07 novembro, 2005

Autor de 'O mal-estar da pós-modernidade' volta a criticar a modernização seletiva em novos livros

04/11/2005 - 18h04m
Gustavo Pinheiro
Especial para o Globo Online

RIO - Há anos o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, professor emérito da Universidade de Leeds e de Varsóvia, dedica-se a retratar as desastrosas conseqüências sociais de uma modernização que privilegia, segundo ele, apenas uma minoria. Prestes a completar 80 anos no próximo dia 15, o autor dos best-sellers "O mal-estar da pós-modernidade" e "Amor líquido" está mais ativo do que nunca: dois novos livros estão chegando ao Brasil, ambos pela Jorge Zahar Editor. Em "Vidas desperdiçadas", Bauman faz um prognóstico assustador: o crescimento incontrolável do "lixo humano", pessoas descartáveis - ou "refugadas", como prefere - que não puderam ser aproveitadas e reconhecidas em uma sociedade cada vez mais seletiva.
O outro lançamento é "Identidade", uma entrevista que concedeu ao jornalista italiano Benedetto Vecchi, em que reforça seus conceitos sobre a crise de identidade imposta pela modernização.

Em entrevista exclusiva ao GLOBO, Bauman analisa a fluidez dos relacionamentos amorosos, compara a vida em sociedade ao "Big Brother", critica o combate militar ao terrorismo, comenta o "jeitinho brasileiro" e nega o rótulo de pessimista: "Acredito fortemente que um mundo alternativo seja possível", diz ele. Seu livro "Amor líquido" é um sucesso comercial no Brasil.

Na sua opinião, por que as pessoas têm se interessado tanto pelo assunto? Por que a idéia de durabilidade das relações amorosas nos assusta tanto?

ZYGMUNT BAUMAN: As relações amorosas estão hoje entre os dilemas mais penosos com que precisamos nos confrontar e tentar, mesmo que remando contra a corrente, solucionar. Nestes tempos líquidos, precisamos da ajuda de um companheiro leal, "até que a morte nos separe", mais do que em qualquer outra época. Mas qualquer coisa "até a morte" nos desanima e assusta: não se pode permitir que coisas ou pessoas sejam impedimentos ou nos obriguem a diminuir o ritmo. Compromissos de tempo indeterminado ameaçam frustrar e atrapalhar as mudanças que um futuro desconhecido e imprevisível pode exigir. Mas sem esse compromisso e a disposição para o auto-sacrifício em prol do parceiro, não se pode pensar no amor verdadeiro. De fato, é uma contradição sem solução. A esperança - ainda que falsa - é que a quantidade poderia compensar a qualidade: se cada relacionamento é frágil, então vamos ter tantos relacionamentos quanto forem possíveis que a qualquer momento haverá alguém em algum lugar a quem pedir ajuda, compreensão e compaixão. É por isso que muitas pessoas tentam conter seus sentimentos.

O senhor está casado com a mesma mulher há 56 anos. Há segredo para uma união duradoura em tempos de "amor líquido", em que os parceiros são descartados de acordo com a sua funcionalidade?

BAUMAN: Quanto mais fácil se torna terminar relacionamentos, menos motivação existe para se negociar ou buscar vencer as dificuldades que qualquer parceria sofre, ocasionalmente. Afinal, quando os parceiros se encontram, cada um traz a sua biografia , que precisa ser conciliada, e não se pode pensar em conciliação sem fazer concessões e auto-sacrifício. Eu e Janina, provavelmente, consideramos isso mais aceitável do que a perspectiva de ficarmos separados um do outro. No fim das contas é uma questão de escolha, do valor que se dá a estar junto com o parceiro e, creio eu, da força do amor, que torna o auto-sacrifício em prol do amado algo natural, doce e prazeroso, em vez de amargo e desanimador. Para que se torne doce, o auto-sacrifício deve se direcionar a um parceiro que seja profundamente amado; no entanto, o amor não é profundo se não foi valorizado por auto-sacrifícios anteriores para que sirvam de referência.

A sociedade fragmentada que o senhor apresenta em "Vidas desperdiçadas" não estimula a individualização e o sentimento de medo ao estranho que foram apresentados em "Amor líquido"?

BAUMAN: Claro. Nos comportamos exatamente como o tipo de sociedade apresentada nos ''reality shows'', como por exemplo, o Big Brother. A questão da ''realidade'', como insinuam os programas tipo Big Brother, é que não é preciso ''fazer algo'' para ''merecer'' a exclusão. Não se pode imaginar que a ordem para arrumar as malas e ir embora estaria por vir, e nada que você fizesse teria impedido isso. O que o ''reality show'' apresenta é o destino. Pelo que se sabe, a exclusão é o destino inevitável. A questão não é ''se'', mas ''quem'' e ''quando''. As pessoas não são excluídas porque são más, mas porque outros demonstram ser mais espertos na arte de passar por cima dos outros. Todos são avisados de que não têm capacidade de permanecer porque existe uma cota de exclusão que precisa ser preenchida. Afinal, um dos habitantes da casa deve ser expulso a cada semana, aconteça o que acontecer. Muitos dos telespectadores conhecem essa realidade. É exatamente essa familiaridade que desperta o interesse em massa por esse tipo de programa. Os medos afloram nesta época em que falta certeza, garantia e segurança. Para manter uma segurança, muitos de nós adotamos e tentamos seguir a mensagem contida no lema do programa "Survivor": "não confie em ninguém"! Um slogan como esse não prediz muito bem o futuro das amizades e parcerias humanas.

Em "Vidas desperdiçadas", o senhor menciona a questão criada por "imigrantes" em busca de um Estado que as proteja e lhes dê sobrevivência. De que modo os recentes atentados terroristas nos EUA e Europa são uma conseqüência dessa "marginalização" de seres humanos?

BAUMAN: A globalização negativa cumpriu sua tarefa. Mesmo com guardas de fronteiras e cães farejadores de explosivos nos aeroportos, as fronteiras que já foram abertas para a livre circulação de capital, mercadorias e informações não podem ser fechadas para os humanos. Podemos prever que quando - e se - os atentados terroristas desaparecerem, isso irá acontecer apesar da violência brutal das tropas que apenas fertiliza o solo onde o terrorismo brota e impede a resolução de questões políticas e sociais, as quais poderiam vir a cortar a raiz do problema. O terrorismo só vai diminuir e desaparecer se as raízes sócio-políticas forem cortadas. E isso vai exigir muito mais tempo e esforço do que uma série de operações militares punitivas e ações de policiamento. O conceito de "guerra contra o terrorismo" não passa de uma contradição. Armas modernas, desenvolvidas na era de invasões e conquistas territoriais, são incapazes de destruir alvos como esquadrões ou simples indivíduos viajando sem bagagem, munidos com armas fáceis de esconder. E enquanto se tenta localizá-los a caminho de outra atrocidade, desaparecem do local do ataque tão rápido e imperceptivelmente como chegaram. As respostas a esses atos terroristas são confusas e dispersas, atingindo uma área muito maior do que a afetada pelo ataque terrorista, e causando "acidentes colaterais" ainda mais numerosos, - além de provocar um aumento no volume de sofrimento, ódio e revolta acumulada e fazer crescer o recrutamento para a causa terrorista. A guerra real e capaz de se vencer contra o terrorismo não é conduzida quando as cidades e vilarejos arruinados do Iraque ou Afeganistão são devastados ainda mais, mas quando as dívidas dos países pobres são canceladas, nossos mercados ricos são abertos à produção dos países pobres e quando as 115 milhões de crianças atualmente sem acesso a nenhuma escola são incluídas em programas de educação. No entanto, há poucos sinais encorajadores de que esta verdade tenha sido colocada em prática. Os governos dos países mais ricos estão gastando em armas dez vezes mais do que gastam com auxílio econômico para a África, Ásia, América Latina e os países pobre da Europa juntos. A Grã-Bretanha reserva para armas 13,3% do seu orçamento, e para auxílio 1,6%. Para os EUA, a desproporção é ainda bem maior: 25% contra 1%

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/cultura/189045214.asp

Bolas de fogo sobre a Alemanha geram especulação de óvnis

04/11/2005 - 13h10m
Reuters

BERLIM - A presença de várias enormes bolas de fogo no céu da Alemanha nesta semana levou muita gente a acreditar que estava vendo objetos voadores não-identificados (óvnis), mas os cientistas acreditam que se trata mesmo de uma bizarra temporada anual de meteoros. Segundo o site da Nasa, essas bolas de fogo foram vistas em outros lugares do mundo, talvez pelo fato de que a órbita da Terra esteja atravessando uma zona de destroços espaciais. Muitos alemães notaram o fenômeno, segundo Werner Walter, astrônomo amador de Mannheim que mantém um site sobre fenômenos astronômicos inexplicados e uma linha telefônica que recebe relatos de óvnis. - A última visão relatada foi ontem às 19h30m em um corredor perto da fronteira com a Holanda - disse ele por telefone. - Esta semana tivemos pelo menos 15 e-mails e telefonemas de pessoas relatando essas bolas de fogo - disse ele. - Algumas pessoas dizem que parece coisa saída de um filme de terror e ficção científica. Walter disse que astrônomos profissionais e amadores consideram também a possibilidade de que o fenômeno seja causado por "queda de satélites ou óvnis". - É possível que sejam óvnis, que são, afinal, coisas que não podemos explicar. O site científico da Nasa ( http://science.nasa.gov) menciona relatos de pessoas que viram bolas de fogo nos Estados Unidos, no Canadá, na Holanda, na Irlanda do Norte e no Japão. Há inclusive imagens das bolas de fogo, que um homem comparou a um holofote. Walter descreveu o fenômeno como "bolas de fogo supergrandes e coloridas que correm com a velocidade da luz pelo céu".Mas o site da Nasa cita o especialista em meteoros David Asher, do Observatório Armagh (Irlanda do Norte), segundo quem as pessoas "provavelmente estão vendo uma chuva de meteoros taurídeos". Os taurídeos são meteoros oriundos da constelação de Touro. Seu auge ocorre entre o fim de outubro e o começo de novembro.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/ciencia/189044104.asp

