30 setembro, 2005

Ser político requer um cérebro diferente

Mentirosos compulsivos têm cérebro diferente, diz estudo

Mentirosos têm 26% mais massa branca que os demais
Os cérebros dos mentirosos compulsivos são diferentes dos cérebros das pessoas sinceras, afirma um novo estudo.




Uma equipe da Universidade da California do Sul estudou 49 pessoas e descobriu que os pacientes que eram mentirosos patológicos tinham 26% a mais de massa branca no cérebro que os demais.
A massa branca atua na transmissão de informações, enquanto a massa cinzenta as processa. Os pesquisadores acreditam que a existência de mais massa branca no córtex pré-frontal estimula a mentira.
Já o British Journal of Psychiatry afirmou que é provável que haja outras diferenças nos cérebros dos mentirosos.
Grupos de pesquisa
O estudo foi realizado com voluntários recrutados em cinco agências de empregos temporários em Los Angeles.
Eles foram divididos em três grupos. Um era formado por 12 homens e mulheres com histórico de serem mentirosos patológicos. O segundo grupo, com 21 pessoas, reunia voluntários sem retrospecto de mentiras ou comportamento anti-social.
Já o último grupo contava com 16 pessoas com histórico de comportamento anti-social, mas sem o costume de contar mentiras compulsivamente.
Eles foram analisados para que se pudesse observar se seus cérebros possuem a mesma conformação que os dos mentirosos.
Os cientistas mediram a quantidade de matéria branca e cinzenta no córtex pré-frontal do cérebro dos voluntários por meio de exames de ressonância magnética.
Os mentirosos tinham entre 22% e 26% mais massa branca que os integrantes dos outros dois grupos.
Trata-se do primeiro estudo a apresentar diferenças cerebrais em pessoas que mentem, enganam ou manipulam os outros, disseram os pesquisadores.
Eles dizem que a ligação entre a massa branca e a personalidade ludibriadora pode ser decorrência do fato de que a massa branca aumentaria a capacidade cognitiva da pessoa para que minta.
Na opinião de Cosmo Hallstrom, um psiquiatra de Londres, "a questão é sempre quanto de nosso comportamento se baseia em controle voluntário e quanto é inato".
"A descoberta de anormalidades cerebrais reforça a idéia de que um forte componente dessas dificuldades talvez esteja pelo menos em parte além do controle da pessoa", acrescentou.

Fonte:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2005/09/050930_mentirososms.shtml


Comentário:

Recomendo que as CPI´s em andamento no Congresso requisitem a tomografia dos cérebros dos suspeitos da máfia do mensalão. Talvez para SER político requer um cérebro diferente.

Antes tarde do que nunca

O famigerado socioopata, banqueiro, especulador, oportunista, e tudo o que tem mais de ruim na escória da sociedade, foi finalmente afastado do galinheiro.

Senhores e senhoras, tomem nota destes nomes abaixo, certamente nenhum deles é flor-que-se-cheire.




30/09/2005 - 12h06
Opportunity é oficialmente afastado da administração da Brasil Telecom
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GUILHERME BARROS
Colunista da Folha de S.Pauloda Folha Online


O Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, foi oficialmente afastado hoje da administração da Brasil Telecom, que opera telefonia nas regiões Sul, Centro-Oeste e Norte do país.Segundo comunicado enviado pela Brasil Telecom à Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), os acionistas da empresa decidiram em assembléia realizada nesta manhã que o novo presidente do conselho de administração será Sérgio Spinelli Silva Júnior, indicado pelo Citigroup. Além disso, Pedro Paulo Elejalde de Campos, representante dos fundos de pensão, será o vice-presidente do conselho.
Folha Imagem
Banqueiro Daniel Dantas, dono do OpportunityA mudança no comando do conselho de adminitração da empresa acontece quase seis meses após a Justiça e Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) decidirem afastar o Opportunity de seu comando.Por meio de acordo, os principais fundos de pensão do país e o Citigroup decidiram na época que assumiriam a gestão da terceira maior empresa de telefonia fixa brasileira.De lá para cá, foram realizadas várias assembléias para a substituição de comando nas diversas empresas que fazem parte da cadeia societária que controla a Brasil Telecom, processo que culminou com a assembléia de hoje.Também foram destituídos nesta manhã os membros do conselho de administração da empresa Eduardo Seabra Fagundes, Humberto José Rocha Braz, Luiz Octávio da Motta Veiga, Eduardo Cintra Santos, André Urani e Carlos Alberto Siqueira Castro, além dos suplentes Leitão Viana, Guido Vinci e Robson Goulart Barreto.Para o lugar desses conselheiros foram nomeados, além de Sérgio Spinelli Silva Júnior e Pedro Paulo Elejalde de Campos, os seguintes nomes: Elemer Andre Suranyi, Fábio de Oliveira Moser, André Urani e Jorge Luiz Sarabanda da Silva Fagundes como titulares e Alberto Ribeiro Guth, Marcel Cecchi Vieira, Renato Carvalho do Nascimento, Adriana Duarte Chagastelles, Carmen Sylvia Motta Parkinson e Célia Beatriz Padovan Pacheco como suplentes.Os conselheiros são representantes do Citigroup, dos fundos e da Telecom Italia, empresa italiana que tem participação na Brasil Telecom e tenta fechar, até agora sem sucesso, a compra das ações dos demais sócios.DiretoriaA assembléia de acionistas também vai decidir nesta tarde sobre a permanência ou não dos atuais diretores da empresa. Ontem à noite, Carla Cico, presidente da Brasil Telecom, já limpou as gavetas, assim como todos os atuais diretores indicados pelo Opportunity.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u100931.shtml

Gripe aviária, demorou mas publicaram no Brasil

30/09/2005 - 09h30m
Pandemia de gripe aviária pode matar 150 milhões, alerta OMS

Agências Internacionais
NAÇÕES UNIDAS - A gripe aviária que está assolando a Ásia será a semente de uma pandemia global que poderia matar até 150 milhões de pessoas, se o mundo não se preparar para uma mutação no vírus que permita a transmissão fácil entre pessoas, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS). Indicado nesta semana para encabeçar a resposta da agência da ONU à ameaça da gripe das aves, o médico David Nabarro disse que o secretário-geral Kofi Annan pediu a organização de uma iniciativa mundial para conter a doença e preparar os países para um possível salto na forma de contágio. Se o vírus adquirir a capacidade de se espalhar entre pessoas - como ocorreu com outros vírus de gripe animal que desencadearam pandemias arrasadoras no passado -, são os preparativos das autoridades e a consciência da população que vão determinar se a doença matará 5 milhões - o que é considerado o mínimo - ou 150 milhões, disse Nabarro. A pandemia de 1918, que ficou conhecida como gripe espanhola, eclodiu durante a Primeira Guerra Mundial, matou mais de 40 milhões de pessoas e expôs a vulnerabilidade de um mundo onde as fronteiras já começavam a significar cada vez menos. - É quase certo que haverá uma outra pandemia brevemente - disse Nabarro. O candidato mais óbvio a agente da desgraça é o vírus H5N1, que matou 66 pessoas desde que reemergiu em granjas da Ásia no fim de 2003. A maior preocupação atual é com a Indonésia, o quarto país mais populoso do mundo, que viveu um salto repentino no número de casos nas últimas semanas: cinco mortes e dezenas de casos suspeitos. O país tem pedido ajuda para o combate da doença porque uma epidemia ali seria certamente um problema global. - A gripe aviária é uma doença tão perigosa que pode facilmente transcender fronteiras nacionais através da migração animal ou humana - disse o porta-voz de Assuntos Externos do país, Yuri Thamrin. - Além disso, o vírus pode sofrer mutação facilmente. Então, um esforço nacional não é suficiente. Tem que haver cooperação internacional. Nos últimos meses, o vírus H5N1 chegou ao Leste da Europa, cruzando a fronteira da Rússia, onde foi detectado em pássaros. A detecção no Oriente Médio, para onde migram milhões de aves todos os anos saídas da Ásia, é considerada questão de tempo. O H5N1, altamente letal e contagioso nas aves, ainda não tem a capacidade de ser transmitido facilmente de uma pessoa a outra. Uma vez que uma pessoa o contrai, porém, o risco de morrer em poucos dias é de pelo menos 50%. E quanto mais o vírus circula, maior a probabilidade de sofrer a temida mutação que facilitaria o contágio - o que pode ocorrer, por exemplo, se o H5N1 se recombinar (trocar genes) com um vírus de gripe humano. Isso poderia ocorrer no organismo de uma pessoa doente ou de um animal suscetível a vírus de gripe humana, como os porcos. À indústria aviária, a gripe do frango já deu um prejuízo de US$ 10 bilhões a US$ 15 bilhões, principalmente na Tailândia, Vietnã e Indonésia. A OMS está tentando enfatizar um alerta que os especialistas vêm dando desde que surgiram os novos casos - animais e humanos. Ignorar o perigo, diz a agência da ONU, seria um enorme erro. Alguns governos e entidades internacionais já iniciaram preparativos. No mês passado, o presidente dos EUA, George W. Bush anunciou na ONU a meta de unir recursos e expertise internacionais no combate à gripe aviária. A primeira reunião de planejamento será nos dias 7 e 8 de outubro, em Washington. Nos dias 25 e 25, o Canadá vai realizar uma reunião de alto nível em Ottawa sobre a doença, e a OMS convocou um outro encontro em Genebra, para 7 e 8 de novembro, sobre financiamento do combate ao vírus.

Fonte: http://oglobo.globo.com/especiais/vivermelhor/mat/170070468.asp

No início do ano recebi um e-mail com esta informação, achei que era falso. Mas procurei pelo nome do vírus pela internet e vi que era real, mas também que este vírus já é conhecido deste 1987 ou antes, mas que desde então vêem dando trabalho para as organizações de saúde mundiais. Espero que não ocorra e que os países estejam preparados.

Depois da cueca, o bucho de boi

Depois de lançarem o transporte de dólar na cueca, os bandidos lançam agora o pó no bucho de boi. O velho truque do pó no reto já estava batido. Aguardamos curiosos os próximos lançamentos.
E no congresso tudo terminou mais uma vez acabou em pizza, junto com o novo presidente da Câmara, as pizzas foram previamente partidas em pedaços pequenos e grandes, depois servidas aos deputados antes da votação, que foi até a noite.
As emendas das pizzas eram vistas de longe, apesar dos deputados jurarem que os pedaços não tinham dono, era de quem pegasse primeiro.

30/09/2005 - 08h30m
PF troca delegados após roubo de R$ 2 milhões
Antônio Werneck, Carla Rocha e Célia Costa - O Globo

RIO - Depois do roubo de mais de R$ 2 milhões, mudanças na Superintendência da Polícia Federal do Rio. O superintendente do órgão, delegado José Milton Rodrigues, e seu adjunto, Roberto Prel, seriam os únicos mantidos nos cargos. Todos os outros chefes serão substituídos a partir desta sexta-feira. Uma das trocas anunciadas na quinta-feira foi a da delegada Maria Cristina Dourado, da Delegacia Especial de Combate ao Crime Organizado. Serão substituídos os chefes das delegacias Fazendária, de Entorpecentes, Previdenciária, Marítima e de Patrimônio. Policiais federais prenderam na noite de quarta-feira dois homens que podem ajudar nas investigações do roubo dos R$ 2 milhões apreendidos durante a Operação Caravelas. Os dois sabem quem passou dois cheques que teriam sido desviados durante uma operação da PF de combate a uma rinha de galos, na qual foi preso o publicitário Duda Mendonça. Os dois presos podem apontar um agente que teria repassado os cheques. Uma das linhas da investigação do roubo de R$ 2 milhões é a de que os mesmos agentes estariam envolvidos nos dois casos. Em dezembro, dois meses depois da operação que levou à prisão Duda Mendonça e mais cinco pessoas, diretores do Clube Privê Cinco Estrelas, onde funcionava uma rinha de galos, procuraram a PF para denunciar o desaparecimento de um talonário de cheques do clube. Foi aberta uma sindicância. Os dois cheques do talão foram descontados numa agência bancária de Jacarepaguá. Os policiais federais rastrearam o depósito e chegaram a dois moradores do bairro. Chamados para depor, os dois homens disseram que receberam os cheques de um agiota que atuava em Jacarepaguá, na Barra da Tijuca e no Recreio. O nome não foi revelado, mas as duas testemunhas disseram que o agiota era da polícia. Só não souberam dizer se era um policial civil, militar ou federal. Na quinta-feira, uma equipe de policiais federais sob o comando do superintendente de Goiás, delegado Manoel Duailibe, chegou ao Rio para dar andamento ao processo de incineração de 1,6 tonelada de cocaína apreendida na Operação Caravelas. A droga será queimada nesta sexta-feira no forno de uma empresa, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O diretor-geral da PF, delegado Paulo Lacerda, também esteve na quinta-feira no Rio. Além de discutir as mudanças na superintendência, ele vistoriou com engenheiros o prédio da PF, na Praça Mauá. A intenção é investir cerca de R$ 45 milhões na reforma do prédio e na construção de um novo edifício. Na quinta à noite prestou depoimento em Goiânia Sandra Tolpiakow, uma das sócias das redes Satyricon e Capricciosa, presa durante a Operação Caravelas. Ela negou que seu ex-marido, José de Palinhos - preso sob acusação de ser um dos cabeças da quadrilha que pretendia enviar 1,6 tonelada de cocaína em bucho de boi para a Europa - tenha qualquer participação nos restaurantes. Sandra, que tem dois filhos de Palinhos, disse que sua relação com ele se limitava a questões relacionadas aos filhos e que não sabia que o ex-marido tinha envolvimento com o tráfico.

