31 março, 2006

General caga com a boca e com o cu na mão

No aniversário golpe militar, comandante diz que Exército se orgulha do seu passado

31/03/2006 - 14h39m


Evandro Éboli - O Globo
Globo Online

BRASÍLIA - O Comando do Exército divulgou ordem do dia nesta sexta-feira lembrando o 31 de março, data do golpe militar de 1964. A nota, assinada pelo general Francisco Albuquerque, afirma que a data "é memória, dignificado à época pelo incontestável apoio popular, e une-se, vigorosamente, aos demais acontecimentos vividos, para alicerçar, em cada brasileiro, a construção perene de que preservar a democracia é dever nacional".

Leia aqui a íntegra da nota do Exército.

Diz ainda o comandante que "este Exército, o seu Exército, orgulha-se do passado, porque nele os valores e postulados da instituição, que se confundem com os da própria nação brasileira, nasceram e se consolidaram". Em outro trecho, afirma o general, "esse Exército, o seu Exército considera que esse passado pertence à História e volta-se para o futuro trabalhando pelo desenvolvimento nacional".

O general Francisco de Albuquerque se viu envolvido numa polêmica recentemente quando fez voltar em Campinas, um avião da TAM, que já iniciava procedimento de decolagem rumo a Brasília. Ele e a mulher embarcaram quando dois passageiros cederam o lugar.

Fonte:

http://oglobo.globo.com/online/pais/mat/2006/03/31/246653126.asp

Folha dá um tom pessoal a assunto técnico

"...[]Reportagem publicada pela Folha de S.Paulo no mês passado mostrava que o
governo Lula analisava uma legislação para proibir os engates fixos. Eles acabaram virando moda no país por razões estéticas ou para proteção contra pequenas batidas, principalmente na hora de
estacionar...[]"

Da forma que está escrito acima de maneira a levar o leitor a uma análise preconceituosa de um tema que é técnico e de relevância para pedestres, proprietários de veículos, lojistas e pequenas indústrias.

Leia mais: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u119932.shtml

Japoneses e europeus trocam acusações sobre padrão de TV digital

30/03/2006 - 19h13


da Folha Online

Enquanto o governo não bate o martelo sobre o padrão tecnológico que será adotado para a TV digital brasileira, os representantes dos sistemas japonês e europeu travam uma "guerra" de informações pela imprensa na busca de apoio da opinião pública.

Por meio de nota à imprensa divulgada ontem a Coalizão DVB, que representa os interesses do sistema europeu, aponta falhas no sistema japonês (ISDB). Hoje, os representantes do sistema japonês também divulgaram nota para rebater essas críticas.

O que dizem os europeus:

- TV aberta e gratuita no celular.
Sobre as informações que vêm sendo divulgadas em diversos veículos de que a TV aberta no celular deveria ser gratuita para a população brasileira, e que apenas o padrão japonês teria a capacidade de dar-lhe o devido suporte, a Coalizão DVB faz alguns esclarecimentos.
A Coalizão analisa quatro questões associadas à TV gratuita no celular, demonstrando que a sua implantação depende de um Modelo de Negócios coerente, assim como de um conjunto de requisitos a serem preenchidos pelo respectivo padrão tecnológico. E que o único padrão capaz de viabilizar a TV 100% aberta e gratuita é, na verdade, o padrão DVB.

- A viabilização da TV celular 100% gratuita para a população brasileira passa pela prática de subsídios.
O modelo de operação do negócio celular no Brasil pressupõe que a aquisição dos aparelhos celulares sejam subsidiados. Sem subsídios, não há como vendê-los à grande maioria dos consumidores, principalmente os de baixa renda. No Brasil, a massa atual desses subsídios é de aproximadamente R 1,8 bilhões anuais, devendo aumentar com a chegada dos aparelhos celulares com recepção de TV.
Assim sendo, as emissoras precisam encontrar fontes de receitas adicionais para viabilizar o subsídio ao usuário final. E atualmente não se conhecem outras fórmulas, além do aumento da oferta do conteúdo celular (e das respectivas receitas). Como o padrão japonês não permite ativar mais de um ou dois programas de recepção portátil dentro do mesmo canal de 6MHz, ele impede a ampliação das receitas das emissoras, inviabilizando dessa forma a implantação da TV celular 100% gratuita no Brasil.
De modo oposto, o padrão DVB faculta às emissoras a ativação de grande número de programas para recepção portátil, dentro do canal de 6MHz ou fora dele, permitindo a geração das receitas adicionais necessárias à implantação da TV celular100% gratuita no Brasil.

- Problemas técnicos estruturais podem comprometer a implantação da TV celular no Brasil.
Visando reduzir o consumo de bateria, o padrão japonês optou pelo uso de um segmento de freqüências (430KHz) da banda total do canal de 6MHz. Essa medida, no entanto, causou um problema estrutural, de difícil solução, que impede o emprego da técnica de "diversidade de freqüências", necessária ao aumento da robustez do sinal em ambientes tipicamente urbanos.
O padrão DVB, por sua vez, não possui esse tipo de problema estrutural, pois deixou de segmentar o canal, em favor de técnicas mais avançadas de chaveamento temporal e de interface IP, dentro do canal de 6MHz com espalhamento espectral.
O resultado prático é claro: enquanto redes experimentais DVB testadas com sucesso avançam para uso comercial(inauguração de operação comercial durante a olimpíada de inverno em Torino e de novas operações comerciais anunciadas para a copa do mundo),redes experimentais ISDB-T para celulares ainda nem existem.
Corroborando essa situação, a segunda maior operadora celular japonesa (KDDI) anunciou que adotará celulares com padrão proprietário de TV digital da Qualcomm, em detrimento do uso do padrão japonês ISDB-T de TV portátil.

- O alto consumo de bateria complica em muito a aceitação da TV celular.
O consumo esperado para celulares do padrão japonês é alto, variando de 120 a 150mW (1 a 2 horas de vídeo),complicando sua aceitação num ambiente competitivo.
Usando técnicas mais modernas de chaveamento temporal, o consumo típico no padrão global DVB é de 50mW (3 a 4 horas de vídeo).
É importante frisar que os problemas com capacidade de bateria constituem um dos mais sérios obstáculos ao desenvolvimento do negócio celular. Na prática, operadoras celulares poderão chegar ao limite de bloquear a comercialização de aparelhos celulares que tenham o tempo de conversação reduzido (fonte principal das receitas),se isso for causado pelo consumo excessivo de bateria para o serviço da TV gratuita.

- Aparelhos celulares com TV digital de padrão pouco utilizado poderão não existir no Brasil. Do ponto de vista de economias de escala mundial, a combinação de padrões "celular/TVD" claramente viável é a do GSM/DVB. Trata-se da combinação de dois padrões abertos e globais, de ampla aceitação e do mais baixo custo, em cada uma de suas categorias.
A combinação dos celulares GSM com o padrão de TV japonês, por sua vez, não deverá existir na prática, visto que não existe em nenhum país do mundo. Mesmo que o Brasil viesse a adotar o padrão japonês, seus volumes seriam baixos, dentro de uma perspectiva internacional, inviabilizando sua produção.
A combinação do padrão 3G celular, o UMTS (que existe no Japão e deverá existir no Brasil a partir de2008) com o padrão de TV japonês, ainda não passa de uma incógnita. Caso venha a ser regularmente produzido no Japão, a baixa economia de escala proporcionada pelo mercado japonês (2% da população mundial) o predestina para a minoria da população brasileira de alta renda, o que por si só inviabiliza o modelo de negócios da TV celular gratuita, que deveria voltar-se à maioria da população brasileira, que é de baixa renda.
Assim sendo, caso a escolha do Governo recaia sobre o padrão japonês, tudo indica que não existirá produto econômico para a TV celular gratuita, ou seja, ela não se viabilizará.

A reação dos japoneses:

Yasutoshi Miyoshi, representante no Brasil do Grupo Japonês que negocia o sistema ISDB-T, refuta as informações sobre "TV aberta e gratuita no celular", divulgadas pela coalizão DVB.

- Telefone celular com receptor de TV digital requer subsídios.
De fato, os aparelhos de telefone celular são subsidiados no modelo de operação no Brasil. De forma análoga, o subsídio por parte das operadoras de telefonia celular também existe no Japão. Lá, os operadores subsidiam os aparelhos por entenderem que o acesso à televisão digital gratuita que contempla recursos de interatividade (compra por televisão, acesso a internet, etc.) gerará tráfego de dados (serviços tarifados), e as operadoras obterão receita adicional que irá custear o subsídio.

- Limitação para transmitir múltiplos programas para receptor portátil dentro de um mesmo canal de 6Mhz.
No ISDB-T, os 13 segmentos da banda podem ser organizados em três camadas (agrupamentos) permitindo transmitir três programas dentro de um mesmo canal de 6MHz (combinação de transmissão de conteúdo HDTV, SDTV, LDTV). Este não é um limite técnico, mas apenas do formato da especificação hoje estabelecida.
No entanto, a flexibilidade construtiva da segmentação da banda presente no ISDB-T permite transmitir programas em cada um dos 13 segmentos, ou seja, é possível ter a transmissão de 13 programas dentro de um único canal de 6MHz.

- Modelo de receita da TV portátil.
A disponibilidade de mais programas não se traduz em aumento das receitas, seja pela venda dos programas, seja pelo aumento do espaço publicitário, pois não se espera que os usuários assistam a dois ou mais programas simultaneamente.
De concreto, a tecnologia que permite assistirmos aos programas de televisão em receptores portáteis resultará na oportunidade de termos acessos aos conteúdos televisivos com qualidade, propiciando a criação de novos "prime times", durante o deslocamento para o trabalho ou escola, durante o almoço e intervalos, em benefício aos consumidores, e poderá resultar em receita adicional para os radiodifusores.
É importantíssimo destacar a flexibilidade do sistema ISDB-T, que pode transmitir múltiplos (13) programas aos receptores portáteis dentro de um único canal de 6MHz, se assim for o modelo implantado no Brasil.

- Tecnologia para assegurar a robustez na recepção de sinais nos receptores portáteis.
De fato a técnica de "diversidade de freqüências" permite em tese o aumento de robustez em relação à "segmentação da banda" somente.
Mas o sistema ISDB-T utiliza o "Time Interleaving Tool" em combinação com a "segmentação da banda", técnica também presente nas transmissões para receptores fixos, o que assegura uma excelente performance em termos de robustez na recepção de sinais.
Este é um fato já amplamente comprovado nos testes de avaliação das recepções tanto para receptores fixos como móveis e portáteis, trabalho este realizado por especialistas brasileiros ao longo dos últimos anos.
Importante ressaltar a excelência da performance do sistema ISDB-T, tanto que a população japonesa já aprecia esta nova forma de assistir a televisão nos dispositivos portáteis (telefones celulares, DVD players, portáteis e notebooks). Isso ocorre desde dezembro de 2005, quando os primeiros terminais foram disponibilizados no mercado.
Conforme já anunciado, e cumprindo rigorosamente o cronograma de implantação, daqui a menos de 24 horas será feita a inauguração oficial da transmissão comercial em 29 das 47 províncias japonesas, com a realização de eventos que marcarão o início deste novo serviço.
O sistema japonês de TV digital não nega que a técnica de "diversidade de freqüências" em combinação com o "chaveamento temporal" também permite a robustez requerida na recepção portátil, mas cabe reiterar que trata-se de uma das opções para viabilizar a robustez na recepção portátil.