A ilusão da superproteção


04/11/2005 - 18h57m
Ângela Góes - Globo Online

RIO - Em 2003, crianças e adultos de todo o mundo se emocionaram com o filme "Procurando Nemo", que conta a saga de dois carismáticos peixinhos: o supercauteloso Marlin e seu filho, o curioso Nemo. Viúvo, Marlin assume a responsabilidade de criar o filho sozinho, protegendo-o de todos os perigos. Apesar de bem-intencionado, o pai erra na mão e sufoca Nemo com tanto cuidados. Resultado: na tentativa de provar que é capaz de se virar sozinho, Nemo se mete em confusão. A história é infantil e tem final feliz garantido. Na vida real, a 'Síndrome de Marlin', como vem sendo chamada a superproteção paterna, tem sido motivo de preocução. É tênue a linha que separa a proteção da superproteção. Quem ama, claro, cuida. Em doses normais, cuidado não traz prejuízo. Já o exagero pode trazer mais malefícios do que benefícios. Segundo a terapeuta Zulma Taveiros Guimarães, do Núcleo de Casal e Família da Sociedade de Psicanálise do Rio, crianças superprotegidas se tornam adultos dependentes, inseguros, imaturos e medrosos, sem autonomia e incapazes de tomar decisões. - Quem cresce esperando que alguém sempre lhe dê todas as respostas, as fórmulas prontas, não desenvolve a capacidade de pensar soluções criativas para lidar com imprevistos. Não cria imunidade para se proteger quando está sozinho - diz Zulma. Falando assim, parece fácil. Mas só quem é pai ou mãe sabe o drama de educar o filho em um mundo cada vez mais violento. Crianças, jovens e adultos estão mais expostos a certos perigos do que há alguns anos. Nessa conjuntura, é normal querer adiar certas liberdades, a fim de evitar que os filhos fiquem expostos a perigos reais e concretos. Até certo ponto, isso se faz necessário. Mas é preciso tomar muito cuidado para não usar a violência como desculpa para que os filhos não assumam responsabilidades para as quais estão prontos. - O ser humano aprende com as adversidades, com erros e acertos. Pessoas resilientes são aquelas que vivenciam as dificuldades e saem fortalecidas dessas experiências - afirma a pedagoga Sônia Mendes, da Associação de Terapia Familiar do Rio. Segundo especialistas, o problema é que os pais estão com medo de tudo. E acham que podem evitar a violência, os acidentes de carro, as drogas e a sexualidade precoce prendendo os filhos dentro de casa. Uma ilusão. Engana-se o pai que acredita que pode anular todos os riscos a que o filho está exposto. Essa tentativa pode até ter um efeito indesejado. O filho pode rejeitar a superproteção e furar o esquema de segurança imposto, expondo-se ainda mais. - A melhor proteção que um pai pode oferecer ao filho é dar responsabilidade para que ele faça suas próprias escolhas, avaliando primeiro as necessidades e possibilidades de cada faixa etária - aconselha a filósofa e educadora Tânia Zagury, autora de "Encurtando a adolescência" (Ed. Record). Para o psiquiatra e educador Içami Tiba, os superprotegidos são os que mais correm riscos, pois fazem coisas escondidas. - Os pais erram achando que os seus filhos são diferentes dos outros, melhores que os outros. Erram ao enxergar os filhos como vítimas de más companhias - alerta. Ter discernimento sobre o que é ou não é realmente perigoso; saber o momento certo de prendê-los e soltá-los não é tarefa fácil. É preciso sensibilidade e atenção. - É importante que os pais reflitam, conversem com outros pais, outros filhos, psicólogos e educadores. É bom ouvir opiniões, discutir estratégias. As trocas são muito positivas e podem apontar caminhos. Só não vale esperar por fórmulas prontas. Isso não existe - conclui Zulma.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/especiais/vivermelhor/mat/189045666.asp

PSDB e PT: Dois pesos, duas medidas

06/11/2005 - 17h18m
Tucano diz que alertou sobre desvio para agência
de Valério no governo FH

Ricardo Galhardo - O Globo

SÃO PAULO - O ex-presidente da Fundacentro na gestão Fernando Henrique Cardoso, Humberto Parro, disse neste domingo que foi alertado por um assessor a respeito de pagamentos indevidos para a agência SMP&B, do empresário Marcos Valério. Segundo Parro, o que chamou a atenção foi uma nota para pagamento de R$ 5,8 milhões, sem que o serviço tivesse sido realizado. Em reportagem da edição desta semana, a revista 'Carta Capital' denuncia um contrato firmado em abril de 1997 entre a SMP&B e a Fundacentro, autarquia vinculada ao Ministério do Trabalho, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. A Fundacentro é dedicada a pesquisas na área de saúde, higiene e segurança do trabalho e era dirigida na época por Parro, ex-prefeito de Osasco (1983-89). Segundo a revista, o caso tem licitação fraudada, pagamentos sem comprovação de serviços prestados e superfaturamento de preços em favor da SMP&B. Diz a 'Carta Capital' que teriam saído R$ 25 milhões (R$ 42 milhões em valores de hoje) do governo para o suposto esquema. Neste domingo, Parro contou que na época alertou o Ministério Público e pediu uma auditoria interna, que constatou a responsabilidade do então diretor financeiro da Fundacentro, Marco Antonio Seabra de Abreu Rocha. De acordo com Parro, Rocha foi indicado pelo então ministro do trabalho, Paulo Paiva (senador tucano de Minas Gerais). Sobre a relação que a 'Carta Capital' faz entre o caso e o atual escândalo envolvendo Marcos Valério e o PT, Parro negou que houvesse relação com caixa dois e disse: - Isso é um absurdo. Eu pedi investigação, tomei todas as previdências na época. Exonerei imediatamente o responsável e, ao que tudo indica, trata-se de um crime comum.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/plantao/189066072.asp

04 novembro, 2005

Bom na teoria e ruim na prática

Hoje na hora do almoço, fui em casa e dentro do ônibus, voltando para o serviço, havia um jovem lendo um livro de nome: "Senso Crítico". Num ônibus quase vazio, ele escolheu sentar-se ao lado de uma linda garota que já estava sentada no lado da janela. Quando a garota resolveu levantar-se, com as mãos carregando várias coisas, com um volume significativo, o jovem mal saiu do lugar, limitando-se apenas a virar as pernas (mal chegou aos 60 graus da posição normal), para a passagem da jovem, que, com muito jeito, conseguiu desviar-se e passou. No mesmo ônibus, aqui em Belo Horizonte, existe a campanha de frases enviadas pelos usuários. A deste mês é sobre o tema acima, e diz "Dê passagem ao passageiro que senta ao lado da janela". Depois disso, procurei na internet na Google, e busquei as palavras: "livro" e "senso crítico", e achei o tal livro que transcrevo abaixo:

no link: http://www.thomsonlearning.com.br/detalheLivro.do?id=102701

SENSO CRÍTICO - DO DIA-A-DIA ÀS CIÊNCIAS HUMANAS
David W. Carraher

Através do estudo e análise de textos de jornais, revistas e relatos da sabedoria popular, o autor nos oferece instruções e sugestões para um treinamento aprofundado e eminentemente prático no sentido do raciocínio e argumentação. Ele discute também as funções sociais da linguagem, os usos e abusos da lógica, a leitura nas entrelinhas e o apelo das falácias. O livro traz mais de 100 problemas práticos, centrados na realidade brasileira, alguns já resolvidos. Este livro constitui-se em leitura obrigatória para professores e estudantes dos cursos de Ciências Sociais e Humanas, para profissionais das diversas áreas de Comunicação, para homens públicos e todos os interessados em desenvolver sua capacidade de raciocínio e habilidades analíticas. Seu interesse é especialmente voltado para as áreas de Metodologia Científica e pesquisas em geral.

ISBN: 8522101795
Categoria: Metodologia Científica

O que é um "PageRank"

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Hackers dão curso em São Paulo

03/11/2005 - 18h01m
Hackers ensinam em SP as técnicas de invasão de sistemas na internet
Wagner Gomes - Globo Online

