31 outubro, 2005

Poluição aumenta, número de mulheres também


31/10/2005 - 16h23m
Poluição pode ter relação com um maior nascimento de meninas

RIO - A impressão que muitos pais têm de que atualmente há mais meninas do que meninos no mundo (pela composição das turmas de creche e pré-escola) pode ser verdadeira. E, ainda por cima, pode ser uma constatação de que a poluição atmosférica cresce a passos largos. Segundo estudo desenvolvido na cidade de São Paulo pelo urologista Jorge Hallak, médico do Centro de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e responsável pela seção de Reprodução humana, Infertilidade e Função sexual da Sociedade Brasileira de Cancerologia, há evidências de que o nível de poluição alto faz com que nasçam mais meninas do que meninos. Hallak e sua equipe dividiram a cidade de São Paulo, onde vivem 17 milhões de pessoas, conforme o índice de poluição do ar (baixo, médio e alto), e compararam os registros de nascimento nessas regiões entre 2001 e 2003. Constataram então que nas áreas mais poluídas o percentual de meninas nascidas foi de 49,3% no período, enquanto nas áreas menos poluídas caiu para 48,3%. Segundo o médico, isso é um claro alerta de que a poluição pode entrar para o rol dos eventos traumáticos que alteram as taxas de natalidade por sexo, como as guerras, os grandes desastres naturais e os ataques terroristas. - É como se a raça humana reagisse a estas ameaças gerando mais mulheres, que são as maiores responsáveis por sua reprodução e manutenção - diz Jorge Hallak. O estudo foi publicado na versão eletrônica da revista "Nature".

Fonte:
http://oglobo.globo.com/especiais/vivermelhor/mat/188997679.asp

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