- Durabilidade da bateria no terminal portátil.
O telefone celular hoje comercializado no mercado japonês permite assistir a programação de televisão por aproximadamente duas horas, com o uso de uma bateria de 830mAh, capacidade comumente utilizada nos telefones celulares. Esta durabilidade foi confirmada pelos especialistas do Laboratório de TV digital da Universidade Mackenzie, que possuem os receptores comerciais.
Conforme notas divulgadas anteriormente por fabricantes de celulares, um receptor de telefone móvel pode empregar uma bateria de 1500mAh, ou seja, com o dobro da capacidade, permitindo utilizar o recurso de televisão por aproximadamente quatro horas. Nesse sentido, a durabilidade de baterias se equivalem nos dois sistemas.

- Trabalho da KDDi (operadora japonesa de telefonia celular)
Cabe aqui reiterar que os telefones celulares que a empresa KDDi comercializa hoje no Japão são do sistema ISDB-T, único sistema de radiodifusão regulamentado e aprovado dentro do território japonês.
Existe sim um trabalho da KDDi para o estudo da viabilidade de se introduzir o serviço de distribuição de conteúdo "pago" para os terminais portáteis, em alternativa a tráfego de dados.

- Construção do aparelho de telefone celular com receptor ISDB-T.
O circuito de televisor apenas compartilha a tela do aparelho com a função do telefone. Para tanto, basta acrescentar ao telefone o chip e os circuitos de recepção de televisão digital nos celulares para disponibilizar o "telefone celular receptor de televisão".

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u106452.shtml

Coragem é Coisa que se Cria

A palavra "coragem" tem sua origem mais remota, considerando-se o contexto das línguas conhecidas, no indo-europeu herd, "coração".
O indo-europeu é uma língua pré-histórica hipotética, reconstruída pelos filólogos e lingüistas do século XIX, a partir da comparação das mais antigas línguas indo-européias conhecidas, e que era falada por um povo de guerreiros conquistadores, que partiram não se sabe muito bem de que região da terra, se expandiram pela Índia e pelo Irã e pela Europa, subjugando os povos por onde passavam e impondo sua língua.
Então, o indo-europeu herd dá origem ao latim cor, "coração", que em português "cor" aparece na única expressão "saber de cor", pois o coração era tido como o centro da capacidade de saber, de memória. O elemento cor aparece em muitas outras palavras, como recordar, concordar, discórdia, misericórdia etc.
O latim cor também indica "ânimo", disposição, qualidade espiritual de bravura e tenacidade, daí a palavra "coragem" vir mais diretamente do latim coratium, de coratum (francês courage (de coeur , 'coração). Daí verificar-se que o que chamamos de coragem é uma disposição do Sistema de Autopreservação e Preservação da Espécie (SAPE), formado pelo sistema límbico (estruturas do cérebro mais responsáveis pelas emoções) mais o sistema de produção de substâncias químicas no organismo, principalmente os hormônios, destacando-se o sistema glandular endócrino.
Quando falamos em "coragem", logo surge, conforme a lei de contraste de ideais, contraste, na associação a idéia de medo, que é, de um lado, um recurso da Natureza para ajudar na preservação da espécie pela proteção do indivíduo e, de outro, é um sentimento aprendido.
Desde cedo aprendemos a ter medo: do escuro, do bicho-papão, de monstros e outros recursos dos mais velhos para assustar as crianças, a fim de fazê-las obedecer. Depois, quando crescemos, exigem-nos coragem, embora nos tenham preparado, o tempo todo, para sentir medo. Mas aqui nos interessa a anatomia do medo para sabermos criar coragem. São os quadros mentais, ou criados pelos outros e a nós infundidos, ou os que nós mesmos aprendemos a criar. O medo é uma programação criada, quer por imagens fantasiosas mas que geram a química que provoca programação, quer por uma superproteção: "cuidado, vê lá o que você vai fazer," "Deus castiga" são frases comuns acarretadores de medo.
Os quadros mentais que nós criamos, naturalmente emotizados pela sua natureza, desde o início da vida, em especial quando nos afetam, nos tocam, geram a produção de substâncias químicas que vão formar o substrato de nossa programação. Assim, há um tipo de medo aprendido por situações que mexeram com o nosso SAPE, deixando registros indeléveis para nos proteger de situações semelhantes novas.
Assim, é natural que tenhamos medo, como recurso da Natureza para ajudar na preservação da espécie pela preservação do indivíduo. As situações que geram medo para nós foram intimamente ligadas a imagens mentais emotizadas, isto é, revestidas de fortes emoções, pois mexeram no SAPE.
Há, em situações que geram medo, antecipações de quadros mentais que mexem no sistema glandular, por exemplo, as glândulas adrenais lançam adrenalina no sangue com várias finalidades, principalmente para nos preparar a fim de reagirmos ou fugirmos. Assim, toda vez que criarmos quadros mentais emotizados mexemos no sistema glandular, da mesma forma que ao imaginarmos o tamarindo ou limão, as glândulas salivares produzem mais saliva, sob o comando do sistema límbico/hipófise.
Existem os medos que aprendemos porque criamos as imagens mentais que os geram, os medos que nos são ensinados ou impostos, como, por exemplo, os pais que ameaçam os filhos com bicho-papão, Deus castiga, monstros etc. A verdade é que nos ensinam a ter medo e depois querem que sejamos corajosos.
Felizmente, podemos combater qualquer tipo de medo, aplicando a Lei Mental do Efeito Dominante, como veremos adiante.
Vamos ilustrar o que estamos dizendo com exemplo da psicologia militar, tão pouco conhecida das pessoas, embora tão antiga quanto a necessidade de sobrevivência seja a arte da guerra. Não é por acaso que a primeira pessoa sobre quem mais se escreveu no mundo seja Jesus Cristo e a segunda Napoleão Bonaparte, um gênio na arte da guerra.
Vejamos, inicialmente, como estamos usando a palavra "arte": habilidade de usar os recursos disponíveis para obter resultados práticos, de acordo com técnicas e a mais refinada sensibilidade.
No campo dos conhecimentos da arte da guerra, é preciso que se analisem os procedimentos, atividades e exercícios para poder entender como ela se realiza, com profundos conhecimentos da natureza humana. Nesse campo de conhecimento, é preciso que se tenha objetivos bem definidos e altamente emotizados, de tal modo que suplantem os medos já instalados. O objeto maior é a Pátria, com total emotização quanto a seus símbolos: bandeira, hino, território etc.; por isso mesmo se faz até continência, saudação militar que está relacionada ao domínio de si mesmo, ao terreno (território).
Neste ponto já se pode mencionar que para suplantar o medo é preciso que a pessoa tenha objetivos com maior emotização que as situações que produzem medo é, então, entra em cena a Lei do Efeito Dominante: " A situação que entrará em nossa programação é a que tiver maior emotização".
O que nós chamamos de pessoas determinadas são aquelas que persistem, que sabem emotizar o que querem, deixando os aborrecimentos da vida diária em segundo plano em relação aos objetivos que traçou para si.

Geralmente as pessoas que fracassam são as que dão tanto valor aos embates do cotidiano, que se deixam abater pelos pequenos problemas do dia-a-dia, deixando que esses acontecimentos façam concorrência com seus objetivo maiores.
Existe uma atuação latina que diz audaces fortuna juvat (pronuncia-se/audáces fortúna iúvat/), "a sorte favorece os audaciosos". Podemos interpretar audaces como "os que tem coragem", pois a frase foi completada, na Idade Média, com esta outra timidosque repellit (Pronuncia-se/tímidosqüe repélit/), "e os tímidos (isto é, "os que temem") repele".

Na vida, muita gente fracassa por que tem medo; são pessoas que não ousam, quando, de fato, deveriam ter medo de ter medo.


Recebi de: Alguem Acredita em voce [coratium@yahoo.com.br]

The Company Bitch: The Silent Man

The Company Bitch: The Silent Man

Compare sua altura com outras pessoas do cinema ou TV:

Compare sua altura com várias personalidades conhecidas:

clique aqui. (http://www.ringophone.com/tallornot.swf)

30 março, 2006

Brokeback Mountain Cartoons

Epa, até o Superman era gay?
Antes a turma pegava no pé do Batman, e com razão!
Eu não sabia que o Harry era gay
Minha mãe e meu pai foram no cinema ontem. Hoje ele me tomaram meu chapéu de cowboi e meus revolvers. Horrível (diz o outro)
Você não pergunta (diz uma vaca). Eu não responda (diz a outra)
Eu contei a ele sobre o filme dos caubois...
Sim, os meninos viram o filme sobre os caubois alegres, e agora estão brincando disso.

Agência Espacial Brasileira atrapalhou, diz médico de Pontes


O médico da Aeronáutica Luiz Cláudio Lutiis, que faz o acompanhamento da saúde do cosmonauta brasileiro, Marcos Pontes, afirmou nesta quarta-feira que a direção da Agência Espacial Brasileira (AEB) "não ajudou no que deveria e atrapalhou no que podia" na preparação do primeiro vôo para o espaço de um astronauta brasileiro.
"Se ele (Marcos Pontes) tivesse deixado as autoridades tomarem conta do programa e propiciarem a possibilidade do vôo, estaria esperando até hoje. Talvez nem treinamento tivesse feito. Infelizmente, isso é um fato", desabafou Lutiis à BBC Brasil.

"O astronauta está pronto para decolar. Apesar da AEB. As direções da agência de um modo geral não estavam nem um pouquinho preocupadas com a possibilidade de ter um astronauta", disse Lutiis, eximindo os diretores da área científica de responsabilidade.


As críticas do médico da Força Aérea Brasileira à direção da AEB não ficaram só nos preparativos para o histórico vôo de Marcos Pontes na Soyuz TMA-8.

'Isolado'

Lutiis afirmou que sem a ajuda da Nasa "estaria isolado do mundo" na base de Baikonur, no Cazaquistão.

"Nós só estamos conseguindo manter um contato decente via internet graças à colaboração da Nasa. Isso aí é o descompasso. Não é culpa dos russos, não. É que não foi solicitado a eles e de última hora eles não vão fazer mesmo", disse o tenente-coronel médico.

Para comunicar-se com o Brasil, Lutiis afirma estar usando o escritório da Nasa em Baikonur, que fica sob controle total dos americanos. Segundo ele, para ter acesso a equipamentos russos os pedidos teriam que ter sido feitos com antecedência.


Veja fotos do foguete

"De última hora eles não vão fazer mesmo, eles não fazem. Tem muita burocracia, os russos querem com antecedência listas de nomes e passaportes para liberar qualquer coisa."

