24 janeiro, 2006

Um excepcional exemplo de Nova York

19/1/2006

Quando tomou posse pela primeira vez na prefeitura de Nova York, Michael Bloomberg disse uma frase que não me saiu da cabeça -pediu aos eleitores que o julgassem pelo desempenho dos alunos da cidade. Nunca tinha ouvido um governante estabelecer uma relação tão direta entre um mandato e os indicadores da educação.

Há algumas semanas, estava de novo em Nova York e, por coincidência, era a posse dele em seu segundo mandato. Ele conseguiu tamanha popularidade que já pensam em mudar a lei para que ele possa concorrer a um terceiro mandato. Para cumprir sua promessa, está fazendo da cidade um gigantesco laboratório educacional, com as mais diversas experiências, além de aprimorar a formação de professores, de diretores, para melhorar o currículo e saber lidar com a comunidade.

Sua proposta teve tamanha aceitação que fundações e indivíduos estão abrindo a carteira para bancar essas experiências. Só no ano passado, arrecadou-se R$ 1 bilhão para essas experiências.

Sinceramente, não sei se ainda vou ver no Brasil um governante fazer dos indicadores da educação o que foram aqui no passado os indicadores de inflação e hoje são os de emprego.

Autor: Gilberto Dimenstein / Folha de S. Paulo


Fonte:
http://www.revistadigital.com.br/forum_ads.asp?CodMateria=3049

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