21 setembro, 2005

Educação ou Educação

20/09/2005 - 18h26m
Cristovam Buarque: Governo e MEC não têm projeto estratégico
O Globo SÃO PAULO -
Ex-ministro da Educação no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o senador Cristovam Buarque (PT-DF) diz não ser possível equalizar a qualidade da educação básica enquanto persistirem as disparidades de renda no país. Segundo ele, a exemplo do governo, o Ministério da Educação (MEC) não tem projeto estratégico. - É preciso compreender que o MEC, a exemplo de todo o governo Lula, é uma instituição sem projeto estratégico e que reage apenas por pressões de grupos corporativos - disse Cristóvão, que participará da sessão plenária "Luta contra a pobreza: elementos de estratégias interamericanas", no XIV Congresso Bienal da Organização Universitária Interamericana, organismo vinculado a OEA, de 2 a 5 de outubro, em Florianópolis. Mesmo assim, o ex-ministro e senador propõe a adoção de uma política que coloque sob a responsabilidade da União o processo de educação fundamental e de formação das crianças. Também defende a criação de uma lei de responsabilidade educacional, nos moldes da Lei de Responsabilidade Fiscal, que alcance as 180 mil escolas brasileiras e que, mais que os gastos, se ocupe do cumprimento das metas para o setor, definidas nacionalmente. Outro dos vários problemas apontados por Cristovam Buarque é que o MEC adota um padrão para todo o ensino superior, ignorando as particularidades regionais. Segundo ele, essa característica estimula o isolamento e o descompromisso das universidades com a realidade sócio-econômica brasileira. - Ainda somos uma nação imperial e cada grupo que faz parte da nobreza não tem qualquer compromisso com as massas nem com o país - disse.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/plantao/169890185.asp


Comentário:

O Japão já implementou um processo de educação forçada de suas crianças, de modo autoritário, pois a época assim exigia (Xogunato). A lei era clara: crianças sem estudo, os pais eram punidos em praça pública, a pena era de morte. Deste modo sutíl, os japoneses foram "educados" e "aprenderam" na base da força.
Como estamos num país que tem o estado de direito como uma premissa, uma lei intituindo deveres e direitos já deveria ter sido criada. Mas antes tarde do que nunca.

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