Fonte:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/03/060329_astronautamedicoaebrw.shtml

Pegos na mentira: especialista ensina a identificar dissimulações em crianças e adolescentes

29/03/2006 - 18h30m



Daniela Leiras - Globo Online

RIO - A cada quatro vezes que as pessoas entram em contato com as outras, em pelo menos uma contam uma mentira. Significa que mentimos em 25% do tempo. A descoberta está no livro "Como identificar a mentira", da psicóloga e professora Mônica Portela, recém-lançado pela editora Quality Mark. A especialista revela que pegar um mentiroso no flagrante não é assim tão difícil. Principalmente os mais jovens, que são mestres em dar pistas.

Dê um presente para uma criança e mate a charada: ela realmente gostou? É fácil descobrir. Basta analisar se seu sorriso é autêntico. E na sala de aula, consegue apontar os estudantes que estão colando na prova? Preste atenção aos seus movimentos e surpreenda o espertinho. A psicóloga explica que, na infância, ocorrem dois fenômenos: as crianças dão mais bandeira na hora de mentir, porém, são mais sensíveis para identificar a mentira nos adultos. Veja os principais sinais da mentira clicando aqui e aprenda mais dicas na entrevista a seguir.

Crianças costumam ser rotuladas de autênticas, puras e ingênuas, mas não escapam da mentira. Qual a idade em que a dissimulação fica mais aparente?

Mônica Portella: Uma criança de 2 anos já mente, mas muito mal. Os mais novos dão mais pistas. Por exemplo, um menino que mente dizendo que sua irmã bateu nele começa a berrar, mas não consegue chorar. Ou, se não quer comer, fala que a comida está ruim. Na fase pré-escolar (3-4 anos), as crianças aprendem a ter um controle maior sobre seus gestos, posturas e expressões faciais. A partir dos 5, 6 anos, a maior parte delas já é capaz de relatar quando e por que precisa mentir sobre suas emoções e entende como isso afeta outras pessoas.

O comportamento dos pais pode incentivar uma criança a mentir?

À medida que elas são socializadas, aprendem o que devem ou não expressar nas várias situações, inibindo sua espontaneidade. Durante o ensinamento das regras de convivência, muitas vezes os pais fazem a criança esconder que está decepcionada. Se ela ganha um presente que não gostou e verbaliza isso, os pais logo rebatem: "Gostou sim, meu filho!". A partir daí, ela entende que tem que esconder o verdadeiro sentimento. E se tiver que dar um sorriso nestas circunstâncias - o que acontece mais com as meninas - vai soar falso.

O que é mais difícil: mentir com o rosto ou com as palavras?

Nos adultos, é mais fácil esconder a mentira com as palavras, depois com o rosto. O mais difícil é ter consciência de nossa postura corporal. As crianças têm menos controle, principalmente do rosto. A expressão fica torta: uma parte mostra raiva e a outra, tristeza. Isso acontece, por exemplo, quando ela morre de vontade de pular no pescocinho do irmãozinho, mas não é adequado mostrar para a mãe. No discurso mentiroso, um gesto muito usado é esconder a boca com as duas mãos. Em certos casos, ela começa a falar a verdade, se dá conta de que não pode e tenta corrigir. A emenda acaba saindo pior do que o soneto. Ou então ela revela o que não podia contar, mas aí já é tarde demais.

A mentira acaba se tornando uma necessidade?

As crianças geralmente mentem por medo de sofrer alguma sanção. As que são de família de nível socioeconômico mais baixo podem dizer que têm um brinquedo que na verdade não é delas, ou que moram num lugar diferente da realidade. Elas temem ser rejeitadas pelos amiguinhos.

No seu livro, há um trecho que diz que as crianças têm mais facilidade do que os adultos para perceber a mentira...

Parece que elas têm um sexto sentido. Não adianta papai e mamãe esconderem que estão se separando e contarem uma história da carochinha. Os filhos percebem e a dissimulação dos pais tende a gerar ainda mais insegurança nas crianças. Outra cena comum é a filha perguntar: "Mamãe, por que você está triste?". Se ela responder que não está, a filha certamente vai rebater: "Está sim!". Com 4, 5 anos, as crianças já sabem colocar os pais contra a parede. Elas não têm papas na língua.

Muitos adolescentes se acham espertos quando tentam colar nas provas. Que gestos poderiam denunciá-los?

Os professores já conhecem a personalidade de seus alunos. E podem identificar que um estudante quer colar quando ele olha muito para quem toma conta da prova, tende a se mexer mais na carteira e colocar a mão na cabeça. É preciso, no entanto, cuidado para não confundir os sinais típicos de quem está colando com os de um estudante que está apenas nervoso e ansioso com o exame.

Como os professores devem lidar com os estudantes que mentem em sala de aula?

É importante não expor o jovem na frente de seus colegas. Numa situação de furto, por exemplo, o professor deve conversar com o aluno e fazer com que ele devolva o objeto. Mostrando as conseqüências sim, mas sem expor a pessoa ao ridículo. Os pais também devem ficar atentos na hora de reprimir seus filhos. Em vez de afirmar "você é um mentiroso", diga que a criança errou naquele momento e que não deve mais mentir. Do contrário, a criança ficará rotulada como mentirosa e terá sua auto-imagem destruída. Por isso, devemos criticar o comportamento e não a pessoa.

Para saber mais sobre as características dos mentirosos, clique aqui

Fonte:

http://oglobo.globo.com/online/educacao/mat/2006/03/29/246621278.asp

29 março, 2006

Lojas não podem fixar valor mínimo para venda com cartão de crédito, diz advogado

Rui Pizarro



RIO - A prática adotada por alguns estabelecimentos comerciais, como restaurantes, lanchonetes e lojas de shoppings, de não utilizar ou restringir o uso de cartões é um direito do comerciante que prejudica mais o próprio negócio do que o cliente. O alerta é da diretora de fiscalização da Fundação Procon-SP, vinculada à Secretaria de Estado de Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo, Joung Wom Kim .

Os casos de não aceitação de cartões de crédito ou débito, cheques e tickets têm aumentado entre comerciantes, cada vez mais preocupados com os altos índices de inadimplência. Entretanto, a decisão acaba sendo tão prejudicial para a empresa, quanto para o cliente, conforme explica Wom Kim:

- O comerciante pode recusar o cartão, mas o consumidor tem a opção e a liberdade de comprar em outro lugar e nunca mais voltar àquela loja. O comerciante economiza ao deixar de pagar as taxas das operadoras, mas o número de clientes cairá drasticamente, já que é cada vez maior o número de pessoas que usam cartão até para pequenas compras. Até feirantes já estão aceitando cartões - ressalta.

De acordo com o advogado Arthur Rollo, especialista em Direito do Consumidor, a rigor os fornecedores só estão obrigados a aceitar pagamento em dinheiro. Assim, se um consumidor quiser pagar cinqüenta reais em moedas, por exemplo, o fornecedor será obrigado a receber.

- A recusa do recebimento de moeda corrente no país, por quem quer que seja e não só pelos fornecedores, configura contravenção penal prevista no art. 43 da Lei de Contravenções Penais - lembra o advogado do escritório Alberto Rollo, de São Paulo.

Mas, a partir do momento em que decide trabalhar com algum tipo de cartão, seja de débito ou crédito, o comerciante precisa avisar os clientes com antecedência por meio de cartazes ou de bandeiras das empresas (Visa, Mastercard, Credicard etc) impressas nos cardápios ou coladas nas paredes ou janelas.

- O cliente até pode perguntar, antes de consumir, se a casa aceita cartões, mas o comerciante precisa deixar bem à vista de todos, com quais empresas trabalha. O que não pode é fixar um valor mínimo para a aceitação do cartão, nem recusar qualquer um dos cartões afixados no estabelecimento como aceitável, alegando ter se esquecido de retirar a bandeira - esclarece Arthur Rollo.

Conforme ressalta a diretora do Procon, o consumidor deve ser informado com clareza e antecedência, a fim de evitar constrangimentos. Em especial, assinala Wom Kim, quando a praxe no setor é a aceitação de cheques, cartões e tickets, como nos shoppings.

- Nesses casos, o cuidado em avisar que um determinado cartão ou ticket não é aceito deve ser ainda maior. No caso de aceitar cheques, o comerciante será obrigado a aceitar de todos os bancos e de contas abertas em qualquer tempo desde, obviamente, que o cliente apresente os documentos que comprovem ser sua a conta - frisa.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/especiais/impostos/2006/03/24/225181766.asp

Blindagem no BC


Sergio Fadul e Regina Alvarez


BRASÍLIA


A saída encontrada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tranqüilizar os mercados e evitar atritos com o novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi reforçar a blindagem e a independência do Banco Central (BC). Numa conversa ontem de manhã com o presidente do BC, Henrique Meirelles, Lula deixou claro que não haverá intermediários entre os dois. Ao pedir que permanecesse no cargo, o presidente garantiu a Meirelles peso político no governo, preservação da autonomia do BC e manutenção da orientação para a política econômica. Ficou definida uma linha divisória entre Fazenda e BC: não há mais relação de subordinação entre ambos.



— Estive com o presidente da República, que reafirmou a autonomia do BC e, mais uma vez, a possibilidade de exercer a nossa função. O trabalho segue normalmente — disse Meirelles, na cerimônia de posse de Mantega.



Uma das grandes preocupações do mercado e de analistas sobre os rumos da economia sem Antonio Palocci eram as críticas públicas e notórias do novo ministro da Fazenda à condução da política monetária. Outro temor era a possibilidade de debandada da equipe do BC, temendo-se interferências nas suas decisões.



Satisfeito com o que ouviu de Lula, Meirelles confidenciou a interlocutores que vai agora assumir plenamente a posição de ministro de Estado. O cargo de presidente do BC passou a ter status de ministro em agosto de 2004 com a edição da medida provisória 207. Sua vinculação passou a ser com a Presidência da República e não mais com a Fazenda.



Mas, com a afinidade que tinha com Palocci e o papel de fiador do ex-ministro, Meirelles nunca fizera uso formal dessa prerrogativa nem havia sido estimulado a fazê-lo. Ele recorria a Palocci para fazer o meio de campo com Lula e os demais ministros.



Com a mudança no comando da Fazenda, esse vínculo deixou de existir e a relação do presidente do BC com o Palácio do Planalto será direta. Publicamente, Meirelles procurou mostrar ontem que pretende ter um convívio pacífico com o novo ministro da Fazenda. Perguntado como havia recebido a escolha de Mantega, disse que é um prazer tê-lo de novo como colega no Conselho Monetário Nacional (CMN):



— Fomos colegas de trabalho e vamos voltar a ser colegas. A experiência que tivemos foi muito positiva quando ele esteve no Planejamento.



Mantega também adotou um discurso mais ameno e conciliador ao se referir à relação que pretende ter com o BC e seu presidente.



— Estamos em sintonia. Se houve alguma desavença no passado, foi profissional, nunca discutimos pessoalmente. E mesmo essas desavenças profissionais que posso ter tido com membros do BC, quando acreditava que os juros deviam cair, já foram sanadas, pois os juros já estão nessa rota — disse o ministro.