Fonte: http://oglobo.globo.com/online/rio/170070355.asp

28 setembro, 2005

Quando fiz minha autocrítica

Inclui o texto abaixo neste blog e daqui há alguns dias incluirei meu comentário aqui. Tentarei escreve os motivos que me levaram a desistir do meu curso de engenharia. Um dos motivos foi eu ter vergonha de ser quem eu sou, meu modo de agir e ser. Sempre tive mêdo de ser o "esquisito" com um diploma de engenharia. Hoje eu sou apenas o "esquisito" SEM diploma algum.



25/09/2005 - 09h09
Superprofissional dissimula vida própria
RAQUEL BOCATO da Folha de S.Paulo

Típico super-herói, com MBA e especializações, que domine ao menos dois idiomas estrangeiros, trabalhe cerca de 14 horas por dia e abdique dos horários de almoço. Este é o profissional dos sonhos de diversas empresas: um trabalhador com boa bagagem teórica e muita experiência no mercado. E, claro, sem sinais de defeito.As exigências do mercado de trabalho estão delineando um novo profissional, que tem se distanciado de seus desejos para manter-se "empregável": matricula-se em especializações pelas quais não tem interesse, desenvolve habilidades que não são prioritárias e abandona a vida pessoal pelo trabalho. É o caso, por exemplo, de quem faz MBA só para dizer que tem esse curso no currículo.As conseqüências disso, no entanto, impactam na qualidade de vida do trabalhador e, inclusive, quebram suas fronteiras éticas. O pior caso, segundo especialistas, é quando o profissional, que possui títulos e projeta uma imagem de sucesso, não se mostra competente em simples tarefas diárias.A especialista em marketing N.N., 27, e a administradora de empresas Ivete Santos, 36, sabem o que é isso: tiveram projetos "roubados" por superiores que queriam mostrar-se infalíveis aos olhos dos presidentes. "Fiz um plano de relacionamento com empresas durante uma reestruturação interna. A pessoa que assumiu a área não tinha experiência e expôs ao superior o planejamento que fiz como se fosse dela", lembra N.N., que está há quatro meses no cargo de analista de marketing e já pensa em trocar de posto."Minha chefe descartava as sugestões que eu fazia diante da equipe, mas, depois, as apresentava para o dono da firma como se fossem dela", conta Santos.Responsáveis"Há uma cobrança por resultados --que vem da pressão externa por lucratividade e competitividade-- à qual estão submetidas as empresas", diz Luiz Cortoni, professor da Fundação Vanzolini.Para Alvaro Augusto Comin, docente de sociologia da USP, as exigências das empresas têm sido maiores pelo descompasso entre o número de postos de trabalho e a quantidade de mão-de-obra que está disponível no mercado."As firmas vão elevando os pré-requisitos para a contratação", opina. "A falta de uma política de geração de empregos, a não ampliação do sistema público de ensino e a abertura do mercado para instituições de baixa qualidade são as culpadas pela imposição de um novo perfil de trabalhador."Mea culpaAs cobranças para ficar até mais tarde não vinham do empregador da contadora Arlete Amoroso, 28. Era a pressão sobre si mesma o que mais influía no seu dia-a-dia. "Nunca saía do trabalho antes das 20h. Mesmo em licença-maternidade, antes de meu filho nascer, ia sempre para a empresa", lembra.Segundo a contadora, não era uma demanda dos superiores, mas algo imposto por ela. Só reduziu a jornada após dar à luz. "Quando voltei ao trabalho, marcaram uma reunião às 17h. Negociei: como sairia em meia hora, pedi que fosse às 16h. Não fico na empresa após o expediente e dou conta do serviço nesse período."

FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/classificados/empregos/ult1671u2460.shtml

Uma tradução por favor!

A TUZZO LANTO
- Poici di Pare
Tanto saca tulna ti, na puta tuchi puti ti la.
Runto cata chanto chanta manto chi la ti da.
Yalta cara sulda mi la chata picha pino tito bralda
pe te china nana chunda lala chinda lala chunda!
Ronto piti ca le, a tanto chinto quinta lalda
O la tinta dalla lalta, yenta pucha lalla talta!
O texto acima foi retirado do livro "Deve ser brincadeira Sr. Feymman!". Caso alguém possa traduzir o texto acima, agradeceria.

Lula gigante lança seus tentáculos sobre a câmara

Lula cansou de ficar nas profundezas do palácio. Depois de perder um dos tentáculos há 7 mêses (foto ao lado), quando o Planalto perdeu a presidência da câmara, agora, ele mesmo decidiu entrar com todos os tentáculos, digo, com todas as armas, digo, enfim, na disputa pela presidência da câmara dos deputados.
É muito difícil encontrar uma Lula viva na superfícier, pois elas vivem no fundo do mar em um ambiente muito hostil (sob alta pressão).







Na foto acima, LULA cumprimenta os aliados ao fechar o acordo de apoio para Aldo Rebelo.

27/09/2005 - 17h02m
Lula veste quimono e brinca: 'Estou pronto para a briga'

Cristiane Jungblut - O Globo BRASÍLIA -
Num momento de intensas movimentações em torno da candidatura do deputado Aldo Rebelo (PCdoB) à presidência da Câmara, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva brincou, dizendo que estava pronto para a briga, ao vestir nesta terça-feira um quimono que ganhou de presente da delegação que participou do Mundial de Judô realizado em setembro no Cairo, Egito. O Brasil teve o melhor desempenho de sua história na competição, com uma medalha de ouro conquistada por João Derly. Lula vestiu a parte de cima do quimono por cima do terno, pôs uma faixa preta e brincou: - Estou pronto para a briga - disse Lula, brincando com seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho.

Lula voltará para o fundo se o governo não emplacar a presidência da Câmara.

Nas profundezas escuras do fundo do mar e sob alta pressão é o habitat natural da criatura.

Não se consegue trazer este tipo de criatura viva para a tona, pois acustumado com tamanha pressão, as víceras dele são expelidas quando vêem à tona.

Fontes:

http://oglobo.globo.com/online/plantao/169974348.asp

http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2005/09/050928_lulacl.shtml

Terrorista, "oh no", ele é apenas um anti-castrista!

28/09/2005 - 03h01
Juiz americano nega extradição de Posada Carriles
da BBC Brasil
Posada Carriles é acusado de ataque a avião que matou 73 Um juiz americano determinou nesta terça-feira que o exilado cubano Luis Posada Carriles não será deportado para Cuba nem para a Venezuela. Segundo o juiz William Abbott, Posada Carriles, de 77 anos, corre o risco de ser torturado nos dois países. A Venezuela pede a extradição do dissidente cubano, um ex-agente da CIA (agência secreta americana), pelo seu suposto envolvimento no ataque a um avião cubano que acabou com 73 mortos em 1976. Segundo a agência de notícias Reuters, a porta-voz do departamento de Imigração dos Estados Unidos, Leticia Zamarripa, disse, no entanto, que a decisão do juiz "não descarta a ida do senhor Posada a outro país". A Venezuela – que considera Posada Carriles um "terrorista" – nega que ele seria torturado e acusa Washington de incoerência na sua política antiterrorismo. Posada Carriles está preso nos Estados Unidos desde maio por entrar ilegalmente no país. Ele nega ter participado no ataque contra o avião, mas admite envolvimento em atividades contra o presidente cubano, Fidel Castro. Ainda nesta terça-feira, o governo cubano disse que o aperto do embargo americano à ilha provocou uma queda no número de pessoas viajando para lá no ano passado. Segundo um relatório oficial, o número de cubano-americanos viajando a Cuba caiu pela metade e as visitas turísticas diminuíram em 40%. O governo cubano prometeu apresentar o documento na ONU no final deste ano.

Fonte:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2005/09/050928_cubaposadacg.shtml

Comentário:

Terrorista! Não! Ele é apenas um anti-castrista. Ele joga no time dos EUA, só isso. Fica difícil entender a política norte-americana. Se eles são contra o terrorismo, então entreguem o suposto terrorista para o governo cubano! E as 73 pessoas que morreram no avião? Não merecem uma explicação? Bush, seu discurso fica cada vez mais vazio.

27 setembro, 2005

Plutocracia Internacional do Brasil I

EDUCAÇÃO E ENGANAÇÃO

“Aquele que vem a ser príncipe com a ajuda dos ricos se mantém com maior dificuldade do que aquele que o consegue com o apoio do povo” – Maquiavel, O Príncipe, início do século XVI. Pai da ciência política, o extraordinário mestre florentino sabia das coisas. O Brasil tinha acabado de ser descoberto, era talvez ainda bem mais selvagem do que hoje, e já estava escrito um livro genial em que a política – e os políticos – foram tratados com lucidez e objetividade. Como entendemos a afirmação acima? Ora, meus caros, ela é uma bandeira de esperança. Maquiavel mostra aí que só o poder democrático tem solidez e durabilidade. Tudo o que é “plutocrático” (de plutocracia, poder do dinheiro) ou oligárquico (de oligarquia, governo de minorias, em geral famílias, privilegiadas) se conserva a duras penas. Assim como todo poder imposto a força. Nos nossos dias, estamos vendo um espetáculo bastante esclarecedor: os americanos, com o seu poderio tecnológico, mais uma vez em apuros, morrendo todo dia, para segurar as batatas quentes de um inferno generalizado, um povo e uma cultura com que não têm nada a ver e que invadiram, assaltaram, violentaram, para lhe saquear o petróleo (de que é o segundo produtor do mundo). Mais um pouco e sua situação será insustentável. O nosso Maquiavel, no mesmo livro, há quase 500 anos, já proferia claramente sua sentença, e eles não a aprendem: “Por mais poderoso que seja o exército de que se dispõe, para tomar um país é sempre ainda maior a necessidade do apoio de seus habitantes”.Para tudo é preciso o apoio do povo. O nosso apoio. Daí a necessidade de nos educarmos para apoiar as pessoas certas, na hora certa. O mau político, assim como o mau negociante, é um enganador: quer sempre vender gato (ou até rato) por lebre. A propaganda é seu veículo preferido. Aos brados, pelas ruas e meios de comunicação, ou à boca pequena, de casa em casa. As campanhas eleitorais são transformadas, muitas vezes, em grandes programas de enganação. Serge Tchakhotine (traduzido na década de 1960 pelo atual presidente do PSB, Miguel Arraes) mostra como a propaganda política mais barulhenta e enganadora começou nos EUA. O próprio Goebels, competente ministro da propaganda nazista, se inspirou na mistificação americana, nos seus métodos e táticas. E, como o leitor bem sabe, também lá, como cá, é enorme o risco de os vencedores virem a ser os que puseram mais dinheiro na propaganda: isso, obviamente, é a própria negação, ou a traição completa, do processo democrático.Pelos frutos (mas também pelas flores) realmente se conhecem as árvores e as pessoas. Não se deve eleger um político: deve-se eleger um programa de realizações, e só de alguém que já tenha experiência no setor, tenha exercido um mandato inatacável, tenha sempre colocado o bem público acima do bem particular, de seu bolso e sua família. Corrupto de qualquer espécie, no varejo ou no atacado, lata de lixo com ele. Para facilitar as coisas, o povo deve-se organizar, independentemente das campanhas e processos eleitorais. Reunir-se para discutir as alternativas, orientar-se com especialistas, informar-se nos jornais e semanários de qualidade. Uma boa coisa, amplamente aprovada no Rio de Janeiro, é a fundação das associações de moradores. Por meio delas, se pode acompanhar a carreira dos políticos locais, avaliar seu desempenho, cobrar o cumprimento de promessas e objetivos. A carreira do mau político tem de ser abortada, para não ter conseqüências piores e prejudicar ainda mais o eleitorado. Em compensação, um bom político, um homem público honesto e eficiente pode ser uma dádiva, uma ponta de lança dos anseios do povo.Uma digressão, o leitor me perdoe: estranha, essa reforma ministerial. Quem privilegiar a educação, nessa terra, tem de acreditar no Cristóvão Buarque, em sua integridade e competência. Pois ele foi demitido. Que a Benedita da Silva caísse fora, muito bem, já saiu tarde. Mas o professor Cristóvão, o que significa isso? Será que temos mais um governo pouco interessado na educação? Se assim, for, meus caros, vai tudo novamente por água baixo. Rezemos.


