31 janeiro, 2006

Depois de Hitler, EUA voltam as origens da guerra contra os fracos

31/01/2006 - 12h35m
Anistia Internacional diz que EUA executam vários doentes mentais

Reuters

WASHINGTON - Ao menos 10% das primeiras mil pessoas executadas nos EUA desde 1977 apresentavam doenças mentais graves, afirmou a Anistia Internacional em um relatório divulgado nesta segunda-feira.

O grupo de defesa dos direitos humanos, que é contrário a todas as formas de pena capital, disse que matar um doente mental é uma prática ofensiva aos padrões internacionais de decência humana.

"É algo particularmente ofensivo aos padrões de decência o fato de os EUA, no século XXI, continuarem com a prática da matança ritualística e premeditada de criminosos que sofrem de doenças mentais graves", afirmou a Anistia no relatório, divulgado na segunda-feira.

O número de pessoas executadas nos EUA desde 1977, quando a Suprema Corte do país cancelou os dez anos de moratória em relação à pena capital, passou dos mil em 2 de dezembro passado, quando foi morto Kenneth Boyd, na Carolina do Norte.

Segundo a Anistia, exames psiquiátricos feitos com os condenados, fichas médicas e casos documentados de comportamento anormal mostravam que ao menos cem dos executados sofriam de doenças mentais graves.

Em outros casos, era impossível saber se os condenados sofriam de doenças mentais porque nunca foram submetidos a uma avaliação psiquiátrica rigorosa.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/mundo/plantao/2006/01/31/190707718.asp

Nenhum comentário: