23 março, 2006

Oito milhões de famílias recebem de programas sociais do governo

22/03/2006 - 12h23m
Pnad/IBGE: 15,6% dos domicílios têm pelo menos um morador recebendo dinheiro de programa social

Globo Online
Agência Brasil

RIO - Em 2004, 15,6% dos domicílios no país tinham pelo menos um morador recebendo dinheiro de programa social do governo, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São cerca de oito milhões de domicílios beneficiados com programa social de transferência de renda.São famílias mais numerosas, mais jovens e com o nível de instrução mais baixo do que aquelas que não recebem nenhum tipo de ajuda.

Na região Nordeste, o percentual de domicílios beneficiados chegou a 32%. O percentual mais baixo foi encontrado na região Sudeste (7,9%). Nas famílias beneficiadas, 91% tinham rendimento de até um salário mínimo por pessoa e 1,1% de mais de dois salários mínimos.

As informações fazem parte do suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2004 sobre Acesso a Transferências de Renda de Programas Sociais. A Pnad entrevistou 399.354 pessoas e 139.157 domicílios em todo o país. Para o pesquisador Marcelo Nery, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), os dados do IBGE servirão para analisar a eficiência dos programas sociais do governo.

O estudo se baseou nos programas sociais governamentais, das esferas federal, estadual e municipal. Entre esses programas de transferência de renda está o Bolsa Família, que tem atualmente o valor de R$ 95 como teto mensal.

A pesquisa mostra que a proporção de pessoas que se dizem pretas ou pardas foi muito mais elevada nas famílias que recebem ajuda de programa social (66,6%) do que nas demais (42,8%).

O nível de instrução das famílias que recebem a ajuda é acentuadamente menor do que o de membros de famílias que não recebem. Esse fato foi observado em todas as regiões pesquisadas.

O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população de 10 anos ou mais de idade) entre os que recebem benefícios é menor (52,1%) do que a parcela dos que não receberam ajuda (57,7%).

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/pais/mat/2006/03/22/193639865.asp

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