21 fevereiro, 2006

Administração árabe de portos americanos faz Bush sofrer ataques de republicanos

Bush Abin alega que não sabia das transações com as empresas árabes.
21/02/2006 - 11h31m


Agências Internacionais

WASHINGTON - O presidente George W. Bush está sofrendo ataques de todos os lados para impedir um acordo que mantém uma empresa dos Emirados Árabes Unidos na administração de seis portos dos Estados Unidos.

São os portos de Nova York, Nova Jersey, Filadélfia, Baltimore, Miami e Nova Orleans. As transações comerciais são gerenciadas pela Peninsular and Oriental Steam Navigation Company (P&O), baseada na Grã-Bretanha, que foi adquirida pela Dubai Ports World, de Dubai.

Republicanos dizem que o acordo só pode ser fechado depois de investigação que inclua os portos de Dubai.

Para o presidente do comitê do Senado que supervisiona o Departamento de Segurança Interna, o republicano Peter King, o contrato deve ser congelado já, para que todos os seus aspectos sejam revistos.

O ex-secretário do departamento, Tom Ridge, também criticou o acordo. Disse que as preocupações são legítimas. Já o atual presidente, Michael Chertoff, defendeu o acordo.

Bush diz que os Emirados são peça-chave na luta contra o terror.

Os críticos dizem que de lá saíram seqüestradores dos aviões usados nos ataques de 11 de setembro de 2001 e pelo país passaram fundos que bancaram a operação terrorista.

Governadores republicanos como George Pataki, de Nova York, estão ameaçando entrar na Justiça para desfazer o acordo.

Já o ex-presidente Jimmy Carter, um democrata, não vê problema na nova administração.

Um senador democrata, Robert Menendez, de Nova Jersey, quer apresentar um projeto de lei que proíba a venda da administração comercial dos portos a empresas estrangeiras.

Bush não sabia do acordo, até a confusão começar.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/mundo/plantao/2006/02/21/191928808.asp

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