SÃO PAULO - Na internet, a melhor defesa contra invasores é aprender a atacar. Quem garante são os 'hackers', em geral jovens aficcionados por informática e tudo que for relacionado a esse universo. Centenas deles, de todas as partes do Brasil, estão reunidos em São Paulo para a 2ª Conferência Hackers to Hackers, com o objetivo de ensinar e aprender métodos de ataques a sistemas na internet. Ao se aprofundarem na técnica, os 'hackers' afirmam ganhar experiência para informar as empresas quais as melhores maneiras de prevenção e como aperfeiçoar os softwares. Entre os 300 inscritos no evento, que acontece nesta quinta e sexta-feira, estão profissionais do mercado financeiro, policiais e estudantes. Na primeira parte do seminário, realizada na manhã desta quinta-feira, Rodrigo Rubira Branco, um dos palestrantes, ensinou a platéia o ataque pela porta dos fundos (backdoors), com acesso não previsto nas máquinas. Segundo ele, muitas ferramentas de segurança não conseguem detectar esse tipo de programa, muito semelhante ao golpe Cavalo de Tróia, que possibilita que hackers monitorem a distância tudo o que acontece em um computador. Normalmente, esses programas não destroem arquivos, mas captam informações de senhas de banco e números de cartão de crédito, que acabam sendo utilizados em golpes financeiros. Domingo Montanaro, um dos organizadores da conferência, disse que os especialistas em informática, assim como qualquer policial do esquadrão de bombas, precisam conhecer todas as possibilidades de ataque a uma rede de internet para defender um programa. Aluno de informática, Montanaro trabalha no mercado financeiro. Segundo ele, os programas vendidos às empresas são muito vulneráveis e um prato cheio para os "cybers espiões". Muitas vezes, explicou, os mal intencionados não querem apenas ganhar dinheiro com a invasão às redes, mas ganhar reconhecimento e provar à comunidade a capacidade que ele tem de intromissão em qualquer sistema. - Realmente, estamos passando aos participantes da conferência uma informação delicada. Existe risco de alguém utilizar essas informações para o mal. Mas o nosso objetivo é pressionar os fabricantes a melhorar os softwares. Veja bem, uma pessoa que trabalha como esquadrão de bombas precisa saber como uma bomba é fabricada para desativá-la. A mesma coisa acontece com a gente. Precisamos saber como a invasão é feita nas redes para montarmos programas mais seguros - disse Montanaro, que em sua palestra falou sobre as falhas atuais de perícias técnicas em sistemas de informações. O conhecimento avançado dos palestrantes fez Willian Caprino participar da conferência. Para ele, que trabalha em uma grande empresa de cartões, é muito importante conhecer as técnicas de ataque às redes de computação. Como consultor de segurança de informação, ele afirmou que não se considera um hacker. - É uma forma de evitar ataques. Existem muitas ferramentas de proteção, mas nenhuma nos dá 100% de segurança. No mercado financeiro a segurança é primordial, mas nas outras categorias já não se pode dizer a mesma coisa. A segurança não pode estar nas mãos de pessoas mal informadas - disse Caprino. Waldemar Nehgme, também um dos organizadores do evento, disse que "a comunidade reunida em São Paulo nestes dois dias é de alto nível". Segundo ele, o objetivo é mostrar como se invade uma rede de computação para se proteger dos ataques. - Não há como se proteger sem saber como fazer o ataque. E os maiores problemas hoje não são porque os atacantes são de alto nível, mas porque os softwares são muito vulneráveis. A empresa contrata, geralmente, um administrador de rede que não conhece nada de segurança. Aliás, esse administrador de rede fica tão ocupado com os problemas do dia-a-dia da empresa que acaba não tendo tempo para se aprofundar nas investigações sobre segurança - disse Nehgme. Nehgme trabalha na Intruders Tiger Time Security, empresa que presta consultoria para o setor. Ele e sua equipe, de mais três pessoas, são contratados por empresas para fazer um ataque permitido à rede, para verificar o grau de vulnerabilidade do sistema. O serviço dura de 15 a 20 dias. Muitas vezes, o trabalho é feito sem que o administrador da rede da empresa que contratou o serviço saiba que os ataques estão ocorrendo, para testar a capacidade dos funcionários de combater a ação dos invasores. - Finalizado o trabalho, entregamos a empresa que nos contratou as senhas dos usuários que conseguimos descobrir e todas as informações sobre o programa. Assim, a empresa percebe onde o seu sistema está vulnerável e por onde deve combater os ataques. Existem muitas falhas nas regras apresentadas nos softwares. As empresas no Brasil, país considerado o celeiro de formação de hackers, não disponibilizam verba para a segurança. Por isso, os sistemas são falhos e há, por exemplo, insegurança no comércio pela internet - disse Nehgme. Nehgme explicou que os hackers acabam tendo mais experiência que os peritos contratados pelas empresas para descobrir falhas nos sistemas. Ele comentou que, muitas vezes, os hackers são autodidatas, não freqüentam escolas de computação e se tornaram conhecedores dos sistemas já pequenos. Uma boa parte dos participantes da conferência que está ocorrendo realmente parece bem jovem. - O que estamos discutindo aqui não se aprende na escola, na faculdade. A maioria dos hackers não é formada - afirmou Nehgme.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/plantao/189031293.asp

Grupo vê borda de buraco negro gigante

03/11/2005 - 09h29

SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo

É como se fosse uma viagem ao interior de um gigantesco buraco negro, surfando nas ondas de rádio. A jornada empolgante, conduzida remotamente pelo grupo de cientistas chineses encabeçado por Zhi-Qiang Shen, do Observatório Astronômico de Xangai, traz as evidências mais concretas até agora de que realmente existe um desses glutões cósmicos no centro da Via Láctea. Também foi possível com isso estimar seu tamanho com precisão."Nós amostramos uma zona do buraco negro supermaciço mais próxima do horizonte de eventos do que todas as pesquisas feitas antes", dizem os pesquisadores, num artigo publicado hoje na revista científica britânica "Nature" (www.nature.com).A tal amostragem na verdade se resumiu a obter leitura das ondas de rádio emitidas pelo suposto buraco negro, localizado na constelação de Sagitário e chamado carinhosamente pelos cientistas pelo apelido Sgr A*. O objeto em si deve ser, como diz o nome, negro, ou seja, incapaz de permitir que qualquer tipo de radiação escape dele --exceto talvez por pequenas emissões previstas pelo físico britânico Stephen Hawking, que seriam de todo modo indetectáveis a essa distância.Isso acontece porque um buraco negro é um objeto que entrou em colapso, ou seja, implodido até o extremo em razão de sua gravidade. Ao redor dele, forma-se uma região que marca o ponto de não-retorno --a área na qual nada pode escapar da atração gravitacional, nem mesmo a luz. Essa "fronteira" matemática é o chamado horizonte de eventos.Mas ainda assim os arredores externos dos buracos negros emitem fortes sinais, conforme a matéria prestes a ser tragada para dentro do horizonte de eventos se acelera absurdamente e emite radiação. São esses os sinais que os cientistas estão detectando.O buraco do buracoA expectativa é a de que, no futuro, seja possível justamente observar o "olho do buraco" --uma região de sombra indicando a presença de um horizonte de eventos. Seria a comprovação definitiva da existência dos buracos negros, que até agora só são tidos por verdadeiros pelo fato de que ninguém consegue imaginar um objeto alternativo a eles que pudesse exercer os mesmos efeitos gravitacionais observados.No caso do buraco negro supermaciço no centro da Via Láctea, por exemplo, estima-se, com base nas estrelas mais próximas que giram ao redor daquele ponto, que ele possua cerca de 4 milhões de vezes a massa do Sol. Uma explicação alternativa a um buraco negro ali seria imaginar um amontoado de estrelas de nêutrons reunidas naquela região, respondendo pela gravidade do conjunto.Acontece que isso é muito improvável. Com base no tamanho estimado para o objeto central, a estabilidade do sistema antes de se converter em buraco negro seria de apenas uns cem anos. Considerando que a Via Láctea tem uns 13 bilhões de anos, é difícil imaginar que se esteja por acaso observando justamente nesse período de um século.Segundo a estimativa dos cientistas, toda essa quantidade de matéria está reunida num volume com mais ou menos o diâmetro da órbita que a Terra descreve ao fazer sua eterna jornada ao redor do Sol -aproximadamente 300 milhões de quilômetros.Em termos do feito dos cientistas chineses, foi um belo resultado. Eles usaram um conjunto de radiotelescópios espalhado pelos Estados Unidos, chamado de VLBA (Conjunto de Base Muito Grande), para rastrear uma área equivalente uns oito minutos-luz de raio --nada mau para um objeto a uns 30 mil anos-luz de distância. Um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano, 9,5 trilhões de km. Um minuto-luz, pelo mesmo raciocínio, equivale a meros 19 milhões de km.Embora não tenha conseguido observar o "silêncio" do horizonte de eventos, o feito é tido pelos cientistas como prova quase cabal da existência do buraco negro supermaciço. Mas às vezes o mundo cósmico consegue ser mais criativo do que é possível imaginar. "Deveríamos nos resguardar contra a complacência: a natureza pode ter algumas surpresas para nós", alerta Christopher Reynolds, astrofísico da Universidade de Maryland que comentou o estudo chinês para a "Nature". "Será que a física convencional é inadequada e que, não sendo um buraco negro, é possível que haja objetos estáveis com massa enorme e compacta como Sgr A*?"A busca às respostas continua.

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u13936.shtml

Adolescente usa a internet para rastrear pai biológico

03/11/2005 - 16h06m
Globo Online

RIO - Um adolescente de 15 anos conseguiu descobrir a identidade de seu pai usando serviços da Internet. A mãe do rapaz havia o gerado usando esperma doado anonimamente, informou a 'NewScientist' em sua edição eletrônica desta quinta-feira. Os resultados podem levantar uma discussão sobre os problemas éticos e morais da doação feita a bancos de esperma. De acordo com a publicação, o adolescente passou um cotonete no interior da sua bochecha e enviou o material para um serviço online de teste de DNA. Ele conseguiu rastrear seu pai através do cromossomo Y, que é passado de pai para filho sem sofrer mudanças. A 'NewScientist' explica que o padrão de variantes de gene carregadas pelo cromossomo pode ajudar a identificar de que linha paterna um indivíduo descende e também estar associado ao sobrenome de um homem. O pai genético do garoto, que pagou US$ 289 ao "FamilyTreeDNA.com" pelo serviço, nunca havia enviado material para o site. No entanto, para realizar o rastreamento bastava apenas haver uma pessoa da mesma linhagem patena nos arquivos da empresa. Parte do acordo previsto pela firma era que o adolescente concordasse em deixar seu contato e informações genéticas disponíveis para outros clientes consultarem. Depois de nove meses de espera, o rapaz foi procurado por dois homens com cromossomos Y bem semelhantes ao dele. Eles não se conheciam, mas a semelhança genética entre eles indicava que os três provavelmente tinham algum parente em comum. Além disso, os dois homens tinham o mesmo sobrenome, apenas escrito de forma diferente. Esse detalhe permitiu que o adolescente desse início a sua busca. Apesar de seu pai genético ter sido um doador anônimo, a mãe do rapaz havia sido informada sobre a data, local de nascimento e graduação do homem. Usando outro serviço online, da empresa Omnitrace.com, o adolescente de 15 anos comprou um pacote com o nome de todas as pessoas que nasceram no mesmo lugar e no mesmo dia que seu pai genético. Apenas um homem tinha o nome que ele procurava e, em dez dias, o adolescente fez contato. A façanha do menino pode ser tornar um grande problema para todos os homens que já doaram esperma. Segundo a 'NewScientist', em geral os doadores são universitário que fazem a doação em troca de dinheiro. Muitos não informaram a suas atuais esposas sobre o ato e podem se ver procurados por vários 'filhos'.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/ciencia/189030339.asp

