23 maio, 2006

Meta de vida

Repare na frase em destaque abaixo, eu já escutei esta quando tinha a minha ex-namorada, médica, ela tendia a ter tudo sobre controle, muito inteligente e de família muito educada. Classe média alta por sinal.

Ela tentou ou efetivamente me ensinou muita coisa, mas uma das coisas que não aceitava, era a frase abaixo em destaque. Talvez isto e outras coisas mais fizeram nossos caminhos se divergirem. Em muitas outras coisas ela acertou, como por exemplo:

Ela disse que depois do nosso namoro, eu iria casar com a primeira que surgisse. E depois que conheci a "R", ela ainda disse:


Que eu iria deixar a análise (Freudiana nada a ver com análise de sistemas!). E foi o que aconteceu!
Que eu iria deixar a faculdade de Engenharia. E foi o que aconteceu!
Que a namorada iria engravidar. E foi o que aconteceu!
Que ela iria jogar até meu brinquedo preferido de infância fora. E foi o que aconteceu! Mas depois eu o encontrei escondido!
E mais um monte de coisas que não me lembro agora, mas que REALMENTE aconteceram como ela previu.


Saindo do avião, passando pelos corredores do aeroporto de Auckland às 04h30 da manhã (foi aqui que 'perdi' um dia), há uma divisão entre as conexões internacionais (quem estava indo pra Austrália) e os que desceriam aqui. Ainda antes da Imigração, comecei a conversar com outro brasileiro, também de SC, que ia trabalhar ilegalmente na NZ. Começamos a conversar, mas não pude ficar muito tempo com ele, pois (nada pessoal), precisamos saber escolher as alianças que criamos. Se ele precisasse de ajuda por não falar inglês, queria que um policial pedisse minha ajuda (e não ele), pois minha situação é totalmente diferente e podia ser prejudicada.


Fonte: http://viagem-2006-fabrizio.blogspot.com/2006/04/auckland-nz-sexta-feira-31-de-maro-de.html

As minhas escolhas foram feitas depois de muita excitação, mas decide fazer, não baseado em escolhas cartesianas e de uma planilha de prós e contras. Fiz, acertei, errei pois assim é a vida e não acredito nem posso ensinar por exemplo a minha filha que não deva ajudar alguém em função de que uma aliança pode ser ruim ou boa, como no exemplo do texto acima.


Há uns dias atrás, minha filha estava na garagem e encontrou a filha de uma vizinha que não sou íntima, nem mesmo amiga, pois nossa história não se mostrou muito boa. Mas minha filha QUIS brincar com ela, e ao invés de sair COMIGO, preferiu brincar com a 'amiga' que acabara de conhecer. A nossa vizinha tinha 10 anos, e suas outras 2 amigas também tinham esta idade, apesar da diferença, minha filha se dá muito bem com crianças desta idade, não criei dificuldades, deixei-a no apartamento logo em frente e fui tirar uma soneca durante à tarde. Depois de 4 horas fui lá buscá-la. Ela veio com outra fisionomia, mas não se queixou de nada grave. Mas ELA mesma me disse:

_"Papai, não vou mais brincar com ela. Ela disse que iria brincar comigo e não brincou!"

A questão de existir pessoas que não nos agradam é uma coisa, mas NUNCA ensinaria a minha filha a fazer uma análise de uma situação ANTES de passar por ela, no que se refere às pessoas, naturalmente, pois isto é preconceito! Eu já sabia que a filha e a mãe têm o mesmo gênio e humor, ou seja, a filha não iria ser uma pessoa agradável, como não foi mesmo, mas eu não interferi no processo de aprendizado da minha filha. Ela fez um bom julgamento da situação vivida e da situação FUTURA, pois NUNCA mais ela me pediu para ir ao apartamento da vizinha. GAD (Graças a Deus!)

Eu sei que muitos que pensam como o sujeito do texto acima e igual a minha ex-namorada. Sei que é uma atitude muito racional, não sei se estão errados, mas não o compactuo nem é minha menta de vida.

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