27 novembro, 2015

Iconografia trágica, se não fosse cômica!

O título mais do que lugar comum, o subtítulo mais do que retrógrado e esquerdista, do tipo daqueles de carteirinha!

A imagem , é de Alexander von Humboldt:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Alexander_von_Humboldt:

Mas o título do livro é: "O Fenômeno Humano", o subtítulo: "Os reais objetivos da viagem de Charles Darwin no H. M. S. Beagle".

A imagem que deveria aparecer seria a de Charles Darwin e não a do biólogo prussiano Alexander von Humboldt.  Eu abri o livro e notei que o autor dedica uma capítulo para Humboldt. Certamente o tempo dos primeiros exploradores como Humboldt, a europa e especificamente a Alemanha vivia o auge do romantismo do seculo XIX. O que seria demolido com as novas ideias de Darwin, e posteriormente, mal interpretadas sob o domínio do chamado Darwinismo Social e sendo usado para a justificativa da colonização de outros povos, ditos, menos "evoluídos". Nada mais errado que a crítica sob Darwin e menosprezar sua intenções humanitárias.  Uma das grandes frases não enfatizadas pelos seus detratores é a seguinte:

"Se a miséria de nossos pobres não é causada pelas leis da natureza, mas por nossas instituições, grande é nossa culpa."

Charles Darwin.



Mais:



Esta foto sim está com a "legenda" certa, o biólogo prussiano está com o nome correto na imagem correta!


25 novembro, 2015

Me dê conta de tanta conta!





Tem gente que conta para não fazer conta,

Tem gente que conta para fazer conta.


Tem gente que não conta para não fazer conta,

Tem gente que conta para não fazer conta.



Tem gente que não sabe contar o que faz,

Tem gente que sabe não contar o que faz.


Tem gente que faz não contar o que faz.

Tem gente que conta não fazer o que faz.


Tem gente que não sabe fazer conta,

Tem gente que sabe e não conta.


Tem gente que não sabe fazer conta que conta,

Tem gente que sabe fazer conta não conta.

Tem gente que conta gente que não sabe fazer conta,

Tem gente que não conta com gente que não sabe fazer conta.


Tem gente que só faz o que dá conta,

Tem gente que só conta o que faz.



Tem gente que não faz até o que dá conta,

Tem gente que faz até o que não dá conta.


Tem gente que só faz o que não é de sua conta,

Tem gente que não é de sua conta faz,


Tem gente que só conta o que o outro faz,

Tem gente que só faz o que o outro conta.


Tem gente que só conta o que o outro não faz,

Tem gente que só não faz o que o outro conta.


Tem gente que faz e não conta,

Tem gente que não conta e faz.


Tem gente que conta e não faz,

Tem gente que não faz e conta.


Tem gente que não sabe que não conta,

Tem gente que sabe que não dá conta.


Tem gente que conta que não faz, 

Tem gente que faz o que não conta.


Tem gente que faz de conta que não conta,

Tem gente que não conta que faz que conta.


Tem gente que faz de conta e conta,

Tem gente que não faz conta e faz.


Tem gente que faz conta e não faz,

Tem gente que não faz conta e não faz.

Tem  gente fazendo conta que estamos fazendo conta do que faz,

Tem gente que faz conta precisa dar-se conta que precisamos nos darmos conta que se faz tanta conta para no fim não darmos conta das próprias contas.

Mas claro, isso não se conta!

O último homem e o último rinoceronte


Um grande elefante branco, digo, um grande rinoceronte branco de Minas Gerais é desencalhado da lama tóxica da Samarco. O Ministério público de Minas Gerais já entrou com pedido de indenização contra ela mesma (sim, sobre si mesma! Eles merecem!). 
Ao que nos parece, ela  vive uma crise de identidade, pois não sabe a quem proteger, pois segundo foi dito por uma autoridade do estado, a Samarco também é vítima!


O Rinoceronte

Peça de Eugène Ionesco que mostra a transformação dos habitantes de uma cidade em Bestas é vista como crítica à alienação da sociedade contemporânea

“De modo inesperado, sem mais nem menos, um rinoceronte surge na praça de uma cidade indefinida. Todos se surpreendem, mas a vida continua. Então aparecem outros rinocerontes. O burburinho ganha vulto. Seria uma ilusão? Teriam vindo da África ou da Ásia? Seriam unicórnios ou bicórnios? Uma senhora diz que está sendo seguida por um desses bichos enormes. Os bombeiros descobrem que, na verdade, o animal era o marido dela, metamorfoseado em rinoceronte. Não tarda e quase toda a cidade se vê vítima da "rinoceronite", a doença que transforma seres humanos em animais selvagens. Todos passam a apreciar a moda de ser rinoceronte. Estranho seria o aspecto humano.

Um único cidadão resiste à epidemia: Bérenger, humilde funcionário que, ao notar que algo está errado nesse comportamento, critica a atitude de seus concidadãos. Entretanto ele paga caro por ser diferente. Desprezado até pela noiva, diz no diálogo final: "Ah, como gostaria de ser como eles. Mas, infelizmente, não tenho como! Infeliz daquele que quer conservar a sua originalidade! Muito bem! Tanto pior! Eu me defenderei contra todo mundo! Sou o último homem, hei de sê-lo, até o fim! Não me rendo!".

Ele crítica a uniformidade da sociedade burguesa, a submissão ao poder e a distorção da razão * são os temas centrais. Escrita em 1959, a obra é uma crítica ao estado de alienação ou de fanatismo coletivo em que caíram as sociedades modernas. Para alguns críticos, a neurose coletiva e contagiosa seria uma sátira ao fascínio irracional* que levou, por exemplo, milhões de pessoas a aderir ao nazismo. Outros acreditam que o espetáculo é uma condenação a toda forma de governo totalitário...[ ] “

* Eu critico esta parte por achar que tudo o que vivemos também é resultado das falsas esperanças (“otimismo inescrupuloso*”) do iluminismo e do racionalismo que postulou que a razão ou qualquer coisa que isso signifique deixaria nossa sociedade (e as pessoas) mais justa e tomaria as melhores decisões sobre si mesma.

**Termo cunhado por Roger Scruton no livro: “As Vantagens do pessimismo e o perigo da falsa esperança”.

Texto completo disponível em: http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/rinoceronte-643103.shtml

Acessado em: 25/11/2015





















19 novembro, 2015

Vista grossa e amém... (Melô do Fiscal)

Vista grossa e amém... (Melô do Fiscal)

Vista grossa e amém
Vista grossa e amém
Acredite em mim e no patrão também
Vista grossa e amém
Vista grossa e amém
Isto está muito bom e nada de prova dos nove
Vista grossa e aprove!

Vista grossa e amém
Vista grossa e amém
Você não aprova isto sim é que não fica bem!

Esta prova está boa
Mas assim você me magoa
Insistindo em não aprovar...

Vista grossa e amém
Vista grossa e amém
E vamos relaxar...

Vista grossa e amém
Vista grossa e amém
Você não aprova isto sim é que não fica bem!

Vista grossa e amém
Vista grossa e amém
Isto está muito bom e nada de prova dos nove
Vista grossa e aprove!

Vista grossa e amém
Vista grossa e amém
Você não aprova isto sim é que não fica bem!
Esta prova está boa
Mas você me magoa
Insistindo em não aprovar...

Vista grossa e amém
Vista grossa e amém
E vamos nos relaxar
Vamos nos relaxar...

A adaptação da letra é minha, a melodia é do Roberto Carlos:

http://www.vagalume.com.br/roberto-carlos/vista-a-roupa-meu-bem-1970.html#ixzz2t1U7iVA8