*Poeta, crítico literário, lexicógrafo e tradutor residente em Mendes/RJ.

Mande um email para esta coluna: maurogama@sulrj.com

Esta é a versão em cache de http://ww3.sulrj.com/colunas/maurogama/arquivo/20022004.htm no G o o g l e obtida em 24 jan. 2005 09:44:40 GMT.


Plutocracia:

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Plutocracia é termo de origem grega (πλουτοκρατία de πλοῦτος (plóutos), riqueza, e κρατεῖν, (kratos), poder), daí a ploutokratia ou plutocracia ser considerado o governo fundado no dinheiro, na corrupção.

26 setembro, 2005

Sobre a virtude ou o vício

"O Vício corrige melhor do que a virtude. Suporte um viciado e
você tomará horror ao vício. Suporte um virtuoso e logo você
odiará a virtude inteira."


Tony Duvert
Abecedário Malévolo

23 setembro, 2005

Se podemos dificultar, porque simplificar?

Por que falamos como idiotas Livro:



Why Business People Speak Like Idiots: A Bullfighter’s Guide
Autor: Brian Fugere, Chelsea Hardaway & Jon Warshawsky

Por que falamos como idiotas
Por Tiago Lethbridge.

Publicado originalmente na revista Exame, em 06/06/2005.
Basta entrar numa empresa para ouvir uma língua que usa muitas palavras – mas não diz nada Leia com atenção o diálogo a seguir: – Precisamos adotar as melhores práticas. – Mas com foco no cliente? – É claro! Sem isso, perderíamos nossa vantagem competitiva, afetando o bottomline no longo prazo. – Mas, se não nos alinharmos aos stakeholders, vamos deixar de estar agregando valor ao negócio. Se você não percebeu que essa conversa é apenas um amontoado de jargões gastos, palavras vazias e frases sem o menor sentido, cuidado. Se essas expressões fazem parte do seu vocabulário, então, talvez o caso seja grave. Você pode ser vítima de uma das maiores pragas do mundo dos negócios: falar como um idiota. A comunicação transparente nunca foi tão importante para a sobrevivência das empresas. E, paradoxalmente, nunca tantos usaram tantas palavras para dizer tão pouco. Até recentemente esse assunto era tema de piadas. Neste ano, no entanto, Brian Fugere, Chelsea Hardaway e Jon Warshawsky, três consultores da Deloitte, lançaram um livro que se propõe a estudar seriamente o tema: Why Business People Speak Like Idiots (Por que os homens de negócio falam como idiotas, sem previsão de lançamento no Brasil). Os executivos de hoje falam de maneira evasiva, argumentam os autores, especialmente quando suas empresas têm notícias ruins a dar aos acionistas. No Brasil, há uma agravante. Nossos homens de negócios importam termos usados pelos americanos sem nem tentar traduzi-los. Como resultado, surgem preciosidades como os verbos upgradear, deliverar ou performar -- inexistentes em qualquer dicionário digno do nome. “A baboseira se tornou a língua dos negócios”, escrevem os consultores da Deloitte. Rareiam executivos que sabem se comunicar com clareza, como Jack Welch, o ex-presidente da GE, ou Samuel Klein, fundador da Casas Bahia. Quando os presidentes capricham no discurso rebuscado, entra em ação uma espécie de lei da gravidade, descrita pelo palestrante e ex-colunista de EXAME Max Gehringer: “Os diretores querem falar como os presidentes; os gerentes, como os diretores; os supervisores, como os gerentes; os trainees, como os supervisores; e os estudantes, como os trainees”. Uma boa amostra pode ser colhida no programa de TV O Aprendiz, apresentado por Donald Trump nos Estados Unidos e por Roberto Justus no Brasil. Os candidatos, recém-formados, papagueiam expressões ocas como agregar valor, alinhar ou movido a resultados. “O idiota quer parecer esperto e, para isso, abusa de palavras pomposas”, escrevem os autores do livro. Curioso notar que ninguém fala desse jeito quando não está trabalhando. Como no livro O Médico e o Monstro, de R.L. Stevenson, o funcionário cultiva personalidades distintas dentro e fora do escritório. É difícil imaginar, por exemplo, um gerente de RH que proponha à namorada um relacionamento com mais “foco no resultado”. Quando o funcionário cruza a porta de entrada da empresa, no entanto, seu vocabulário se transforma -- e se afasta do idioma das ruas. Por que a linguagem dos negócios se tornou tão maçante? Há alguns motivos. Faculdades de administração, MBAs, gurus e consultores passaram os últimos 20 anos reinventando velhos conceitos e dando-lhes novos nomes. “Nenhum consultor vai propor analisar os produtos de uma empresa, mas, sim, um realinhamento estratégico do portfólio”, diz Gehringer. Passados os anos, termos como reengenharia, downsizing ou networking se entranharam no bê-á-bá empresarial. A onda mundial do politicamente correto, responsável por transformar anões em “indivíduos verticalmente prejudicados”, também deixou cicatrizes nas empresas. Funcionário, chefe e produto, por exemplo, são termos banidos do dicionário. Hoje chamam-se colaborador, líder e soluções disponibilizadas. “Quando um departamento de RH chama o funcionário de colaborador ou associado, quase sempre quer esconder sua incompetência”, diz Joaquim Patto, diretor da consultoria Mercer. Tecnologias como o PowerPoint, com seus templates, também só ajudam a pasteurizar ainda mais a linguagem. Não é fácil sair dessa situação, em que uns fingem que falam e outros fingem que entendem. Sem uma mudança de paradigma, vamos estar falando como idiotas por um bom tempo.

Fonte: Revista Exame.


Comentário:

Sempre fui a favor de uma linguagem simples, não afetada pelos modismos. Mas nunca deixei de usar a palavra certa conforme a sua própria etimologia. Uma das que tive fazer esta mudança foi paradigma. Apesar desta sempre ter me acompanhado nos meus estudos e aprendizados durante minha vida. Tive que fazer não por vergonha de usá-la, mas simplesmente por tentar não afugentar o meu leitor, pois a palavra "paradigma" foi muito usada e ficou em descrédito, qualquer texto que a citasse, já seria visto também da mesma forma. Uma outra palavra que ficou muito desgastada foi: "estado da arte". As duas levam nossos colegas ao desespero, pois projetos mal sucedidos que vinham com as mesmas não se saíram tão bem assim, conforme prometido. Outro exemplo de uso do idioma inglês para tentar melhorar a imagem de uma área, foi quando vi o uso do texto: “site tecnológico administrativo”, ou invés do comum “setor tecnológico administrativo”, conforme o próprio texto explica, certamente está tentando encobrir alguma falta. O texto acima, logo no finalzinho usa a palavra "paradigma", será que também não poderíamos substituí-la?

Historiador inglês critica cota racial

JC e-mail 2637, de 29 de Outubro de 2004.

Historiador inglês critica cota racial

Para Peter Burke, que visita o país, critério deveria ser econômico Rafael Cariello escreve de Caxambu para a ‘Folha de SP’:

O historiador inglês Peter Burke, 67, em visita ao Brasil, faz críticas à adoção do sistema de cotas raciais no país e defende que o critério de reserva de vagas na universidade deveria ser exclusivamente econômico.Professor aposentado da Universidade de Cambridge e um dos principais especialistas em história cultural, Burke diz temer que o Brasil perca sua identidade de país mestiço."Lamentaria se o Brasil se tornasse um país onde ou você é negro ou é branco, como acontece nos EUA", disse ele ontem à Folha, em Caxambu (MG), onde está para participar do 28º Encontro Anual da Anpocs (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais), que acontece até amanhã.Atualmente escrevendo um livro sobre o antropólogo Gilberto Freyre (1900-1987), Burke descreve sua primeira impressão ao encontrar o autor de "Casa Grande & Senzala" e apologista da miscigenação brasileira."Eu o assisti dando uma aula na Inglaterra, nos anos 60. Ele falou sobre miscigenação. E me lembro de achar que ele era bastante branco, parecia português. Achei engraçado: tão europeu, e lá estava ele elogiando a mistura."A seguir, trechos da entrevista:Folha - Quais eram suas expectativas quando Lula foi eleito e qual sua impressão sobre seu governo até agora?Burke - Não tinha grandes expectativas. Tenho certeza de que ele gostaria de mudar bastante o país, mas é sofisticado o suficiente para saber que não pode fazer as coisas rapidamente. E que a primeira prioridade era não destruir a confiança financeira [internacional]. Então está sendo mais conservador do que gostaria, e eu não estou nem um pouco surpreso com isso. Ao agir cautelosamente, você age com maior eficácia, quando grandes mudanças estão ocorrendo. E me parece que agora, na educação, provavelmente aconteça uma reforma universitária, que inclui a discussão sobre as cotas. Se ele fizer isso, será uma grande mudança. Folha - O que o sr. pensa da adoção de cotas no Brasil?Burke - Como uma pessoa de fora, me parece muito estranho, dada a história do Brasil, que alguém queira ter esse sistema de cotas no país. Afinal de contas, me contaram todas essas histórias maravilhosas sobre ninguém aqui saber qual a sua cor, porque a aparência física pode não demonstrar se você tem sangue africano ou o que quer que seja. Os mórmons americanos tinham essa regra que pessoas negras não podiam ser bispos da igreja. Quando vieram ao Brasil, não puderam decidir quem era negro, e modificaram a regra. O que é importante, a meu ver, é que os pobres tenham cota. O critério deveria ser econômico. Pode muito bem acontecer que muitas dessas pessoas sejam negras, mas é melhor ter o critério econômico. Lamentaria se o Brasil se tornasse um país onde ou você é negro ou é branco, como acontece nos EUA.Folha - O sr., pessoalmente, consegue distinguir com facilidade quem é branco de quem é negro no Brasil?Burke - As aparências enganam. Você pode ser bem branco, e ainda assim ter uma avó negra. Estou agora escrevendo um livro sobre Gilberto Freyre. Não significa [a dificuldade de dizer quem é branco e quem é negro] que vamos aceitar a idéia de "democracia racial". Vou discuti-la criticamente, e tentar entender como ele chegou a dizer isso. Eu o assisti dando uma aula na Inglaterra, nos anos 60. Ele falou sobre miscigenação. E me lembro de achar que ele era bastante branco, parecia português. Achei engraçado: tão europeu, e lá estava ele elogiando a mistura.Folha - O sr. acha que esse discurso da miscigenação é apenas ideológico no Brasil?Burke - Não somente. Foi usado ideologicamente. Eu nunca teria usado o termo democracia racial. É uma metáfora infeliz. Mas há mais miscigenação aqui do que em outros lugares, e isso teve algumas das conseqüências positivas que ele sugere.Folha - E o sr. acredita que isso não deveria ser perdido?Burke - Exatamente.

(Folha de SP, 29/10)

Apetitosas contribuições alemãs no Brasil

No endereço: http://www.dw-world.de/dw/0,1595,8096,00.html , tem uma enquete sobre o que os brasileiro(a)s, mais apreciam na comunidade alemã.


