiros que compõem a câmara. A condenação do TCE vai além do período em que a Nossa Caixa gastou os recursos sem contrato, de setembro de 2003 a julho de 2005. Os próprios contratos firmados com as agências Colucci e Full Jazz, em 2002, foram julgados irregulares. Segundo Carvalho, o contrato de R$ 12 milhões com a Colucci foi complementado em 30,8%, elevando o valor para R$ 15,7 milhões. O limite legal é de 25%. A Full Jazz recebia honorários acima dos valores contratuais.

A Nossa Caixa pode recorrer ao plenário do TCE. Representantes da Full Jazz disseram que a empresa só vai se manifestar após tomar ciência da decisão.

Fonte:

http://oglobo.globo.com/online/pais/plantao/2006/04/26/246957632.asp

25 abril, 2006

Hermano Vianna, antropólogo: ‘A rua é a internet’

Bruno Porto


As mudanças recentes causadas pela popularização da internet deixaram a indústria cultural desorientada. Quem afirma é o antropólogo Hermano Vianna, um dos criadores do Overmundo <www.overmundo.com.br> — site recém-inaugurado que divulga a produção artística de regiões do país ignoradas pelo eixo Rio-São Paulo — e do programa de TV “Central da periferia”, da Rede Globo. Ele confirma que um dos setores mais afetados foi o fonográfico: “A indústria do disco quase acabou”, diz.



O GLOBO: Bandas que vendem milhares de CDs graças à internet, filmes que viram objeto de culto por causa de sites, blogs que revelam talentos literários... É uma revolução ou algo passageiro?



HERMANO VIANNA: É uma grande mudança. Talvez não cause o desaparecimento brusco do modelo anterior, que está tentando se adaptar à nova situação, muitas vezes combatendo as novidades com processos. Mas gerou outro campo de possibilidades para novos artistas produzirem e distribuírem seus trabalhos. Distribuição que hoje pode ter rápido alcance global, sem passar pelos meios de comunicação de massa antigos. A indústria cultural tradicional só consegue manter nos seus quadros um número reduzido de criadores se comparado à quantidade cada vez maior de gente fazendo arte. Veja a indústria fonográfica no Brasil: as grandes gravadoras têm quantos artistas contratados? Cento e poucos. Quanta gente faz música no Brasil? Milhares. Como os sem-gravadora serão escutados? Agora é muito mais fácil botar o bloco na rua. E a rua é a internet.



Essas mudanças são fruto de avanços tecnológicos, da decadência da indústria cultural ou de ambos?



HERMANO: As causas são muitas, mas os avanços tecnológicos foram fundamentais. Principalmente para as mudanças relacionadas à produção e à divulgação. Para a produção porque hoje todo computador pode se transformar num estúdio de gravação de sons e edição de vídeo. E para a divulgação porque todo micro conectado à internet pode exibir vídeos para o mundo. A indústria cultural passou a ter dificuldade para filtrar a quantidade cada vez maior de produção artística, e seu modo de produção não parece ter agilidade para acompanhar a cada vez mais veloz mudança de gostos e o aparecimento de tendências. O caso dos mercados de tecnobrega e funk carioca é exemplar: dependem cada vez menos do lançamento de CDs, pois os artistas colocam semanalmente sucessos nos bailes.



Os governos federal, estadual e municipal têm prestado atenção nessa mudança?



HERMANO: É uma situação muito nova para todos. O governo federal brasileiro é um dos mais avançados nos debates sobre software livre ou novos pensamentos acerca do direito autoral. São Paulo tem uma rede bacana de telecentros, tornando computadores e internet acessíveis nas periferias. É uma questão chave para o desenvolvimento de todo país: democratizar o acesso às ferramentas digitais. O povo brasileiro dá sinais claros de que tem talento para a produção cultural colaborativa na internet. O sucesso do Orkut é prova disso.



Que indústria está mais desorientada em relação a essas mudanças todas, a fonográfica ou a do cinema?



HERMANO: Toda a indústria de produção de conteúdo. A indústria de livros também não sabe qual será seu futuro. As novidades surgem todo dia. Há três anos, ninguém poderia prever o sucesso dos iPods. Hoje parece que o mundo sempre teve iPods e celulares que tiram e enviam fotos.



Você acredita que os CDs estão com os dias contados?



HERMANO: O CD já é passado. Talvez ninguém no futuro precise downloadar nada. As músicas e filmes e textos vão estar facilmente disponíveis via sistemas de transmissão sem fio em qualquer lugar. E talvez ninguém se interesse mais por música como conhecemos hoje, e sim por jogos sonoros, onde todos participarão de remixagens eternas do que até hoje já foi produzido. Sonho? Veremos.



A maioria dos músicos brasileiros não assume publicamente uma postura em relação a temas como copyright, samples etc. Por quê?



HERMANO: Muitos nem sabem o que está acontecendo... Mas muitos já sabem: como o próprio ministro da Cultura Gilberto Gil. Ele é um dos principais defensores do Creative Commons ( movimento que oferece alternativas ao modelo atual de direitos autorais) no mundo. Tanto que a reunião anual do Creative Commons vai ser realizada no Rio em junho.

Que lições bandas como Mombojó e Arctic Monkeys têm a oferecer?



HERMANO: A principal: oferecer músicas de graça na internet não tira dinheiro de ninguém. Pode acontecer o contrário: o dinheiro aparece justamente porque as músicas estavam ali de graça.



Você acha que qualquer pessoa pode aprender a explorar tudo oferecido pela internet ou concorda com quem diz que a rede pertence aos jovens?



HERMANO: Qualquer pessoa pode se dar bem com a internet. É claro que os mais jovens conseguem se familiarizar mais rapidamente. Algumas crianças já têm dificuldade de imaginar um mundo sem o MSN. O que elas vão fazer com esse acesso rápido a tanta informação? Ninguém sabe. São crianças com uma capacidade de atenção para muita coisa ao mesmo tempo e com uma mentalidade copiar-e-colar de tudo. É ruim ou bom? São novas vantagens e novos problemas. São seres diferentes, que podem pensar de maneira diferente.



Com a internet, surgiram várias profecias. O fim do jornal impresso, a queda do custo dos micros...Que profecia você acha que se concretizou?



HERMANO: Jornais e livros não acabaram. Ainda? Mas a indústria do disco quase acabou.



Como você vê a influência crescente dos blogs? Nos EUA, blogs políticos foram peças importantes na última eleição.



HERMANO: Os blogs brasileiros já têm grande importância. São cada vez mais citados pela grande imprensa.



Existem portais como o Overmundo no exterior?



HERMANO: Muitos. Quem quiser saber das nossas inspirações pode dar uma olhada na nossa página de créditos <www.overmundo.com.br/estaticas/creditos.php>. A grande diferença, além de algumas ferramentas, é o conteúdo. O Overmundo existe para ser um canal de divulgação/disponibilização da diversidade das culturas do Brasil. Antes era bem difícil saber o que estava acontecendo no rock do Amapá, na literatura do Mato Grosso, ou na arte de rua do Rio Grande do Sul. Tudo isso estava espalhado pela internet. Agora está tudo junto no Overmundo: você pode se informar sobre essas coisas ou informar todo mundo sobre essas coisas.



Como seria o Brasil se todos os jovens tivessem acesso fácil ao ciberespaço?



HERMANO: A internet não é uma solução para os problemas. Ela facilita o acesso às informações e à comunicação entre todos os seres humanos. Para usar bem essas facilidades, é preciso boa educação. A escola tem essa nova função: ensinar todo mundo a tirar o melhor proveito da internet.

Fonte:

Internet muda a industria cultural

Jornal O Globo - Uma revolução nada virtual



Bruno Porto


A popularização da internet vem levantando uma série de questões. O CD vai acabar? E os jornais impressos? O teatro tem futuro num mundo dominado pela tecnologia? Ainda não se sabe. Uma coisa, no entanto, é certa: a internet está transformando a indústria cultural. Para o bem ou para o mal? A julgar por acontecimentos recentes, para o bem. As bandas estão descobrindo que podem fazer sucesso sem assinar contrato com uma grande gravadora. Os ingleses do Arctic Monkeys sabem disso melhor que ninguém. Seu primeiro CD, o irresistível “Whatever people say I am, that’s what I am not”, que acaba de sair aqui, tornou-se o disco debutante mais vendido da história do Reino Unido graças à fama conquistada na internet. O download de música é tão intenso que este mês passou a contar nas paradas dos singles mais vendidos na Inglaterra.



As mudanças não são só no mundo da música. Filmes fazem sucesso antes mesmo de estrear graças a internautas cinéfilos, blogs revelam escritores, sites colocam na rede vídeos caseiros que podem ser assistidos por milhões de pessoas... Como se vê, essa revolução não tem nada de virtual.

Fonte:

http://oglobo.globo.com/jornal/Suplementos/Megazine/246932004.asp



Face of Pig

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Ladrão devolve bebê e 'revive drama do Oscar'

Cena de 'Tsotsi', que venceu Oscar de melhor filme estrangeiro


Um ladrão na África do Sul devolveu o bebê que encontrou dentro de um carro que havia roubado.
A ação dele foi semelhante à do personagem principal do filme sul-africano Tsotsi, que venceu o Oscar de melhor filme estrangeiro de 2005.


O drama trata de um jovem ladrão que se vê às voltas com um bebê, após haver roubado um carro.

Segundo a polícia sul-africana, o incidente reproduziu "quase que inteiramente o filme Tsotsi".

'Bom coração'

"Creio que este filme está tendo um importante papel entre os ladrões daqui. Talvez esteja contribuindo para que eles tenham um bom coração", afirmou o inspetor Paul Ramaloko, da polícia sul-africana.

O roubo ocorreu na cidade de Pretória, quando uma mulher, identificada como Olga Botha, parou seu carro próximo ao local onde morava, para abrir o portão de casa.

O ladrão se apossou de seu carro e levou sua bolsa, contendo seu telefone celular, e seu bebê.

"A polícia discou o número do celular e ele atendeu e disse que estava aguardando a chamada", disse o inspetor Ramaloko.

"Ele afirmou que não queria nem o bebê nem a bolsa, apenas o carro."

O ladrão, em seguida, contou à polícia que iria deixar o bebê em um colégio primário.

Os pais da criança foram mais tarde ao local, onde a encontraram, dormindo em uma sala de aula.

A família Botha disse que o criminoso se mostrou "um ladrão com coração".

Notas da Unicamp desfazem mito

RIO - Enquanto as universidades federais aguardam a decisão sobre o projeto que prevê a utilização do sistema de cotas no vestibular, a comissão do concurso da Unicamp colhe os primeiros resultados do Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (Paais), cujo objetivo é a inclusão, sem reserva de vagas. De acordo com levantamento feito pela universidade, em 30 dos 56 cursos da Unicamp, o desempenho dos estudantes do Paais, no primeiro semestre de 2005, foi melhor do que o dos demais alunos (ficou 5% acima, em média). Entre os cursos com este resultado estão medicina, odontologia, física noturno, engenharia agrícola, tecnologia em construção civil, estatística e música (composição).

Aprovado em 2004 pelo Conselho Universitário, o programa foi iniciado no concurso 2005. No Paais, os estudantes que comprovarem ter estudado todo o ensino médio na rede pública ganham 30 pontos a mais na nota final da segunda fase. Candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, que cursaram o ensino médio na rede pública, também podem ter, além dos 30 pontos, mais dez pontos na nota final.

- Esta é uma ação que leva em consideração o mérito do aluno. Numa prova em que a média é 500 pontos, ganhar 30, 40 pontos não é exagero. O objetivo é dar chance a quem tem menos poder aquisitivo - diz Maurício Kleinke, coordenador de pesquisa da Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest).

O coordenador-executivo da Comvest, professor Leandro Tessler, explica os méritos da pesquisa sobre os rendimentos nos cursos:

- Estamos atacando um mito, pois é comum ouvirmos que o acesso de estudantes de escola pública levaria a uma diminuição na qualidade de ensino nas universidades públicas e, até mesmo, que estes alunos não teriam bom desempenho durante o ano letivo. O que estamos divulgando é justamente o contrário.

Em 2005, dos 2.829 alunos ingressantes na universidade, 931 utilizaram o Paais e 1.898 não optaram pelo sistema.

O programa aumentou o número de ex-alunos de escolas públicas matriculados na Unicamp. Em midialogia, por exemplo, um curso bastante disputado na área de comunicação, o percentual de egressos da rede pública matriculados em 2004 foi 6%; em 2005, 10% e, em 2006, 33%. Em medicina, o percentual de egressos da rede pública matriculados foi 9%, em 2004. Em 2005 chegou a 31% e, em 2006, caiu para 17%.

- Em 2005 havia uma demanda reprimida na medicina e muitos aproveitaram a novidade do programa - diz Maurício.

Em 2006, o total de alunos oriundos de escolas públicas aprovados na Unicamp foi 31,96%, percentual maior do que o de estudantes da rede inscritos no concurso, 31,31%.

As inscrições para o vestibular da Unicamp serão pela internet, de 28 de agosto a 6 de outubro. Mais informações no site http://oglobo.globo.com/online/educacao/plantao/2006/04/25/246945646.asp

Intérprete de Magneto, Ian McKellen queria cenas de sexo gay em 'X-Men 3'

Ian McKellen (Magneto) com Famke Janssen (Jean Grey, Fênix)/ Divulgação
Globo Online

RIO - Homossexual assumido desde 1988, Ian McKellen declarou que adoraria ver seu personagem de "X-Men 3: O confronto final" saindo do armário. Para o ator inglês, Magneto poderia ter cenas de sexo com seu principal inimigo, o Professor X.

Ian McKellen, também astro de "O senhor dos anéis" no papel do mago Gandalf, assumiu publicamente a sua homossexualidade durante um programa da rádio BBC, que discutia uma política de discriminação aos gays proposta por Margaret Thatcher. Ele tinha 49 anos na época e desde então é um forte ativista gay no meio cinematográfico, chegando a andar de mãos dadas com namorados em entregas de prêmios.

O ator, cuja contribuição à arte dramática foi reconhecida com uma nomeação da rainha da Inglaterra, disse à revista britânica "Empire":

"Magneto não tem história de amor, o que eu acho uma pena. Seria maravilhoso que a câmera passasse pela cama do mutante e, de repente, aparecesse ele fazendo amor com o Professor X.", disse o ator já escalado para viver novamente o personagem no filme "Magneto" (programado para 2008).

McKellen admitiu que truques de câmera ajudaram na aparência musculosa de Magneto.

"Também adoraria vê-lo numa academia de ginástica, porque nas histórias em quadrinhos ele tem um corpo muito bem trabalhado. Eu sou a versão longelínea de Magneto, mas é claro que as mudanças no meu corpo têm um realismo fantástico".

"X-Men 3" estréia dia 26 de maio no mundo todo e é estrelado novamente por Hugh Jackman, como Wolverine, e Patrick Stewart, no papel do Professor X.

Na nova aventura, os x-men enfrentam a própria evolução na forma de sua ex-integrante, Jean Grey, agora possuída pela força cósmica da Fênix Negra. Jean se tornou um perigo para ela mesma, para os mutantes e para todo o planeta. Para combater esta ameaça é inventada uma cura para os mutantes. Se isso não bastasse, os x-men ainda têm que lidar com Magneto, Mística, Fanático e outros mutantes da Irmandade.