Traficantes covardes

04/11/2005 - 04h27m
Ataque de traficantes contra microônibus mata passageira e fere sete em Senador Camará
Jorge Martins - O Globo

RIO - Um microônibus da linha 870 (Bangu-Sepetiba) da Viação Oeste foi atacado a tiros de fuzil por traficantes da Favela do Rebu na Avenida Santa Cruz, em Senador Camará, por volta das 22h30m desta quinta-feira. Uma pessoa morreu e sete ficaram feridas. Os passageiros desesperados pediram ao motorista Sérgio Gonçalves de Oliveira, de 26 anos, que aumentasse a velocidade para se afastar do local. O motorista seguiu com o microônibus para o Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, com os baleados. A passageira Janaína Santos de Jesus, de 26 anos, que estava com um filho de 10 anos e outro de 7, foi atingida na cabeça e morreu. Os passageiros Leandro Gomes Soares da Costa, de 16 anos, e Wellington Oliveira do Carmo, de 19 anos, foram feridos por tiros de raspão na cabeça. O soldado do Exército Nei Gonçalves Henrique Junior, de 39 anos, foi baleado no braço esquerdo. Sérgio Roberto da Silva levou tiros de raspão na cabeça, no ombro esquerdo, braços e perna. Aparecida Santoro dos Santos, de 22 anos, foi atingida no antebraço direito. Carlos Alessandra da Silva, de 25 anos, foi baleado nas costas e seu estado é grave. Josafá de Barros Serra, de 47 anos, também foi ferido nas costas. Os policiais disseram que há uma guerra entre traficantes das favelas da Vila Kennedy e do Rebu, desencadeada há cerca de um mês e outras pessoas já foram baleadas por ataques de bandidos. Os traficantes que atacaram o ônibus agiram simplesmente por maldade. As janelas do microônibus foram estilhaçadas e a lataria foi furada. O motorista, apesar de não ter sido atingido, sofreu uma crise nervosa e teve de ser medicado. O atentado será investigado por policiais da delegacia de Bangu.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/plantao/189042496.asp

Igreja Universal recusa acordo para compensar demolição de casarões em BH

03/11/2005 - 22h49m
Globo Minas

BELO HORIZONTE - A Igreja Universal do Reino de Deus não aceitou o acordo proposto pelo Ministério Público Estadual para compensar a demolição irregular de quatro casarões em processo de tombamento, no bairro de Lourdes, região centro-sul de Belo Horizonte. As promotoras Marta Alves Larcher e Maria Elmira do Amaral Dick propuseram que a igreja construísse 50 casas populares no valor de R$ 15 mil cada. Segundo o Ministério Público, a Igreja Universal alegou que não tem interesse nesse tipo acordo. Diante disso, o MP decidiu manter o processo contra a igreja que, se for condenada, pode ser obrigada a pagar uma multa de R$ 10 milhões. Nenhum representante da Igreja Universal do Reino de Deus foi encontrado para falar sobre o assunto.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/plantao/189041230.asp

CPI diz que BB antecipou R$ 10 milhões à DNA, que foram parar no valerioduto

03/11/2005 - 21h05m
Adriana Vasconcelos - O Globo

BRASÍLIA - A CPI dos Correios chegou à conclusão de que R$ 10 milhões destinados pelo Banco do Brasil à publicidade da Visanet, empresa da qual o BB tem 33% do capital, foram parar no valerioduto. O relator e o sub-relator da CPI, os deputados Osmar Serraglio (PMDB-PR) e Eduardo Paes (PSDB-RJ), afirmam ter documentos que comprovam que o BB adiantou os recursos à agência de publicidade DNA, que tinha a conta do Visanet, e que este dinheiro foi depositado inicialmente numa conta da agência no BB. Dias depois foi transferido para o BMG e em seguida teria sido repassado por Marcos Valério ao PT em forma de empréstimos. Os recursos se referem à parte destinada ao BB na verba de publicidade da Visanet e a CPI concluiu que não há comprovação de prestação de serviço pela agência. A CPI diz que uma nota técnica do BB comprova o pagamento antecipado feito pela Visanet à DNA no dia 12 de março de 2004. No dia 15, a DNA aplicou o dinheiro num fundo do BB, transferido no dia 22 para o BMG. Quatro dias depois, o BMG concedeu empréstimo a Rogério Lanza Tolentino e Associados Ltda, no valor de R$ 10 milhões, tendo como garantia o aval de Valério, do próprio Tolentino e de uma aplicação financeira em nome da DNA no BMG. Esse empréstimo de R$ 10 milhões consta na relação de Valério como sendo dinheiro que a DNA tomou emprestado para o PT, o que comprovaria o desvio do dinheiro adiantado pelo BB. Segundo a CPI, o BB reconhece o repasse do dinheiro e inclusive já está cobrando da DNA R$ 9 milhões que teriam sido antecipados à agência em 2004 por serviços não prestados. O comando da CPI afirma que essa cobrança só aconteceu no dia 25 de outubro deste ano, dez dias atrás. Ou seja, o dinheiro foi liberado para um serviço que na verdade não foi oferecido pela agência de publicidade. Por isso, a CPI pretende convocar vários dirigentes do BB que assinaram a nota, como Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing, Douglas Macedo, gerente-executivo, Leonardo Batista, gerente de divisão, além do gerente-executivo Cláudio de Castro Vanconcelos e Fernando Barbosa de Oliveira. - Está comprovado que R$ 10 milhões de dinheiro público foram parar no valerioduto. Isso é dinheiro público colocado na mão de um partido - disse Eduardo Paes. A CPI também suspeita de uma operação semelhante envolvendo a Visanet em 2003, mas os integrantes da comissão ainda não conseguiram as provas. Segundo eles, no dia 19 de abril de 2003 a Visanet antecipou, por meio do Banco do Brasil, R$ 23,3 milhões para a DNA em publicidade. No dia seguinte o dinheiro foi aplicado no BB e, cinco dias depois, a SMP&B tomou um empréstimo de R$ 19 milhões no Banco Rural. A CPI ainda não tem a comprovação de que o dinheiro foi transferido para o Rural, mas afirma que dias depois Valério tomou um empréstimo de R$ 19 milhões no Rural, que consta na relação do empresário como emprestado ao PT. Serraglio afirma que foram verificados vários crimes, como peculato, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e prevaricação e acredita que todos os responsáveis diretos pela operação deverão ser incriminados civil, criminal e administrativamente. O desvio de dinheiro da Visanet, segundo Serraglio, teria sido uma das principais fontes do suposto mensalão, que seria pago a parlamentares da base aliada. A descoberta desmonta versão dos empréstimos feitos pelo PT. Em nota divulgada na noite desta quinta, o Banco do Brasil confirma que a DNA não prestou os serviços correspondentes a R$ 9,1 milhões pagos antecipadamente pelo banco para promover os cartões Visanet, o que levou o BB a impetrar uma ação judicial contra a agência no dia 25 de outubro. Na nota, o BB diz que desde setembro de 2004 não fez mais depósitos antecipados para a agência, passando a só fazer o repasse do dinheiro a partir da efetiva comprovação dos serviços. Na nota, o BB diz que foram repassados R$ 58,3 milhões à DNA, dos quais apenas R$ 49,2 milhões foram aplicados em ações de marketing, ficando os restantes sem a devida prestação de serviços. O BB diz que as transferências feitas à DNA, cujo contrato foi rescindido em 15 de julho deste ano, depois que veio a público o escândalo envolvendo o PT e o valerioduto, foram realizadas exclusivamente como pagamento por serviços de marketing e que o banco "não compactua e condena eventuais desvios que possam ter ocorrido na destinação desses recursos". O BB informa ainda que está sendo realizada uma auditoria interna na área de marketing e propaganda da empresa.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/pais/189029921.asp

Carequinha recebe visita dos Doutores da Alegria

03/11/2005 - 10h41m
Cristiane de Cássia -
O Globo

RIO - O intérprete do palhaço Carequinha, George Savalla Gomes, de 90 anos, vai receber a visita dos Doutores da Alegria, nesta quinta-feira. Ele está internado no Hospital de Clínicas de São Gonçalo desde o dia 12 de outubro devido a pneumonia e desidratação. Com a melhora em seu quadro clínico, Carequinha foi transferido do CTI para um quarto na noite de terça-feira. A família acredita que ele deve receber alta no fim de semana. O palhaço já faz planos e pretende fazer um show no hospital no próximo dia 25.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/plantao/189026614.asp

Itália 'avisou EUA que dossiê sobre Iraque era falso'

O serviço secreto italiano, o SISMI, alertou o governo americano em janeiro de 2003 que as alegações de que o Iraque estava tentando comprar minério de urânio do Níger para construir armas nucleares era falsa.


A informação constava do dossiê usado pela Casa Branca para justificar a invasão do Iraque dois meses depois.
O anúncio foi feito pelo senador Massimo Brutti depois de um encontro com o chefe do serviço secreto italiano, general Nicolo Pollari, nesta quinta-feira.
Pollari disse, segundo o senador, que os italianos tiveram acesso ao dossiê e comentaram com os americanos que a informação era falsa.
A informação teria sido passada para o serviço secreto americano por um ex-informante do SISMI chamado Rocco Martino, mas o serviço secreto italiano não teria tido nenhum papel em disseminar a informação, segundo Pollari.
O chefe do serviço secreto comunicou o ocorrido aos parlamentares depois que, na semana passada, o diário La Republica acusou o governo de ter fornecido informações falsas para que o presidente americano, George W. Bush, justificasse a invasão.
Um dos principais argumentos para a guerra era que Saddam Hussein tinha capacidade de produzir armas de destruição em massa.
A alegação de que o Iraque tentou comprar urânio do Níger também está no centro de uma escândalo envolvendo a CIA nos Estados Unidos.

Fonte:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2005/11/051103_italiaba.shtml

França tem 8ª noite de violência; 400 carros são incendiados

Cerca de 400 carros foram incendiados na oitava noite consecutiva da onda de violência nos subúrbios de Paris.

