07 fevereiro, 2006

GM corta salários de executivos para baixar custos

A General Motors decidiu cortar os salários de seus executivos e baixar pela metade a distribuição de dividendos para tentar reduzir custos, após ter registrado um prejuízo de US$ 4,8 bilhões no quarto trimestre do ano passado.

O presidente da empresa, Rick Wagoner, terá uma redução de 50% em seu salário. Além disso, a GM pretende revisar seus esquemas de planos de saúde e de pensão para os empregados para tentar reduzir ainda mais seus custos.

A distribuição de dividendos terá um corte de US$ 565 milhões no ano – o primeiro em 13 anos.

Sobrecarregada com grandes custos para planos de saúde e pensão, a GM já anunciou o corte de 30 mil postos de trabalho e o fechamento de nove fábricas na América do Norte.

Queda nas vendas

O prejuízo registrado pela companhia no último trimestre foi atribuído principalmente à alta do custo da força de trabalho e à queda nas vendas nos Estados Unidos.

A companhia também vem sofrendo perdas por conta da concorrência de rivais japonesas, como a Nissan e a Toyota.

“Estas são decisões difíceis que envolvem sacrifícios de nossos empregados, acionistas, pensionistas e executivos”, disse Wagoner sobre as propostas.

“Estamos enfrentando uma mudança dramática em nosso setor e no ambiente competitivo global e isso exige de nós buscar formas adicionais de reduzir o risco financeiro e melhorar nossa competitividade no longo prazo”, disse.

Cinco altos executivos, incluindo Wagoner, terão cortes significativos de salários, enquanto nenhum dos diretores não-executivos receberá pagamentos.

Em outra decisão radical, a GM deve suspender as contribuições para seu plano de saúde dos funcionários a partir de 2007.

A decisão reduzirá as obrigações da GM em US$ 4,8 bilhões e cortará as despesas com o plano de saúde em US$ 900 milhões.

A GM também planeja congelar os atuais pagamentos a pensionistas e reestruturar seu plano de pensões.

Competitividade

As medidas, combinadas com a redução dos dividendos anuais para US$ 1 por ação, são as últimas ações de contenção de gastos da GM, que luta para tentar se tornar mais competitiva.

A GM pretende economizar ao todo US$ 6 bilhões até o fim do ano.

Alguns analistas especulam que os problemas da GM significam que ela pode ter de pedir concordata.

A companhia nega a avaliação, dizendo estar fazendo “um progresso rápido” em cortes de gastos e no desenvolvimento de novos modelos para tentar ganhar uma maior parcela do mercado.

As ações da GM – que atingiram seu menor valor em 20 anos ao final de 2005 – subiram levemente na terça-feira em resposta aos seus planos de cortes.

“A GM está começando a tomar algumas ações fortes”, disse Jim Awad, presidente da Awad Asset Management. “A questão é se essas ações serão capazes de reduzir de alguma forma o risco de falência.”

A GM não é a única montadora americana que enfrenta dificuldades. No mês passado a Ford anunciou o corte de 30 mil postos de trabalho e o fechamento de 14 fábricas nos Estados Unidos para enfrentar a queda nas vendas.


Fonte:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/economia/story/2006/02/060207_generalmotorsrw.shtml

Um comentário:

Anônimo disse...

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