Mais cedo, no entanto, durante entrevista no “Bom Dia, Brasil”, da TV Globo, Mantega dissera:



— O Brasil tem que ter taxas de juros mais civilizadas, que permitam estimular a produção e o consumo. A inflação estando sob controle, não há nada que impeça a queda das taxas de juros. O BC tem autonomia, dada pelo presidente. Vamos respeitá-la, e vamos dialogar.



‘Papel do banco não está em discussão’



Nos bastidores, a avaliação é de que Mantega não tem nem terá o peso de Palocci no comando da economia, por isso o canal de comunicação no governo terá que ser feito diretamente com o presidente Lula.



— Meirelles fica. É ministro e o presidente confia no trabalho dele. O papel do BC não está em discussão. Há todo um reconhecimento do trabalho que o BC está fazendo — disse o líder do governo do Senado, senador Aloizio Mercadante (PT-SP).



O discurso de que a autonomia do BC seria mantida e reforçada foi repetido por outros ministros presentes à cerimônia, entre eles Ciro Gomes, da Integração Nacional.



Mesmo sendo fixados limites de atuação do ministro da Fazenda e do presidente do BC, o risco de conflitos entre os dois não é descartado. O BC tem adotado uma posição conservadora em relação à queda das taxas, indicando redução lenta e gradual. No banco, a avaliação é que Mantega não participa do Copom e, portanto, não influencia as decisões. Mas o novo ministro é muito próximo de Lula e deve se valer disso para convencê-lo de suas posições sobre juros.



COLABOROU Cristiane Jungblut



Fonte:
http://oglobo.globo.com/jornal/economia/246617470.asp


Comentário:

Uma ótima medida para nós brasileiros, tal como na Alemanha, a independência do Banco Central do Governo é total. Inclusive lá, a eleição do presidente da instituição é feita na metade do mandato do primeiro-ministro, deixando sempre um presidente do Banco sendo eleito no mandato anterior. Só falta isto aqui. Manda ver Lula. Deixa estes idiotas do PSDB de cabelo em pé, já que eles não querem apurar nada e somente atrapalhar o programa de estabilização econômica.

Terrorismo de mercado

ELIO GASPARI



Terrorismo de mercado — esse é o nome da tentativa de emparedamento do novo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Em 2002, a casa bancária americana Goldman Sachs criou o Lulômetro, uma elegante equação destinada a medir a relação entre o dólar e a falta de confiança em Nosso Guia. O sábio Paulo Leme, um dos diretores do banco à época da gracinha, jamais imaginaria que o dólar-companheiro pudesse ficar na casa dos R$ 2,10. Também foi terrorismo a propagação, em 1994, da patranha segundo a qual Lula congelaria a poupança da patuléia. (A malvadeza saiu da cabeça do doutor Gustavo Franco e foi divulgada pela assessoria de imprensa do PSDB.)




O terrorismo de mercado é um instrumento eficaz de intimidação política. Em certos casos, rende também um dinheirinho fácil. Por exemplo: durante os piores dias da crise cambial de 1999, o economista Lawrence Brainard escreveu no boletim da Chase Securities que o Brasil precisava de um calote. O presidente argentino Carlos Menem foi na mesma linha. Admita-se que alguém anteviu um pânico injustificado e resolveu ganhar algum. Comprou papéis brasileiros despencados por 50% do valor de face. Uma semana depois o mesmo papel valia 56,25%. Um lucro de 6,25% em cinco dias úteis, nada mal. Tem tucano de muita pena que até hoje desconfia do altruísmo de Menem ao fazer a proposta.




Os motivos que levaram Lula a nomear Guido Mantega para o Ministério da Fazenda pertencem ao discernimento do presidente, que já foi chamado por ele de “Grande Timoneiro”. Sua passagem pelo Ministério do Planejamento e pelo BNDES foi marcada por um comportamento austero.




Pode-se esquecer a maneira estabanada como negociou os primórdios do projeto das Parcerias Público Privadas com as grandes empreiteiras.




Felizmente, a trapalhada foi revertida no Senado. Se Mantega ou o novo presidente do BNDES, Demian Fiocca, tentassem fazer coisa parecida nos dias de hoje, os feitos valorosos de Palocci seriam folguedos juvenis.




O novo ministro deu sua contribuição ao conhecimento da macroeconomia quando anunciou que “eu não derrubo, só levanto o PIB”. Mesmo assim, qualquer tentativa de obrigá-lo a atos de contrição é iniciativa indevida, impertinente.




Uma coisa é julgá-lo pelo que venha a fazer. Outra é querer que faça o que lhe mandam para obter um bom julgamento.




As quiromantes do mercado de consultoria e os gatos gordos do papelório foram incapazes de dizer uma só palavra enquanto Antônio Pallocci e Jorge Mattoso barbarizavam o sigilo bancário de um cidadão brasileiro. O interesse dos “mercados” pela quebra de contratos dos Francenildos desta vida é nulo.




Faltou cortesia ao doutor Murilo Portugal, secretário-executivo da Fazenda, demitindo-se sumária e irrevogavelmente na própria segunda-feira. Ele escreveu que assim procedeu “tendo em vista o pedido de exoneração apresentado hoje pelo ministro Palocci”. Enquanto se admitiu que pudesse ser o novo ministro, Portugal não falou em deixar o governo. Ninguém poderia obrigá-lo a conviver com Mantega, mas um hierarca de Getulio Vargas já ensinou, faz tempo: “Perdi o ministério, mas não perdi a educação.” É razoável que a ekipe de Palocci vá para casa, mas nada lhe custa fazer isso sem bater a porta.




Numa hora dessas a elegância faz bem a todo mundo e evita que alguns espertos ganhem um dinheirinho fácil.



ELIO GASPARI é jornalista.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/jornal/colunas/gaspari.asp

28 março, 2006

Astronauta brasileiro tem o sorriso de Gagarin, dizem russos


Gagarin está a esquerda, com o quepe

28/03/2006 - 10h12

ERIC BRÜCHER CAMARA
da BBC Brasil, em Baikonur, no Cazaquistão

O cosmonauta brasileiro, tenente-coronel Marcos Pontes, está sendo comparado pelos russos ao pioneiro da exploração espacial Yuri Gagarin por sua simpatia, de acordo com o médico da Aeronáutica responsável pelo acompanhamento do astronauta, tenente-coronel Luiz Cláudio Lutiis.

"As pessoas dizem que ele tem o sorriso de Gagarin", afirmou Lutiis nesta terça-feira, no Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. "Ele é muito alegre, o tempo todo está sorrindo e é muito comunicativo. O Gagarin era assim também."

Clique aqui para ver fotos do foguete

Além do carisma, o médico afirma que Pontes também impressionou os russos por seu excelente desempenho nos testes e treinamentos que vem enfrentando desde que chegou à Cidade das Estrelas, em Moscou, e depois ao Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.

Pioneiros

O astronauta russo Fyodor Yurichikihin, treinado para ser o substituto de Pontes no caso de o brasileiro não poder embarcar --já que todos os tripulantes da Soyuz têm um "reserva"-- também comparou Pontes a Gagarin do ponto de vista do pioneirismo.

Nesta terça-feira, o astronauta brasileiro deve completar mais uma série de testes antes do vôo de quinta-feira (quarta-feira, em Brasília).

Pontes deve simular o embarque e a preparação para a decolagem vestindo o traje espacial e os equipamentos que serão utilizados no dia do vôo.

Nesta terça-feira, os foguetes que levarão a nave do brasileiro ao espaço, a Soyuz TMA-8, foram transportados por um trem com duas locomotivas até a plataforma de lançamento 1 de Baikonur, batizada de Gagarin por ter sido o local de onde saiu o histórico primeiro vôo espacial tripulado.

Ainda durante a manhã, os sistemas de propulsão da Soyuz foram içados à posição vertical e "abraçados" pelas torres de acesso para que os engenheiros possam realizar os últimos testes e ajustes dos equipamentos.

A decolagem da missão rumo à Estação Espacial Internacional está marcada para as 8h29 de quinta-feira, no horário local (23h29 de quarta-feira, em Brasília).

Leia mais

Nave de brasileiro vai à plataforma nesta terça

Especial

Leia o que já foi publicado sobre o astronauta brasileiro

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u52077.shtml

Justiça obriga mulher atropelada a indenizar motoqueiro no RS

27/03/2006 - 22h46

LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre

Uma mulher atropelada na avenida principal do município gaúcho de Guaíba (região metropolitana de Porto Alegre), além de sofrer traumatismo craniano e estiramento na perna direita, foi condenada a pagar R$ 1.800 ao motorista da moto que a atingiu.

O episódio ocorreu em 30 de novembro de 2004. A dona-de-casa Nilséia Rodrigues da Silva, 40, atravessava a avenida São Geraldo quando foi atropelada.

O motorista da moto, Robson Eduardo Fernandes, 19, entrou com a ação no dia 14 de dezembro de 2004, e a sentença, proferida ainda em primeiro grau pelo Juizado Especial Cível de Guaíba, foi definida no dia 15 deste mês.

De acordo com a sentença, a dona-de-casa terá de pagar R$ 1.800 ao motorista da moto, valor referente aos gastos pelo conserto do veículo. A sentença definiu Silva como culpada por imprudência ao não tomar precauções no momento de atravessar a avenida.

Como base para a decisão, foi utilizado o artigo 69 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), segundo o qual o pedestre tem a responsabilidade de estar atento ao cruzar uma pista, levando em conta a visibilidade, a distância, a velocidade dos carros e motos e a obrigação de usar a faixa de segurança --o pedestre pode atravessar fora da faixa se a mais próxima estiver a mais de 50 metros de distância.

No caso da dona-de-casa, ela atravessou fora da faixa de segurança. Mesmo assim, sustenta que estava atenta ao tráfego, e que a moto surgiu repentinamente. Para justificar o fato de ter atravessado fora da faixa de segurança, ela alega que estava longe da mais próxima --calcula que estava a uma distância superior a 50 metros.

Ela chegou a arrolar duas testemunhas para falar em seu favor. As duas, porém, disseram não ter visto o atropelamento.

Defesas

Procurado pela Folha, o motorista não se pronunciou sobre o episódio, sob a alegação de que a decisão é de primeiro grau e, portanto, ainda cabem recursos para modificá-la. Ele é autor do processo com seu irmão, Elton Natalino Fernandes, proprietário da moto.

A advogada de Silva, Cássia Bezerra Marques, deve recorrer até o final da semana que vem. Em contato com a reportagem, não quis entrar em detalhes sobre a linha da sua apelação ao Tribunal de Justiça. Entende que qualquer declaração sua ou da sua cliente pode ser prejudicial a estratégia no recurso.

O advogado de Fernandes, Clenio Orlei Sturzbecher, afirmou que a lei se aplica também aos pedestres. "A lei existe tanto para o motorista quanto para o pedestre. Levamos testemunhas que viram a ré atravessar a rua sem olhar para os lados, além de estar fora da faixa de segurança e a poucos metros de um semáforo."

De acordo com Darlan Adriano, assessor técnico do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), "o Código de Trânsito Brasileiro prevê uma série de obrigações do pedestre".

