04 abril, 2016

Querido Brasil


Querido Brasil,
O Carnaval acabou. O “ano novo” finalmente vai começar e eu estou te deixando para voltar para o meu país.
Assim como vários outros gringos, eu também vim para cá pela primeira vez em busca de festas, lindas praias e garotas. O que eu não poderia imaginar é que eu passaria a maior parte dos 4 últimos anos dentro das suas fronteiras. Aprenderia muito sobre a sua cultura, sua língua, seus costumes e que, no final deste ano, eu me casaria com uma de suas garotas.
Não é segredo para ninguém que você está passando por alguns problemas. Existe uma crise política, econômica, problemas constantes em relação à segurança, uma enorme desigualdade social e agora, com uma possível epidemia do Zika vírus, uma crise ainda maior na saúde.
Durante esse tempo em que estive aqui, eu conheci muitos brasileiros que me perguntavam: “Por que? Por que o Brasil é tão ferrado? Por que os países na Europa e América do Norte são prósperos e seguros enquanto o Brasil continua nesses altos e baixos entre crises década sim, década não?”
No passado, eu tinha muitas teorias sobre o sistema de governo, sobre o colonialismo, políticas econômicas, etc. Mas recentemente eu cheguei a uma conclusão. Muita gente provavelmente vai achar essa minha conclusão meio ofensiva, mas depois de trocar várias ideias com alguns dos meus amigos, eles me encorajaram a dividir o que eu acho com todos os outros brasileiros.
Então aí vai: é você.
Você é o problema.
Sim, você mesmo que está lendo esse texto. Você é parte do problema. Eu tenho certeza de não é proposital, mas você não só é parte, como está perpetuando o problema todos os dias.
Não é só culpa da Dilma ou do PT. Não é só culpa dos bancos, da iniciativa privada, do escândalo da Petrobras, do aumento do dólar ou da desvalorização do Real.
O problema é a cultura. São as crenças e a mentalidade que fazem parte da fundação do país e são responsáveis pela forma com que os brasileiros escolhem viver as suas vidas e construir uma sociedade.
O problema é tudo aquilo que você e todo mundo a sua volta decidiu aceitar como parte de “ser brasileiro” mesmo que isso não esteja certo.
Quer um exemplo?
Imagine que você está de carona no carro de um amigo tarde da noite. Vocês passam por uma rua escura e totalmente vazia. O papo está bom e ele não está prestando muita atenção quando, de repente, ele arranca o retrovisor de um carro super caro. Antes que alguém veja, ele acelera e vai embora.
No dia seguinte, você ouve um colega de trabalho que você mal conhece dizendo que deixou o carro estacionado na rua na noite anterior e ele amanheceu sem o retrovisor. Pela descrição, você descobre que é o mesmo carro que seu brother bateu “sem querer”. O que você faz?
A) Fica quieto e finge que não sabe de nada para proteger seu amigo? Ou
B) Diz para o cara que sente muito e força o seu amigo a assumir a responsabilidade pelo erro?
Eu acredito que a maioria dos brasileiros escolheria a alternativa A. Eu também acredito que a maioria dos gringos escolheria a alternativa B.
Nos países mais desenvolvidos o senso de justiça e responsabilidade é mais importante do que qualquer indivíduo. Há uma consciência social onde o todo é mais importante do que o bem-estar de um só. E por ser um dos principais pilares de uma sociedade que funciona, ignorar isso é uma forma de egoísmo.
Eu percebo que vocês brasileiros são solidários, se sacrificam e fazem de tudo por suas famílias e amigos mais próximos e, por isso, não se consideram egoístas.
Mas, infelizmente, eu também acredito que grande parte dos brasileiros seja extremamente egoísta, já que priorizar a família e os amigos mais próximos em detrimento de outros membros da sociedade é uma forma de egoísmo.
Sabe todos aqueles políticos, empresários, policiais e sindicalistas corruptos? Você já parou para pensar por que eles são corruptos? Eu garanto que quase todos eles justificam suas mentiras e falcatruas dizendo: “Eu faço isso pela minha família”. Eles querem dar uma vida melhor para seus parentes, querem que seus filhos estudem em escolas melhores e querem viver com mais segurança.
É curioso ver que quando um brasileiro prejudica outro cidadão para beneficiar sua famílias, ele se acha altruísta. Ele não percebe que altruísmo é abrir mão dos próprios interesses para beneficiar um estranho se for para o bem da sociedade como um todo.