A lista de contribuições trazidas pelos imigrantes alemães à cultura brasileira é ampla. Das tradições associadas aos alemães, qual você mais aprecia?

Repare nos itens que são de comer e beber (em vermelho!) com ganham disparado!!


8.4% As sociedades de canto, ginástica e atiradores
12.1%
Costumes de Natal
7.4% Os automóveis
14.9% Comida típica
9.1%
Oktoberfest
7.6%
A cerveja
9.9%
A Igreja evangélica luterana
6.6%
Instituições de ensino
18.8% As loiras
5.2%
Outra?



Escreva para feedback.brazilian@dw-world.de

Modelo de Gestão


Depois de fechar as portas da empresa em todas as localidades do interior de Minas, e concentrar todos os empregados num único prédio, agora XPTO irá trocar o mobiliário. Criando o que nos EUA é conhecido como modelos de estábulos individuais. Cada um vai ter o seu. E numa próxima mudança de leiaute, para que TODOS caibam num único prédio, adotará um modelo inovador: o meio andar, isto realmente foi uma idéia brilhante e que duplicará a área útil do edifício sede.

22 setembro, 2005

Estudar na China, o Brasil amanhã.

22/09/2005 - 11h16m
Mãe chinesa se enforca devido a mensalidade escolar das filhas
Reuters PEQUIM - Uma chinesa cometeu suicídio porque não podia pagar a mensalidade escolar das filhas, noticiou a imprensa local nesta quinta-feira, abordando um problema que atinge cada vez mais famílias pobres do país. O trabalho agrícola de Li Fenxiang era a única fonte de renda da família, que vive na província de Yunan (Sudoeste) e já havia contraído uma enorme dívida para pagar o tratamento médico do marido dela, um ex-mineiro de carvão que ficou paralítico há três anos, segundo o jornal "Beijing News". Por isso, ela ficou sem dinheiro para pagar a cara faculdade da filha mais velha e o ensino médio da mais nova. Li se enforcou em agosto. "Mamãe passava o dia perturbada com os custos escolares, que chegam a milhares de iuans por ano", disse uma das filhas ao "China Daily". Os custos da educação superior na China, praticamente gratuita há 20 anos, aumentaram sensivelmente desde que o governo aboliu os subsídios integrais. "As mensalidades universitárias excederam o que as pessoas comuns podem arcar, e não podem subir mais", disse Zhang Baoqing, vice-ministro da Educação, à agência estatal de notícias Xinhua, neste mês. O valor de quatro anos na universidade, de pelo menos 28 mil iuans (US$ 3.500), o equivalente ao salário médio de um agricultor chinês durante 35 anos, disse a Xinhua recentemente. "Eu preferia nunca ter passado no vestibular", disse a filha de Li ao "Beijing News". A China criou em 1999 um sistema para oferecer empréstimos subsidiados a universitários pobres, mas os bancos o abandonaram por causa da inadimplência, provocada pela dificuldade dos recém-formados em encontrarem trabalho. O Ministério da Educação diz que os bancos estão dando desculpas pífias para barrarem os créditos educativos. "Antes de os bancos emprestarem dinheiro para estudantes pobres, eles já haviam oferecido centenas de bilhões de iuans em créditos podres. Como explicar isso?", questionou Zhang em entrevista à revista "Oriental Outlook".

Fonte: http://oglobo.globo.com/online/plantao/169913085.asp

Cuidado com o que se deseja!

Eu prefiro a ignorancia das pessoas mais humildes e pobres (não de espírito, na maioria das vezes), do que a indiferença da classe média. E infelizmente esta classe média de quem se refere estas palavras, são aquelas que sento ao lado, passo por elas pelos corredores, na cantina, das reuniões de onde já se sabe o resultado da ata, de todos os encontros para melhorar o clima organizacional, etc...
Nunca fui de... Ops... Espere, houve um tempo em sempre quis fazer parte da turma. Nesta primeira tentativa eu ainda era criança, me lembro bem, morava ainda em Itapecerica, próximo de Divinópolis. Eu e minha família moramos lá apenas 6 meses. Depois voltamos novamente para Caxambu, minha cidade natal. Mais seis meses, fomos morar em Divinópolis, isto já era o ano de 1975. Espere, saltei a melhor parte, quando nós morávamos em São Sebastião do Paraiso, era o ano de 1972. Estudava com meu irmão gêmeo, Álvaro. Mas não sei o porque, não havia aquela relação de proximidade com ele. Talvez ele quisesse um irmão menos comportado. Por isso que mesmo nas férias que passávamos em Caxambu, ele era mais companheiro do meu primo, o Fernandinho. E quando nosso primos do Rio de Janeiro também estavam de férias em Caxambu, eles faziam um grupo só. Eu não me encaixava no grupo. Me lembro uma vez na piscina do parque, que brincando de "pique" (uma brincadeira de correr e esconder), cai no chão molhado da piscina. A dor era insuportável. Mas mesmo assim eles me fizeram tentar levantar, mas não conseguia faze-los entender que eu não estava fingindo. Então me deixaram lá no chão sem ajuda, até que apareceu alguém que perguntou o que eu tinha. Expliquei a situação. Ele chamou meu irmão e meus primos que por sua vez, chamaram meu pai. Lembro-me que meu pai me carregou para fora do parque e pegou uma charrete de passeio (custume local), que nos levou para casa. Passei estas férias com o pé esquerdo enfaixado. Como se eu tivesse destroncado o pé. A dor continuou pelos próximos dias, até que somente em São Sebastião do Paraíso, minha mãe me levou para o Hospital local. Lá foram tiradas outras radiografias, que constataram que o pé esquerdo estava quebrado. Já saí de lá com o pé engessado.
No meu primeiro dia de aula, não me lembro como cheguei ao colégio, mas me lembro que usava pernas de pau. Não conseguia imaginar até quando eu teria que usar aquelas coisas. Fiquei ansioso só de pensar como iria fazer para ir e vir do colégio todos os dias.
Não me lembro de minha infância de um episódio mais alegre do que quando no primeiro dia de aula, um colega bem maior do que eu, me pegou e colocou em seus ombros e me levou para casa. Minha melhor sensação de afeto humano recebido que me lembro, somente superado pelo que hoje minha filha me dá, mesmo quando ela está dormindo, pois somente a presença dela me afaga.
Falando de sensações, as duas piores que me lembro, foram uma em São Sebastião do Paraíso e outra depois em Itapeceriaca. Ña escola em São Sebastião do Paraíso, tinha uma professora, que não me lembro o nome. Certo dia em sala de aula, ela não gostava que os alunos conversassem em sala de aula. Naquele dia eu estava pedindo lápis de cor para um colega ao lado. Como não queria falar e o som chamar a atenção da professora, resolvi escrever um bilhete e passar para este colega. Passei o bilhete para ele com o pedido. Gando estava entregando o mesmo, este colega chamou a professora e disse que eu o estava importunando. Quando notei a intensão dele, ainda estava com a metade do bilhete na minha mão e a outra na mão dele. O que ocorreu então foi a divisão do tal bilhete em dois. Com a primeira metade do mesmo em suas mãos, a professora veio e me pediu o pedaço de bilhete e passou um "sabão" em mim. Ela disse que não queria ser interrompida novamente. Passados alguns minutos, o meu colega de modo inusitado, chamou a professora e disse que eu lhe havia passado outro bilhete, contrariando assim a sua ordem. Mas era apenas a metade do primeiro bilhete que já estava nas mãos do aluno fingido. Ela correu na direção dele, pegou o bilhete, e fez com que eu engolisse o bilhete, e apesar de eu insistir em dizer que não era "outro" bilhete, mas a metade do primeiro.
Outro episódio, foi quando morava em Itapecerica. Minha avó nos havia presentiado com umas miniaturas de carrinho de ferro. Eu estava com um na minha mão e quando vi meu irmão com um colega dele, corri em direção dos dois e mostrei-lhes com a palma da mão aberta, o carrinho sobre ela. Mal havia acabado de pronunciar minhas palavras de satisfação, o amigo de meu irmão deu um tapa sobre minha mão, jogando assim o carrinho longe. Quando o peguei novamente, ele estava todo arranhado pela queda ao chão. Mesmo depois de adulto, vejo que tenho que segurar minhas emoções, mesmo quando elas estão para explodir de satisfação ou alegria.

Não são só as crianças que tem inveja da felicidade dos outros, os adultos são piores. Principalmente quando se está no trabalho. Numa época em que o trabalho é pouco recompensador e não só no ponto de vista econômico, gostar do que faz deve ser difícil para muita gente, ver alguém trabalhar feliz, deve ser muito mais difícil de suportar, é a única explicação para que eu tenho para o modo de agir de muitos que trabalham comigo.
Diria que aprender a gostar do que se faz é uma tarefa impossível de se aprender numa faculdade, não existe nem mesmo uma cadeira que nos dê uma nota sobre isto.
Não adianta dizer que a média das notas em sala de aula é diretamente proporcional ao gosto da profissão escolhida.

Depois de passar por situações que meus coordenadores tentarem me humilhar, uma das máscaras que eu assumo que uso e mostro o porque, é não expressar alegria nas pequenas coisas que faço diariamente. Expressar felicidade incomoda!!! Principalmente para quem não tem!!!
Minha alegria no que façao é parecido com o carrinho que ganhei de presente, se mostrar esta alegria, haverá alguém incomodado. Se você que ler este texto disser que "por que se incomodar com que o outro pensa?", lhe digo, não sei a razão, mas me sinto melhor não mostrando esta alegria. Foi a opção que escolhi.

Quando escolhi fazer minha análise, numa analistas com credenciais para isto, escolhi faze-la ao invés de concluir meu curso de engenharia, que tanto gosto, meu sonho desde criança. Talvez eu a conclua depois que sair do meu emprego atual.

Me escondo atrás de mim mesmo. Nunca escolhi entrar em grupinhos de papo de futebol, sexo (digo sexo, e não sobre mulheres), drogas, músicas, política, etc...

Sei que nunca vou ocupar um cargo de engenheiro, analista, ou muito menos o que sempre quis, te programador, um volega valorizado. Mas por que seria valorizado, se até mesmo TODOS que me rodeiam buscam a mesma coisa? É um mal sinal. Se estes estão nesta busca, de fato isto TAMBÉM deve assolá-los numa angustia profunda. O que me faz imaginar que em seus círculos de relacionamento, isto o que eu sinto, também os aflige. Como conseqüência lógica, nos faz pensar que quanto mais alto se chega na pirâmide social, menos reais são os relacionamentos.
Não acretido em elogios baratos, estes são feitos para te deixar estagnado ou para ser explorado. Sinto que não sou daqui, serei um eterno estrangeiro.
Talves minha escolha seja a sintese de uma frase chinesa: "Cuidado com o que se deseja!". Se diminuirmos nossa expectativa, diminuimos nossa ansiedade, se perdemos, perdemos pouco. Se vivemos, e se é que isto é vida, vivemos pouco.

Diga SIM, e não faça de seu voto uma arma!