Fonte:

http://oglobo.globo.com/online/cultura/plantao/2006/04/24/246932804.asp

Nível educacional de presos surpreende



Detentos do Estado de São Paulo lêem e escrevem melhor que a média da população brasileira. Confira a pesquisa do Ibope

SÃO PAULO - Resultados do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) nos presídios paulistas mostram que presos lêem e escrevem melhor que a média da população brasileira. A pesquisa inédita envolveu 800 entrevistados em 32 presídios e foi realizada pelo Instituto Paulo Montenegro, braço social do Ibope, e pelo Ibope Opinião. As habilidades de leitura e escrita dos presidiários foram comparadas ao desempenho de brasileiros entre 15 e 64 anos de idade.


A iniciativa do estudo partiu da Fundação Manoel Pedro Pimentel de Amparo ao Preso (Funap), com a intenção de reunir informações detalhadas para aprimorar os programas de escolarização formal e formação geral nos presídios, contribuindo para a ressocialização e empregabilidade dos presos. Para a Funap, o objetivo final é a remição da pena pela educação, a exemplo do que acontece hoje pelo trabalho - a cada três dias trabalhados, é diminuído um dia de pena para o preso.

Atualmente, de um universo de 123 mil presos nos presídios paulistas, cerca de 18 mil estudam.

- Nosso objetivo é que seja aprovada uma política pública que formalize a remição pela educação. Assim, teremos concretamente um incentivo para que os reeducandos ingressem em nossas escolas - disse o presidente da Funap, Iberê Baena Duarte.

Os resultados completos da pesquisa que mede o nível de alfabetização funcional da população carcerária do Estado de São Paulo serão divulgados na próxima quinta-feira, na Secretaria de Administração Penitenciária.

Fonte:

http://oglobo.globo.com/online/educacao/plantao/2006/04/24/246939401.asp

Comentário:

L'histoire véridique, l'histoire vraie, l'histoire définitive, [...]tiendra
moins compte des grands coups de sabre que des grands coups d'idée. (...) (Vitor Hugo)

A história verídica, a verdadeira história, a história definitiva, dará menos importância aos grandes golpes da espada do que aos grandes lances das idéias. (Vitor Hugo)

Quando eu era adolescente, me lembro como era comum dizer a alguém que contava uma história muito descabida que fosse "contar mentira para os presos". Mas esta frase já ficou caduca! Depois que os presos começaram a planejar seqüestros de dentro de prisões de "segurança máxima", e as vítimas, cidadãoes abastados, políticos, empresários, a justiça começou a tentar impedir que os presos ficassem tão bem informados e com acesso a telefones celulares! Mas ainda é insignificante as medidas para evitar tais ações de dentro dos presídios. A verdade e a educação libertam!


Père Victor HugoSerá que eles ainda não leram o clássico "O Conde de Monte Cristo", de Alexandre Dumas? Ou "Os Miseráveis" de Père Victor Hugo?

A diferença de saber através de pesquisas e saber através da experiência em ir aos sistemas prisonais do mundo inteiro: temos vários Jeans Valjean e Edmond Dantes em nossos prisões e outras centenas de facínoras soltos, pois não é mais um absurdo, ficção, ou uma teoria conspiratória dizer que o sistema judiciário NÃO funciona mais.

Saiba mais sobre Vitor Hugo:

http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/victorhugo.htm

Saiba mais sobre Alexandre Dumas:


Biblioteca on-line Projecto Gutemberg (Obras de Alexandre Dumas em língua inglesa)
Les meilleures citations de Alexandre Dumas

Online Literature Library - Alexandre Dumas (Obras de Alexandre Dumas em Inglês)
Le roman d'aventures
Le site web Alexandre Dumas


Société des Amis d'Alexandre Dumas

Um site completo sobre Alexandre Dumas. Livros, revistas, espectáculos consagrados ao autor, filmografia, obras.

Farra das doações fraudulentas

Garotinho: duas empresas doadoras são do mesmo sócio

Das quatro firmas que deram R$ 650 mil à pré-campanha, duas também têm em comum o capital social


Garotinho: É nestas horas que ele tem certeza da separação entre a igreja e o estado! Ele usa o melhor da lei em benefício próprio.





Há mais semelhanças entre duas das quatro empresas que fizeram doações para a pré-campanha do ex-governador Anthony Garotinho no PMDB do que os endereços, os ramos de atuação (consultoria em informática) e o fato de não prestarem serviço ou não funcionarem nos locais declarados ao partido ou à Receita. A Inconsul e a Emprin, que doaram juntas R$ 300 mil, têm um sócio em comum, foram constituídas com o mesmo capital social (R$ 10 mil) e surgiram no mesmo mês e ano (junho de 2004). De acordo com dados da Junta Comercial do Rio de Janeiro, Estefano Bezerra da Silva, morador do Lins de Vasconcelos, no Rio, é sócio das duas empresas.



O empresário não foi localizado ontem. Na Inconsul Informática e Consultoria, Estefano aparece como sócio de Marcos André Coutinho. Cada um entrou com R$ 5 mil para construir a empresa, no dia 4 de junho de 2004. Na Emprin Empresas de Projetos de Informática, aberta no dia 22 de junho, Estefano é sócio de Nildo Jorge Nogueira Raja. Cada um aplicou R$ 5 mil na empresa.



PMDB: empresas cumprem lei



Segundo reportagem do GLOBO publicada no domingo, a Inconsul não funciona no endereço fornecido pelo PMDB — no quinto andar de um prédio de quatro andares no Centro de Rio Bonito. O partido ontem, em nota, afirmou que o jornal informou “equivocadamente” o endereço da sede fiscal da empresa, em Rio Bonito. De acordo com a nota, a empresa funcionaria no segundo andar, “onde cumpre rigorosamente a legislação vigente”. A empresa, porém, não foi encontrada em qualquer uma das salas no prédio citado pelo partido.



No endereço da Emprin, também no Centro de Rio Bonito, a informação era de que a empresa estaria funcionando numa sala no andar de cima. O local, no entanto, estava fechado. De acordo com a nota do PMDB, as empresas “cumprem rigorosamente a legislação em vigor e satisfazem todos os requisitos permitidos pela lei. Ou seja, mantêm sedes fiscais no município de Rio Bonito e funcionam em todo o Estado do Rio de Janeiro, e particularmente na capital, pois recebem os benefícios de redução do ISS — Imposto sobre Serviços — dados pela prefeitura daquela cidade”. A alíquota de ISS de Rio Bonito é de 1%, uma das mais baixas do estado. Segundo a Receita Federal, a Emprin e a Inconsul funcionam no endereço de um escritório de contabilidade.



As informações da Junta Comercial mostram que a composição de outra empresa doadora, a Virtual Line, teria sido alterada em 5 de abril deste ano. Foi quanto teria entrado na firma o empresário Luiz Antonio Motta Roncoli, que, em entrevista ao GLOBO, confirmou ter doado R$ 50 mil ao PMDB. A doação, no entanto, foi feita no dia 17 de fevereiro. O empresário afirmou ontem ter documentos que mostram que ingressou na empresa em agosto, quando comprou as partes de José Onesio Rodrigues Ferreira e Sarajane Aparecida Luz Costa, sócios-gerentes desde a criação da empresa, em 26 de janeiro de 2005. O capital social da empresa é de R$ 38 mil.



O PMDB afirmou ainda, na nota, que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não exige a apresentação de prestações de contas desse tipo de campanha. “Mas o diretório regional, a fim de dar maior transparência, tornou públicas as informações acerca das despesas efetuadas”.



Na Junta Comercial de Pernambuco, a Teldata, Telecomunicações e Sistemas, que contribuiu com R$ 250 mil para a pré-campanha, tem como sócios são Frederico Guilherme de Souza, Irapuam Ribeiro Palmeira e Erika Azevedo Louro. O capital social da Teldata é de R$ 10 mil. O endereço fornecido pelo partido em Recife não foi localizado pelo GLOBO. Embora a rua exista, não há imóvel no número 133 da Avenida Presidente Kennedy, bairro do Ipsep.



— Moro aqui há 43 anos e nunca ouvi falar desta empresa. Não sei que firma é esta, e olha que sou uma das fundadoras desta Vila Aliança — disse Maria do Carmo Silva Assunção, moradora da mesma rua.



Em Olinda, de acordo com os dados na página do Ministério da Previdência, a sede ficaria no endereço onde mora o aposentado Augusto Alves de Lira, que diz ter recebido a casa da filha Marlene Alves da Rocha. O PMDB alega que a empresa teria funcionado na residência até o dia 17 de janeiro de 2004 e depois transferida para Recife. O aposentado, porém, disse que mora há seis anos no imóvel e que nunca ouviu falar de qualquer empresa que tivesse funcionado lá, muito menos até 2004.




Fonte:

http://oglobo.globo.com/jornal/pais/246944871.asp



24 abril, 2006

Mar morto ainda vivo até 2050!

16/04/2006 - 11h28
Mar Morto pode desaparecer até 2050, advertem analistas
MARIUS SCHATTNER
da France Presse, em Israel

Local turístico apreciado por suas virtudes terapêuticas, o mar Morto está ameaçado de morte, numa situação ecológica "catastrófica" que pode levar a seu desaparecimento até 2050, advertiram os analistas.

Os "Amigos da Terra", uma organização não-governamental do Oriente Médio que reúne ecologistas israelenses, palestinos e jordanianos, advertiram nesta semana sobre o perigo de uma "catástrofe ecológica" no mar Morto, onde desemboca o rio Jordão em meio a uma paisagem austera, queimada pelo sol e carregada de história bíblica.

"Em 50 anos, o mar Morto perdeu um terço de sua superfície e seu nível de água continua diminuindo rapidamente", declarou Gideon Bromberg, do Amigos da Terra.

Situado a 412 metros abaixo do nível do mar Mediterrâneo, o mar Morto --que passou a ser chamado assim a partir do século 2-- tem uma extensão de 50 km e 17 km em sua parte mais larga. É famoso por ter as águas mais salgadas do mundo, com uma salinidade de 33%, que equivale dez vezes a dos oceanos, o que permite a vida apenas de seres unicelulares primitivos, os procariontes, que não têm um núcleo definido.

A importante evaporação de água de sua superfície foi compensada até agora pelas águas do Jordão. No entanto, o desvio do caudal do rio por motivos agrícolas, hidroelétricos ou de consumo humano, além da construção de diques de evaporação para a exploração dos sais minerais ocasionaram uma diminuição do nível da superfície em torno de um metro por ano há mais de duas décadas.

"No momento não se estabeleceu nada de concreto para enfrentar a situação", explicou Bromberg, enfatizando que o mar Morto perdeu 98% da partilha de água doce do Jordão, que se transformou num "verdadeiro conta-gotas".

As conseqüências são especialmente graves para a parte costeira de Israel, ao sul do mar Morto, e palestina, concretamente a Cisjordânia, na parte norte.

Anualmente aparecem novas fendas que obrigam às autoridades proibir o acesso a partes inteiras do litoral, enquanto que os centros de cura e bem-estar que exploram as fontes termais, como o de Ein Gedi, sul de Israel, viram como o mar se afastou cerca de dois quilômetros. "Constatamos 1.650 buracos e fendas, algumas deles de várias dezenas de metros de profundidade", assegurou o geólogo Eli Raz, especialista em mar Morto.

Quase todos os buracos se encontram em zonas de acesso proibido ao público e, em princípio, não ameaçam a segurança das infra-estruturas turísticas e hoteleiras da região. Os buracos e as fendas ocorrem por causa da infiltração da água da chuva que dissolve os sais subterrâneos.

A situação política atual tampouco contribui para a colocação em andamento de medidas de vigilância e proteção. Em julho de 2005, o Banco Mundial anunciou que a Jordânia, Israel e a Autoridade Palestina conseguiram o financiamento de um estudo de factibilidade de um gigantesco projeto para construir um canal de união entre o mar Vermelho e o mar Morto.

Com uma duração prevista de 24 meses e um custo de US$ 15,5 milhões, o estudo obteve financiamento do Japão, Estados Unidos e alguns países europeus como a França, Itália, Noruega e Suécia.

No entanto, a vitória eleitoral do grupo radical palestino Hamas nas legislativas de 25 de janeiro implicaram o corte de qualquer relação entre Israel e a Autoridade Palestina, o que torna praticamente impossível a cooperação israelense-palestina no setor do meio ambiente.

O projeto, além disso, não conta com o beneplácito dos ecologistas, que temem uma perturbação do equilíbrio natural do mar Morto, levando em conta que se proporcionaria água salgada ao invés da doce como a do Jordão.

Por isso, se nos próximos anos não forem tomadas medidas sérias, os especialistas asseguram que o mar Morto estará seco em 2050.

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u14517.shtml

Still Free





Oposição acusa Lula de fazer campanha

PSDB recorre ao TSE contra suposto uso político de auto-suficiência

Eliane Oliveira e Luiza Damé - O Globo

BRASÍLIA - O PSDB entrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com duas representações contra as propagandas da auto-suficiência da Petrobras que estão sendo veiculadas pelo governo federal nos meios de comunicação. Em uma representação, o partido considera que as referidas propagandas constam de campanha eleitoral antecipada. Em outra, o partido pede a instauração de uma ação de investigação judicial eleitoral.

A oposição vem acusando com frequência o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de se valer de dados positivos de seu governo para fazer propaganda antecipada, em um ano eleitoral. A solenidade de celebração da auto-suficiência em petróleo acirrou ainda mais os ânimos do PSDB.

O deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), disse que o discurso de Lula está cada vez mais distante da realidade da população brasileira. Ele destacou que o presidente está em campanha pela reeleição desde o primeiro dia de seu mandato.

- Ele nunca saiu da campanha. Desde o primeiro dia de mandato está buscando a reeleição e, o que é pior, usando a máquina do Estado. Mas a mentira não dura muito tempo - disse Paes.

Em tom de ironia, o deputado afirmou que os discursos de Lula são "um caso de psiquiatria", pois já ultrapassaram os limites "do delírio político". O tucano citou discursos feitos por Lula esta semana em Porto Alegre (RS), no Hospital Conceição, onde o presidente disse que o sistema de saúde brasileiro é quase perfeito, e no Rio de Janeiro, no ato em comemoração da auto-suficiência na produção de petróleo:

- O discurso de Lula está cada vez mais distante da população. Ele começou com a saúde e fecha com a Petrobras - afirmou, acrescentando que o aparelhamento da Petrobras no governo Lula colocou em risco a auto-suficiência.

O líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), defendeu uma reforma política para evitar o uso da máquina pública pelos governantes. Segundo ele, a auto-suficiência deveria ter sido alcançada há dois anos, mas não foi possível devido a indecisões do governo Lula.

- O Brasil precisa de uma reforma política urgente para impedir abusos como os cometidos por Lula, usando a máquina pública e realizações que não são suas. Isso é uma tentativa de estelionato eleitoral. Tenho esperança de que o povo brasileiro não vá se curvar à propaganda do governo Lula - disse Aleluia.

Fonte:

http://oglobo.globo.com/online/pais/mat/2006/04/23/246927154.asp



Papa Bento XVI pede estudo sobre camisinha

Conselho vai avaliar uso de preservativos contra Aids


ROMA - O Vaticano vai publicar em breve um comunicado sobre o uso de preservativos na prevenção da Aids, disse um funcionário da Igreja Católica. A questão voltou à tona depois que um influente cardeal defendeu a flexibilização da restrição às camisinhas.

O cardeal Javier Lozano Barragán, chefe do Conselho Pontificio para a Saúde Pastoral do Vaticano, negou-se a revelar o conteúdo do documento, em uma entrevista publicada neste domingo pelo jornal "Repubblica". No entanto, ele disse que o Papa Bento XVI pediu que seu departamento estudasse o tema.

