06 março, 2006

A vez da Web 2.0

Elis Monteiro

Em 1989, o hoje Sir Tim Berners-Lee, na época pesquisador do European Organization for Nuclear Research (Cern), criou a World Wide Web, a interface gráfica da internet, depois carinhosamente apelidada de Web. Tinha início uma das maiores revoluções da história da humanidade que, não à toa, rendeu a Berners-Lee, além do título inglês de “Sir”, o prêmio de Millennium Technology Prize, ou seja, a maior invenção de tecnologia do Século XX. Dezessete anos mais tarde, toma corpo e ganha adeptos o que já está sendo chamado de Web 2.0, uma repaginada na criação de Berners-Lee.

O termo, que tem entre seus criadores um outro Tim (O' Reilly), surgiu em outubro de 2004, após a realização da conferência Web 2.0, em São Francisco, EUA, organizada pelas empresas MediaLive e O'Reilly Media. Durante um brainstorm , nasceu a idéia de inaugurar uma fase da Web que permitisse mais liberdade ao usuário, que deixa de ser passivo e passa a ter, também, a responsabilidade de produzir, “mixar” e classificar o conteúdo. A idéia vingou e, agora, começam a nascer os primeiros sites “colaborativos” em Web 2.0.

Mas, afinal, o que muda? Para começo de conversa, na prática a Web 2.0 já existe. Serviços de colaboração como o Wikipedia e Ohmynews seriam legítimos representantes da nova filosofia, que pede mais colaboração ao internauta não só na produção do conteúdo mas na classificação deste, tal qual acontece na Wikipedia, enciclopédia virtual escrita por voluntários, criada em 2001 e baseada em wiki, rede de páginas web que podem ser modificadas através de browsers comuns.

Outro exemplo de Web 2.0 já em uso é o Flickr, álbum virtual de fotos que permite muito mais que colaboração entre usuários — permite o entrelaçamento de sites e serviços.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/jornal/suplementos/informaticaetc/capa.asp

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