21/09/2005 - 19h13m
Filme alemão abre o olhos para o pré-referendo sobre proibição das armas no Brasil
Bruno Dominguez - Globo.com

RIO - Empresário tem loja assaltada e casa invadida por ladrões. Amedrontado, decide comprar um revólver para defender-se da violência. Não, esta não é mais uma matéria sobre a insegurança na cidade. A frase que abre o texto é a sinopse do filme alemão "Willenbrock comprou uma arma", parte da mostra Panorama do Festival do Rio (com sessões nesta sexta-feira, 23, no São Luiz (16h30m e 21h30m), e terça-feira, dia 27, no Estação Botafogo 1 (16h30m). Apesar de a história do personagem-título se passar na Alemanha Oriental alguns anos após o fim do comunismo, o filme chega ao Brasil em foco com uma questão atual e local. Principalmente levando-se em conta a dúvida pré-referendo sobre a comercialização de armas de fogo no país: proibir ou liberar? Antes de ceder às pressões de um lugar tomado por bandidos e abandonado pela polícia - a cidade de Magdeburg, não o Rio de Janeiro -, Bernd Willenbrock (Axel Prahl) levava uma vida sossegada. Casado com Susanne (Inka Friedrich) - uma mulher que aceita as traições do marido em nome do sonho de ter filhos - e dono de uma rentável revendedora de automóveis, de um carro potente e de duas casas confortáveis, Willenbrock é a personificação de um homem bem-sucedido e auto-confiante. Mas a ilusão de felicidade do empresário começa a se desfazer após dois assaltos violentos. A invasão de sua loja e de sua casa é o estopim de uma crise pessoal e no casamento. Willenbrock enfim percebe que não é capaz de controlar todos os acontecimentos ao seu redor e a esposa começa a lhe cobrar a proteção que ele sempre havia oferecido. Alarmes e grades - também as primeiras opções dos cariocas que se sentem inseguros - não são suficientes para estancar a tensão. Ao experimentar a sensação de impotência pela primeira vez, o empresário acaba recorrendo à compra de uma arma de fogo. Com o símbolo máximo de força nas mãos, Bernd Willenbrock passa a viver um dilema comum a muitas outras pessoas que se armam: agora está mais seguro ou, ao contrário, guarda em casa uma bomba que pode explodir a qualquer momento? A partir dessa pergunta, o empresário inicia uma reflexão sobre conceitos como vida, morte, coragem e medo. O público provavelmente embarcará no pensamento de Willenbrock, um personagem bem-construído pelo escritor Christoph Hein (e adaptado para o cinema pela roteirista Laila Stieler) e exemplarmente interpretado por Axel Prahl, com toda a fragilidade e incerteza humana. A direção de Andreas Dresen é outro destaque do filme, que, apesar de tratar de um tema denso, consegue provocar risadas em cenas de humor refinado e suspiros em seqüências de amor e sexo. "Willenbrock comprou uma arma" promete agradar fãs de drama, suspense, comédia e romance, e, sobretudo, ajudar os indecisos na hora de escolher entre o "sim" e o "não" no referendo sobre a proibição da venda de armas de fogo no Brasil.

Fonte: http://oglobo.globo.com/online/cultura/169905190.asp


Comentário:

Não tenho carro. Eu e minha filha de 3 anos, voltamos para casa de ônibus diariamente. Certo dia, vi uma multidão em frente a um prédio, mais um carro de polícia. Pensei que fosse um assalto. No outro dia, perguntei ao trocador o que havia ocorrido, ele me disse que uma jovem de 18 anos havia suicidado com um tiro na cabeça. Motivo: brigou com o namorado. De quem era a arma? Do pai da garota.

Outro dia conversando com meu vizinho, que tem uma caminhonete, ele me disse que seu carro havia sido roubado. Perguntei o que o ladrão roubou, ele me disse: "levou o som do painel e a arma no porta-luvas...".
Pensei comigo, se dentro de casa o revolver já é perigoso, no porta-luvas de um carro, pior ainda. Imagine numa descusão de trânsito, o que pode ocorre se uma das partes envolvidas perder o controle? Em assaltos em que a vítima esboça uma pequena reação os ladrões já atiram por falta de auto-controle ou pelas drogas que usou, imagine se uma pessoa comum pode revidar com quem não tem nada a perder.

Acrescentem nos comentários seus casos em que uma arma salvou alguém ou casos que infelizmente a arma só trouxe desgraça para a família... Depois reflita sobre os casos.

Ex-deputado abre serviço de guarda de dinheiro.

Depois de perder o mandato de Deputado mas não entregar o dinheiro sujo (R$4.000.000,00) do seu amigo fraterno, José Dirceu, o ex-tesoureiro da caixa 2 do PTB e lavador profissional de dinheiro sujo , Roberto Jefferson (conhecido também com Rouberto Chefferson), está lançando no Brasil uma modalidade de serviços para concorrer com o mercado internacional: o deposito de valores não declarados. Como a impunidade já foi declarada tacitamente, a projeção deste serviço para o mercado brasileiro mostra que o mesmo tem espaço para todos que quiserem iniciar no ramo. Um dos primeiros clientes já é a própria Polícia Federal, que irá deixar nos cofres do ex-deputado, sem recibo, todo o dinheiro apreendido das operações da polícia, já que ultimamente, o cofre daquela intituição, assim como o do Banco Central não estão em condições seguras ultimamente, sendo constantemente saqueados por bandidos infiltrados no poder público. Roberto Jeferson alerta que não só no Congresso brasileiro tem bandido infiltrado, que todas as intituições no Brasil tem problemas. Citou como exemplo os grupos do tráfico no Rio de Janeiro, que mesmo entre os bandidos e traficantes, existe policiais infiltrados nestes bandos. "Ao contrário ao senso comum, os bandidos fazem testes rigorosos para não permitir que policiais corruptos entrem para o bando, pois isto representa uma sangria de 50% a 100% do lucro do bando. E isto faz com que a produtividade de qualquer bando vá para vermelho", segundo Roberto Jefersom,
Pensando em fazer um processo de triagem para os traficantes do Rio de Janeiro, Jefersom já pensa em prestar assessoria em RH (Relações Humanas), para a análise dos perfis psicológicos dos candidatos a traficantes. Segundo ele, para conhecer um policial corrupto, ele precisa usar todo o conhecimento adquirido com seu diploma de advogado criminalista. Uma das indicações é perguntar se o policial tem um carro do ano, caso afirmativo, perguntar para o policial se o mesmo tem um adesivo do esquadrão da morte...

Para entender o texto acima:


22/09/2005 - 09h28m
Corregedor requisita xerox do dinheiro roubado Célia Costa
O Globo - RIO
As fotocópias das notas roubadas do cofre da sede da Polícia Federal, na Praça Mauá, ainda não foram apresentadas aos responsáveis pela investigação do sumiço de mais de R$ 2 milhões. Na quarta-feira, o corregedor regional da Polícia Federal no Rio, Victor Hugo Poubel, disse que enviou um ofício para o presidente do inquérito da Operação Caravelas, delegado Márcio Nunes, solicitando as fotocópias, mas ainda não as recebeu. O delegado Marcos Cotrim, que veio de Brasília para comandar a investigação do roubo, também não recebeu. Há suspeita de que as cópias não tenham sido feitas. Victor Poubel disse que ainda não viu as fotocópias, mas frisou que existe uma instrução normativa, que foi publicada no boletim interno da PF no dia 18 de julho de 2005, determinando que sejam feitas fotocópias de notas apreendidas. O superintendente em exercício da Polícia Federal no Rio, delegado Roberto Prel, disse que não falaria sobre a existência ou não das fotocópias, alegando que se trata de uma estratégia de investigação. Além da falta das fotocópias das notas, a investigação do roubo tem um outro empecilho. Uma faxineira teria limpado as salas que foram arrombadas pelos ladrões antes que a perícia fosse realizada. Até quarta-feira, já tinham sido ouvidos 35 policias dos 59 afastados na segunda-feira, quando foi descoberto o roubo do dinheiro apreendido na Operação Caravelas, que desbaratou uma quadrilha de tráfico internacional de drogas. Além do dinheiro, os ladrões levaram uma pistola Glock, arma pessoal do chefe do cartório, que estava dentro do armário. Os ladrões arrombaram seis portas da DRE e o armário do chefe do cartório, onde estavam as chaves do cofre. O corregedor disse que várias equipes de agentes estão levantando informações sobre os ladrões. As imagens registradas pelas câmeras instaladas nas entradas do prédio estão sendo analisadas, mas segundo Poubel ainda não mostraram novidades. Poubel esteve na quarta no Ministério Público federal e entregou ao procurador Gino Liccione a lista com os nomes dos 59 agentes afastados, além de passar informações sobre os rumos da investigação do sumiço. O procurador Gino Liccione criticou a demora na conclusão de inquéritos e disse que o roubo é o capítulo final de uma crise. Ainda na quarta, policiais federais apreenderam em Ipanema outro carro de luxo que pertence a José de Palinhos Jorge Pereira: um Mercedes-Benz preto, modelo SLK350, placa KWG 0722. No fim da tarde, os 18 carros apreendidos com a quadrilha no Rio foram embarcados em caminhões-cegonha e devem seguir nesta quinta-feira para Brasília. A estimativa da Polícia Federal é de que os carros custem cerca de R$ 3 milhões. O inquérito da Operação Caravelas foi encaminhado para Goiânia. As quase duas toneladas de cocaína apreendidas dentro de peças de bucho bovino ainda estão guardadas na sede da Polícia Federal. Para que a droga seja incinerada será necessária decisão judicial. Segundo policiais, a carne não pode ter o mesmo destino e deve ser enterrada num aterro sanitário. Na Operação Caravelas, deflagrada no dia 15, foram presas dez pessoas. Todos já foram transferidos para Goiânia. Entre os presos está José de Palinhos Jorge Pereira, apontado pela polícia como o verdadeiro dono dos restaurantes Capricciosa e Satyricon e principal financiador da quadrilha. A psicóloga Sandra Tolpiakow, de 44 anos, uma das sócias das duas redes de restaurantes e com quem Palinhos tem dois filhos, foi presa no dia seguinte da operação.

COLABOROU: Ana Cláudia Costa

Fonte: http://oglobo.globo.com/online/rio/169912900.asp

Mesmos fatos, nomes diferentes, já vi este filme!





Há 3 mêses, os jornais só estampam a mesma notícia: furacões nos EUA, e denúncias "bombásticas" em Brasília. Nos dois casos, os presidentes negam ou figem que não sabiam de fatos tão evidentes para o resto da população que chega a ser vexatório quando os fatos são negados.
Lá nos EUA, tem uma fila de furacões de classe 4 e 5 (a escala máxima é 5, Katrina, Rita...), esperando para fazer o estrago em território americano. A temporada de furacões vai até novembro nos EUA.
Infelizmente aqui, a temporada de denúncias (Roberto Jefferson, Delúbio, Genoíno, Valério, Severino, Maluf...) talvez vá até as eleições de 2006.
O governo já pensa em adotar uma escala para a ajudar a classificar as denúncias, tal qual a dos furacões, ela também é logarítmica, de 1 a 10, sendo que da primeira unidade vale um (1) Jeff (nome da unidade em homenagem ao primeiro deputado cassado, o Jefferson), a última vale 10 (dez) Jeff's. Sendo que a primeira unidade para a segunda, tem uma diferença de magnitude de 10, ou seja, a segunda é 10 vezes maior que a primeira, a terceira é 10 vezes maior que a segunda, e assim por diante.


21 setembro, 2005

De arrogante a indignado

21/09/2005 - 17h35m
Dirceu diz que Conselho de Ética agiu de forma arbitrária
Evandro Éboli - O Globo BRASÍLIA -
Em entrevista após prestar depoimento em sessão fechada da Corregedoria da Câmara, o deputado José Dirceu (PT-SP) fez duras críticas ao Conselho de Ética pelo fato de o órgão ter se antecipado e julgado se seria possível aceitar uma representação do PTB para retirar os processos contra ele e o líder do PL, Sandro Mabel (GO). Dirceu disse que a atitude do Conselho foi arbitrária. - Quero protestar contra o Conselho de Ética, quero protestar que o Conselho de Ética se reuniu ontem e decidiu por aprovar um parecer contrário a um pedido que nem havia sido feito ainda. Imaginem a situação que estamos vivendo no país. Alguém diz que vai fazer algo, o Conselho de Ética se reúne e diz que não pode ser feito. Salta à vista. Isso é uma violência, uma arbritariedade. Sempre vou protestar quando não tiver direito de defesa ou violarem o procedimento legal. Não me interessa o mérito, foi uma violência. Dirceu disse ainda que até agora não há provas contra ele e lembrou que não é réu confesso. - A não ser que queiram me cassar pelo que eu representei pelo governo, pelo que eu representei pelo PT e pelo que eu representei para a história do país. Todo julgamento político tem que ter prova, senão estamos na ditadura, na tirania. A não ser que queiram me banir da vida política do país e me afastar do PT - afirmou. O advogado de Dirceu, José Luis Oliveira Lima, disse que o deputado vai recorrer, até mesmo ao Supremo Tribunal Federal (STF), para fazer a representação do PTB desistindo do processo por quebra de decoro parlamentar.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/plantao/169903580.asp

Meu comentário:

A indignação de José Dirceu, neste caso, foi muito veemente. Isto reforça a hipótese do acordão, e que ele e todos os seus comparsas do PT , PSDB, PTB, PL já sabiam que tentaria montar no futuro, pois durante o período das denúncias, ele não quis comentar e muito menos se defender. Ele tinha a convicção que o acordão iria ser firmado... Agora ele tá uma fera!!

Educação ou Educação

20/09/2005 - 18h26m
Cristovam Buarque: Governo e MEC não têm projeto estratégico
O Globo SÃO PAULO -
Ex-ministro da Educação no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o senador Cristovam Buarque (PT-DF) diz não ser possível equalizar a qualidade da educação básica enquanto persistirem as disparidades de renda no país. Segundo ele, a exemplo do governo, o Ministério da Educação (MEC) não tem projeto estratégico. - É preciso compreender que o MEC, a exemplo de todo o governo Lula, é uma instituição sem projeto estratégico e que reage apenas por pressões de grupos corporativos - disse Cristóvão, que participará da sessão plenária "Luta contra a pobreza: elementos de estratégias interamericanas", no XIV Congresso Bienal da Organização Universitária Interamericana, organismo vinculado a OEA, de 2 a 5 de outubro, em Florianópolis. Mesmo assim, o ex-ministro e senador propõe a adoção de uma política que coloque sob a responsabilidade da União o processo de educação fundamental e de formação das crianças. Também defende a criação de uma lei de responsabilidade educacional, nos moldes da Lei de Responsabilidade Fiscal, que alcance as 180 mil escolas brasileiras e que, mais que os gastos, se ocupe do cumprimento das metas para o setor, definidas nacionalmente. Outro dos vários problemas apontados por Cristovam Buarque é que o MEC adota um padrão para todo o ensino superior, ignorando as particularidades regionais. Segundo ele, essa característica estimula o isolamento e o descompromisso das universidades com a realidade sócio-econômica brasileira. - Ainda somos uma nação imperial e cada grupo que faz parte da nobreza não tem qualquer compromisso com as massas nem com o país - disse.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/plantao/169890185.asp


Comentário:

O Japão já implementou um processo de educação forçada de suas crianças, de modo autoritário, pois a época assim exigia (Xogunato). A lei era clara: crianças sem estudo, os pais eram punidos em praça pública, a pena era de morte. Deste modo sutíl, os japoneses foram "educados" e "aprenderam" na base da força.
Como estamos num país que tem o estado de direito como uma premissa, uma lei intituindo deveres e direitos já deveria ter sido criada. Mas antes tarde do que nunca.

20 setembro, 2005

O acordão foi iniciado, que sirvam as pizzas!

NÃO TENHO NENHUMA DÚVIDA QUE OS PARTIDOS QUE MAIS INTERESSAM EM NÃO VER A INVESTIGAÇÃO IR A FUNDO SÃO O PRÓPRIO PT E O SEU RIVAL, PSDB. NINGUÉM QUER REVELAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA, DA ONDE É QUE ELES TIRAM (E QUEREM TIRAR MAIS NO FUTURO) TANTO DINHEIRO!!!
O que o José Dirceu fez durante seu voto em plenário, foi marcar o voto, e criar um expediente para que sua marca fosse identificada para os interessados, ou seja, para o PT(para a ala do Campo Majoritário),PTB & PSDB, EU NÃO NASCI ONTEM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Vejam a reportagem abaixo:


19/09/2005 - 17h19m
Parecer da assessoria legislativa diz que desistência do PTB não pára processo contra Dirceu
Isabel Braga - O Globo BRASÍLIA - O presidente do Conselho de Ética da Câmara, Ricardo Izar (PTB-SP), disse nesta segunda-feira que um parecer da assessoria técnico-legislativa da Câmara informa que não tem efeito prático a decisão do PTB de pedir a retirada dos processos contra os deputados José Dirceu (PT-SP) e Sandro Mabel (PL-GO) do Conselho de Ética. Assim que soube da intenção de seu próprio partido, Izar pediu o parecer da assessoria. Izar vai submeter o parecer aos membros do Conselho nesta terça-feira. O presidente do Conselho de Ética admitiu, porém, que quem se sentir prejudicado pode recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara ou ao Supremo Tribunal Federal (STF). O parecer argumenta que o processo agora é de interesse público, e que não é mais de interesse apenas do PTB. Ricardo Dizar disse ainda que já falou com o presidente do PTB, Flávio Martinez, sobre o assunto, mas ele não pretende desistir de pedir a retirada dos processos. - Eu acho difícil a Mesa mudar a decisão até porque a assessoria é a mesma que serve à Mesa. Acho que esse tipo de atitude é muito ruim para o Conselho. Se cada um pensar em retirar o processo, vira uma baderna. Estamos preocupados em dar resposta à sociedade e a idéia de retirar dá impressão de que está havendo um acordão, coisa que não vamos aceitar - afirmou. O relator do processo contra Dirceu, Júlio Delgado (PSB-MG), disse que ficou indignado com a decisão do PTB. Segundo ele, a senha da pizza foi dada por Dirceu, ao votar nulo na votação do relatório que pedia a cassação do mandato de Roberto Jefferson. A suspeita de que Dirceu teria anulado o voto surgiu na contagem, quando José Thomas Nonô (PFL-AL) avisou: "Vou considerar nulo este voto porque está sem o envelope". Dirceu foi fotografado depositando na urna a cédula sem o envelope pardo. - Ele é zeloso demais, não cometeria esse erro. Nós, do Conselho, não podemos oferecer ingredientes para essa pizza que está se formando. Está se configurando um grande acordão - disse Delgado.

fonte:
http://oglobo.globo.com/online/plantao/169884590.asp

16 setembro, 2005

Não tem preço, mas comece a somar!

Por mais que tenha acostumado a ouvir sobre as (es)histórias corrupções de Paulo Salim Maluf , desde a minha adolescencia (1980-), não consigo ter raiva dele (exceto quando ele se posicionava nas entrevistas como uma figura sobre-humana, e refutava todas as acusações!), nem me alegro de vê-lo preso como na foto abaixo.
Meus desejos de vê-lo desmascarado, estes sim, sempre foram reais.
Me rendo a minha condição humana também, de NUNCA desejar isto para ninguém.
Se pudesse ter a chance de intervir, voltaria no tempo e mostraria para ele o que as escolhas dele o levariam.
Não sei se isto o convenceria de ter levado a boa vida que levou as custas de impostos pagos pelos assalariados.

O texto abaixo, não condiz com o meu verdadeiro sentimento.


13/09/2005 - 16h13m
Maluf é recebido na PF com faixa bem-humorada
Adauri Antunes Barbosa - O Globo

SÃO PAULO - Um grupo identificado apenas como Os Famosos 'saudou' a presença do ex-prefeito Paulo Maluf na superintendência da Polícia Federal de São Paulo com uma faixa que trazia dizeres irônicos sobre sua prisão. A faixa, colocada em um prédio em frente ao da PF, parodiava uma famosa peça publicitária de um cartão de crédito:



A faixa:

'Venda de títulos públicos em sua última gestão: R$ 1,5 bilhão
Desvio de verba na construção da avenida Água Espraiada: R$ 800 milhões
Movimentação financeira no exterior: US$ 161 milhões
Ver Maluf e sua cria encarcerados após fraudes: não tem preço'

14 setembro, 2005

Quem procura acha


14/09/2005 - 08h30
Depois da bala, o prego perdido
Ana Cláudia Costa - O Globo
RIO - Um prego disparado acidentalmente por uma pistola Walsiva, utilizada em construção civil, quase atingiu o aeronauta aposentado Sérgio Schmidt, de 52 anos, que estava num prédio a cerca de 300 metros de distância, na Barra da Tijuca. O caso aconteceu no último dia 6, por volta de 13h30m, quando Sérgio estava em seu quarto, no 11 º andar de um edifício no condomínio Rio Dois, na Avenida Embaixador Abelardo Bueno. Em frente há um prédio em construção.

Meu comentário:

Depois dos jornais no Brasil venderem reportagens de balas perdidas, policiais perdidos, políticos perdidos (quase todos, mas em particular, o Maluf), presidentes perdidos (da República e da Câmara) ... agora é a vez dos "Pregos Perdidos". Mas quem procura acha... Os jornalistas e seus editores chefes já sabem que estes tipos de matéria, são as que VENDEM mais jornais, pois as pessoas só procuram o que está perdido. Parafraseando o meu irmão caçula, que trabalha na polícia, que diz: "As mulheres perdidas são as mais procuradas".

TUDO O QUE ESTÁ PERDIDO É O MAIS PROCURADO!

Procuremos mais retidão em tudo, ou será que todas as instituições brasileiras estão como o feudo do filme "Depois da Chuva" ? (direção de Takashi Koizumi, do último roteiro de Akira Kurusawa)

Bombas de fragmentação são vendidas em feira militar em Londres

14/09/2005 - 14h46m

Bombas de fragmentação são vendidas em feira militar em Londres
O Globo
LONDRES - O jornal "The Independent" denunciou que bombas de fragmentação estão à venda uma feira militar em Londres, apesar de garantias dadas pelos organizadores de que isso não aconteceria. A empresa Denel, da África do Sul, confirmou que fabricou o armamento. O Unicef informou que mais de mil crianças foram feridas por bombas de fragmentação depois do fim oficial da guerra do Iraque, em 2003. Os EUA e o Reino Unido usaram no Iraque cerca de 13 mil dessas bombas.

05 setembro, 2005

Uma questão de dignadade

UMA QUESTÃO DE DIGNIDADE

O cheiro acre das ruas de Biloxi (na foto ao lado), no Mississipi, berço do blues e estado mais pobre dos Estados Unidos, me levou de volta às alamedas e vielas de Bagdá, nas primeiras semanas da guerra, em 2003. As ruas daqui, na verdade, agora fedem mais que as de lá.No Iraque o fumegante resultado dos bombardeios americanos exalava um odor metálico que, aos poucos, se misturava com o que brotava dos cadáveres que o Pentágono preferia denominar tecnicamente como “danos colaterais”. Ou seja: os inocentes, vítimas dos ataques que os generais insistiam em qualificar como “cirúrgicos” – na tentativa de dar a eles uma precisão que era claramente inexistente.Aqui, o mau cheiro brota de toneladas de frangos e camarões que estavam estocados para distribuição aos mercados e que , por causa da falta de energia elétrica – varrida pelo furacão Katrina – começaram a apodrecer, sob um calor de 41 graus centígrados. Fedentina que, como em Bagdá, é também impregnada do mau cheiro dos cadáveres que, seis dias depois do ataque furioso do vendaval desumano, ainda continuam expostos.E nisso reside a diferença básica entre os dois cenários. Em Bagdá os iraquianos recolhiam os seus mortos imediatamente, mesmo sob a incessante chuva de bombas e, sem condições de lhes dar um enterro apropriado. Eles eram colocados dignamente em covas rasas e provisórias em terrenos baldios e inclusive em jardins de hospitais, à espera do momento em que pudessem ser levados a um cemitério.Aqui, no país mais rico do mundo, os mortos do Katrina são deixados por conta da própria natureza, sob o argumento de que a prioridade é a de atender os sobreviventes. Estes, porém, tampouco têm merecido a atenção devida do governo que, desprezando vários alertas de especialistas sobre a iminência de um desastre de proporções bíblicas, preferiu cortar quase pela metade (42%) – desde 2003 - os recursos destinados aos programas de proteção contra furacões e inundações no Mississipi e na Louisiana.A parcela das verbas retirada desse setor vem sendo utilizada para custear a guerra no Iraque que, ao contrário do que o presidente George W. Bush anunciara triunfalmente em maio de 2003, ainda não acabou. As suas vítimas, no entanto, têm recebido mais respeito que as do Katrina.

José Meirelles Passos
Correspondente do jornal 'O Globo' em Washington e enviado especial à região afetada pelo furacão Katrina, no Sul dos EUASite do colunista:
www.iis.com.br/~cat/catalisando-->Email:Jmeirelles@oglobo.com.br

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Meu comentário:

Durante a guerra de independência contra a Inglaterra, o delta do Mississipi e a região hoje afetada pelo furação Katrina, foi um grande obstáculo a entrada do exército inglês, que teve como conseqüências imediatas, a derrota do mesmo por falta de apoio e reforços. Hoje, a situação se inverteu, o que falta é a ajuda do próprio governo americano para uma região.
Que os soldados americanos voltem do Iraque, para ajudar seus compatriotas.