O ex-arcebispo de Milão, cardeal Carlo Maria Martini falou sobre o assunto em uma entrevista publicada na Itália na sexta-feira. Ele foi um dos mais cotados no ano passado para suceder a João Paulo II.

O Vaticano se opõe aos preservativos como um método de anticonceptivo, mas vários cardeais já expressaram nos últimos anos que seu uso é um mal menor em relação à Aids.

- Este é um tema muito difícil e delicado que requere prudência - disse o mexicano Barragán - Meu departamento está estudando isto muito de perto com cientistas e teólogos designados para emitir um documento que será publicado em breve.

A Igreja Católica, que tem muitos hospitais e instituições para ajudar as vítimas da Aids, opõe-se ao uso de preservativos e ensina que a fidelidade no casamento heterossexual, a castidade e a abstinência são melhores maneiras de se evitar a doença.

Em sua entrevista ao jornal "L’Espresso", Martini reiterou seu pedido de reforma na política sobre a camisinha, citando o caso de casais em que um dos cônjugues tem o vírus HIV.

- Esta pessoa tem a obrigação de proteger seu companheiro e o outro também tem que se proteger - disse.

Barragán fez comentários a favor da sugestão de Martini de que a Igreja permita que mulheres que não podem engravidar usem embriões congelados que sobram nas clínicas de fertilidade.

Fonte:

http://oglobo.globo.com/online/mundo/plantao/2006/04/23/246925794.asp


A estupidez humana

Lula é o astronauta do blablablá

Nosso Guia confessou que “teria coragem de ir numa nave espacial”. Não disse para onde, mas uns bons milhões de brasileiros fariam fila para custear sua viagem. Na noite anterior, Lula entrara em órbita, em Porto Alegre, ao revelar que “o Brasil não está longe de atingir a perfeição no tratamento de saúde”. Com as mordomias que usufrui, tem médico no serviço e hospitais prontos para atendê-lo. Consertou a parte interna do nariz e tem direito a botox-delivery.



A megalomania presidencial é um delírio de ignorância embebida em leviandade. Pode-se confrontar Lula com inúmeros cenários vividos pela turma que precisa dos serviços de medicina pública. O sucateamento do hospital federal Gaffrée e Guinle, no Rio, está provocando a morte de pacientes soropositivos. A greve de dois meses da Agência de Vigilância Sanitária compromete a entrega de medicamentos e hemoderivados importados.



Mesmo assim, talvez seja melhor lembrar o que Nosso Guia disse a respeito do “tratamento de saúde” à jornalista Denise Paraná, autora do memorável livro “Lula, Filho do Brasil”. Ele contou a morte de sua primeira mulher, em 1971:



“A Lurdes tinha ficado grávida, e no sétimo mês de gravidez ela pegou hepatite. Ninguém me tira da cabeça que ela morreu por negligência da rede hospitalar do Brasil, por problema de relaxamento médico. (…) Hoje eu tenho consciência de quanto um desgraçado de um pobre passa nos hospitais, passa para ser atendido, para ter uma consulta. (…) Tudo isso depende da classe: quem tem dinheiro pode tudo, quem não tem dinheiro não pode nada, não tem direitos estabelecidos. Como morreu a Lurdes morrem milhões de pessoas por aí nesse país sem ter o menor atendimento médico”.



Lula disse isso em 1993 e o livro foi publicado em 2002. Ou não sabe do que fala hoje, ou serviu-se de um drama pessoal para fazer demagogia. A primeira hipótese parece ser a mais provável, mesmo sendo a mais triste para um país de 170 milhões de habitantes governados por um astronauta do blablablá.



Nosso Guia alterna grandiosidades pessoais com lamúrias contra o caráter do Brasil, país habitado por um povo que o tratou bem. Dois exemplos, ambos da semana passada:



“É sempre assim que funcionam as coisas no Brasil. Estamos sempre nivelando por baixo, estamos sempre apostando na desgraça, estamos sempre apostando na miséria”.


“No Brasil é assim, o cara não te dá o direito de ser feliz”.



Se Nosso Guia não se sente bem no Brasil, o próximo avião para o Cazaquistão decola de Paris às 12h do próximo dia 4. A passagem (só de ida) custa US$ 580.

Fonte:

http://oglobo.globo.com/jornal/colunas/gaspari.asp

Comentário:

Nem mesmo os discursos sobre a política econômica me pareceram tão estúpidos quanto a declaração de Lula que o sistema de saúde brasileiro beira a perfeição!

20 abril, 2006

Escândalo seletivo

Luis Fernando Veríssimo

Em poucos minutos, uma cabeça jovem vai se deteriorando. Os cabelos embranquecem e caem, a pele fica enrugada e se solta do osso, e surge a caveira descarnada. Isto é uma cena de horror. A mesma coisa acontece, mas em muitos anos em vez de em poucos minutos. Exatamente o mesmo processo, com uma única diferença: a sua duração. Isto se chama vida. O primeiro caso é excepcional e — seja ele obra do Demônio ou do departamento de efeitos especiais — aterrorizante. O segundo caso é natural, acontece com todos nós. Seu terror é diluído pelo tempo e atenuado pelo corriqueiro.

Um ato de violência escandaliza, uma rotina de violência banaliza. A rotina da miséria brasileira acaba se integrando no cotidiano, funde-se com a paisagem e desaparece no nosso relativismo moral. É lamentável, e lamentada em todos os discursos e programas de governo, mas não é aterrorizante, pois quem pode viver em estado permanente de horror? E, no entanto, só o que diferencia a violência de uma invasão de terras da violência constante, rotineira, banalizada que a situação fundiária do país impõe aos sem-terras é o tempo. Uma é uma quebra de normalidade, a outra é a normalidade. As duas são reprováveis, mas a segunda é absolvida pela indiferença. Não tem o mesmo efeito espetacular, o mesmo horror concentrado.

Isto não é uma justificativa para atos de violência como alguns praticados pelos que lutam pela reforma agrária, mesmo porque a violência sempre acaba favorecendo a reação. É só um comentário sobre o escândalo seletivo de quem demoniza os sem-terras mas não se horroriza com a violência diária, antiga, arraigada nos seus costumes e valores, praticada pela sociedade mais injusta do mundo. Ou só se horroriza com a retribuição.

Fonte:

http://oglobo.globo.com/jornal/colunas/veriss.asp

Veja as imagens de uma invasão do MST a Cemig:

http://cpi-chega-a-cabral.blogspot.com/2006/04/cmeras-registram-momento-da-invaso-da.html

"Estou sem tempo para ler..." (como ele consegue?)

Crônica:

Inveja
L. F. Verissimo

Sou um invejoso, confesso. Invejo quem pode comer doce, quem consegue dormir em avião, quem fala bonito, quem tem neto, quem sabe programar o 'timer'. Invejo os que têm certeza, os que têm fé e os que têm cabelo.
Mas há um tipo que eu invejo acima de qualquer outro. Um que me desperta admiração e ódio - que são os componentes da inveja - numa escala quase insuportável. É o que diz, geralmente depois de um suspiro revoltante: 'Estou sem nada para ler...' Entende? Não é a queixa de uma privação passageira. Ele não se distraiu e deixou de se suprir de leituras, como se tivesse esquecido de comprar sabão no super. Está implícita na sua lamúria uma crítica à indústria editorial e à classe intelectual, que simplesmente não produziram nada que merecesse sua atenção. Elas são as responsáveis pelo seu tempo ocioso e a sua mesa de cabeceira vazia. Enquanto eu sofro da angústia oposta, a da falta de tempo e das pilhas de livros na mesa de cabeceira - e nas estantes e em qualquer superfície plana da casa. Minha queixa é outra: coisas demais para ler até a minha morte, marcada para 2076, se é que eu acertei o 'timer', sem falar no que ainda pretendo comprar. 'Que inveja' é o único comentário cabível diante da frase do insensível.
Muitas vezes a frase é apenas preâmbulo para um pedido de sugestão de leitura. Para: 'Tens lido algo que preste?' A pergunta pressupõe que você tem os mesmos gostos que ele e lhe dá a oportunidade de brincar de leitor casual também, sem stress. - Já leu o Da Vinci? - Já tentei. Mas daquele tamanho... - E o do Fernando Henrique? - Acho que vou esperar o filme.
Ele tem razão. Não há mesmo nada para ler.
Mas a inveja de quem não tem a angústia dos livros esperando leitura seria mais honesta, no meu caso, se a falta de tempo não fosse culpa minha. Na verdade, tenho inveja de mim mesmo quando lia por prazer e curiosidade e não perdia tanto tempo com jornais, revistas e televisão, que nos aproximam tanto do mundo que roubam nossa perspectiva, e portanto nos informam e deformam ao mesmo tempo. Enquanto as pilhas não param de aumentar.