Além disso, seu povo também é muito vaidoso, Brasil. Eu fiquei surpreso quando descobri que dizer que alguém é vaidoso por aqui não é considerado um insulto como é nos Estados Unidos. Esta é uma outra característica particular da sua cultura.
Algumas semanas atrás, eu e minha noiva viajamos para um famoso vilarejo no nordeste. Chegando lá, as praias não eram bonitas como imaginávamos e ainda estavam sujas. Um dos pontos turísticos mais famosos era uma pedra que de perto não tinha nada demais. Foi decepcionante.
Quando contamos para as pessoas sobre a nossa percepção, algumas delas imediatamente disseram: “Ah, pelo menos você pode ver e tirar algumas fotos nos pontos turísticos, né?”
Parece uma frase inocente, mas ela ilustra bem essa questão da vaidade: as pessoas por aqui estão muito mais preocupadas com as aparências do que com quem eles realmente são.
É claro que aqui não é o único lugar no mundo onde isso acontece, mas é muito mais comum do que em qualquer outro país onde eu já estive.
Isso explica porque os brasileiros ricos não se importam em pagar três vezes mais por uma roupa de grife ou uma jóia do que deveriam, ou contratam empregadas e babás para fazerem um trabalho que poderia ser feito por eles. É uma forma de se sentirem especiais e parecerem mais ricos. Também é por isso que brasileiros pagam tudo parcelado. Porque eles querem sentir e mostrar que eles podem ter aquela super TV mesmo quando, na realidade, eles não tenham dinheiro para pagar. No fim das contas, esse é o motivo pelo qual um brasileiro que nasceu pobre e sem oportunidades está disposto a matar por causa de uma motocicleta ou sequestrar alguém por algumas centenas de Reais. Eles também querem parecer bem sucedidos, mesmo que não contribuam com a sociedade para merecer isso.
Muitos gringos acham os brasileiros preguiçosos. Eu não concordo. Pelo contrário, os brasileiros tem mais energia do que muita gente em outros lugares do mundo (vide: Carnaval).
O problema é que muitos focam grande parte da sua energia em vaidade em vez de produtividade. A sensação que se tem é que é mais importante parecer popular ou glamouroso do que fazer algo relevante que traga isso como consequência. É mais importante parecer bem sucedido do que ser bem sucedido de fato.
Vaidade não traz felicidade. Vaidade é uma versão “photoshopada” da felicidade. Parece legal vista de fora, mas não é real e definitivamente não dura muito.
Se você precisa pagar por algo muito mais caro do que deveria custar para se sentir especial, então você não é especial. Se você precisa da aprovação de outras pessoas para se sentir importante, então você não é importante. Se você precisa mentir, puxar o tapete ou trair alguém para se sentir bem sucedido, então você não é bem sucedido. Pode acreditar, os atalhos não funcionam aqui.
E sabe o que é pior? Essa vaidade faz com que seu povo evite bater de frente com os outros. Todo mundo quer ser legal com todo mundo e acaba ou ferrando o outro pelas costas, ou indiretamente só para não gerar confronto.
Por aqui, se alguém está 1h atrasado, todo mundo fica esperando essa pessoa chegar para sair. Se alguém decide ir embora e não esperar, é visto como cuzão. Se alguém na família é irresponsável e fica cheio de dívidas, é meio que esperado que outros membros da família com mais dinheiro ajudem a pessoa a se recuperar. Se alguém num grupo de amigos não quer fazer uma coisa específica, é esperado que todo mundo mude os planos para não deixar esse amigo chateado. Se em uma viagem em grupo alguém decide fazer algo sozinho, este é considerado egoísta.
É sempre mais fácil não confrontar e ser boa praça. Só que onde não existe confronto, não existe progresso.
Como um gringo que geralmente não liga a mínima sobre o que as pessoas pensam de mim, eu acho muito difícil não enxergar tudo isso como uma forma de desrespeito e auto-sabotagem. Em diversas circunstâncias eu acabo assistindo os brasileiros recompensarem as “vítimas” e punirem àqueles que são independentes e bem resolvidos.
Por um lado, quando você recompensa uma pessoa que falhou ou está fazendo algo errado, você está dando a ela um incentivo para nunca precisar melhorar. Na verdade, você faz com que ela fique sempre contando com a boa vontade de alguém em vez de ensina-la a ser responsável.
Por outro lado, quando você pune alguém por ser bem resolvido, você desencoraja pessoas talentosas que poderiam criar o progresso e a inovação que esse país tanto precisa. Você impede que o país saia dessa merda que está e cria ainda mais espaço para líderes medíocres e manipuladores se prolongarem no poder.
