23 novembro, 2005

O valor do amanhã e a imagem da semana

21/11/2005 - 11h39
Imagem da semana

Fábio Costa, do Corinthians, choca-se com Tinga, do Internacional, no lance mais polêmico da 40ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Pacaembu

Fábio Costa, do Corinthians, choca-se com Tinga, do Internacional, no lance mais polêmico da 40ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Pacaembu.

Obteve 42% dos votos ou 742 votos.





Estudantes de Brasília protestam, em frente ao Congresso, contra o tráfico de animais e os riscos para a vida humana no planeta

Estudantes de Brasília protestam, em frente ao Congresso, contra o tráfico de animais e os riscos para a vida humana no planeta.


Obteve 7% de votos, ou 125 votos.


Fonte: http://polls.folha.com.br/poll/0532401/results




O Valor do amanhã

Eduardo Giannetti, economista e filósofo, autor de "Auto Engano", "Felicidade", "Vícios Privados, Benefícios Públicos" foi o convidado do "Sempre Um Papo", no lançamento de seu novo livro, "O Valor do Amanhã" (Ed. Companhia das Letras), dia 21/11, segunda às 19H30m no teatro da Cemig (Av. Barbacena, 1.200). Trata-se de um ensaio sobre a natureza dos juros. Gianetti analisa os juros do ponto de vista histórico e filosófico, mas o livro é também sobre como vemos o futuro e o preço que ele tem. Tudo em linguagem simples.

Os juros fazem parte da vida de todos os homens — aparecem tanto nas discussões sobre o crescimento econômico da nação como em aspectos miúdos do dia-a-dia. O princípio econômico é simples: o devedor antecipa um benefício para desfrute imediato e se compromete a pagar por isso mais tarde, e quem empresta cede algo de que dispõe agora e espera receber um montante superior no final da transação. Em O valor do amanhã, Eduardo Giannetti defende que esse aspecto dos juros é apenas parte de um fenômeno natural maior, tão comum quanto a força da gravidade e a fotossíntese. Enxergar o fenômeno unicamente do ponto de vista comercial obscureceria sua enorme variedade e abrangência.
A questão dos juros “não se restringe ao mundo das finanças, [atinge] as mais diversas e surpreendentes esferas da vida prática, social e espiritual, a começar pelo processo de envelhecimento a que nossos corpos estão inescapavelmente sujeitos”, diz Giannetti. Desde o momento em que aprendeu a planejar sua vida, o homem antecipa e projeta seus desígnios usando esta prática. A noção de juros já “está inscrita no metabolismo dos seres vivos e permeia boa parte do seu repertório comportamental”. A prática de dieta, a dedicação aos estudos e os exercícios físicos para melhorar a saúde são situações da vida nas quais se manifesta a realidade dos juros.
É desta maneira original que Giannetti analisa o tema. Ao extrapolar os limites puramente financeiros do fenômeno, o autor mostra que questões concretas — como a alta taxa de juros no Brasil —têm raízes comportamentais e institucionais ligadas à formação de nossa sociedade. Nos capítulos finais o autor discute os problemas éticos decorrentes da prática de juros extremamente elevados. Apesar de não se propor a “oferecer receitas ou saídas para os nossos problemas econômicos”, o trabalho de Giannetti “reflete as experiências, preocupações e esperanças de um cidadão brasileiro enfronhado nas realidades e aspirações do seu país”.
EDUARDO GIANNETTI nasceu em Belo Horizonte, em 1957. Formou-se em economia e ciências sociais na USP e obteve o PhD na Universidade de Cambridge. Atualmente é professor na faculdade Ibmec São Paulo. Recebeu o prêmio Jabuti por Vícios privados, benefícios públicos? (1993) e As partes e o todo (Siciliano, 1995). Publicou também Auto-engano (1997, traduzido para várias línguas), Felicidade (2002, traduzido para o espanhol) e O mercado das crenças (2003, traduzido para o inglês).

Fonte: www.sempreumpapo.com.br.


Comentário:

Só para ilustrar a temática do livro de Eduardo Giannetti, inseri a pesquisa da Folha de São Paulo, o resultado da pesquisa semanal da "Imagem da semana". A foto líder de opnião é do penalti não marcado na avaliação do juíz, a favor do Internacional e contra o Corínthians. O tema que fica de longe na opnião dos leitores da Folha, é o futuro da humanidade.



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