07 dezembro, 2005

William Hommer rebate crítica sobre caso "Homer"

O cérebro de Hommer Simpson




















06/12/2005 - 19h25
Bonner rebate crítica sobre caso "Homer" Família Simpson faz sátira da família norte-americana

da Folha Online

O jornalista William Bonner, 42, apresentador do Jornal Nacional (Rede Globo), rebateu hoje as críticas sobre sua comparação de que o telespectador médio do principal telejornal do país lembra Homer Simpson, pai folgado e bonachão de "Os Simpsons", desenho animado exibido nos EUA desde 1989.

Bart é um projeto de Homer mais evoluído Bart é um projeto de Homer mais evoluído

Bonner compara telespectador médio com Homer Simpson. "Jamais tive informação de que alguém guardasse imagem tão preconceituosa, tão negativa do personagem", disse o apresentador, em nota divulgada hoje. A comparação foi ouvida por nove professores universitários no último dia 23, no Rio, em visita aos estúdios da Globo. O telespectador do jornal é como Homer, segundo Bonner, porque teria dificuldade de "entender notícias complexas e pouca familiaridade com siglas como BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)", segundo relato do professor da USP (Universidade de São Paulo) Laurindo Lalo Leal Filho, que presenciou o encontro, em artigo na revista "Carta Capital" desta semana.Na nota divulgada hoje, Bonner afirmou que usou o exemplo do personagem Homer, pois ele representa um pai de família, um trabalhador conservador, sem curso superior, que após uma jornada de trabalho, quer ter acesso às notícias mais relevantes do dia de forma clara e objetiva. Segundo o jornalista, em nenhum momento, ele pensou no personagem de maneira preconceituosa.Editor do principal telejornal da Globo, Bonner apresenta o programa ao lado de sua mulher, Fátima Bernades. Em 1997, o nascimento dos trigêmeos do casal atraiu a atenção da mídia. Até o o "Casseta & Planeta", humorístico da emissora, fez graça com o caso, mostrando o "Jornal Maternal", no qual os âncoras eram sósias de Bonner e Fátima Bernardes e mais três bebês. Neste ano, surgiram boatos de que a Record teria interesse em contratar o casal --Bonner riu da história."Viado"



Família Simpson faz sátira da família norte-americana.

Não é a primeira vez que a Globo se envolve em polêmica por causa da língua de seus apresentadores. Em maio de 1998, durante a exibição de uma reportagem sobre o Ballet Kirov, no programa "Fantástico", a emissora transmitiu uma voz em "off" (ao fundo) que fazia o seguinte comentário: "Isso é coisa de viado". A voz foi atribuída ao apresentador Pedro Bial, que não sabia que estava no ar.As aventuras de Homer, sua esposa, Marge, seu filho mais velho, Bart, sua filha Lisa e a pequena Maggie estão na 16ª temporada --o contrato assinado com a Fox prevê produzir até a 19ª. Em 2002, a série, criada por Matt Groening e vista em mais de cem países, satirizou o Brasil, mostrando o Rio com macacos e ratos nas ruas e com uma população sexualmente agressiva.
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Comentário:

O William Bonner está certo em sua comparação. Só que a verdade causa polêmica! Se o "nível" de linguagem do Jornal Nacional ficasse do tipo do "Roda Viva" ou do "Observatório da Impressa", ambos da TVE, emissora governamental com caráter educativo, o "Jornal Nacional" seria "indigesto" para o telespectador mediano, o que realmente faz lembrar a figura de Hommer Simpson. Se o público tem alguma dúvida, compare as MESMAS reportagens ENTRE os jornais televisivos: "Jornal Nacional" e "Jornal da Globo". Apesar de ser verdade, isto não tira de Hommer, a figura carismática que ele é, pois ele é um materialista por hábito, e não por convicção, pois sempre que tem que decidir sobre o destino da família, e que ele é levado à reflexão, a decisão dele é a família em detrimento a parte econômica. Apesar de todas as demonstrações de pouca "ética" ao longo das estórias, no final de cada uma, suas escolhas demonstram para um público jovem (e adulto também), que às vezes o caminho a ser seguido é o mais difícil, mas que vale a pena assim mesmo!

Para finalizar:

Sobre a virtude ou o vício

"O Vício corrige melhor do que a virtude. Suporte um viciado e
você tomará horror ao vício. Suporte um virtuoso e logo você
odiará a virtude inteira."


Tony Duvert, Abecedário Malévolo

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