E assim, você cria uma sociedade que acredita que o único jeito de se dar bem é traindo, mentindo, sendo corrupto, ou nos piores casos, tirando a vida do outro.
As vezes, a melhor coisa que você pode fazer por um amigo que está sempre atrasado é ir embora sem ele. Isso vai fazer com que ele aprenda a gerenciar o próprio tempo e respeitar o tempo dos outros.
Outras vezes, a melhor coisa que você pode fazer com alguém que gastou mais do que devia e se enfiou em dívidas é deixar que ele fique desesperado por um tempo. Esse é o único jeito que fará com que ele aprenda a ser mais responsável com dinheiro no futuro.
Eu não quero parecer o gringo que sabe tudo, até porque eu não sei. E deus bem sabe o quanto o meu país também está na merda (eu já escrevi aqui sobre o que eu acho dos EUA).
Só que em breve, Brasil, você será parte da minha vida para sempre. Você será parte da minha família. Você será meu amigo. Você será metade do meu filho quando eu tiver um.
E é por isso que eu sinto que preciso dividir isso com você de forma aberta, honesta, com o amor que só um amigo pode falar francamente com outro, mesmo quando sabemos que o que temos a dizer vai doer.
E também porque eu tenho uma má notícia: não vai melhorar tão cedo.
Talvez você já saiba disso, mas se não sabe, eu vou ser aquele que vai te dizer: as coisas não vão melhorar nessa década.
O seu governo não vai conseguir pagar todas as dívidas que ele fez a não ser que mude toda a sua constituição. Os grandes negócios do país pegaram dinheiro demais emprestado quando o dólar estava baixo, lá em 2008-2010 e agora não vão conseguir pagar já que as dívidas dobraram de tamanho. Muitos vão falir por causa disso nos próximos anos e isso vai piorar a crise.
O preço das commodities estão extremamente baixos e não apresentam nenhum sinal de aumento num futuro próximo, isso significa menos dinheiro entrando no país. Sua população não é do tipo que poupa e sim, que se endivida. As taxas de desemprego estão aumentando, assim como os impostos que estrangulam a produtividade da classe trabalhadora.
Você está ferrado. Você pode tirar a Dilma de lá, ou todo o PT. Pode (e deveria) refazer a constituição, mas não vai adiantar. Os erros já foram cometidos anos atrás e agora você vai ter que viver com isso por um tempo.
Se prepare para, no mínimo, 5-10 anos de oportunidades perdidas. Se você é um jovem brasileiro, muito do que você cresceu esperando que fosse conquistar, não vai mais estar disponível. Se você é um adulto nos seus 30 ou 40, os melhores anos da economia já fazem parte do seu passado. Se você tem mais de 50, bem, você já viu esse filme antes, não viu?
É a mesma velha história, só muda a década. A democracia não resolveu o problema. Uma moeda forte não resolveu o problema. Tirar milhares de pessoa da pobreza não resolveu o problema. O problema persiste. E persiste porque ele está na mentalidade das pessoas.
O “jeitinho brasileiro” precisa morrer. Essa vaidade, essa mania de dizer que o Brasil sempre foi assim e não tem mais jeito também precisa morrer. E a única forma de acabar com tudo isso é se cada brasileiro decidir matar isso dentro de si mesmo.
Ao contrario de outras revoluções externas que fazem parte da sua história, essa revolução precisa ser interna. Ela precisa ser resultado de uma vontade que invade o seu coração e sua alma.
Você precisa escolher ver as coisas de um jeito novo. Você precisa definir novos padrões e expectativas para você e para os outros. Você precisa exigir que seu tempo seja respeitado. Você deve esperar das pessoas que te cercam que elas sejam responsabilizadas pelas suas ações. Você precisa priorizar uma sociedade forte e segura acima de todo e qualquer interesse pessoal ou da sua família e amigos. Você precisa deixar que cada um lide com os seus próprios problemas, assim como você não deve esperar que ninguém seja obrigado a lidar com os seus.
Essas são escolhas que precisam ser feitas diariamente. Até que essa revolução interna aconteça, eu temo que seu destino seja repetir os mesmos erros por muitas outras gerações que estão por vir.
Você tem uma alegria que é rara e especial, Brasil. Foi isso que me atraiu em você muitos anos atrás e que me faz sempre voltar. Eu só espero que um dia essa alegria tenha a sociedade que merece.
Mark Manson

