30 setembro, 2005

Depois da cueca, o bucho de boi

Depois de lançarem o transporte de dólar na cueca, os bandidos lançam agora o pó no bucho de boi. O velho truque do pó no reto já estava batido. Aguardamos curiosos os próximos lançamentos.
E no congresso tudo terminou mais uma vez acabou em pizza, junto com o novo presidente da Câmara, as pizzas foram previamente partidas em pedaços pequenos e grandes, depois servidas aos deputados antes da votação, que foi até a noite.
As emendas das pizzas eram vistas de longe, apesar dos deputados jurarem que os pedaços não tinham dono, era de quem pegasse primeiro.

30/09/2005 - 08h30m
PF troca delegados após roubo de R$ 2 milhões
Antônio Werneck, Carla Rocha e Célia Costa - O Globo

RIO - Depois do roubo de mais de R$ 2 milhões, mudanças na Superintendência da Polícia Federal do Rio. O superintendente do órgão, delegado José Milton Rodrigues, e seu adjunto, Roberto Prel, seriam os únicos mantidos nos cargos. Todos os outros chefes serão substituídos a partir desta sexta-feira. Uma das trocas anunciadas na quinta-feira foi a da delegada Maria Cristina Dourado, da Delegacia Especial de Combate ao Crime Organizado. Serão substituídos os chefes das delegacias Fazendária, de Entorpecentes, Previdenciária, Marítima e de Patrimônio. Policiais federais prenderam na noite de quarta-feira dois homens que podem ajudar nas investigações do roubo dos R$ 2 milhões apreendidos durante a Operação Caravelas. Os dois sabem quem passou dois cheques que teriam sido desviados durante uma operação da PF de combate a uma rinha de galos, na qual foi preso o publicitário Duda Mendonça. Os dois presos podem apontar um agente que teria repassado os cheques. Uma das linhas da investigação do roubo de R$ 2 milhões é a de que os mesmos agentes estariam envolvidos nos dois casos. Em dezembro, dois meses depois da operação que levou à prisão Duda Mendonça e mais cinco pessoas, diretores do Clube Privê Cinco Estrelas, onde funcionava uma rinha de galos, procuraram a PF para denunciar o desaparecimento de um talonário de cheques do clube. Foi aberta uma sindicância. Os dois cheques do talão foram descontados numa agência bancária de Jacarepaguá. Os policiais federais rastrearam o depósito e chegaram a dois moradores do bairro. Chamados para depor, os dois homens disseram que receberam os cheques de um agiota que atuava em Jacarepaguá, na Barra da Tijuca e no Recreio. O nome não foi revelado, mas as duas testemunhas disseram que o agiota era da polícia. Só não souberam dizer se era um policial civil, militar ou federal. Na quinta-feira, uma equipe de policiais federais sob o comando do superintendente de Goiás, delegado Manoel Duailibe, chegou ao Rio para dar andamento ao processo de incineração de 1,6 tonelada de cocaína apreendida na Operação Caravelas. A droga será queimada nesta sexta-feira no forno de uma empresa, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O diretor-geral da PF, delegado Paulo Lacerda, também esteve na quinta-feira no Rio. Além de discutir as mudanças na superintendência, ele vistoriou com engenheiros o prédio da PF, na Praça Mauá. A intenção é investir cerca de R$ 45 milhões na reforma do prédio e na construção de um novo edifício. Na quinta à noite prestou depoimento em Goiânia Sandra Tolpiakow, uma das sócias das redes Satyricon e Capricciosa, presa durante a Operação Caravelas. Ela negou que seu ex-marido, José de Palinhos - preso sob acusação de ser um dos cabeças da quadrilha que pretendia enviar 1,6 tonelada de cocaína em bucho de boi para a Europa - tenha qualquer participação nos restaurantes. Sandra, que tem dois filhos de Palinhos, disse que sua relação com ele se limitava a questões relacionadas aos filhos e que não sabia que o ex-marido tinha envolvimento com o tráfico.

Fonte: http://oglobo.globo.com/online/rio/170070355.asp

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