08 março, 2006

Força Sim mas Incompetência NÃO

08/03/2006 - 11h07m
Comissários britânicos apóiam tática de atirar para matar em terroristas suicidas
EFE

LONDRES - A Associação de Comissários da Polícia (ACPO, na sigla em inglês) apóia a tática de atirar para matar nos casos de terroristas suicidas, apesar da polêmica pela morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, segundo um relatório apresentando nesta quarta-feira.
A ACPO, órgão que coordena a estratégia das forças de ordem na Inglaterra, Gales e Irlanda do Norte, divulgou sua posição sobre o que chama de "força letal", a qual considera a adequada para enfrentar terroristas suicidas.
Essa técnica foi usada no caso de Jean Charles, que morreu no último dia 22 de julho na estação de metrô de Stockwell, no sul de Londres, quando agentes o executaram por engano ao confundi-lo com um terrorista suicida.
O documento da ACPO foi divulgado no mesmo dia em que a rede BBC programou a exibição de um programa sobre a polêmica em torno da morte do eletricista de 27 anos, coincindindo ainda com a visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana à Grã-Bretanha.
Os representantes legais da família de Jean Charles criticaram o relatório da ACPO e pediram um investigação independente sobre a tática policial.
A ACPO, que defende a divulgação de foletos para explicar à população em que consiste esta medida, admite que ainda espera a conclusão das investigações da Comissão de Queixas à Polícia (IPCC, na sigla em inglês) sobre a morte do eletricista brasileiro.
No entanto, o presidente da ACPO, Chris Fox, adianta no informe que respalda a tática, pois as forças de segurança têm o dever de proteger a vida e, em determinadas ocasiões, utilizar a força.
- Quando for absolutamente necessário, a força letal poderá ser utilizada - ressaltou Fox.
A IPCC enviou em janeiro deste ano seu relatório sobre a morte de Jean Charles à Promotoria para que esta decida se serão apresentadas acusações contra os agentes envolvidos na morte do brasileiro.
Este documento, ao qual a família de Jean Charles não teve acesso, é o resultado de uma investigação de seis meses sobre a morte do jovem, ocorrida um dia depois dos atentados fracassados de 21 de julho contra a rede de transporte de Londres.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/mundo/mat/2006/03/08/192188672.asp

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