02 setembro, 2005

Erros e Fraudes

Este texto dedica-se a todos os que se indignaram e se indignam com pequenos erros, cometidos sem má fé, mas que podem eventualmente levar-nos a uma compreensão errônea de certos fatos e que poderiam permanecer sem correção por muito tempo, e talvez, gerando outros erros ainda. E que dessa indignação, não deve ser levada a cunho pessoal contra os que cometeram o(s) erro(s) – quanto as fraudes, que seja feita justiça - pois logo abaixo explico as situações, com ajuda do ensaísta americano, Stephan Jay Gould, o economista italiano, Vilfredo Pareto.

Lembrando que existe a diferença entre o erro e a fraude. Conforme uma passagem de ensaísta, Gold:

“A fraude é patológica do ponto de vista social e psicológico, embora a ciência deva aprender a policiar-se. O erro é um subproduto inevitável da ousadia – ou de qualquer esforço concentrado. Querer combate-lo seria o mesmo que aprovar uma lei proibindo as pessoas de urinar depois de beber cerveja”. Página 111 de “Dedo mindinho e seus visinhos”, São Paulo, Cia das Letras, 1993.

Nem todos os leitores perspicazes são os mesmos que levam a cabo a elucidação destes mesmos erros, pois como Descartes insistiu em que se escrevesse em sua lápide: “Vive bem, quem esconde bem”. Ou seja, desde a antiguidade a consciência de que expor idéias é também correr riscos. É sabido que tanto Isaac Newton, na física, e Charles Darwin, na biologia, sabiam do tamanho da mudança de pensamento que suas teorias iriam infringir em seus tempos, é não foi por menos que o primeiro levou 30 anos antes de publicar suas idéias, e o segundo, 20 anos. E o que é mais importante, principalmente em relação a Isaac Newton, ele não queria aparecer para não perder os rendimentos que recebia mensalmente, contratado como professor, recebendo como tal, mas sendo um pesquisador, situação conhecida como sinecurismo*.
Os erros podem ser classificados em categorias. A primeira categoria, os erros factuais, os baseados em premissas teóricas que se revelaram falsas ou exageradas. A segunda categoria, os erros de julgamento, que na verdade, são os erros de cálculo político. A terceira categoria:
“... que talvez seja a mais reveladora, compreende os erros que a maioria de nós não reconhece porque nós próprios também costumamos cometê-los. Vamos chamá-los de erros de convenção impensada. Incluo aqui a repetição passiva de suposições culturais generalizadas feita de modo tão automático, ou tão profunda e silenciosamente incorporada à estrutura de um argumento, que mal conseguimos detectar sua presença”. Ibsen, página 113.

Uma pessoa para conseguir elucidar as questões acima precisa ter algumas características básicas: grande intelecto, percepção aguçada e interesses variados, e o principal, não se deixar menosprezar sobre a falta de uma formação acadêmica na área versada, pois tê-la também, não garante a integridade moral, a integridade da idéia em si, nem mesmo a integridade intelectual e penhor de sabedoria.

O objetivo central deste texto é deixar a mensagem que, por mais que possa existir um nível de hierarquia numa grande empresa, uma questão prática urge de se dizer: “conselho se fosse bom ninguém dava, vendia”, pela máxima popular. E no lugar da palavra “conselho”, a substituiremos, pela palavra “sugestão”. E disso vem à história abaixo:


A nossa empresa tenta nos últimos anos, conviver com um dilema, a competição acelerada por projeção profissional, e o dever de se trabalhar em equipe. Nestes dois pólos, temos que conviver com um clima de enxugamento do quadro de empregados, a documentação dos processos, as transcrições deles para um padrão, o trabalho em equipe, que necessariamente deveria levar o executor das tarefas a ser ouvido, nem que seja para fazer um refinamento do assunto. Esse refinamento, informal através de sugestões na forma de diálogo, ou numa maneira mais formal, existindo para isto um documento próprio. Mas o que experimento de fato e vejo entre os meus colegas é exatamente o contrário. Relato este por mera questão de ter chegado a um ponto de desistir de fazer as sugestões, mas não antes de me explicar o por quê. O engessamento institucional foi decretado pela própria existência de um fato: geralmente o gerente escolhe um assistente que seja menos polêmico e mais conciliador. E como a vida é um grande jogo, nosso senso comum logo rastreia estas características básicas de prêmio e punição. A iniciativa de não se levar qualquer questão para ser resolvida, como uma sugestão, para uma outra área, será antecipadamente reprimida, pois isto, logo verá tratado com repugnância pela área “afetada”, e o que era de início era uma sugestão, será tratado como um problema trazido. Tolhendo futuramente quaisquer iniciativas, pois o saldo será uma imagem desgastada, já que é uma questão pequena, não merecendo entrar na categoria de “custo x benefício” aceitável.

O fato:

Há alguns anos minha estação de trabalho de desenvolvedor – ou todas as estações de desenvolvedor – são configuradas com uma “imagem”, no jargão da informática, um conjunto básico de ferramentas e de sistema operacional. E esta imagem vem sendo instalada com o “Visual Studio 6”, com o aplicativo “Source Safe” como aplicativo “servidor” e não como aplicativo “cliente”. Depois de um bom tempo, entendi a situação e levei a sugestão para o pessoal que faz a instalação destas imagens. Mas me foi solicitado que eu passasse esta alteração de procedimento para o meu supervisor, pois SEM a autorização do mesmo, a sugestão não seria aplicada, e pelo que eu entendi, muito menos aceita como uma possível abstração de pensamento para que a concretude da mesma fosse avaliada antes mesmo de uma formalização documentada. Lembrando nosso ex-presidente Tancredo Neves, que disse uma vez que “em Minas Gerais, não se faz uma reunião sem antes saber o que se vai decidir”. Mas isto significa duas coisas: a sugestão de um técnico não tem expressão em sua percepção, mas se fosse uma ordem de um gerente, isto seria levado em conta, mesmo que este gerente não usasse o aplicativo em hipótese alguma. Não duvido que todos os que tiveram suas estações passadas pelo procedimento de configuração por imagem, e ter que usar o “Source Safe” como cliente, não viram os problemas, mas o fato é que ninguém tem coragem de se expor para alterar um problema tão banal, a ponto de se expor para resolver tal condição de erro. A liberdade individual da decisão acima é um direito de cada um de fazê-lo, mas o que faz com que isto seja mais freqüente, os motivos pelos quais levam as pessoas à não comunicar um dado problema, é que está sendo criticada neste texto. E com isto, uma condição que seria resolvida numa simples autocrítica, ficará por se perpetuar por muito tempo. Mais uma questão a ser definida aqui neste texto, vem do economista italiano Vilfredo Pareto:

Prefiro sempre um erro frutífero, cheio de sementes, prenhe de suas próprias correções, à verdade estéril. A verdade estéril que fique para quem a formula”.

O que eu tentarei dizer com a frase acima é que, a identificação pontual de um erro por si só não leva a melhoria de uma pessoa ou instituição, naquele momento, o que se deve ter é a consciência reflexiva de melhoria e a abertura para novas interpelações.
Diante de uma empresa que nos leva a fazer cursos de sobrevivência na selva para aumentar nosso espírito cooperativo e de equipe, fica a questão: não seria relevante treinamento de autocrítica e estimular a não agir com tanta defensiva? Ou será que Descartes estava certo em sua máxima: “Vive bem, quem esconde bem”?


Referências para pesquisa:

Neste livro, você entenderá que nós consumidores não escolhemos nada além do que já foi decido pelos que comandam o processo produtivo. Que nas grandes empresas ou corporações, apesar do acionista ser o proprietário das mesmas, e se ter um conselho consultivo composto por pessoas não ligadas a diretoria, estas simplesmente aprovam todas as decisões dos administradores das mesmas, não ingerindo nada contra as decisões que prejudiquem as próprias empresas ou até mesmo seus acionistas, os verdadeiros proprietários e donos.

A ECONOMIA DAS FRAUDES INOCENTES, GALBRAITH,JOHN KENNETH, CIA DAS LETRASISBN: 8535905707















Apêndice

Temas relacionados para pesquisa:

Além do intolerável, artigo de Míriam Leitão, em O Globo de 27 de setembro de 2005




Sobre as reformas do mundo atual

A virada do século foi emblemática. Trouxe-se de volta o temor da intolerância e do militarismo, por outro lado estabeleceu um paradigma de como as nações devem agir com relação aos seus governantes. Já não mais se perdoa tudo, em todos os níveis. Desde funcionários com atividades mais simples aos chefes de estado, os servidores públicos passaram a ser vistos e tratados como o que realmente são: servidores públicos, defensores do bem comum. Com isso, o sinecurismo está ferido de morte.No mundo globalizado, eficiência é palavra-chave, e para ser eficiente torna-se necessário, por vezes, ir além do cumprimento do dever. Ao servidor, são atribuídas responsabilidades. Mas, isso só não basta. Cabe ao servidor também imbuir-se de responsabilidades e ser o seu próprio vigia na observância do cumprimento do proposto...

Artigo escrito por Marcus Vasconcelos, Presidente do Instituto Zumbi dos Palmares, publicado no "O Jornal" (matutino de Alagoas) no dia 19 de novembro de 2003.


· Para quem se indigna e faz alguma coisa pelo nosso Brasil:

25/08/2005 - 15h49mAposentada que filmou o tráfico comemora a prisão de bandidos e PMsFábio Gusmão - ExtraRIO - A noite passada foi a primeira que a aposentada Dona Vitória, de 80 anos, passou sem ouvir a feira das drogas na Ladeira dos Tabajaras e os tiros disparados por bandidos de Copacabana. Ela ingressou em um programa de proteção a testemunhas e já deixou o apartamento no qual, durante dois anos, gravou imagens do tráfico na favela que fica a poucos metros do imóvel. Ela ficou emocionada com a repercussão do documentário que produziu e satisfeita com o resultado: 13 traficantes e sete PMs foram presos graças às suas 22 fitas. - Estou de alma lavada. Foi por tudo isso que batalhei, sabia que teria um bom resultado. Sinto-me realizada, valeu a pena. Aquela gente mereceu - disse ela, ao se encontrar com o secretário estadual de Segurança Pública, Marcelo Itagiba, na tarde de quarta-feira. Na noite desta quarta-feira, o juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio, decretou a prisão temporária de 12 indiciados do caso. Destes, sete são policiais militares. Segundo o juiz, o Ministério Público opinou contrariamente à prisão de três policiais, mas ele acolheu integralmente a representação dos delegados Fernando Veloso e Marcus Castro, da 12ª DP, responsáveis pelo inquérito. Itabaiana já havia decretado anteriormente a prisão de outros indiciados do mesmo inquérito.
A satisfação com o resultado empolgou Dona Vitória. O esquema de segurança montado para ela não chegou a incomodá-la. Pelo contrário: a aposentada comemorou com policiais a captura dos envolvidos com o tráfico em Copacabana: - Os PMs presos não honraram a farda, eles a usaram para fazer o mal. Venderam armas para bandidos, utilizadas no assassinato de várias pessoas. Não podemos nos conformar com isso. Há dois anos, Dona Vitória vem filmando da sua janela flagrantes do movimento dos usuários e vendedores de drogas que circulam na favela que movimenta cerca de R$51 mil semanais com a venda de entorpecentes. Ao todo foram produzidas 22 fitas, com cerca de 33 horas de gravação. Narrando todas as cenas que captava como se fosse uma cineasta, seu relato é um misto de espanto, revolta e emoção. Como no dia em que, estupefata, flagra um grupo de crianças de 6, de 10 e de 12 anos de idade cheirando cocaína perto de uma ribanceira. Na quarta-feira, a Ladeira dos Tabajaras amanheceu ocupada pela polícia. A investigação identificou 36 pessoas envolvidas no tráfico de drogas na região. O secretário de Segurança, Marcelo Itagiba, deu detalhes da operação: - Com base em denúncias trazidas à Secretaria de Segurança Pública pelo jornal Extra, determinei, há cerca de três meses, às polícias Civil e Militar que iniciassem investigações naquela comunidade. Esse trabalho, feito também com o Serviço de Inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), resultou na gravação de 800 horas de conversas entre traficantes daquele local, do Morro Dona Marta e de presos de Bangu 3 - explicou Itagiba.