A polícia alertou que os distúrbios começaram a se alastrar para outras regiões da França.
Desafiando o reforço das forças de segurança em Seine-Saint-Denis, subúrbio habitado por imigrantes pobres onde os distúrbios começaram, grupos de jovens novamente saíram às ruas atacando policiais com tijolos, garrafas e coquetéis molotov.
Bombeiros tentavam conter o incêndio em um armazém de tapetes no início desta sexta-feira em Aulnay-sous-Bois, em Seine-Saint-Denis, onde aproximadamente 1,3 mil policiais foram posicionados para controlar os protestos.
No oeste de Paris, 27 ônibus explodiram depois que o fogo ateado pelos manifestantes se espalhou em uma garagem por volta das 5 horas da madrugada desta sexta-feira.
À medida que a manhã se aproximava, a situação estava ficando mais calma, disse um porta-voz da polícia.
Alastrando-se além de Paris
Pela primeira vez desde que os protestos iniciaram, houve sinais esporádicos de que a revolta em Paris está servindo de exemplo para ações parecidas em outras regiões da França.
Vários carros foram atacados nesta última noite em Dijon, no leste da França, em Seine-Maritime, no oeste, e Bouches-du-Rhone, no sul do país.
A revolta começou na quinta-feira da semana passada depois que os adolescentes Bouna Traore, de 15 anos, e Zyed Benna, de 17 anos, filhos de imigrantes, morreram eletrocutados por acidente em uma estação de energia quando, segundo testemunhas, fugiam da polícia.
As autoridades negam que agentes policiais estivessem perseguindo os dois no momento do acidente.
Desde então, os confrontos entre jovens dos subúrbios pobres e a polícia vêm ganhando terreno a cada noite, expondo o que os analistas têm rotulado como um óbvio fracasso de sucessivos governos em lidar com os problemas sociais dos subúrbios pobres e habitados majoritariamente por imigrantes afrianos vindos das ex-colônias da França na África.

Fonte:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2005/11/051104_paris400carrosjag.shtml

Google lança biblioteca virtual na internet

O site de busca Google lançou, nesta quinta-feira, uma biblioteca online com obras da literatura e história americana do século 19, o Google Print.

Os planos de lançar a biblioteca virtual foram anunciados há um ano, mas tiveram que ser suspensos por uma questão legal.
A associação americana de escritores e cinco editoras entraram com uma ação judicial para impedir que o Google escaneasse obras protegidas por direitos autorais sem a permissão explícita dos detentores desses direitos.
O site seguiu em frente com o projeto, publicando apenas livros de domínio público ou cujos direitos foram cedidos pelos detentores.
As obras cedidas pelas universidades de Oxford, Michigan, Harvard e Stanford e pela Biblioteca Pública de Nova York foram escaneadas e estarão disponíveis em buscas. As imagens e as páginas também poderão ser salvas.
"Hoje nós damos ao mundo as boas-vindas à nossa biblioteca", disse Mary Sue Coleman, presidente da Universidade de Michigan.
O site afirmou que, no futuro, espera publicar um número muito maior de títulos.
Além dos processos judiciais, o Google também vai enfrentar a competição de um projeto para escanear livros, criado pela Aliança de Conteúdo Aberto (Open Content Alliance), que conta com a Microsoft, Yahoo! e Internet Archive, entre outros aliados.Os livros podem ser acessados pelo endereço: http://print.google.com

Fonte:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/cultura/story/2005/11/051103_googlebooksba.shtml

Cientistas detectam brilho das primeiras estrelas


Paul Rincon

Os astrônomos detectaram o fraco brilho da primeira estrela que se formou no universo, segundo artigo da revista científica Nature.

O mais antigo grupo de estrelas, chamado de População 3, foi provavelmente formado de gás primordial cerca de 200 milhões de anos depois do Big Bang.
Estes objetos não podem ser detectados por nenhum telescópio em uso ou em projeto atualmente.
Os cientistas da Nasa (a agência espacial americana) detectaram as estrelas a partir do sinal deixado no brilho geral da radiação infra-vermelha dispersada pelo universo.
Este brilho, que é composto de radiação de estrelas do passado e do presente, é conhecido como Fundo Infra-Vermelho Cósmico (CIB na sigla em inglês).
As observações usadas no último estudo foram feitas pela Câmera de Ordenação Infra-Vermelha (Irac, na sigla em inglês) do telescópio espacial Spitzer.
Os resultados apresentam a primeira prova para uma pausa existente na chamada Era da Escuridão cósmica.
O termo, criado pelo astrônomo britânico Martin Rees, se refere ao período na história do universo quando átomos de hidrogênio e hélio já tinham sido formados, mas não tinham tido a chance de se condensar formando as estrelas.
Energia
As primeiras estrelas depois da Era da Escuridão foram, provavelmente, compostas por hidrogênio, hélio e um pouco de lítio.
Depois de se inflamarem e começarem a brilhar, a existência delas teria sido intensa e curta, queimando todo o hidrogênio em apenas poucos milhões de anos.
A energia irradiada pelo grupo População 3 deve ter contribuído para o CIB. O problema para os pesquisadores é que estrelas bem mais jovens também contribuíram neste processo.
Para isolar um sinal das estrelas mais antigas, Alexander Kashlinksky e seus colegas no Centro de Vôo Espacial Goddard da Nasa, em Maryland, Estados Unidos, removeram cuidadosamente as contribuições de outras estrelas e galáxias do CIB.
"Levou um ano para remover o sinal de forma precisa e para nos convencermos de que havia algo que não poderia ser explicado", disse.
Os pesquisadores descobriram que a contribuição total das galáxias vizinhas é pequena se comparada com o sinal residual que os estudiosos relacionaram às estrelas primordiais.
Estrelas grandes
Para deixar este sinal, as estrelas primordiais devem ter sido grandes, com um peso equivalente a várias vezes a massa do sol, segundo Kashlinsky.
"Parece que as primeiras estrelas eram bem diferentes daquelas que vemos hoje. Eram imensas fornalhas termonucleares, eram poucas e havia muito espaço entre elas, mas elas queimavam de forma intensa porque tinham muita massa", disse.
A distribuição da luz infra-vermelha cósmica sugere que estas estrelas estavam agrupadas, o que pode ser explicado, em parte, se estas estrelas foram ativas por um curto espaço de tempo, apenas alguns milhões de anos.
Acredita-se que estas estrelas antigas fabricaram os metais que se transformariam em parte importante para as populações mais jovens de estrelas.
Entretanto, outros pesquisadores afirmam que a análise poderia ter perdido, por exemplo, galáxias vizinhas com pouca luminosidade.
Richard Ellis, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), em Pasadena, disse que "mesmo uma pequena falha na remoção destes sinais de fundo pode levar a um resultado artificial".

Fonte:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2005/11/051103_estrelacc.shtml

Sony é acusada de usar técnicas de hackers


Mark Ward

Arquivos seriam instalados no sistema Windows do computador
A divisão musical da Sony foi acusada de usar táticas de hackers para evitar que seus CDs sejam pirateados.


Um dos sistemas de proteção analisados pelo técnico de computador Mark Russinovich usa arquivos disfarçados que se escondem no sistema Windows.
A operação para a retirada do programa da Sony é extremamente difícil, e o processo levou Russinovich a afirmar que os esforços da Sony para evitar a pirataria "tinham ido longe demais".
Em resposta à crítica, a Sony BMG disse que iria providenciar ferramentas para usuários e empresas de segurança que iriam revelar os arquivos escondidos.
Parecidos com vírus
Russinovich, um famoso especialista em programação do sistema Windows, encontrou o "sistema antipirataria" da Sony-BMG quando realizou o mapeamento de seu computador com um programa utilitário, que ele ajudou a criar e que encontra os chamados rootkits.
Os rootkits começaram a ser usados por alguns criadores de vírus de computador porque eles permitem que códigos malignos sejam inseridos no sistema Windows, significando que eles não serão encontrados pela maioria dos programas antivírus.
Depois de muita análise, Russinovich percebeu que o programa "disfarçado" tinha sido instalado quando ele ouviu pela primeira vez o álbum Get Right With the Man, da banda Van Zant.
Apesar de parecer um vírus, Russinovich descobriu que os arquivos escondidos tinham vindo de um sistema contra cópias, conhecido como Proteção Contra Cópias Estendidas (XCP na sigla em inglês).
Cerca de 20 títulos teriam usado este sistema e, em maio de 2005, a Sony afirmou que mais de 2 milhões de CDs com esta tecnologia tinham sido colocados no mercado. O XCP é apenas um dos vários sistemas que a Sony está experimentando.
O XCP permite que sejam feitas apenas três cópias do álbum, e os arquivos escondidos ficam escondidos ao lado do programa de mídia.
Russinovich teve dificuldades para retirar estes arquivos escondidos de seu computador e também não conseguiu tocar CDs por algum tempo.
No blog
Escrevendo a respeito do assunto em seu blog, Russinovich disse que o acordo de autorização que ele aceitou quando ouviu o CD pela primeira vez não mencionava o fato de que ele não poderia retirar o programa ou as mudanças que este programa fez em seu computador.
Russinovich teme que os usuários de computador mais cuidadosos, que querem manter seus computadores livres de vírus, podem tropeçar nos arquivos escondidos XCP, apagá-los e, sem querer, criar defeitos em seus aparelhos.
Mikko Hypponen, chefe de pesquisa da companhia de segurança finlandesa F-Secure, também está preocupado desde que encontrou o XCP pela primeira vez em setembro.
"Tememos encontrar um novo vírus criado por alguém que usou o fato de que o XCP está sendo rodado em dezenas de milhares de computadores no mundo todo. O rootkit pode esconder este vírus de qualquer programa antivírus que existe", disse.
Mathew Gilliat-Smith, presidente-executivo da empresa britânica que inventou o XCP, a First 4, disse que seu programa usa técnicas populares entre outros programas e que os usuários foram avisados que o programa continha proteção contra cópias.
Gilliat-Smith afirmou que o debate gerado por Russinovich levou a Sony BMG a liberar informação para ajudar as companhias que fabricam o antivírus a encontrar os arquivos escondidos do XCP.
Um porta-voz da Sony BMG disse que o acordo de autorização de uso era explícito quanto ao que estava sendo instalado e como remover os arquivos.

Fonte:

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2005/11/051103_sonycdfn.shtml

Lasanha manda 70 policiais argentinos para o hospital

Pelo menos 70 policiais argentinos que estão participando da grande operação de segurança montada em Mar Del Plata para a 4ª Cúpula das Américas foram parar no hospital devido a intoxicação alimentar causada por uma lasanha.

Todos eles comeram lasanha em um hotel da cidade.
Depois de serem levados para o hospital, os policiais atingidos precisaram de uma folga para se recuperar.
O ministro do Interior argentino, Anibal Fernandez, exigiu o aperfeiçoamento no monitoramento da segurança alimentar da cúpula.
Fernandez afirmou que equipes médicas vão fiscalizar os padrões de segurança alimentar em todos os hotéis de Mar Del Plata durante o evento.
Fernandez também sugeriu que a água consumida pelos policiais poderia ser a causa da infecção.
O governo argentino enviou oito mil policiais e soldados para cuidar da segurança Mar Del Plata durante a cúpula, para proteger os líderes presentes.

Fonte:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2005/11/051103_argentinapolicefn.shtml

Profeta, a contragosto Livro: McLuhan por McLuhan

Autor: Stephanie McLuhan e David Staines “Profeta, a contragosto”
Por Pedro Paulo Rezende.

Publicado originalmente no jornal Correio Braziliense, em 15/10/2005.


O canadense Herbert Marshall McLuhan (1911-1980) se transformou em ícone pop no início da década de 60, quando suas colocações sobre o impacto da era eletrônica na sociedade ganharam destaque nos meios acadêmicos e intelectuais norte-americanos e europeus. Esse impacto ocorreu no Brasil um pouco mais tarde. Em 1969, Décio Pignatari traduziu Os meios de comunicação como extensões do homem, obra que marcou definitivamente o ensino de Comunicação Social no país. McLuhan alertava para a crescente velocidade de circulação da informação e como esse fenômeno afetava o cotidiano, diminuindo distâncias e quebrando paradigmas e barreiras hierárquicas nos grande conglomerados econômicos e na sociedade em geral. Para ele, algumas conseqüências eram inevitáveis: o surgimento de uma aldeia global, onde a comunicação escrita daria lugar a uma nova forma de tradição oral, difundida pelos meios eletrônicos de massa, como o rádio e a televisão e, até mesmo, uma rede mundial de computadores. Também antecipou o surgimento da informação como bem mais precioso, em substituição aos bens de consumo. Na época, McLuhan passou a ser visto como um profeta, rótulo que rejeitava - ele afirmava que fazia "previsões de coisas que já tinham acontecido". Apesar de antecipar boa parte dos cenários que presenciamos hoje, época marcada pelo noticiário em tempo real e pelas redes de convivência na Internet, esse ideário perdeu boa parte de sua influência na década de 80. Em boa parte, pela atitude de McLuhan, que fazia de tudo para passar a impressão de que não levava suas idéias a sério. Ele chegou a interpretar ele mesmo numa ponta de Annie Hall, filme de Woody Allen, rodado em 1977 - distribuído no Brasil sob o título Noivo Neurótico, Noiva Nervosa. Suas últimas obras, inclusive O meio é a mensagem, editado no Brasil em 1972, também mostravam uma maior preocupação com a forma do que com o conteúdo. Para facilitar a difusão de suas idéias usavam uma linguagem que se apropriava de grafismos publicitários, mas que se afastava de cânones acadêmicos. Aos poucos, os meios intelectuais se distanciaram do ideário mcluhiano. Hoje, apenas uma de suas obras - Os meios de comunicação como extensões do homem, editada pela Cultrix em 1996 - está disponível. Por isso McLuhan por McLuhan , lançado pela Ediouro, é uma obra necessária. Principalmente, por permitir conhecer a profundidade real das teses e métodos que forjaram a idéia da aldeia global, mais atual que nunca. UM FILÓSOFO Reunindo transcrições de entrevistas e conferências do pensador canadense, a primeira delas feita em 1960, Mcluhan por McLuhan mostra uma visão claramente filosófica dos fenômenos da era eletrônica. Suas conferências não partem de um approach científico, recheado de números, pesquisas e questionários tabulados. As idéias surgem a partir de um método socrático de observação e questionamento do cotidiano, contrariando os teóricos universitários que tentam inseri-Ias dentro de uma inexistente ciência da comunicação. Isso não invalida a maior parte do ideário mcluhiano, apenas comprova a validade do método filosófico na observação de fenômenos sociais e na criação de conhecimento. A brilhante introdução de Tom Wolfe destaca esse ponto consegue abrir janelas sobre áreas nunca exploradas da obra de um dos principais pensadores do século 20. Uma delas é a proximidade da idéia de aldeia global com a noosfera proposta pelo padre jesuíta, geólogo e paleontólogo Pierre Teilhard de Chardin (1881-1955). Defensor do darwinismo, Chardin tentou construir uma ponte entre a ciência e a teologia. A partir de suas constatações sobre o processo de evolução animal, estabeleceu uma visão cósmica de Cristo, onde o universo e todos os seres que nele habitam eram parte íntegra e inseparável de Deus. A humanidade caminharia para uma civilização única, onde cada ser estaria ligado como parte sistêmica de um processo globalizado, o que batizou de noosfera. Os meio eletrônicos de comunicação seriam parte intrínseca da evolução do sistema nervoso humano e teriam parte importante na criação de uma cultura única mundial, como podemos ver, algo muito próximo da aldeia global mcluhiana. Condenado ao silêncio pela doutrina católica, Chardin lecionou na Faculdade Católica de Saint Michael, da Universidade de Toronto, onde suas idéias circulavam em panfletos mimeografados. Coincidência ou não, McLuhan fez parte do corpo docente da instituição. Apesar disso, nunca fez qualquer comentário público sobre a influência chardiniana em seu traba1ho, apesar admiti-la em privado. Wolfe atribui essa omissão ao fato do pensador canadense ser católico converso. "Mc Luhan era fascinado por Chardin, mas este representava um problema', garante Wolfe. "Mesmo depois de sua morte ele permaneceu fora dos limites da teologia católica, e McLuhan levava sua fé muito a sério, principalmente por ser um ex-protestante convertido que ensinava numa importante instituição católica.” PROBLEMAS DE TRADUÇÃO Dentro da visão de McLuhan, existem meios de comunicação frios e quentes. Os meios frios, como a televisão, fornecem a informação sem que haja uma abertura à imaginação humana. O problema está em traduzir esse conceito em situações onde ele se confunde com expressões idiomáticas do inglês, onde cool (frio) pode ser lido como “legal”. Isso fica visível num dos momentos mais interessantes da obra, no capítulo “O que a televisão tem de melhor”, quando o filósofo, ao ser entrevistado no programa Tomorrow Show, da NBC, analisa o debate sucessório da campanha eleitoral de 1976 nos Estados Unidos, quando concorreram o democrata Jimmy Carter e o republicano Geral Ford, que tentava se eleger depois de assumir a presidência norte-americana graças à renúncia de Richard Nixon. O início da transcrição da entrevista é absolutamente incompreensível, em virtude dos trocadilhos entre a expressão idiomática e os conceitos mcluhianos. Ajudaria, numa segunda edição, que se mantivesse parte do diálogo original ao pé da página. Voltando à questão da aldeia global, para McLuhan, a sua existência não seria um antídoto à violência. Pelo contrário. As sociedades tribais primam pela crueldade, inclusive ritual, como parte do processo de afirmação do grupo abre o indivíduo. Assim, o aumento da velocidade de circulação da informação terminaria por gerar conflitos, que tenderiam a ser mais contundentes. Isso é colocado em diversos pontos da obra, como um dos pontos positivos e negativos do processo de globalização. A precisão de suas previsões, nesse caso específico, é assustadora. Chegou a antecipar questão étnica como a causa mais provável de choques armados, exatamente como ocorreu no processo de fragmentação da Iugoslávia e em Ruanda, onde a maioria hutu massacrou 800 mil tutsis. Outro ponto onde as previsões de McLuhan se consolidaram está na forma como as novas gerações seriam influenciadas por sua interação com os meios de comunicação de massa. Ele alertava para uma modificação radical no sistema nervoso, que permitiria um novo tipo de ligação entre o homem e a máquina, acelerando ainda mais o processo de velocidade da informação. Lembrava que algo semelhante ocorrera no passado, com o surgimento da escrita e da imprensa, com sérios reflexos na sociedade e na economia. Mas o profeta também errou, Apesar de antecipar a formação de uma rede mundial de computadores, ele também defendia a tese de que, com a disseminação dos meios eletrônicos de comunicação, a linguagem verbal terminaria por suplantar - não eliminar, como alguns teóricos de comunicação social afirmam - a escrita. Nesse ponto, suas previsões falharam. A internet consolidou o texto, mesmo que revestido de uma forma própria distante do vernáculo. Mas é apenas um detalhe numa galáxia fascinante de acertos. Fica até difícil aceitar que McLuhan fosse mesmo "um profeta de coisas que já tinham acontecido", como gostava de se definir.

Autor: Stephanie McLuhan e David Staines

03 novembro, 2005

ESCRITOR CANADENSE CARL HONORÉ PARTICIPA DO SEMPRE UM PAPO EM BH

O Sempre Um Papo traz a Belo Horizonte mais um convidado internacional. O canadense Carl Honoré participa do debate e lançamento do livro “Devagar – Como um movimento social está desafiando o culto da velocidade” (Ed. Record). Dia 17 de novembro, quinta-feira, às 19h30, no Teatro da Biblioteca Pública Estadual Luis de Bessa, na Praça da Liberdade.
A entrada é franca, numa realização conjunta da Cemig, Jornal Estado de Minas e AB Comunicação e apoio da Usiminas, Rádio Guarani, Hotel Mercure e Asa Comunicação. Informações: 3261-1501 e sempreumpapo.com.br
Para ganhar tempo, Carl Honoré resolveu ler historinhas de um minuto de duração para seu filho de dois anos antes de dormir. Quando se deu conta do absurdo da situação, o jornalista caiu na real. A velocidade havia se tornado um verdadeiro vício cultural que, longe de melhorar sua vida, estava eliminando os prazeres do cotidiano que fazem com que tudo valha a pena. Mais do que nunca, ficou claro que vivemos em plena era da velocidade. Existe um esforço conjunto para sermos mais eficientes, para preencher cada minuto, cada hora, cada dia.
Honoré mostra que a cultura da velocidade teve início durante a Revolução Industrial, foi impulsionada pela urbanização e cresceu desenfreadamente com os avanços da tecnologia no século XX. Com o mundo em plena atividade, o culto à velocidade nos impeliu ao colapso. Vivendo no limite da exaustão, estamos sendo constantemente lembrados por nossos corpos e mentes que o ritmo da vida está girando fora de controle. Em DEVAGAR, Carl Honoré apresenta ao leitor uma nova e silenciosa revolução.
O livro traça a história de nossa intensa relação de pressa com o tempo, e atrela as conseqüências e charadas de viver nesta cultura acelerada, criação nossa. Por que estamos sempre com pressa? Qual a cura para a falta de tempo? É possível, ou até mesmo desejável, desacelerar? Percebendo o preço que pagamos pela velocidade implacável, as pessoas em todo o mundo estão reivindicando o tempo delas e desacelerando o passo — vivendo mais felizes e, conseqüentemente, de forma mais produtiva e saudável. Uma revolução Devagar está acontecendo.
Mas não espere encontrar apelos ludistas para arruinar a tecnologia e buscar a utopia pré-industrial. Trata-se de uma revolução moderna, desafiada pelo uso do celular e e-mails dos amantes da sanidade. A filosofia Devagar pode ser resumida em uma única palavra: equilíbrio. As pessoas estão descobrindo energia e eficiência onde você menos espera — no desacelerar.
No livro, o autor aborda ainda outras vertentes da revolução Devagar, como a prática do sexo tântrico, o uso complementar de medicina alternativa, novas tendências do urbanismo etc. Apesar de não existir um crédito único, Carl Honoré considera Carol Petrini um dos pais da revolução Devagar. Petrini é um chef italiano criador da tendência slow food, na Itália, movimento que prega a utilização de ingredientes frescos nos pratos, que tenham crescido seguindo normas agrícolas de desenvolvimento sustentável e que sejam consumidos com tranqüilidade e em boa companhia.
Nesta investigação engajada e divertida, o laureado jornalista e ex-viciado em velocidade Carl Honoré disseca nosso perene caso de amor com a eficiência e a rapidez em uma perfeita mistura de reportagem anedótica, história e questionamento intelectual. Este é o primeiro olhar abrangente sobre o disseminado movimento Devagar, que está abrindo caminhos em diversas frentes: escritórios, fábricas, vizinhanças, cozinhas, hospitais, salas de concerto, quartos, academias e escolas. Definindo um movimento cujo momento finalmente chegou, este vigoroso manifesto fará com que você repense inteiramente sua relação com o tempo.
Carl Honoré nasceu em Edimburgo, Escócia, em 1967, e sua família emigrou para o Canadá em 1968. Voltou ao Reino Unido, e formou-se em História e Italiano, na Universidade de Edimburgo. Morou em Pacoti, no Ceará (1997-1998), como participante do programa de intercâmbio Canadá World Youth, e em Fortaleza (1990) atuando na ONG Terre des Hommes. Trabalhou para jornais britânicos e canadenses, antes de se estabelecer como correspondente em Buenos Aires (1993-1996) colaborando para The Economist, The Observer, Miami Herald. Baseado em Londres (1996-2001) foi correspondente do jornal canadense National Post e do Houston Chronicle. Publicou Devagar em 2002. Ex-viciado em velocidade e rapidez, Honoré desacelerou: escreve e dedica-se a divulgar a filosofia do Slow movement pelo mundo. Casado com uma jornalista inglesa, mora em Londres, e tem dois filhos.
“Um hino ao prazer de deixar tudo acontecer em seu próprio tempo (...) bem feito e persuasivo.”
— The Guardian, Will Hutton
“Leitura essencial.”
— The Observer
“Devagar mostra-nos vários métodos para nos livrar do que Baudelaire denunciou como ‘a terrível fogueira do tempo’, a nos libertar das ilusões de que não temos escolha.” —— — Washington Post
“Divertido (...) Um guia acessível e inteligente com uma mistura de dados históricos e fatos contemporâneos.”
— The Economist
“Um manifesto inteligente que subverte a idéia da rapidez como um bem absoluto (...) Muito mais que um hino à vagarosidade, um guia com dicas e ferramentas para revisar nossa maneira de viver.”
— La Reppublica
“O Sem logo de seu tempo (...) Cativante, uma epifania para aqueles que esqueceram como aguardar as coisas ou como aproveitar o momento quando chega a hora certa.”
— The Herald
“Uma idéia excelente.”
— Sunday Times

Fonte:
http://www.sempreumpapo.com.br/ em 03/11/2005 às 16:39 hs

Jornal católico italiano mostra nádegas

03/11/2005 - 11h45m
Semanário católico italiano cria polêmica ao mostrar mulher nua
Reuters
MILÃO - A importante publicação católica italiana "Famiglia Cristiana" mergulhou em uma enorme polêmica nesta quinta-feira, ao publicar a sua primeira foto de uma mulher nua, em um anúncio de um sistema de ventilação de banheiros. A foto - casta, para os padrões dos programas de TV e das capas de outras revistas da Itália - mostra apenas as nádegas de uma mulher, fotografadas através da porta de um box embaçado. Mas isso bastou para que a "Famiglia Cristiana", tradicionalmente a publicação mais popular entre as famílias italianas, virasse manchete em outros veículos de imprensa. "Não há mudança de posição nem da nossa linha. É só um perfil feminino por trás de uma janela embaçada e suja - disse o diretor da publicação, Antonio Sciortino, à edição desta quinta-feira do jornal "Corriere della Sera". "Vimos o anúncio e o aprovamos. Ele parecia um pouquinho no limite, mas não o suficiente para provocar uma forte consternação. Contamos com a maturidade dos nossos leitores", acrescentou. A "Famiglia Cristiana" já enfrentou a indignação dos seus leitores ao publicar o seu primeiro anúncio de roupas íntimas e, posteriormente, a publicidade de uma água mineral na qual aparecia uma criança nua. Em 1996, os leitores da revista - que se dedica a reportagens sobre temas da atualidade, culinária, viagens e conselhos religiosos - protestaram contra a publicação de fotos de trajes de banho excessivamente cavados. A revista também foi criticada pelo Vaticano por publicar cartas sobre a moral sexual.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/plantao/189026758.asp

Em casa de jornalista, o espeto é de pau!

03/11/2005 - 11h21m
Editora de jornal londrino é detida por suposta agressão ao marido
Reuters

LONDRES - A editora do jornal mais vendido da Grã-Bretanha, o "Sun", foi detida nesta quinta-feira por supostamente agredir o seu marido, ator de uma das novelas mais populares do país, disse a polícia. Rebekah Wade, de 37 anos, editora do "Sun" desde 2003, foi detida depois de um suposto ataque contra o ator Ross Kemp, de 41 anos, da novela EastEnders. Os dois se casaram em Las Vegas em 2002. Depois de interrogatório na polícia, ela foi solta e não será indiciada. Uma porta-voz da polícia disse que agentes foram chamados para um endereço no sul de Londres por volta de 4h desta quinta-feira, após relatos de um incidente. - Uma mulher foi detida por supostamente agredir um homem - afirmou. Wade havia utilizado o jornal para lançar uma campanha contra a violência doméstica.

Fonte:

http://oglobo.globo.com/online/plantao/189026698.asp

O Globo aponta Banco do Brasil, Folha aponta VISANET

03/11/2005 - 14h34m
Serraglio revela que Banco do Brasil desviou dinheiro para o valerioduto
Globo Online

BRASÍLIA - Em entrevista à rádio CBN, o relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), revelou que o Banco do Brasil é a estatal a que ele se referiu mais cedo. Serraglio afirmara que os empréstimos do empresário Marcos Valério ao PT eram de fachada e que uma estatal desviou milhões de reais para as agências de publicidade de Valério. - Nós entendemos, e o Banco do Brasil confirma isso por meio de uma auditoria interna que ele procedeu, que pelo menos numa operação de R$ 10 milhões não está bem esclarecida. Coincidentemente, este é o valor do empréstimo à empresa do Marcos Valério - disse o relator.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/plantao/189029297.asp

Serraglio erra ao citar estatal e diz que Visanet abastecia empréstimos para o PT

03/11/2005 - 12h29
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

O relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), retificou a informação que havia dado anteriormente e afirmou que a empresa Visanet, que opera com o Banco do Brasil, teria feito repasses para o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. A empresa seria uma das fontes de Valério.Na manhã de hoje, o relator havia declarado que uma estatal, que é na realidade o Banco do Brasil, uma empresa de economia mista, abastecia o empréstimo do PT por meio de Marcos Valério com a finalidade de fazer caixa. No total, foram dois repasses: o primeiro de R$ 35 milhões e o segundo de R$ 23,3 milhões.A SMPB, de Marcos Valério, tem um contrato com o Banco do Brasil e a conta de publicidade inclui a conta Visanet. Serraglio irá conceder uma nova entrevista ainda hoje, às 16h, para esclarecer as informações.Pelo suposto esquema, a Visanet pagava Valério por serviços de publicidade "em valores injustificáveis", de acordo com o relator. O dinheiro era investido pelo empresário no Banco Rural e no BMG (Banco de Minas Gerais). Esse dinheiro, posteriormente, seria destinado ao PT por meio dos empréstimos anunciados pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e pelo próprio Valério."São empréstimos documentados como empréstimos, mas que têm duplo episódio duvidoso: num primeiro momento, o dinheiro foi despejado dentro do banco para repassar aos sacadores e num segundo momento o banco não cobra", afirmou Serraglio. "Não tem lógica. É um empréstimo de fachada, é para esquentar dinheiro", declarou.Na próxima semana, o sub-relator Gustavo Fruet (PSDB-PR) divulga um relatório parcial sobre os investimentos e as contas de Marcos Valério. O documento contestará definitivamente a versão dos empréstimos. No mês passado, Fruet já havia declarado que a contabilidade das empresas de Valério mostravam ser falso o esquema de empréstimos bancários.EsclarecimentosNa última terça-feira, Valério se reuniu com o presidente da CPI do Mensalão, Amir Lando (PMDB-RO), para prestar esclarecimentos sobre a contabilidade da agência SMPB.Valério teria passado informações sobre a entrada de recursos nas contas das empresas e como os repasses dos empréstimos feitos para o PT estavam discriminados na contabilidade.