O juiz responsável pelo processo, Gilberto Shäfer, define o caso como inusitado, pois inverte completamente o ônus e não apenas define danos concorrentes. É o primeiro caso que ele tem notícia no qual toda a culpa fica com o atropelado.

"A ação inverte o ônus, já que a presunção é sempre a de que o motorista foi o imprudente. Mas nesse caso ficou comprovado, pelas provas e testemunhas, a culpa da atropelada por não ter tomado a devida precaução", disse ele.

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u119800.shtml

Justiça anula casamento por mulher recusar sexo no RS

27/03/2006 - 23h01

LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre

Após um ano de casamento, o casal C.A.L., 30, e O.A.L., 30, teve o casamento anulado pela 7ª Câmara Cível do TJ-RS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul), porque a mulher recusou-se a fazer sexo com o marido.

A anulação foi uma forma de evitar as conseqüências da comunhão parcial de bens, regime pelo qual os cônjuges ficam obrigados a dividir todos os bens adquiridos durante o casamento.

C.A.L., um biscateiro, tomou a precaução para evitar um prejuízo. Com a anulação, é desconsiderado o casamento e, conseqüentemente, todas as obrigações legais dele derivadas. Os dois se mantiveram casados entre setembro de 2002 e setembro de 2003. O.A.L. sempre se recusou a fazer sexo, sem dar explicações.

De acordo com o TJ-RS, o casamento não consumado devido à recusa permanente ao relacionamento sexual revela desconhecimento sobre a identidade psicofísica do parceiro, tornando insuportável o convívio conjugal, o que caracteriza a anulação do casamento.

O Ministério Público, que atuou com C.A.L. no caso, alegou não ter ficado esclarecido o motivo pelo qual O.A.L. se recusava a manter relações sexuais com o marido.

Argumentou que a negativa poderia decorrer de problemas físicos ou mentais, ou mesmo da vontade da mulher, o que dá causa à anulação do casamento, segundo o artigo 1.557, incisos 1, 3 e 4, do Código Civil. A base da sustentação foi que é injusto sujeitar o cônjuge ao status de separado ou divorciado, com as conseqüências patrimoniais decorrentes.

O marido declarou haver rejeição contínua desde a noite de núpcias. Manifestou que a relação sexual integra a vida em comum, não aceitando a omissão da mulher, que poderia ter declarado antes do casamento sua negativa às relações sexuais.

"Se soubesse previamente da opção da mulher em negar-se ao ato sexual, não teria casado com ela", afirmou ele, na abertura do processo.

Ela também quis o final do casamento, mas por meio do divórcio. Alegou que o casamento foi fracassado em razão da incompreensão do marido, que deveria ter procurado superar o problema em conjunto, cabendo-lhe recorrer à separação judicial ou ao divórcio, se desejasse a dissolução.

"A recusa às relações sexuais não afeta os planos de existência, validade e eficácia do matrimônio", disse ela.

De acordo com o desembargador José Carlos Teixeira Giorgis, relator do recurso, "a reiteração da conduta, de forma imotivada, viola deveres da vida em comum e consideração com o cônjuge, afetando o princípio solar da dignidade da pessoa humana e de sua imagem".

"O fato de que o cônjuge desconhecia completamente que, após o casamento, não obteria do outro cônjuge anuência para realização de conjunção carnal demonstra a ocorrência de erro essencial", diz o acórdão do TJ-RS.

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u119807.shtml

24 março, 2006

Pix-Library

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Pol�tica de fachada

Política de fachada

Book Reviews

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Avião que derrapou em Congonhas teve problema em Salvador

23/03/2006 - 17h41m

O DAC afirmou que o aeroporto não tem problemas com o acúmulo de água nas pistas! Dá para acreditar?

Cleide Carvalho - Globo Online

SÃO PAULO - O Boeing 737-400 da BRA que derrapou nesta quarta-feira na pista do Aeroporto de Congonhas, com 115 passageiros a bordo, já tinha registrado problemas hidráulicos em Salvador. O avião, que havia decolado de Recife, ficou 50 minutos parado em Salvador e, antes de pousar no Aeroporto de Congonhas, tinha pedido autorização para estacionar fora do finger por causa do problema.

A assessoria de imprensa da BRA informou que a empresa não pretende mais se pronunciar sobre a derrapagem do avião e que tudo o que tinha a dizer foi dito nesta quarta-feira. A nota oficial da empresa sobre a derrapagem afirma que o problema foi causado por acúmulo de água na pista: "O Boeing 737-400 da BRA, vôo número 1071, que fazia a rota Recife - Salvador - Rio de Janeiro, aterrissou durante forte chuva que atingiu a cidade de São Paulo. Em virtude do grande acúmulo de água na pista do Aeroporto de Congonhas, o comandante fez um procedimento normal, conhecido como zigue-zague (para alongar a pista) e, ao final da operação, a aeronave derrapou. Não houve feridos. A BRA informa que o incidente será investigado.".

Segundo uma fonte do setor, o avião passou por um serviço de manutenção em Salvador.

A BRA é a mais nova empresa de aviação do país a oferecer vôos regulares em Congonhas. Ela opera rotas para 32 cidades do país, em 33 aeroportos. Em 2005 transportou 1,5 milhão de pessoas, 200 mil a mais do que em 2004. Os vôos domésticos regulares começaram a ser operados pela empresa no ano passado. A companhia entrou no mercado há seis anos, oferecendo apenas vôos fretados, num total de 35 destinos. A proposta da empresa é popularizar o mercado, oferecendo preços mais baixos. Segundo a BRA, 95% dos brasileiros estão excluídos deste mercado. No ano passado, 45% dos passageiros da empresa viajaram pela primeira vez num vôo operado pela BRA.

A empresa opera 42 vôos regulares por semana, para Salvador, Recife, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, Brasília e Rio de Janeiro. Os passageiros têm transporte gratuito no terminal Barra Funda, zona oeste, para Congonhas e, dali, para Guarulhos. O avião 737-400 que derrapou nesta quarta-feira tem capacidade para 170 passageiros.

Fonte:

http://oglobo.globo.com/online/sp/plantao/2006/03/23/194542049.asp

John Major prevê um mundo com seis motores

23/3/2006

Os EUA continuarão os maiores, Europa e Japão continuarão ricos, mas a economia mundial dependerá cada vez menos desses três motores, pois está em processo de ganhar outros três: China, Sudeste Asiático e Índia. Segundo o ex-primeiro-ministro britânico John Major, esse é o mundo no qual o Brasil terá de se inserir e fazer negócios.

Major, de 62 anos, é uma figura insólita entre os ex-líderes mundiais. Premiê de 1990 a 97, ele deixou cedo a política não para um cargo numa instituição multilateral, o que é mais comum, mas por uma carreira na iniciativa privada, o que inclui o posto de conselheiro-sênior do banco Credit Suisse.

Fã de esporte, Major está escrevendo um livro sobre a história social do críquete. Ao contrário muita gente, ele não vê um favoritismo destacado do Brasil na Copa do Mundo. "Numa competição como essa, todo mundo pode ter um dia ruim". Mas lamenta que Ronaldinho jogue no Barcelona e não no Chelsea, seu time de coração.

Se não no futebol, Major é otimista com a perspectiva do Brasil na economia. Ele elogiou os fundamentos econômicos e disse que o país é equiparado à China e à Índia por investidores internacionais. E que, apesar de alguns problemas, como a excessiva taxação corporativa, tem vantagens comparativas em relação aos asiáticos, como a auto-suficiência em petróleo.

O que o sr. veio dizer sobre a percepção externa do Brasil?

John Major: A primeira coisa é notar como o país mudou notavelmente nos últimos anos. Dez anos atrás, ninguém esperaria que o Brasil conseguisse endireitar seus fundamentos econômicos. Ainda há coisas a fazer, mas os fundamentos estão corretos. O país está está crescendo continuamente, ainda que não espetacularmente, tem uma moeda sólida, está repagando sua dívida, está se diversificando em termos industriais.

Diante da turbulência de algumas áreas na América Latina, é impressionante o modo como as coisas evoluíram no Brasil. A percepção externa do Brasil hoje é que o país tem uma perspectiva extraordinária. As pessoas o equiparam à China e à Índia em termos de perspectivas para o futuro.

Há problemas. A visão do investidor estrangeiro é que o Brasil taxa demais no nível corporativo, é excessivamente regulamentado e ainda é muito burocrático. Mas tudo isso é passível de correção pela ação do governo. E acho que as pessoas estão cada vez mais interessadas no Brasil como um mercado emergente global e como um lugar para investir, para negócios.

O país está ganhando um crescente high profile e é visto de modo bem favorável no mundo.

E o que dizer da China?

Major: Há muito a dizer sobre a China. O país teve crescimento de 9,5% em média nos últimos dez anos. Esses são os números oficiais, mas provavelmente foi mais do que isso. É um sucesso extraordinário. Mas poucas empresas que foram para lá estão tendo lucros muito grandes, e sim um lucro certo e contínuo, nada de espetacular. O investimento foi em grande parte atraído pelo potencial futuro, mais do que pelas perspectivas atuais.

As pessoas continuam esperando que o crescimento da China vá cair espetacularmente. Eu acho que o país está um pouco superaquecido e pode desacelerar um pouco, mas, por uma série de razões, acho que o crescimento não vai cair muito. A China vai continuar crescendo. O nível de investimento e a margem de crescimento ainda são substanciais.

O que veremos em relação à China é que ela enfrentará problemas que não teria não fosse pelo seu enorme sucesso. As pessoas olham para a China e para a sua competitividade e não enxergam os problemas que estão surgindo. Por exemplo, há centenas de milhões de pessoas do interior da China mudando-se para a costa, para as zonas quentes da economia. Isso é um grande problema para o governo. O antigo sistema local, no vilarejo, de cuidar das pessoas, uma espécie de seguridade social, está morrendo. As pessoas começam a exigir que o governo atue pela seguridade social. A China enfrenta ainda um crescente problema para satisfazer sua necessidade de energia. Toda vez que você vê um chinês no exterior, ele tenta assinar um acordo de energia.

Além disso, em lugares como Xangai, talvez a cidade mais fascinante do mundo para negócios, eles estão cada vez mais relutantes em aceitar micromanagement de Pequim. As autoridades chinesas enfrentam assim um paradoxo: para continuarem como estão e seguir no poder, precisam delegar algum poder, mas isso é alheio ao modo como a China vem sendo governada há muito tempo.

Assim, a China oferece imensas oportunidades, mas, se tem as vantagens de um sistema semicapitalista, ela também está começando a enfrentar as desvantagens disso, sendo o desemprego a mais óbvia. O que vemos na China é uma série de mudanças muito complexa.

Os europeus, e o mundo em geral, parecem temer a China. O sr. tem medo da China?

Major: Não. Economicamente, as pessoas estão preocupadas com a competitividade da China. E eles são muito competitivos pois têm um infindável estoque de mão-de-obra barata e um volume muito grande de investimento externo direto, entre US$ 50 bilhões e US$ 60 bilhões por ano. Ter o desenvolvimento financiado externamente, e não internamente, é um poderoso fator de crescimento. E isso traz consigo uma grande quantidade de tecnologia para a China.