“Filósofo e cientista político inglês, Thomas Hobbes nasceu em Westport, hoje parte de Malmesbury, cerca de 140 km a oeste de Londres, em 5 de abril de 1588, e veio a falecer em 4 de dezembro de 1679 com 91 anos. Filho de outro Thomas Hobbes, sua infância foi marcada pelo medo da invasão da Inglaterra pelos espanhóis, ao tempo da rainha Elizabete I (1558-1603)”.


Tenho em minha camiseta, os quadrinhos de “Calvin e Hobbes”, que no Brasil, foi na minha opinião, alterado para “Calvin e Haroldo”, tirando todo significado na escolha dos dois nomes e seu relacionamento com os comportamentos dos mesmos nos quadrinhos. Nos quadrinhos, que não foram feitos para crianças, o que na minha opinião, foi o que levou os editores brasileiros a fazer esta alteração, pensando que isto iria “vender” melhor os quadrinhos ao público infantil. Lembro-me que nem na minha adolescência, eu conseguia entender os quadrinhos, ou seja, não era para um público juvenil brasileiro que estudou em escolas públicas, talvez para um jovem que tivesse estudado numa escola particular. Entender a mensagem de Tomas Hobbes, é entender o significado da eterna competição entre as duas personagens, um sempre correndo do outro, ou ultrapassá-lo como a meta principal de suas brincadeiras, que é a metáfora da mesma competição na vida real. E quando as coisas começam a ficar ruim para Calvin, ele chama a ética como proteção DELE, e apenas para ser usada em sua defesa, e não a dos outros.

Um pouco sobre a doutrina de Hobbes:

“... Na sua concepção de natureza humana é básico o conceito de conatus, a força genética do comportamento. É um impulso original ou ‘começo interno’ do movimento animal para se aproximar do que lhe causa satisfação ou para fugir do que lhe desagrada. Esse conatus impulsiona o homem a vencer sempre. A vida começa com o CONATUS positivo, o desejo. Em termos de vida social, ultrapassar o outro é fonte primordial de satisfação, por isso estar continuamente ultrapassado é miséria enquanto ultrapassar continuamente quem está adiante é felicidade. É da sua natureza o egoísmo, constituído por ‘um perpétuo e irrequieto desejo de poder e mais poder que só termina com a morte’.A vontade obedece à razão, segundo o racionalismo clássico. Porém, para Hobbes, é apenas apetite. Um determinismo mecanicista regeria não só os movimentos do universo como também a atividade psicológica do homem. O livre arbítrio não passaria de ilusão: seria apenas uma expressão destinada a ocultar a ignorância das verdadeiras causas das decisões humanas.O conatus provoca guerra de todos contra todos, é o estado natural em que vivem os homens, antes de seu ingresso no estado social. O homem é governado por suas paixões e tem como direito seu conquistar o que lhe apetecer. Como todos os homens seriam dotados de força igual (pois o fisicamente mais fraco pode matar o fisicamente mais forte, lançando mão deste ou daquele recurso), e como as aptidões intelectuais também se igualam, o recurso à violência se generaliza .Mas, além do conatus, governa o homem também o instinto de conservação e este leva ao desejo da paz. Deixado meramente a si mesmo, o instinto de conservação é abertura para a violência enquanto esta não é um risco e, ao mesmo tempo, para a paz tática que prometa conservação. Assim se define o campo da lei natural de sobrevivência.Por isso o instinto de conservação é peça tão fundamental na filosofia de Hobbes quanto sua idéia do conatus, porque para ele, ao contrário do pensamento aristotélico que tem o homem como um animal social, os indivíduos só entram em sociedade quando a preservação da vida está ameaçada. E estaria ameaçada pelos próprios indivíduos, se cada qual tudo fizer para exercer seu poder sobre todas as coisas. A paz é a dimensão mais compatível com o instinto de conservação.Pode-se então supor algo como um contrato tácito entre os homens, implicando em que contêm os seus ânimos, como defesa interna e que, reunidos, formarão um povo, de modo que a multidão dos associados seja tão grande a ponto de garantir a defesa externa, tirando a esperança de seus adversários de que um pequeno número baste para assegurar-lhes à vitória.A contenção interna implica uma ética. No nível das relações morais, é preciso que cada um - segundo Hobbes – ‘não faça aos outros o que não gostaria que fizessem a si’; é preciso evitar a in gratidão, os insultos, o orgulho, enfim, tudo o que prejudique a concórdia...”.

Resumos do artigo René Descartes**, in. Filosofia Moderna - Rubem Queiroz CobraCOBRA.PAGES.nom.br, Internet, Brasília, 1997. Disponível na internet em Filosofia Moderna.

**”René Descartes, nascido em 1596 em La Haye - não a cidade dos Países-Baixos, mas um povoado da Touraine, numa família nobre - terá o título de senhor de Perron, pequeno domínio do Poitou, daí o aposto ‘fidalgo poitevino’”. (http://www.mundodosfilosofos.com.br/descartes.htm, retirado em 01/09/2005).


INDÚSTRIAS CULTURAIS

Pesquisas e leituras no domínio das indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, vídeo, videojogos, música, livros e centros comerciais). Blogueiro desde 26 de Dezembro de 2002. Endereço electrónico: Rogério Santos

19.6.05


(LEITURAS DE JORNAIS)
1) livros que respondem às nossas dúvidas...
... em qualquer ocasião, mas em especial em épocas de crise (econômica, social, moral), surgem livros com respostas às nossas dúvidas e que apontam o caminho para o futuro, de modo imperturbável. Parece, assim, haver dois mundos: os que têm dúvidas (seres normais) e os que apenas têm certezas. Há, assim, grandes idéias e soluções para os nossos problemas; basta ler o livro adequado ao momento.Eis a proposta de Bryan Appleyard, no Sunday Times de hoje, que destaca os títulos mais vendidos segundo o New York Times: 1) Freakeconomics, que aplica a teoria econômica a quase todas as formas de atividade humana, 2) The world is flat, que revela o modo como tudo está a mudar com a globalização, 3) Blink, que sugere que podemos saber de tudo sem pensarmos em nada, 4) On bullshit, perspectiva filosófica sobre a corrupção de linguagem e verdade dos políticos e dos relações públicas [melhorei a tradução], 5) Collapse, sobre o falhanço das sociedades. Cada um à sua maneira, continua Appleyard, é sobre tudo e procura transformar o nosso entendimento do mundo através de uma "grande idéia".Cáustico, ele acrescenta outros títulos: Felicidade, Tudo o que é mau é bom para você, Mundos paralelos. E não esquece Tom Peters, Em busca da excelência, que foi traduzido para português e eu me obriguei a ler na época. A estes prospectivadores ou futurólogos, o colunista chama wossers, palavra que me pôs à nora para encontrar um termo adequado na nossa língua. Por isso, procurei mais à frente entender-me com Appleyard, que menciona um professor de economia, Paul Ormerod, que escreveu um livro chamado Porque falham muitas coisas. Elas falham porque todas as grandes idéias econômicas estão erradas. Ormerod sugere um modelo biológico para a teoria económica, dada a complexidade do mundo humano. O seu livro é anti-wosser - atrever-me-ia agora a traduzir por antiiluminado -, equilibrando a crença desmesurada quando se fala no progresso tecnológico e nas grandes idéias.Por isso, se vê o mundo por um ângulo negativo, não se fie muito nos que prometem explicações e soluções para o seu problema ou os do mundo. As grandes idéias - grandes, mas rígidas - residem no plano teórico. O que precisamos, aconselha o colunista, é de serenidade, aceitação, pequenas alegrias. A que acrescentaria, da minha lavra: deve-se continuar a trabalhar e a tratar com os outros - vizinhos, colegas e simples desconhecidos - em busca de soluções pequenas e imperfeitas que sejam.
Fonte: http://industrias-culturais.blogspot.com/2005_06_19_industrias-culturais_archive.html, retirado em 02/09/2005.


Pós-escrito:

Recomendaria que o corpo gerencial da empresa encomendasse um curso que aumentasse a percepção do outro, ou seja, de um aumento de empatia, para que ninguém se sinta acuado ou mais poderoso que o outro, pois na realidade, somos seres frágeis e que no fundo, até um gesto de “violência gratuita”, por exemplo, um tom de voz mais agressivo, às vezes isto significa um pedido de ajuda e não de real agressão (logicamente que existem as exceções, como explicarei abaixo).
Quando o distanciamento entre as pessoas se desfaz, tanto o físico, quanto o psicológico, e ambos olham diretamente nos olhos do outro, isto não ocorre somente em situações de conflito, mas na prestação de serviços, e que um deles leve vantagem estratégica sobre o outro (numa relação comercial, ou hierárquica, ou simplesmente de deter um conhecimento específico), esta situação passa a ser encarada de forma mais humana, ou seja, numa inversão de 180 graus. Aquele que ficou no “papel” de opressor, ou que está numa situação de vantagem, poderá ceder para aquele que está em situação de desvantagem. Isto vale como regra geral, exceto se um deles é um sociopata.
Numa situação semelhante já ocorre na França, em que pessoas extremamente endividadas são convidadas a participar de uma reunião de renegociação das dívidas domésticas junto com os credores. Isto com uma intimação da promotoria pública para os credores. Ao invés da negociação tradicional por um telefone 0800, ou por carta, ambos se encontram numa sala com dia e hora marcados. O credor quando vê a situação do endividado e sua vontade de pagar - lembrando aquela máxima: “devo, não nego, pago quando puder” - geralmente chegam ao um acordo.

Belo Horizonte, 24/08/2005.
Um exemplo ilustrativo em "Ensaio Inédito"
Eu li o texto abaixo num vôo que fiz em serviço naquela mesma data. Mas infelizmente eu o perdi. Mas para exemplificar, na semana passada, dia 22/09/2005, entrei no site da TAM e no endereço de "Fale conosco", detalhei sobre o texto que precisava e recebi ontem à tarde, dia 26/09/2005. Agradeço a TAM pela presteza no envio do mesmo.
Ensaio Inédito


Na primeira semana de dezembro embarcamos com mais 225 funcionários da TAM para Miami, no novo A330-200.
De saída, atrasamos em uma hora, já que não havia lugar na rampa de embarque, em Guarulhos, para estacionar o avião. Em seguida, trocamos os lugares de vários no avião, o que gerou um certo mal estar a bordo.
Provocamos um “overbooking” e deixamos alguns passageiros para trás, o que produziu novos descontentamentos.
O serviço de bordo lento e descompassado fez com que todos fossem jantar muito tarde e tivessem que tomar café da manhã muito cedo, não dando tempo para o pessoal descansar, exatamente como faz outra empresa brasileira.
Ao cegar a Miami, algumas malas tinham desaparecido.
Depois de uma longa espera no aeroporto, liberamos os funcionários para um “city tour” seguido de um “shopping tour” para que fizessem suas compras e pudessem, assim, voltar à noite para o Brasil, já que segunda-feira era dia de batente.
Na volta, todos se apresentaram para o “check-in” em Miami que estava extremamente lento e todos os funcionários, nas filas irritados e nervosos com aquela demora no atendimento, o que atrasou a decolagem novamente em 1 hora e 5 minutos precisamente.
Ao pousar em Guarulhos, encontramos a bagagem de todos, devolvemos e fizemos questão de dizer que todos aqueles percalços haviam sido propositais e planejados para que eles pudessem avaliar, do outro lado da linha, o que ocorre com os passageiros quando nós cometemos com eles esses pecados.
O difícil nesse vôo foi pedir a todos os chefes, que comandam esses serviços na TAM, para que não interferirem nos erros e nos problemas que, em um ensaio inédito, deliberadamente provocamos.
O fato é que todos foram surpreendidos por uma TAM que não queremos, não desejamos e que trabalhamos para não ter.
Todos eles, agora, depois desse ensaio, conhecem, por experiência própria, os dois lados da moeda. Um deles, quando procuramos soluções para os Clientes conhecendo na pele seus problemas e recebendo seus “inputs” diariamente no Serviço Fale com o Presidente; ou, o outro lado, simplesmente como fazem outras organizações que se baseiam apenas nas frias regras escritas pelos burocratas.Com essa experiência, renovamos nossa humildade e aprendemos praticando.
Rolim Adolfo Amaro.
Presidente da TAM.