03 maio, 2006

Atletas buscam ajuda na ortomolecular para melhorar desempenho

Daniella Machado - Especial para O Globo Online


RIO - Um melhorou a performance e foi medalha de ouro de fisiculturismo nos Jogos Mundiais da Alemanha. O outro, superou o trauma de dois acidentes, um de carro na fórmula Indy e outro de ultraleve. O hexa-campeão mundial de fisiculturismo, José Carlos dos Santos, e o bicampeão mundial de Fórmula 1, Emerson Fitipaldi, tiveram ajuda da terapia ortomolecular para superar suas barreiras.


De acordo com o médico Eduardo Gomes de Azevedo, a prática além de melhorar o pique físico do atleta também ajuda a estabilizar o lado emocional. No caso de Fitipaldi, segundo o médico, além de aumentar sua garra ajudou o piloto a enfrentar o medo causado pelos dois acidentes.

- Com o tratamento ele voltou a sentir-se como um garoto na Fórmula 1- diz o médico.

Já o fisiculturista afirma que a terapia teve contribuição significativa no seu treinamento para os jogos mundiais.

- Durante a minha preparação física para os jogos, o tempo de recuperação de um treino para o outro foi bem mais rápido - diz ele.

O fisiologista do exercício Laerte Kawauchi afirma que atletas de alto rendimento como José Carlos têm o metabolismo acelerado, consomem muito oxigênio e, por isso, produzem mais radicais livres. Ao longo do tempo, isso afeta a performance.

- A grande quantidade de radicais livres provoca o envelhecimento precoce e a terapia é uma forma de reverter isso - complementa o especialista.

De acordo com o Eduardo Gomes de Azevedo, o trabalho ortomolecular desenvolvido com os atletas vai além das vitaminas, aminoácidos e minerais. A terapia utiliza também uma ferramenta fundamental chamada procaína, que é composta por duas substâncias naturais: a paba e o deanol. A procaína pode ser administrada de duas formas: injetável ou por via oral.

- A procaína ajuda a combater a hidroxila, radical livre responsável por até 60 doenças degenerativas como o câncer, doenças de coração e Alzheimer, além de melhorar o desempenho - acrescenta o médico, afirmando ainda que a substância inibe também a Mao, enzima responsável pela destruição de neurotransmissores como, por exemplo, a serotonina e a dopamina, o que pode causar depressões.


Fonte:
http://oglobo.globo.com/especiais/vivermelhor/mat/247037527.asp



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