13 fevereiro, 2006

Documentário crítico sobre o Wal-Mart agita Festival de Berlim











13/02/2006 - 13h00m

Reuters

BERLIM - Um documentário sobre os riscos do capitalismo desgovernado, que chama a atenção sobre as atividades da empresa americana Wal-Mart, a maior varejista do mundo, foi exibido no Festival de Cinema de Berlim neste fim de semana. O interesse entre os distribuidores europeus e as redes de televisão foi bastante forte.

O documentário destaca as condições trabalhistas na rede de hipermercados e argumenta que a companhia trata seus funcionários de maneira miserável em busca do maior lucro possível.

- O Wal-Mart é o exemplo do que há de pior no comportamento corporativo - disse o cineasta americano Robert Greenwald em uma entrevista depois que seu filme, "Wal-Mart: The high cost of low price", foi exibido para um grande público no sábado.

O Wal-Mart, sediado em Betonville, no Arkansas, criticou o filme, dizendo que não era um retrato verídico da empresa.

- Vamos ser claros sobre as intenções do sr. Greenwald: ele não quer apresentar um retrato verídico e justo do Wal-Mart - disse a empresa em um comunicado no ano passado. - Trata-se de um vídeo de propaganda - pura e simples - feito para favorecer uma agenda estreita e de interesse especial.

O filme de Greenwald, que já vendeu 110 mil DVDs desde novembro e vem sendo exibido em um número limitado de cinemas nos Estados Unidos, foi rapidamente abocanhado por distribuidoras na Grã-Bretanha, Alemanha e Austrália.

O documentário, que foi financiado em parte por Greenwald, mostra o Wal-Mart Stores como um monstro que destrói a estrutura das pequenas cidades ao liquidar pequenos negócios com preços mais baixos, além de pagar salários miseráveis sem um plano de saúde adequado.

Greenwald, que disse ter tentado sem sucesso entrevistar executivos do Wal-Mart para o seu documentário, mostra como a empresa entrou em duas pequenas cidades em Ohio e no Missouri e como as lojas familiares desses locais faliram após a sua chegada.

Imagens de lojas fechadas com tábuas, acompanhadas de canções de Bruce Springsteen, mostram uma mensagem poderosa sobre o excesso do capitalismo, que assusta muitos europeus.

O cineasta inclui entrevistas com ex-gerentes e empregados do Wal-Mart, falando sobre as péssimas condições de trabalho.

- O Wal-Mart é abusivo de modos que outras empresas que estão comprometidas com lucros não são - disse Greenwald à Reuters. - Eles têm uma cultura que afirma ser ok fazer qualquer coisa contanto que seja bom para os lucros. Tudo bem não dar aos empregados um plano de saúde. Tudo bem tirar dinheiro das comunidades para construir Wal-Marts. Não acredito que haja outra empresa que esteja explorando as pessoas de modo tão agressivo quanto o Wal-Mart.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/cultura/plantao/2006/02/13/191836625.asp

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gryffindor249 from United States


Wal-Mart: The High Cost of Low Price (2005) (V)

I wonder how this will play in the Red States, when they see the heartland raped and pillaged by The Walton family. When they see God-fearing, flag-waving patriotic Americans whose lives have been decimated by this Evil Empire in a Big Box. People might think that a documentary like this is the territory of the "Liberal Elite," but the liberals can live in their sophisticated cities where Walmart's presence cannot make quite as big a gaping hole in the local economy...but it is the rural, Bush-voting Red Staters that should be leading the rallying cry against this company. It is especially effective to see ministers preaching about how Walmart's values are not in line with the Christian faith.

Obviously, the creators had an opinion before they started this documentary, but the findings and facts are consistent with what the mainstream media reports about the way this company is run. The long arm of Walmart is dramatic enough without necessitating the filmmakers occasional lapses into melodrama, but the points are well-made and ignoring the facts presented in this film and continuing to support this Goliath in a blue smock could be our undoing-I hope this gets passed around from person-to-person faster than the Paris Hilton sex video and also hope we soon see a documentary on how Walmart collapsed like the Roman Empire.


Wal-Mart: The High Cost of Low Price

2005-USA-Social Issues
N.Y. Times Review by Anita Gates

Rating: NR Running
Time: 97 Minutes
Directed by: Robert Greenwald

REVIEW SUMMARY

Robert Greenwald's "Wal-Mart: The High Cost of Low Price" is not "Fahrenheit 9/11." There are no goofy takeoffs of old television series. You won't see H. Lee Scott Jr., the chief executive of Wal-Mart, the largest retailer on the planet, practicing his golf swing or making revealing comments on camera. He doesn't have to. Mr. Greenwald's film features plenty of star witnesses, many of them former employees. The company is worried enough about this film and growing opposition elsewhere that it has hired high-powered former presidential advisers and set up a public relations "war room" to deflect and respond to criticism.

— Anita Gates, The New York Times

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Comentário:

A relação dos americanos com a rede de varejista é entre o amor e ódio. Eles têm um bom preço, é o que o consumidor deseja. Os estrategistas do supermercado têm a política de dividir os lucros com os consumidores e os sócios. Se eles conseguem fechar uma grande compra com 20% de desconto com um grande fabricante, eles dão os 10% para os acionistas e os outros 10% para os clientes na forma de desconto. Mas de vez em quando, eles saem desta competição e entram no jogo sujo. Quando fazia fuculdade, meu professor de economia, me contou uma boa história sobre eles. Ele estava de viagem pelo EUA. Viajava da costa leste para a oeste. Deste o primeiro dia, reparou num carro um adesivo que dizia: "Boicote a alface". Isto ele viu na costa leste. Foi para a costa oeste, e mais carros com o mesmo adesivo: "Boicote a alface". A curiosidade não pode ser contida, e o professor perguntou para um dos colegas americanos que o recepcionava: "O que significa o adesivo? Ele está em quase todo o lugar que vou!". O professor americano explicou-lhe:

_"uma grande cadeia americana de supermercado, o Wall-Mart,
fechou contratocom quase todos os produtores de alface do país. Criou assim um
monopólio de preço. Aumentou abruptamente o preço em todas as lojas. Mas a
associação deconsumidores se uniu pelo pais todo e decidiram boicotar a compra
das alfacesdaquele supermercado".

Meu professor disse que duas semanas após ele sair dos EUA, a rede Wall-Mart teve que jogar fora todo o estoque de alfaces, até que os preços voltassem ao patamar normal.



Um comentário:

Anônimo disse...

O documentário do engano. Que irônico, para você ver você precisa comprar:
http://movies.nytimes.com/movie/328033/Wal-Mart-The-High-Costof-Low-Price/overview

Pura ladainha!