11 de fevereiro de 2016

16 março, 2016

O que é fazer a coisa certa? Ou o porquê que não existe segredo do sucesso da Alemanha!

Numa palestra de um CEO de uma grande empresa brasileira*, mineira,  feita para o público de alunos de engenharia da PUC-MG no ano passado, este disse enfaticamente:

_ Ao entrar na nossa empresa  vocês estão sendo CONSTANTEMENTE  observados! Tudo o que fazem é observado, nós não lhes dizemos,  mas são CONSTANTEMENTE observados!


No momento não avaliei a frase profundamente, mas algo me soou estranho! Não era o momento de dizer nada, afinal todos estávamos lá obrigados pela direção do departamento! Não foi nossa  opção individual. Mais tarde refleti sobre aquelas palavras, ditas talvez com o intuito prático e não para ser uma reflexão filosófica ou acadêmica. Tenho certa noção de liberalismo político e econômico, mas  também senso de “direito e dever” já que cresci sobre a égide da “ditatura”.  O  que faz de nós nascidos nos anos 60 ter um pouco mais familiaridade com o que de fato seja “dever”, e não o que temos hoje: “pode mas não deve”!
Li o livro “Justiça” de Michel Sandel e ainda vi  suas palestras (clique aqui!) postas de forma gratuita pela Universidade de Harvard na internet. Ele nos ensina um principio categórico kantiano: fazer algo por sua essência e não por suas vantagens finais. Seria exatamente o contrário que nosso palestrante quis dizer, pois ele pede para fazer algo CORRETO porque alguém o está vigiando, e não para fazer algo correto pois é a melhor política, mesmo que NINGUÉM esteja vigiando! Você devolve um troco dado a mais pois teme ser chamado de ladrão ou porque devolver o troco é a coisa CERTA a fazer?


Então faça a coisa certa não porque seu supervisor ou gerente esteja olhando , mas porque é a coisa certa a fazer!

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160131_segredo_alemanha_economia_ab



* De modo privado posso contar-lhes o desdobramento da palestra com este CEO, pois ele deixou seu telefone e e-mail para contato, e concretizei meu “feedback”. O que seria do mundo se não houvesse este retorno? (p.s. : Não espero ser contratado por isso!)

15 janeiro, 2016

O Brasil não é para principiantes!