Eu compreendo perfeitamente por que as pessoas estão preocupadas com a China, e elas estão certas. Em algumas áreas não seremos capazes, nós europeus e talvez nem os EUA, de competir com a China. Mas talvez a América Latina consiga. A América Latina tem uma estrutura de custos potencialmente muito eficiente. Por isso, a região tem menos motivos para se preocupar. Mas a China também começara a enfrentar problemas.

O que o sr. diria a um trabalhador que perdeu o emprego devido à competição chinesa?

Major: Muitas pessoas vão perder seus empregos também pela competição européia ou brasileira. Vivemos num mundo globalizado agora e, a não ser que optemos pela proteção - e nesse caso as pessoas que sofrerão mais serão sem dúvida as que têm menos -, encontraremos em alguma parte do mundo alguém que possa competir com o que tradicionalmente fazemos. Estamos vendo muito isso na Europa agora. Não só por causa da China nem da Índia, mas por causa do Leste Europeu.

Há um grande fluxo de investimento industrial da Europa Ocidental para a Europa Central e Oriental. E a razão é evidente: o custo de empregar um engenheiro é nove vezes maior em Paris ou Londres do que na Eslováquia. E estamos falando de engenheiros com qualificações comparáveis. Você não pode enfrentar isso. E, se você quiser ter um mercado globalizado sem controles de câmbio, com livre fluxo de investimentos e capitais, há áreas nas quais um país será mais competitivo que outros.

Assim, não há uma resposta simples para quem perde seu emprego, a não ser tentar impor proteções, o que pioraria ainda mais as coisas em vez melhorar, pois os outros retaliariam.

O que é que o Brasil mais quer agora? Eu acho que é um final bem-sucedido da rodada de Doha [da OMC], com a abertura do mercado europeu de produtos agrícolas para as exportações brasileiras e latino-americanas. Se as pessoas quiserem proteção, é uma boa razão para não abrir esses mercados.

O sr. está otimista em relação às negociações de Doha?

Major: Moderadamente. Essas coisas sempre se arrastam até o último minuto, com as pessoas dizendo que é impossível, já que elas querem o melhor acordo possível para si. Mas acho que haverá uma conclusão. Será que ela atenderá as nossos melhores expectativas? Duvido. Será que realizará nossos maiores temores? Duvido também. Haverá progresso, talvez progresso significativo, mas não tanto quanto gostaríamos.

Os chineses estão sendo muito agressivos em garantir fornecimento de commodities e energia. Isto não vai se chocar com interesses americanos e europeus?

Major: Isso já ocorre. No caso do petróleo, por exemplo, os EUA consomem um quarto do petróleo mundial. E importam boa parte do petróleo que consomem. Há uma competição tremenda por matérias-primas, e isso vai continuar. Mas mesmo em outras commodities, como minerais, haverá crescente competição por recursos que são exauríveis. Os preços vão refletir isso. O chineses estão mirando no longo prazo, eles pensam em termos de geração e estão tentando garantir suprimento de energia e commodities agrícolas com acordos de longo prazo. Acho que outros países farão o mesmo.

Então os preços de petróleo e commodities seguirão altos?

Major: Sim. Há uns quatro anos um ministro do petróleo do Golfo Pérsico me disse que estava plenamente satisfeito com o petróleo entre US$ 22 e US$ 26 [o barril]. Se fosse para US$ 30, seria ótimo. O dólar caiu nesse período, mas hoje estamos com preços acima de US$ 60. E não vejo nenhuma razão para que caiam significativamente, a não ser em breves períodos, por alguma queda na demanda ou alta na produção. Pelo contrário, acho que o preço do petróleo vai endurecer pelo resto desta década, conforme as pessoas forem percebendo que é um recurso finito e que a demanda cresce rapidamente.

Considere apenas o que o crescimento da China fez pela demanda nos últimos anos. Acrescente a isso o crescimento de Índia, Brasil e outros países emergentes pelos próximos dez anos. As melhores estimativas dizem que, em 20 anos, a demanda por petróleo vai crescer 50%. E não teremos uma alta de 50% na produção nem acharemos novas reservas de petróleo que satisfaçam essa demanda. Junte isso, e teremos uma pressão nos preços.

O sr. não confia em políticas de substituição do petróleo?

Major: Elas não chegarão em tempo. Dá para aumentar a oferta de gás, a fonte mais óbvia, mas ela não satisfará a crescente demanda. Fala-se em energia nuclear. Mesmo onde isso for aceitável, e nem todos a acham aceitável, há um intervalo muito grande entre o investimento e a geração de energia. Há a energia solar, mas estamos longe ainda da tecnologia necessária para um uso amplo. Há as células fotovoltaicas, mas estamos ainda a bilhões e bilhões de dólares de investimentos antes de ser uma tecnologia rentável. Tudo isso terá um papel com o tempo, mas as projeções são de que a fatia do petróleo em 20 anos será idêntica à de hoje.

Assim assim, o sr. acredita num revival da energia nuclear?

Major: Acho que haverá, mas não sei o quão grande será. Alguns países vão voltar a investir em energia nuclear, simplesmente por não verem outra alternativa. Isso deve acontecer na Europa e talvez nos EUA.

O Brasil deve se tornar auto-suficiente em petróleo este ano. Isso é uma vantagem na competição com a China e a Índia?

Major: Certamente é uma vantagem substancial, junto com a base mineral de vocês. É uma das razões pelas quais podemos ficar confiantes em relação ao futuro do Brasil. O Brasil está se tornando uma democracia estável, e isso também é uma vantagem. Os chineses ainda não têm isso. Vocês têm ainda outras vantagens, como uma força de trabalho potencialmente grande, se treinada corretamente, e um grande território, o que reduz o custo da terra, que é muito alto na Europa. Há muitas razões, caso haja estabilidade política e políticas governamentais que enfrentem as deficiências atuais, para estar otimista com o futuro do Brasil.

Há razões políticas também. Quando o presidente Lula esteve em Londres, ouviu de todos os partidos que eles apóiam a pretensão do Brasil de se tornar um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Achamos que o Conselho está ultrapassado e que deve ser acrescido de alguns países, que são Brasil, Alemanha, Japão, Índia e talvez África do Sul ou Nigéria. Isso é uma evidência da percepção diferente quanto a esses países em relação há 20 anos.

Falamos de Brasil, China e Índia. O que o sr. acha da Rússia?

Major: A Rússia é muito diferente da velha União Soviética. Militarmente não é mais uma ameaça significativa. Economicamente, desde que você encontre um bom parceiro, é um lugar muito bom para alguns tipos de investimento. E as pessoas estão tendo um retorno muito maior na Rússia do que na China. A dificuldade é encontrar um parceiro satisfatório.

Começamos a ter alguns problemas políticos na Rússia. O presidente [Vladimir] Putin reverteu algumas das reformas pró-mercado feitas pelo presidente [Bóris] Ieltsin. Por exemplo, as regiões russas voltaram a depender do Kremlin para o seu orçamento. Eles não têm um sistema legal apropriado, certamente não têm uma imprensa livre. É um retrocesso.

Economicamente, a Rússia tem setores com potencial muito grande, nos quais eles são muito ricos, como minerais e energia. A chance de crescimento econômico significativo na Rússia é real, mas algumas das orientações políticas estão indo na direção errada nos últimos três ou quatro anos.

Há ainda a perspectiva de que a Rússia faça um acordo com a União Européia. Eles não vão entrar para a UE, mas acho que podem fazer um acordo de acesso aos mercados europeus em troca de fornecimento de energia. Isso beneficiaria os dois lados e pode acontecer nos próximos anos.

Quais são as principais ameaças à economia mundial?

Major: As maiores ameaças políticas são uma guerra séria em algum lugar -o mais óbvio é o Oriente Médio -, que abale a confiança e as projeções, e a expansão do terrorismo, que ele não seja contido. A maior ameaça econômica é um descolamento entre a demanda e a oferta de energia. Esse é um risco mais de longo prazo. No curto prazo, o mecanismo de preços deve ajustar isso.

Há ainda muita liquidez hoje, e não vejo um risco inflacionário sério. Com os chineses produzindo tanto com uma margem tão pequena, você tem um efeito desinflacionário no sistema mundial. Eles cortam as margens de lucro em todo lugar, o que é desinflacionário. De 1945 a 1990, o maior problema da economia mundial foi a inflação recorrente. Há apenas 20 anos, a América Latina embarcou num período de inflação altíssima. Hoje a inflação está em um dígito em quase toda a região. É um sucesso extraordinário, devido em parte a políticas internas e em parte ao ambiente mundial.

Vejo um problema real em fazer com que as partes mais pobres do mundo não se tornem relativamente ainda mais pobres. Isso requer mais atenção. É importante fazer isso por razões morais, pois não é aceitável que metade do mundo viva com menos de US$ 2 por dia. Além disso, no longo prazo, tirar pessoas da pobreza cria um mercado mundial maior. É a coisa certa a fazer, mas é também do interesse dos países ricos.

Como fazer isso?

Major: Há muitos modos. A Rodada Doha é muito importante. Se der certo, serão acrescentados bilhões de dólares ao crescimento mundial, o que tirará milhões da pobreza. Isso provavelmente fará mais bem do que o aumento da ajuda internacional, ainda que haja motivos também para ampliar a ajuda, desde que se controle como ela é gasta. Mas tudo isso é mais fácil de dizer do que de fazer.

Falamos pouco sobre a economia americana. Isso significa que EUA estão perdendo espaço?

Major: Não, mas outras partes do mundo estão crescendo dramaticamente, como a China e a Índia, e por isso os EUA são um pouco menos dominantes hoje. Nos últimos 60 anos, a economia mundial cresceu puxada por três motores: EUA, Japão e União Européia. Em breve os motores serão seis: os três de antes mais China, Sudeste Asiático e Índia. E talvez alguns outros países emergentes, como o Brasil. Isso significa que não teremos mais uma nação tão dominante. Os EUA continuarão os maiores, e são infinitamente mais poderosos em termos militares, mas serão os primeiros entre pares. Isso deixa o mundo mais equilibrado, menos dependente de uma ou duas economias, e isso é muito bom.

Os EUA vão continuar bem? Acho que sim. É uma economia muito flexível, que sai de dificuldades muito mais rapidamente do que as economias européias, devido ao seu mercado de trabalho flexível. Se a Europa entra em recessão, trazê-la de volta ao crescimento é um processo longo e lento.

O sr. acredita num conflito militar entre os EUA e o Irã?

Major: Não. As manchetes de jornais são muito, muito prematuras. O Irã diz que não está desenvolvendo um programa de armas nucleares, mas os fatos dizem que provavelmente está. O melhor modo de parar isso é com medidas internacionais. Não sanções, mas um embargo a investimentos. Para satisfazer suas necessidades internas, o Irã precisa aumentar muito a sua produção de petróleo. E não pode fazer isso sem investimentos externos. Assim, o modo melhor de conter o Irã é com um embargo a investimentos, mas ainda estamos longe disso.

Autor: Célia de Gouvêa / Humberto Saccomandi
Email do Autor: n.d.

Fonte: Valor Econômico

Fonte:
http://www.revistadigital.com.br/tendencias.asp?NumEdicao=346&CodMateria=3141

Filhos felizes na escola

Livro: Filhos felizes na escola Filhos Flizes na Ecola, Helena Trevisan
Autor: Helena Trevisan
Artigo: "Escola alto-astral"

Camilo Vannuchi

Publicado originalmente na revista Isto É.

Ao chegar à escola, Victor era recebido com um abraço festivo da professora, assim como todos os outros seus colegas da primeira série. Depois, uma criança recitava um verso escolhido para simbolizar sua meta pessoal até o fim do ano. Os diferenciais da pedagogia Waldorf surpreenderam a mãe de Victor, a psicóloga Helena Trevisan , a ponto de torná-la uma entusiasta do tema. Tanto que, no ano passado, ela assumiu a presidência da associação Parceiros da Educação para a Vida, entidade mantenedora da Waldorf São Paulo. Criada em 1919 pelo filósofo croata Rudolf Steiner (1861-1925), a pedagogia Waldorf é adotada em 800 escolas no mundo, 54 delas brasileiras. Ao buscar Victor na escola, percebia nele uma felicidade que nunca tinha visto durante a educação de meus dois filhos mais velhos, conta Helena. Seu deslumbramento serve de alicerce para o livro que acaba de lançar - Filhos felizes na escola.

Seguindo os princípios da antroposofia, a meta da pedagogia Waldorf não é incutir conteúdo, mas servir de contrapeso à adultização acelerada das crianças, prolongar a infância e primar pela liberdade. Se for preciso, a alfabetização vai até os nove anos. Cada pessoa tem seu ritmo, conta Helena. Música, pintura, teatro e atividades manuais acompanham o aluno até o ensino médio. A regra é a prática antes da teoria.

Outra curiosidade da pedagogia Waldorf é a divisão da vida em setênios (períodos de sete anos). A educação infantil coincide com o primeiro setênio (0 a 7) e faz a criança aprender pelos sentidos. Nessa fase, o educador deve ser visto como autoridade digna de ser imitada. O segundo setênio (7 a 14) coincide com o ensino fundamental e proporciona a aprendizagem pelos sentimentos. O educador é uma autoridade digna de ser amada. No terceiro setênio (14 a 21), que perpassa o ensino médio, a aprendizagem se dá pela admiração e o professor é alguém a ser respeitado. Durante todo o segundo setênio, a turma mantém o mesmo professor, atento ao potencial e às dificuldades de cada aluno. Depois, o professor é substituído por um tutor, que preparará os jovens para o mundo. Um atendimento para lá de individualizado.

Autor: Helena Trevisan

Fonte:
http://www.revistadigital.com.br/leitura.asp?CodMateria=3147

23 março, 2006

Estado americano desiste de multar cueca à mostra





O rapper The Game é um dos fãs de calças usadas abaixo da cintura
Parlamentares do Estado americano de Virgínia decidiram abandonar proposta de multar em até US$ 50 (o equivalente a cerca de R$ 130) pessoas que vestem calças com a cintura tão baixa que a cueca ou a calcinha do usuário fica à mostra.
A proposta, aprovada pela Câmara dos Deputados do Estado de Virgínia na terça-feira, foi derrubada por um comitê do Senado Estadual por unanimidade.

De acordo com os membros da câmara, o hábito, popular nos Estados Unidos e em diversos países da Europa, estava tornando a sociedade "grosseira".

Mas o senador republicano Thomas K. Norment advertiu que notícias na imprensa ridicularizaram os legisladores ao dar a impressão de que eles estão se concentrando em questões fúteis.

Um grupo de 75 estudantes compareceu à reunião da comissão.

Um deles, Elvyn Shaw, de 17 anos, disse que "se as pessoas na Flórida podem usar biquinis, mostrar um pouco de roupa de baixo não vai machucar ninguém".

"Elevar a comunidade"

A câmara de Virgínia aprovou a "lei da calça caída" por 60 a 34, que havia sido proposta pelo deputado democrata Algie T. Howell.

"Não é um ataque a calças largas. Não tem a ver com Janet Jackson. Não tem a ver com Randy Moss", disse Howell, referindo-se ao jogador de futebol dos Estados Unidos multado recentemente por fingir abaixar as calças e mostrar as nádegas para a torcida adversária.

"Aprovar essa lei é dar um voto ao caráter, elevar nossa comunidade e fazer algo de bom, não apenas pelo Estado da Virgínia, mas por todo o país", acrescentou.

Poliéster

"Há uma razão para que roupa de baixo seja chamada de roupa de baixo", disse o republicano John Reid.

Já o democrata Lionell Spruill, se opôs, chamando a lei de "idiota".

Ele pediu que seus colegas se lembrassem de seu próprio mau gosto, incluindo o uso de sapatos de salto plataforma e de ternos de poliéster brilhante.

"Por favor, deixem os garotos se expressarem", apelou, alertando para o que chamou de lado sinistro da lei.

Fonte:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2005/02/050211_multag.shtml

Enquete: 10% dos ingleses usam roupa de baixo por 3 dias

Um em cada dez ingleses usa a mesma roupa de baixo por três dias seguidos, de acordo com uma enquente feita por uma acadêmica da Universidade de Manchester.
O levantamento de Gaynor Lea-Greenwood, professora de marketing de moda da Manchester Metropolitan University, afirma que 5% da população também admite que veste calcinhas ou cuecas pelo avesso para poder usar as roupas de baixo por mais um dia.

"Temos muito que aprender nesse departamento," diz Lea-Greenwood, que admite que os ingleses têm "idéias curiosas sobre limpeza".

Mais da metade da população também guarda e ainda veste roupas de baixo de 10 a 20 anos atrás, segundo a mesma enquete.

Mas há variações regionais: 34% das pessoas em West Midlands (centro-oeste), onde fica a cidade de Birmingham, pulverizam perfume nas calcinhas ou cuecas para elas cheirarem melhor.

Somente 17% dos ingleses do sudoeste do país (Exeter e Devon) fazem o mesmo, e 19% passam perfume na roupa de baixo no nordeste do país, onde fica Newscastle.

Fonte:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2006/03/060322_roupasdebaixomb.shtml

Agora abra bem os olhos! Você está na Globo"

Para muitos as imagens das crianças só foram percebidas quando exibidas pela Rede Globo. Mas para quem anda à pe ou de ônibus pela cidade, isto já é realidade há muitos anos. Não se façam de inocentes. Histórias de meninos no tráfego de drogas ou sendo prostituídos pelos seus próprios pais são comuns há muitos anos, e já viraram até piada (de humor negro), isto ocorre em Minas Gerais desde o Sul de Minas, outrora considerado 'rico' até Almenara, no nordeste do Estado de Minas Gerais.


Leia a reportagem: clique aqui.

A fraude das '10000 obras': até consulta ao dentista vira obra

Carla Rocha e Fábio Vasconcelos

O governo do estado trabalhou de verdade para chegar à marca das dez mil obras que originou a campanha oficial veiculada nos meios de comunicação. Foram consideradas obras itens inusitados como aquisição de equipamentos e até “atendimento odontológico” no Rio e “fornecimento de medicamentos para unidades prisionais” — com a informação adicional de que foram usadas neste caso verbas federais do SUS, no total de R$ 1.002.610,56. Em vez de se limitar à execução de obras, o governo engrossou seu balanço com o material usado para fazê-las como o fornecimento de 3 mil manilhas para São João de Meriti, ainda com a ressalva de que contou com a ajuda da prefeitura local.

Uma análise de toda a lista — alguns itens foram retirados pelo governo estadual na nova versão que está na internet — revela uma série de pérolas. Só o sistema penitenciário merece um capítulo à parte. Além do tratamento dentário dos presos, também foram mencionadas a “assistência jurídica ao apenado” e a “gestão do trabalho do preso”.

Há ainda casos envolvendo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) que teve a sede beneficiada por um “serviço de limpeza do sistema de dutos de ar-condicionado central”. Por sinal, o DER — responsável por boa parte das obras da lista oficial do estado, algumas em xeque porque não teriam sido executadas — soube cuidar de si mesmo. Além de obras em seus sanitários e na copa de sua sede, fez ainda a reforma do quadro de proteção da casa de força.

Na mesma linha, a sede do governo estadual também teve o seu quinhão das obras. Está na lista a “restauração com execução de recapeamento asfáltico das alamedas internas do Palácio Laranjeiras”, onde moram a governadora Rosinha Garotinho e sua família. Os funcionários da 1 Vara da Infância e Juventude foram contemplados com a reforma de sua cantina.

As pequenas intervenções, obras de reparo ou serviços em geral saltam aos olhos porque representam um parte considerável da lista. Por todo o estado, foram computadas instalações de pistas de exame de veículos de duas rodas. Uma delas foi na Lagoa Rodrigo de Freitas, próximo ao Parque dos Patins. Uma visita ao local mostra que a obra consiste na pintura de faixas no asfalto para que os motociclistas façam exames de direção, colocação de sinalizadores e construção de uma prancha de cimento — que tem 25 metros de cumprimento, por 30 centímetros de largura e quatro de altura — usada para testes de equilíbrio.

— Muitas vezes, mesmo sendo pequena a intervenção, trata-se de uma obra. Mas é preciso que haja algum beneficiamento, uma construção. Não é o caso, por exemplo, de compra de equipamentos ou de um serviço de sondagem que, na maioria das vezes, é um procedimento meramente técnico — explica o presidente do Crea-RJ, Reinaldo Barros.

Mas o levantamento do potencial hídrico de Jardim Graciema, em Maricá, também está lá na lista — no bairro, não há água encanada.

Aparelho de raios-X está na relação

O fornecimento e a aquisição de equipamentos foram incluídos entre as realizações do estado. Vale citar a “aquisição de rotor inox para o grupo 02 da elevatória de Japuíba”, em Angra dos Reis. Ou de aparelho de raios-X para o Rio. Ou ainda o fornecimento de micromedidores para vários municípios no item saneamento básico, tendo como beneficiadas algumas cidades da Baixada Fluminense, como Queimados, Duque de Caxias e Belford Roxo, entre outras.

Para terminar, alguns itens aparecem mais de uma vez. A pavimentação da RJ-93 nos trechos de Paracambi e Japeri é citada quatro vezes, duas para cada cidade beneficiada.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/jornal/rio/194040184.asp

Distribuição de dinheiro não acaba com miséria

Chico Otavio

O dinheiro empregado em programas públicos de transferência de renda no Brasil está chegando às mãos de quem precisa, mas fazer parte da lista de quase 39 milhões de brasileiros favorecidos por eles ainda não significou estar livre da miséria. A primeira pesquisa do IBGE sobre o assunto, divulgada ontem, mostrou que 38% dos jovens de 15 a 17 anos e 36% das pessoas acima dos 60 anos de famílias favorecidas pelos programas estavam trabalhando para reforçar a renda doméstica.