Os dois foros privilegiados do Zé

ELIO GASPARI

Em novembro de 1968 o estudante José Dirceu de Oliveira e Silva tinha o foro privilegiado do andar de baixo. Preso desde junho, durante o desmanche do congresso clandestino da UNE, bateu à porta do Superior Tribunal Militar, pedindo que o soltassem. A ditadura transferira às cortes militares o julgamento dos crimes políticos. Nada feito. Ele só sairia da cadeia um ano depois, no lote de presos trocados depois do seqüestro do embaixador americano Charles Elbrick. Dirceu penou o foro privilegiado dos Zé Ninguém. A história, essa trapaceira, fez com que, 37 anos depois, denunciado pelo procurador-geral da República como chefe da quadrilha do mensalão, ele esteja numa caravana que usufrui o benefício do foro privilegiado do andar de cima. Como ex-ministro, responde por seus atos junto ao Supremo Tribunal Federal.



Na conta do ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, a tramitação do caso da quadrilha-companheira levará em torno de dois anos. É ele quem diz: “Sou totalmente a favor do fim do foro privilegiado. É uma racionalização da impunidade.” Dificilmente será ouvido, porque essa bizarria da criação tucana se destina exatamente a racionalizar a impunidade.



Segundo o ministro, “o problema é cultural, faz parte do jeitinho brasileiro”. Por mais que ele esteja certo ao defender o fim do privilégio, não é justo atribuir mamatas do andar de cima à cultura de um povo. A idéia de que estudantes devessem ser castigados pelas cortes militares e que ex-ministros devam ser julgados pelo Supremo não faz parte da cultura do operário que pega o ônibus em São Januário. É coisa antiga, mas beneficia (ou penaliza) setores perfeitamente demarcados da sociedade. A racionalização da impunidade do século XXI fica a dever às estatísticas do XVI. Na Colônia os fidalgos tinham foro privilegiado, mas, no último quartel de Quinhentos, três ouvidores-gerais foram remetidos, a ferros, aos tribunais de Lisboa. (À época, o Brasil tinha menos de 100 mil habitantes.)



As pizzas do plenário da Câmara, o absenteísmo teatral do presidente da República e as delongas processuais como a que o ministro Barbosa denunciou trazem um mau presságio. A quadrilha-companheira e seus aliados estão remontando a armadilha do “folclore da corrupção”. O economista sueco Gunnar Myrdal (Nobel de 1974) cunhou essa expressão para designar a mistura de conformismo e desencanto que encharca a sociedade depois que retumbantes cruzadas moralistas acabam em nada. O professor indicava que, nesses casos, ganhava a roubalheira. O Brasil aturou três governantes que se autoproclamaram campeões da moralidade.



O primeiro, Jânio Quadros, teve uma vassoura como símbolo. Tornou-se caso único de político brasileiro cuja conta na Suíça foi objeto de processo judicial, movido pela filha. O segundo, Fernando Collor, viu-se impedido pelo Congresso. Já Nosso Guia sustenta que de nada soube e ninguém haverá de lhe dar aulas de ética. Tomando-se o discurso petista da corrupção sistêmica, comprova-se o acerto da observação de Myrdal. As três cruzadas moralistas não desestimularam as roubalheiras. Pelo contrário, deram aos petistas federais a presunção de que o palácio do Planalto era uma recriação do falecido Cineac Trianon: “O espetáculo começa quando você chega.”



ELIO GASPARI é jornalista.


Fonte:
http://oglobo.globo.com/jornal/colunas/gaspari.asp

Solitário e entediado? Exploda um prédio e alegre-se!

Acusado por 11/9 era 'solitário e vulnerável', diz psicólogo

Zacarias Moussaoui, o único acusado por envolvimento direto nos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, tornou-se vulnerável a recrutamento por militantes por causa de seu isolamento social, de acordo com depoimento de psicólogo em seu julgamento, no Estado americano da Virgínia.


Paul Martin, especializado em cultos, disse que muitos franceses de origem marroquina como Moussaoui sentem-se alienados da sociedade Ocidental.

O tribunal deve decidir se Moussaoui deve ser executado por seu papel nos atentados.

Seus advogados de defesa querem que os jurados poupem a vida do réu porque ele sofre de doenças mentais.

Nos depoimentos de segunda e terça-feira, testemunhas da defesa descreveram Moussaoui como um esquizofrênico vindo de uma família com um histórico de problemas mentais.

O réu, que se disse integrante da rede extremista Al-Qaeda, manifestou fortes divergências com seus próprios advogados, e insistiu que não é louco.

Moussaoui estava preso no Estado americano de Minnesota na época mas, em uma fase anterior do julgamento, a promotoria argumentou que ele impediu que agentes federais identificassem e detivessem alguns dos seqüestradores que participaram do ataque de 2001.

Martin disse que Moussaoui estava espiritualmente perdido em meados da década de 90, quando começou a se aproximar do islamismo radical.

"Ele está longe de sua família. Ele é solitário, Ele queixou-se de racismo. Ele está em um novo país, e não tem nenhum grupo de apoio", afirmou o psicólogo.

Mas, interrogado pela promotoria, Martin afirmou que nunca entrevistou Massaoui ou sequer encontrou-o pessoalmente, e que não tinha conhecimento direto do caminho que o réu seguiu de muçulmano impressinável a agente da Al-Qaeda.

Fonte:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2006/04/060420_moussaouiisoladog.shtml

A Fofoca da Fofoca

O New York Times nunca teve um colunista social com notinhas de quem chegou, viajou, bombou, está divina, nota dez, deu vexame ou latiu quando a caravana passou.

Isto não impede que o Times dê um tratamento investigativo a um escândalo envolvendo a mais lida coluna social de Nova York.

A primeira matéria do Times sobre "Page 6", do New York Post, tinha sete assinaturas, cinco de repórteres e duas de contribuintes.

"Page 6" é uma coluna social criada pelo magnata da imprensa Rupert Murdoch em 1977, no estilo dos tablóides ingleses: confete nos amigos, lama e verdade nos inimigos, quem sobe e quem desce passa pela coluna. Até o escândalo, 40% dos leitores diziam que compravam o jornal para ler "Page 6".

Um dos seus colunistas mais agressivos era Jared Paul Stern, fina estampa, posudo, conhecido pelas roupas finas e o extravagante chapéu de feltro e aba larga, um estilo que, se não me engano, nem sei porque, no Brasil é chamado "diplomata". Aqui é "fedora".

Desde meados do ano passado, o "Page 6" começou a publicar notas venenosas sobre Ronald W. Burkle, um bilionário da Califórnia, dono de supermercados, avesso a publicidade, contribuinte do partido democrata, amigo pessoal de celebridades e políticos, entre eles o ex-presidente Clinton.

Uma das notas dizia que o bilionário estava comprando uma grande agência de modelos que seria dirigida pelo ex-presidente Clinton. Outra sugeria um afffair entre o bilionário e a modelo Gisele Bündchen.

Ronald W. Burkle escreveu para o próprio Murdoch, conhecido dele, informando sobre as notas, pedindo ao dono que tomasse providências para evitar novos erros.

Murdoch não agiu, mas recebeu um e-mail do colunista informando como o bilionário poderia parar com a publicidade negativa. Burkle, muito vivo, percebeu a possibilidade da chantagem e armou os encontros com câmeras e áudio escondidos. Tiveram pelo menos dois tête-à-tête.

O pressentimento dele estava certo. O colunista pediu US$ 100 mil em dinheiro e outros US$ 10 mil mensais para acabar com o "tratamento negativo".

Informou ainda que tinha acordos semelhantes com vários "colunáveis", entre eles um dos fundadores do estúdio Miramax e com o presidente da Revlon. O conteudo completo das fitas ainda não é conhecido. Elas estão com a polícia.

Tremendo rebu. O colunista, nota zero, acusado pelo bilionário, está afastado do Post, a coluna em crise de credibilidade, o concorrente, Daily News, em delírio, e o Times comprova que a melhor fococa é a fofoca da fofora.


Fonte:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/04/060419_lucasmendesg.shtml

Cobra com patas é peça-chave para discussão sobre a origem da espécie

19/04/2006 - 19h49m

RIO - A descoberta de um fóssil praticamente completo de uma espécie de cobra pré-histórica dotada de patas posteriores bem desenvolvidas pode colocar um ponto final em um acalorado e polêmico debate no meio científico: seriam os animais originários da terra ou da água? Para a equipe de pesquisadores liderada pelo brasileiro Hussam Zaher, do Museu de Zoologia da Universidades de São Paulo, e pelo argentino Sebastián Apesteguía, do Museu de Ciências Naturais Bernardino Rivadavia, de Buenos Aires, a análise do fóssil de 65 milhões de anos não deixa dúvidas.

- As primeiras cobras eram terrestres, dotadas de robustas patas posteriores e que escavavam, e não descendentes de animais aquáticos, que emigraram para a terra firme - afirmou Hussam Zaher, em entrevista ao GLOBO ONLINE.

O artigo contendo os detalhes do estudo está na última edição da revista "Nature".

A discussão acerca da origem das cobras foi iniciada em 1997, quando uma equipe de pesquisadores australianos e canadenses descreveu uma espécie de cobra com patas encontrada em Israel como um parente próximo dos mosassauros, lagartos marinhos já extintos. Para os cientistas envolvidos no estudo, a descoberta sustentaria a teoria de que os animais teriam se originado na água. Conclusão à qual Zaher se opôs veementemente.

- Os dados divulgados pelos autores me levaram a uma conclusão diametralmente oposta - afirmou o pesquisador da Universidade de São Paulo.

Para o brasileiro, a 'pachyrhachis' não teria relação com os lagartos pré-históricos, mas com as jibóias e os pítons. Assim como um segundo espécime de cobra com patas (o 'haasiophis') descoberto na mesma região alguns anos depois e descrito pela equipe de pesquisadores integrada pelo brasileiro.

- As espécies descobertas em Israel não passam de cobras evoluídas (perivadas). Nada têm a ver com as origens do grupo.

Segundo Zaher, o que diferencia fundamentalmente o espécime recém-descoberto dos demais é a existência de sacros, ossos triangulares localizados na região da coluna vertebral, que são ligados ao funcionamento motor.

- Nos espécimes anteriormente descritos, as patas não estavam associadas ao eixo vertebral, o que significa que as mesmas não eram funcionais no sentido da sustentação. Essa informação é importante porque indica a 'idade' do novo espécime, este sim, primitivo.

Além disso, o cientista aponta outras características anatômicas do 'najashrionegrina' que o associa claramente à vida terrestre ou semifussoarial (subterrânea).

- Há pelo menos três motivos para rejeitarmos veementemente a hipótese de origem marinha: as vértebras posteriores são compactadas e sem espinho neural bem definido; a parte posterior do crânio é projetada lateralmente e achatada dorsoventralmente; o supratemporal encontra-se encaixado na caixa craniana - explicou.

O fóssil foi descoberto em 2003 na localidade de Rio Negro, no sul da Argentina.


Fonte:

http://oglobo.globo.com/online/ciencia/mat/2006/04/19/246884109.asp

O CASO CASOY

por Ipojuca Pontes

É muito estranho e mesmo deplorável o caso de Boris Casoy, o mais confiável âncora da televisão brasileira, de fato, um apresentador em quem se podia acreditar. Casoy, que não tem diploma de jornalista, dirigiu com eficiência a Folha de São Paulo nos anos 1970/80, depois se voltou para o telejornalismo no SBT, convidado por Silvio Santos e, há oito anos, ingressou na Rede Record de Televisão, onde, no Jornal da Record, entre 20:15 h. e 21 h., protegia o seu numeroso público das mentiras oficiais e extra-oficiais que trafegam livremente em algumas emissoras, em especial na que lidera a audiência do noticiário televisivo.

O âncora da Record era uma mistura cabocla de Walter Cronkite com Tom Brokaw, na antiga CBS News, em Nova York, conduzindo um gênero de jornalismo que requer personalidade, conhecimento e segurança ao narrar, anunciar ou comentar a notícia. Com anos de experiência como editor de jornal, Boris Casoy tinha o sentimento dos fatos, era objetivo, corajoso, sabia contemporizar, mas não perdia o senso da integridade, uma virtude rara em qualquer forma ou escala de jornalismo. Querem um exemplo? Na campanha presidencial, em 2002, entrevistando o candidato Lula da Silva, foi o único entrevistador a interrogar o atual presidente sobre as ligações deste com o Foro de São Paulo e as FARC, citando como fonte uma denúncia feita pelo poeta Armando Valladares, o "prisioneiro de consciência" da Anistia Internacional. (Como resposta, à época, julgando-se ofendido e não tendo como se explicar, Lula preferiu partir para o ataque, afirmando que o poeta-mártir - torturado durante 22 anos por Fidel Castro, nas masmorras da ilha-cárcere - "não passava de um picareta").

Alçado ao Poder, em 2003, o esquema de Lula - o homem da Ancinav e do Conselho Federal de Jornalismo, peças básicas e ainda não sepultadas na conjectura da construção de uma "democracia direta" totalitária - passou a pressionar de forma intermitente os patrões de Casoy, para colocá-lo no olho da rua. O dito esquema só aliviou a barra, pelo que se sabe, quando explodiu o caso Waldomiro Diniz, o braço esquerdo do Comissário Zé Dirceu especialista em tomar a grana dos bicheiros, contraventores e tutti quanti, ao que se diz, para enfiá-la no "caixa" de campanha. Antes, quando explodiu o escândalo do Banestado, ficou quase impossível falar nos nomes das personalidades oficiais envolvidas nas operações fraudulentas e até mesmo de mencionar a amizade de Lula com o seu hospedeiro, Roberto Teixeira, o agente de comissões e negócios junto às prefeituras de Ribeirão Preto e São José dos Campos.

Mas, a partir do estrondoso escândalo do mensalão, o PT e o governo retornaram a pressionar com violência a emissora da Igreja Universal para que o apresentador fosse demitido. Na verdade, desde 2004, com a veiculação da notícia, em tom crítico ("isto é uma vergonha!"), da compra ilegal de ingressos de show musical para arrecadar fundos de campanha para o PT, o Banco do Brasil, patrocinador do telejornal, atendeu a ordem superior e reduziu a cota de publicidade na emissora, que caiu, em números exatos, de R$ 1 milhão para R$ 300 mil mensais. Na retaliação, os anúncios foram retirados dos intervalos comerciais do noticiário e, a partir daí, programados em "inserções avulsas". A decisão final de nocautear o arrojado âncora veio quando, em dezembro de 2005, ao assistir o resumo dos acontecimentos políticos do ano, empreendido por Casoy, um áulico do Planalto teria concluído o seguinte: "Com esse homem no ar não há hipótese de se pensar em reeleição".