Já conhecia a história relatada abaixo de um livro americano de edição em português (é lógico), mas como faz tempo que o li, reproduzo aqui a minha última leitura do livro do brasileiro Alexandre Carvalho (Os Sete Pecados, INVEJA), editora Leya.


A inveja da conta de Luz: invejoso paga menos.

Uma empresa americana de energia [elétrica] descobriu o caminho para as pessoas reduzirem o consumo de eletricidade: dizer que o vizinho gasta menos[*]


“Foi incentivando a inveja entre a vizinhança que a Opower, uma empresa da California[**], ajudou consumidores a economizar 1 terawatt-hora de energia em três anos – o suficiente para abastecer uma cidade de 200 mil habitantes por 12 meses. A companhia conseguiu  isso inventando uma conta de luz que informava, além do consumo da residência, o gasto de energia dos vizinhos no mesmo período. Quando um gastão – do tipo que passa meia hora no chuveiro – percebe que o morador da casa ao lado paga menos de eletricidade [sic], ele reduz o consumo- e acaba pagando menos também. Psicologia comportamental aplicada é isso aí”.


Mas não sei se aqui no Brasil isso funcionaria, pois o “Brasil não é para principiantes”! Não é das lembranças dos nossos jovens colegas, futuros gestores da Cemig, na época dos planos econômicos passados, houve o congelamento de preços, os fazendeiros “esconderam” seus bois (não me perguntem onde!). O José Sarney, (sim, ele já foi presidente do Brasil!) foi a televisão em rede nacional e pediu aos brasileiros que NÃO COMPRASSEM CARNE! Seria um boicote, tal qual o governo argentino tinha feito e dado resultado! No outro dia os brasileiros (classe média) correram para os açougues comprando a maior quantidade de carne possível e ainda comprando “freezers” para guardar a provisão de carne! Mas aqui como eu disse antes: “O Brasil não é para principiantes!”



*Confesso que depois que li a reportagem do livro do autor americano, mostrei minha conta de energia elétrica para alguns colegas para ver se eles me imitavam, pois minha conta era de R$63,00 (sessenta e três reais). Mas agora com os aumentos da dona você sabe quem, minha conta já está a mais de R$90,00 (noventa reais). Mas lá em casa é trifásico, eu não sou de “baixa-renda”, não deveria ter a isenção por gastar menos de tantos quilowatts por mês, incentivo este cortado este ano pelo governo mineiro atual, e que para mim foi acertado (sou thatcheriano nessa hora),  então o critério para o desconto deveria ter mais de um parâmetro e não somente o consumo mensal em quilowatts.


**A Califórnia ano passado enfrentou uma série de “apagões” no seu sistema elétrico, um dos motivos foi a falta de água nos reservatórios de suas usinas hidrelétricas!

10 janeiro, 2016

Gratidão

Se há alguns anos atrás eu pudesse escolher alguém para conhecer nos EUA, eu escolheria o autor Oliver Sacks.
Por que? Respondo com as palavras do próprio Sacks:

Deste muito pequeno minha tendência é lidar com a perda – a perda de pessoas que me são caras – voltando-me para o que não é humano. Quando me mandaram para um colégio interno aos seis anos, na eclosão da Segunda Guerra Mundial, os números se tornaram meus amigos, retornei a Londres, aos dez, e  os elementos e a tabela periódica passaram a ser meus companheiros. Épocas difíceis ao longo de toda a minha existência levaram-me a buscar as ciências físicas ou retornar a elas: um mundo onde não há vida, mas também não há morte.”

Mas não seja grato somente para provar algo para alguém, dê a gratidão como um presente de coração, e falando como um cientista, a única explicação imediata para nossa existência num mundo caótico é nosso esforço em vencer a entropia, alimentamos de entropia negativa, o que vocês podem chamar de amor!


“Não consigo fingir que não estou com medo. Mas meu sentimento predominante é a gratidão. Amei e fui amado, recebi muito e dei algo em troca. Li, viajei, pensei, escrevi. Tive meu intercurso com o mundo, o intercurso especial dos escritores e leitores.