Colhidas pelo IBGE em setembro de 2004, as informações fazem parte do suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) sobre acesso a transferência de renda de programas sociais, que vão do Bolsa Família, implantado no início daquele ano, ao Benefício Assistencial de Prestação Continuada. Os resultados revelam que, na época, a taxa de analfabetismo de pessoas acima de 10 anos, nas famílias beneficiadas, era de 18,2%, enquanto o percentual para a mesma faixa, nas famílias não favorecidas, baixava para 8,6%.

“Não substitui a necessidade”

O primeiro retrato sobre a abrangência da transferência de renda no Brasil mostra que 8 milhões de domicílios brasileiros (15,6% do total) tinham pelo menos um morador recebendo dinheiro de programa social do governo. Da mesma forma que indicou acerto no alvo dos programas (metade das famílias brasileiras que ganham até 1/4 de salário mínimo, por exemplo, é favorecida), o estudo mostrou que as famílias, mesmo recebendo o dinheiro, ainda precisam da força de trabalho de seus filhos e dos idosos.

— Isso indica que nossa clientela não é acomodada com o benefício. A pobreza leva ao trabalho em condições precárias. Começa cedo e deixa de trabalhar tarde. O benefício é insuficiente, mas o objetivo não é substituir salário, mas um reforço orçamentário para cuidar da saúde, educação e nutrição da família. Não substitui a necessidade — disse o secretário de Avaliação de Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social, Rômulo Sousa.

O Nordeste, segundo o estudo, foi o campeão da distribuição de recursos, respondendo por 32% do total nacional de domicílios atendidos. O Sudeste, mais rico, concentrou a menor quantidade, com 7,9% do total.

— Os números evidenciam a consolidação de uma nova tendência em termos de políticas sociais no Brasil, iniciada na década passada: o reconhecimento de que é necessário atingir as camadas nunca contempladas pelo estado. De alguma maneira, o recurso está chegando de forma contundente. Ainda falta muito, mas se tem avançado — concluiu o economista André Urani, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets).

As condições socioeconômicas das famílias favorecidas, em praticamente todos os indicadores, era inferior às de não beneficiadas. O rendimento mediano mensal dos domicílios (quando metade do universo pesquisado ganha até aquela determinada quantia) que tinham algum morador recebendo dinheiro de programa social do governo (R$ 458,00) era quase metade dos que não tinham (R$ 880,00).

Em 2007, nova sondagem

Já o percentual de casas com rede de esgoto adequada foi de 42,4%, no grupo dos beneficiados, e de 73,9% no dos que não tiveram ajuda monetária de programa social do governo. Na coleta de lixo, a diferença também é grande: 66% para os que receberam benefício contra 88,3% dos que não tiveram. Pelos resultados, ainda não é possível mostrar os efeitos destes investimentos sociais. O presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, explicou que o instituto irá a campo novamente, este ano e em 2007, para outra sondagem.

— Do ponto de vista do bem-estar das famílias, é preciso saber que diferença faz. É necessário fazer análises mais cuidadosas — disse Urani.

A socióloga Dulce Pandolfi, diretora do Ibase, não vê na situação das famílias um sinal de que os programas sociais não conseguiram alterar o seu status. Para ela, o dinheiro estar chegando a esses locais indica desconcentração de renda:

— É apenas o início.

A comparação entre famílias que receberam e não receberam mostrou que até a estrutura etária é diferente. A família que ganha é mais jovem (crianças e adolescentes representavam 48% e os idosos de 60 anos ou mais, 5%, contra 28,7% e 11,1%, respectivamente, nas famílias não beneficiadas pelos programas).

Fonte:
http://oglobo.globo.com/jornal/pais/194061070.asp

Oito milhões de famílias recebem de programas sociais do governo

22/03/2006 - 12h23m
Pnad/IBGE: 15,6% dos domicílios têm pelo menos um morador recebendo dinheiro de programa social

Globo Online
Agência Brasil

RIO - Em 2004, 15,6% dos domicílios no país tinham pelo menos um morador recebendo dinheiro de programa social do governo, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São cerca de oito milhões de domicílios beneficiados com programa social de transferência de renda.São famílias mais numerosas, mais jovens e com o nível de instrução mais baixo do que aquelas que não recebem nenhum tipo de ajuda.

Na região Nordeste, o percentual de domicílios beneficiados chegou a 32%. O percentual mais baixo foi encontrado na região Sudeste (7,9%). Nas famílias beneficiadas, 91% tinham rendimento de até um salário mínimo por pessoa e 1,1% de mais de dois salários mínimos.

As informações fazem parte do suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2004 sobre Acesso a Transferências de Renda de Programas Sociais. A Pnad entrevistou 399.354 pessoas e 139.157 domicílios em todo o país. Para o pesquisador Marcelo Nery, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), os dados do IBGE servirão para analisar a eficiência dos programas sociais do governo.

O estudo se baseou nos programas sociais governamentais, das esferas federal, estadual e municipal. Entre esses programas de transferência de renda está o Bolsa Família, que tem atualmente o valor de R$ 95 como teto mensal.

A pesquisa mostra que a proporção de pessoas que se dizem pretas ou pardas foi muito mais elevada nas famílias que recebem ajuda de programa social (66,6%) do que nas demais (42,8%).

O nível de instrução das famílias que recebem a ajuda é acentuadamente menor do que o de membros de famílias que não recebem. Esse fato foi observado em todas as regiões pesquisadas.

O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população de 10 anos ou mais de idade) entre os que recebem benefícios é menor (52,1%) do que a parcela dos que não receberam ajuda (57,7%).

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/pais/mat/2006/03/22/193639865.asp

22 março, 2006

room for rambling: One Uplifts the Other in Learning

room for rambling: One Uplifts the Other in Learning

Volkswagen e Wilsonking são condenadas a pagar indenização a cliente

22/03/2006 - 15h50m


Fabio Vasconcellos - O Globo

RIO - A 35ª Vara Cível condenou a Volkswagen do Brasil e a concessionária Wilsonking S.A. Automóveis a pagar uma indenização por danos morais de R$ 6 mil a uma cliente que precisou levar seu carro zero quilômetro uma vez por mês ao conserto durante seis meses, por causa de um defeito de fabricação.

O automóvel comprado por Shirleia Araújo da Silva começou a apresentar problemas com apenas dois meses de uso. Todas as vezes que o veículo era levado à oficina da concessionária, além da demora na sua devolução, ele voltava a apresentar o mesmo defeito pouco tempo depois.

As duas empresas alegaram que fizeram o que era preciso para solucionar o problema, o que, de acordo com a juíza Patrícia Cogliatti de Carvalho, não ficou comprovado no processo. "Importa ressaltar a má prestação do serviço na medida em que o defeito do veículo não era efetivamente reparado, acarretando grande transtorno à cliente", ressaltou a juíza na sentença.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/economia/plantao/2006/03/22/193701277.asp


Comentário:

Talvez não seja por acaso que exatemente hoje pela
manhã, quando vinha de ônibus, vi pela janela um carro da Volks, um Apolo
Classic, todo cheio de adesivos, relatando toda a tragédia do infeliz comprador
daquele carro 'zero'. O dono relatava a história dele nos adesivos pregados na
lataria do corro, que foi comprado numa agência da cidade de Itaúna, Minas
Gerais. Coitado! A fábrica da Volkswagen no Brasil tem que fazer um estágio na
Fiat de Betim. Pelo menos não vejo cliente Fiat tão insatisfeito como os da
fábrica alemã.

Pérolas para a ministra Ellen Gracie

22/03/2006 - 14h58m
Sabatina de Ellen Gracie no Senado vira sessão de homenagem à ministra

Evandro Éboli - O Globo

BRASÍLIA - A sabatina da ministra Ellen Gracie para presidir o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado virou uma sessão de homenagem à ministra, que também vai presidir o Supremo Tribunal Federal (STF) a partir do mês que vem. A ministra só recebeu elogios dos parlamentares de todos os partidos e seu nome foi aprovado por unanimidade de 23 votos.

No ímpeto de elogiar a ministra alguns senadores fizeram comentários de gosto duvidoso. O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) preferiu destacar os atributos físicos de Ellen Gracie:


- Ouvi falar muito da sua competência, do seu conhecimento jurídico e sua intelectualidade, mas o meu voto ainda leva em conta a beleza e o charme. Assim voto com muito prazer - disse.


O senador Magno Malta (PL-ES) disse lamentar não ter se formadoemadvocacia e revelou que feztrês vestibulares e não passou em nenhum. Malta contou ainda que fez uma consulta ontem por telefone a 30 gaúchos residentes em Porto Alegre.Ele disse que pegou a lista telefônica e aleatoriamente telefonou para 30 pessoas.


- O que tenho a dizer é que o povo gaúcho tem muito orgulho da senhora - afirmou.


Ao elogiar a ministra, o senador João Batista Motta (PSDB-ES) aproveitou para falar também de preconceito contra a mulherocupar altos cargos públicose do preconceito racial.


- Desde que Pelé foi esposo de Xuxa todos têm preconceito no Brasil. Existe preconceito no Brasil - afirmouo senador.


Mais estranho comentário partiu do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). Ele disse que conhece as mulheres por dois motivos: pela convivência que teve com sua mãe e também por ser médico ginecologista.


- Como ginecologista, aprendi a lidar de perto com as mulheres, a entender muito profundamente a sensibilidade feminina- disse.


Apesar dos elogios, alguns senadores não deixaram de falar do mal-estar na relação do Congresso e o Supremo em função de decisões da mais alta cortedo país. O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) disse ter certeza de que Ellen Gracie vai saber "diminuir as tensões que existem hoje entre os dois poderes".

No fim da cerimônia, a ministra disse ter se sentido honrada pelos elogios que recebeu,que a crise é um momento também para se buscar soluções e que os excessos serão investigados.


- Os poderes não são apenas independentes, mas cooperativos. Tentamos juntosconstruir um Brasil melhor. A harmonia entre os poderes é a pedra de toque - afirmou Ellen Gracie.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/pais/plantao/2006/03/22/193676026.asp

Papa: títulos demais

22/03/2006 - 12h02m
Papa renuncia ao título de 'Patricarca do Ocidente'

EFE

CIDADE DO VATICANO - Bento XVI renunciou ao tradicional título de "Patriarca do Ocidente" por considerar que assim "pode ajudar o diálogo ecumênico", informou nesta quarta-feira o Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos.

A Santa Sé esclareceu que no Anuário Pontifício de 2006 já não aparece o título, um dos nove que acompanhavam o Papa.

"A renúncia ao título expressa uma realidade histórica e teológica ao mesmo tempo em que pode ajudiar o diálogo ecumênico", explicou o Vaticano.

Agora, oito títulos continuarão acompanhando o Papa: "Bispo de Roma, Vigário de Cristo, Sucessor do Príncipe dos Apóstolos, Sumo Pontífice da Igreja Universal, Primado da Itália, Arcebispo da Província Romana, Soberano do Estado da Cidade do Vaticano e Servo dos Servos de Deus".

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/mundo/plantao/2006/03/22/193655713.asp