Sempre muito distinto, Casoy garantiu numa entrevista que nunca foi alvo de censura, enquanto esteve à frente do jornal da Record, pelos donos da emissora. Saiu, onze meses antes do término do contrato, segundo se afirmou, porque não concordava com o novo formato do noticiário a ser produzido - e, hoje, pelo que se vê, mero pastiche do que se faz de pior no telejornalismo da Globo.

Por outro lado, no Congresso, semana passada, reportando-se ao fato, o senador Antonio Carlos Magalhães, ativo coronel da política baiana, garantiu que Boris Casoy saiu da emissora pela vontade direta de Lula - informação que, curiosamente, não foi desmentida. De todo modo, o fato concreto é que o telespectador perdeu a apurada consciência crítica do âncora, uma "espiga de milho em meio ao cafezal" da acomodação que acode o noticiário televisivo.

De Casoy e, verdade seja dita, também de sua assistente, Salete Lemos, depois de Joelmir Bething, a mais competente analista do noticiário econômico da televisão brasileira.


O caso Casoy lembra, até certo ponto, o do jornalista Carlos Blanqui, editor do "Revolución", jornal de grande importância na Cuba pós-revolucionária, de início comprometido com a busca da verdade. Depois de algum tempo, vendo que Fidel Castro fazia da ilha um posto avançado da URSS enquanto baixava a mão nefasta da censura sobre os órgãos de comunicação, Blanqui passou a criticá-lo abertamente. Resultado: ameaçado, teve de fugir para a Itália, não sem antes lembrar ao tirano a divisa de Rosa Luxemburgo, segunda a qual "a liberdade apenas para os partidários do governo, ou somente para os membros do partido, não importa quão numerosos, não é liberdade - só é liberdade se o for para aquele que pensa diferentemente".

E esta não é a legenda, ao que tudo indica, de Lula e aliados do tipo Tarso Genro ou Gushiken, que querem a imprensa funcionando em favor do governo, controlada por conselhos e comitês estatais, a punir ou marginalizar os discordantes, como Boris Casoy, por exemplo, uma figura incômoda que levava às massas a crua indignação em face dos escândalos diários que tornaram a vida pública brasileira alguma coisa parecida com a zona.

Recebido por e-mail em 20/04/2005


Comentário:


Entre 1997 e 1998 fazia trabalhos de fotojornalismo em Belo Horizonte. Era ‘free-lance’. Trabalhei como tal para a associação do BDMG, BEMGE, e estava sempre lendo no noticiário local para saber de notícias para o meu trabalho, mas EXCLUSIVAMENTE sobre lançamentos de livros, peças de teatro, inauguração de museus, cinemas, lançamentos de filmes, etc.

Naquela época conheci uma jornalista e relações públicas de uma agência de publicidade. Não estava nem aí para a política do Brasil na época, pois tal como hoje, estava MAIS desiludido sobre nossas possibilidades para um futuro. Hoje, não coloco mais fé alguma que o Brasil atinja uma grandeza não só da balança comercial, mas também sobre as políticas de saúde, segurança pública, emprego, cultura educação de nosso povo.

O mais curioso é que SEM procurar ou investigar sobre o assunto, a minha amiga jornalista, recém-formada, me dizia o quanto se gastava na campanha do Eduardo Azeredo, pois ela apesar de trabalhar CONTRATADA pelo SERVAS, TRABALHAVA NA CAMPANHA DE REELEIÇÃODO ENTÃO GOVERNADOR, EDUARDO AZEREDO. Sabe o nome da empresa que ela era contratada? SMP&B. Fui lá várias vezes. Ficava na Rua da Bahia, um quarteirão antes do Minas Tênis Clube, na frente do Centro de Comando da Polícia Militar de Minas Gerais. Não foi por acaso que ela foi trabalhar lá, pois o pai dela também trabalhava na CEMIG. Nosso colega.

Pensei o que era óbvio: o novo esquema de desvio de dinheiro está no gasto em publicidade, estava claro como uma manhã de domingo. Arrependi de ter votado no Sr. Eduardo Azeredo. Votei nele exatamente porque era a minha esperança de que a CEMIG se desligasse por completo dos políticos, e não fosse mais usada pelos mesmos. Mesmo que isto me custasse o meu emprego, no momento da privatização e ‘enxugamento’ nos seus quadros.


Uma antiga namorada minha que viveu dos 7 aos 14 anos nos EUA, pois os pais dela lecionavam numa universidade de Maryland, me disse uma vez que a diferença de um político corrupto ou de quem simplesmente gastava o dinheiro público de maneira errada, estes NÃO ERAM REELEITOS. Aqui eles são reeleitos!

Agora eu entendo o que ela dizia sobre o nosso país e sobre a nossa cultura.


Este país não tem jeito!

NOVO GOLPE DE CARTÃO DE CRÉDITO

NOVO GOLPE DE CARTÃO DE CRÉDITO


ATENÇÃO COM ESTE GOLPE, MUITO BEM FEITO E DIFÍCIL DE PEGAR.

Você estará mais bem preparado para se proteger entendendo este
novo tipo de fraude com cartões de crédito feito via telefone. Os ladrões estão
cada dia mais criativos!
Você recebe uma chamada e a pessoa diz: "Estamos chamando do
Departamento de Segurança de VISA (por exemplo). Me chamo Fulano e meu
número de identificação funcional é 12460. Você comprou (qualquer
coisa bem estranha como um dispositivo Anti-Telemarketing) no valor de
US$497,99 de uma companhia baseada no Arizona, USA? "
É claro que você responde que não, ao que se segue: "Provavelmente
seu cartão foi clonado e estamos chamando para verificar. Isto
confirmado estaremos emitindo um crédito ao seu
favor. Este tipo de transação está acontecendo com despesas que variam de US$ 297 a US$ 499,
justamente abaixo do valor de US$ 500 que aciona a maioria dos alertas.
Antes de processar o crédito, gostaríamos de conferir alguns dados:
O seu endereço é tal?" (Isto pode ser retirado facilmente das
listas telefônicas via Internet). Ao você responder que sim o golpista
continua: "Qualquer pergunta que o Sr. tenha, deverá chamar o número 0-800
que se encontra na parte traseira de seu cartão e solicitar pelo
Departamento de Segurança. Por favor, tome nota do seguinte número de protocolo" O
bandido dá-lhe então um número de 6 dígitos e pede: "Você poderia lê-lo
para confirmar?"
Aqui vem a parte mais importante da fraude. Ele diz então:
"Desculpe, mas temos que verificar que o(a) Sr.(a.) está de posse
de seu cartão.
Por favor pegue seu cartão e leia para mim o seu número". Feito isto, ele
continua: ''Correto. Agora vire o seu cartão e leia para mim os 3 últimos
números(ou 4 dependendo do cartão)". Estes são os 'Números de Segurança'
(Pin Number) que você usa para fazer compras via Internet, para
provar que está com o cartão! (No Amex estão na frente, meio escondidos no
corpo do cartão).
Depois que você informa os referidos números ele diz: "Correto!
Entenda que era necessário verificar que o cartão não estava
perdido nem tinha sido roubado e que o(a) Sr.(a) estava com ele em seu poder.
Você teria alguma outra pergunta?"
Depois que você diz que Não, o ladrão agradece e finaliza.
Provavelmente, em menos de 10 minutos, uma compra será lançada no
seu cartão, e muitas outras, caso você não perceba a fraude até a
chegada do extrato. Como se proteger desta ação criminal?

É quase inútil fazer denuncias à polícia. Até nos USA é difícil o
rastreio destas ligações. Caso receba este tipo de ligação você pode falar
para o bandido desligar que você fará a ligação para o 0800. Mas, mesmo
que você desligue, fica claro que a melhor maneira é estar alerta e
comunicar a todo o mundo sobre a existência deste golpe.
Assim sendo, por favor, passe isto a todos seus amigos.
Mantendo-nos informados, nos protegeremos.

Autor desconhecido, recebido por e-mail.