Fonte:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u73671.shtml

O sujo falando do mal lavado!

03/11/2005 - 09h17
"Bush vai para terra dos foras-da-lei", diz "The Times"
da BBC Brasil

Bush vai para a terra dos foras-da-lei." Com este título, o jornal britânico "The Times" publica uma reportagem sobre a viagem do presidente norte-americano George W. Bush para a América do Sul para participar da 4ª Cúpula das Américas e visitar o Brasil.Para o diário britânico, o continente se transformou em outra dor de cabeça da política exterior americana depois do Iraque, pois a América do Sul, segundo o correspondente do "Times", Gerard Baker, é o continente onde George W. Bush é mais detestado, depois do mundo árabe.O correspondente do "The Times" afirma que os ventos na América do Sul são bem menos favoráveis aos Estados Unidos atualmente. Uma pesquisa do instituto de pesquisa chileno Latinobarômetro mostra que as impressões positivas a respeito dos norte-americanos caíram em todos os países da América do Sul desde que Bush assumiu a presidência há cinco anos.Segundo o "The Times", toda esta turbulência é uma ironia para Bush. O presidente americano promove, como principal objetivo de sua política exterior, a democracia.Mas, com exceção de Cuba, toda a América Latina agora tem regimes democráticos e as relações entre o governo americano e os líderes destes países são complexas e tensas, bem mais do que no tempo em que a América do Sul era governada por ditadores amigos dos Estados Unidos, completa o diário londrino.ProtestosO jornal americano "Washington Post" afirma que milhares de pessoas na América do Sul estão se preparando para mostrar ao presidente George W. Bush o que pensam a respeito de seu governo --e o quadro não será dos melhores.O Post descreve um protesto no Brasil, em que os manifestantes foram para a frente da Embaixada Americana portando cartazes que diziam que Bush era o "Inimigo Público Número Um".O jornal ouviu Peter Hakim, presidente do grupo Diálogo Inter-americano, segundo quem as relações entre as regiões chegaram ao ponto mais baixo desde o fim da Guerra Fria. "Elas estão tristes", disse Hakim ao jornal.

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u47757.shtml

Sensação de insegurança provoca pânico em túnel

02/11/2005 - 22h40m
O Globo

RIO - Um episódio ocorrido na quarta-feira entre os túneis Acústico e Zuzu Angel, no sentido São Conrado, pôde servir como um termômetro do medo da violência na Favela da Rocinha. Cinco homens com sacos plásticos pretos foram vistos próximos à entrada do Zuzu Angel. Avisado de que os homens poderiam estar armados para praticar um arrastão, o 23 BPM (Leblon) enviou uma equipe ao local, provocando uma cena que já se tornou rotineira: motoristas assustados freando os carros e alguns tentando dar marcha a ré, imaginando tratar-se de mais um tiroteio. Os homens foram detidos e alegaram que as facas e cordas que levavam nos sacos serviriam para pegar frutas numa jaqueira entre os túneis. Segundo o comandante do 23º BPM, tenente-coronel Carlos Norberto Mendes, eles foram levados para a 15ª DP (Gávea) e, depois de levantados seus antecedentes criminais e nada ter sido encontrado contra eles, foram liberados. A Favela da Rocinha teve um feriado de aparente tranqüilidade, depois de vários dias de tensão após a morte do traficante Erismar Rodrigues Moreira, o Bem-Te-Vi, na madrugada de sábado em ação policial. O policiamento estava reforçado na região, com cerca de 150 homens patrulhando as favelas da Rocinha e do Vidigal.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/rio/189025262.asp

Banco terá de instalar guarda-volume em agências com detector de metais

03/11/2005 - 09h23m
Luis Alfredo Dolci - Diário de S.Paulo

SÃO PAULO - Depois do limite de espera nas filas, outra lei prevê agora que os bancos terão que instalar guarda-volumes para os clientes. De acordo com a Lei nº 14.030/05, os bancos devem oferecer guarda-volumes em todas as agências em que há detector de metais. O principal objetivo é evitar o constrangimento dos clientes, que são obrigados a mostrar o que carregam antes de passar pelas portas giratórias. O equipamento precisará ser instalado antes dessas portas, na entrada das agências. Os bancos terão que fornecer chaves individuais aos clientes enquanto eles estiverem no interior da agência, para que seus pertences fiquem guardados. O número de guarda-volumes será determinado de acordo com o fluxo de pessoas na agência. Quem descumprir a lei estará sujeito à multa diária de R$ 1 mil. A lei foi publicada em 22 de julho e os bancos tiveram 90 dias para se adaptar. A previsão é de que a obrigatoriedade do guarda-volumes entre em vigor a partir deste mês. Porém, segundo a Secretaria Municipal de Governo, ainda é necessário um decreto que regulamente a lei. - O guarda-volumes nas agências vai garantir a segurança do estabelecimento e a privacidade dos clientes - afirma o autor da lei, vereador Antonio Goulart. Apesar de a lei ainda não estar valendo, os bancos já admitem recorrer à Justiça contra a obrigatoriedade do guarda-volumes nas mais de mil agências da capital. A justificativa é que não haveria espaço para a instalação do equipamento em alguns locais. No caso da lei das filas, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) já contestou 12 leis de municípios, similares à de São Paulo, no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e outras oito no Supremo Tribunal Federal (STF), que já se manifestou a favor das leis que fixam tempo de espera no atendimento bancário. Apesar da contestação na Justiça, os bancos querem novos critérios para fixar o tempo de espera: 30 minutos do dia 1º ao dia 10 de cada mês e 15 minutos nos demais dias. Também está em estudo a contratação de aposentados e universitários para o atendimento nestas datas, com jornada de trabalho de quatro horas diárias.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/plantao/189026551.asp

Maluf de bem com a vida em Campos do Jordão




SÃO PAULO.

Doze dias depois de sair da prisão graças a uma decisão do Supremo Tribunal Federal considerando frágil seu estado de saúde e alegando motivos humanitários para libertá-lo, o ex-prefeito paulistano Paulo Maluf teve um dia de lazer ontem em Campos do Jordão, a 167 quilômetros de São Paulo. Bebeu cerveja, comeu pastéis e se mostrou descontraído e bem-humorado. Maluf passou 40 dias preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em São Paulo. Solto graças a uma decisão do ministro Carlos Velloso, ele tem procurado voltar à sua rotina e aproveitou esta semana para descansar no interior. Maluf e seu filho Flávio foram presos sob acusação de coagir o doleiro Vivaldo Alves, o Birigüi, durante a operação Hércules da Polícia Federal, que investigou a movimentação de US$ 161 milhões nos Estados Unidos. O dinheiro seria de Maluf, que nega ser o beneficiário da conta. Maluf e seu filho Flávio respondem a processo na Justiça Federal por crime contra o sistema financeiro nacional, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção. Ontem, Maluf esteve na pastelaria Pastelão 46, que fica no bairro Capivari. Almoçou e, segundo a balconista que o atendeu, o ex-prefeito pediu um pastel de carne com ovo (R$ 6) e bebeu uma latinha de cerveja (R$ 3). De acordo com a funcionária, Maluf deixou uma gorjeta de R$ 11. O ex-prefeito reclamou muito, durante o período em que ficou preso, de dores no estômago. Maluf chegou a deixar a custódia da PF para fazer exames no Hospital das Clínicas em função de dores estomacais. Segundo o médico gastroenterologista, Sérgio Nahas, que atendeu Maluf quando ele ainda estava preso, o ex-prefeito tem gastrite. Ao deixar a pastelaria, Maluf seguiu para sua casa, uma mansão ao lado do Palácio do Governo, residência oficial de inverno do governador do estado na cidade. Um flanelinha apontado por taxistas como responsável pelo veículo de Maluf enquanto o ex-prefeito almoçava, disse que ganhou R$ 20 para tomar conta do carro. O flanelinha disse que Maluf estava barbeado e parecia descontraído. Taxistas e lojistas que trabalham perto do centro de Capivari afirmaram que Maluf tem passeado pela cidade acompanhado da esposa, Sylvia Maluf, e de seguranças. A rotina dele na cidade é parecida com a de ontem. Maluf sai para almoçar, anda pelo centro de Capivari e retorna à sua residência. De acordo com um funcionário que trabalha na casa de Maluf, o ex-prefeito só deverá retornar à capital na próxima segunda-feira.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/jornal/pais/189016702.asp

Planalto confirma participação de Lula no 'Roda Viva'

01/11/2005 - 19h53m
Cristiane Jungblut - O Globo

BRASÍLIA - O Palácio do Planalto confirmou no início da noite que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará do programa "Roda Viva", da TV Cultura, na próxima segunda-feira. Segundo assessores, o programa será gravado, e não ao vivo. Apesar de Lula ter compromissos em São Paulo na segunda-feira à noite, o Planalto ainda não informou se a gravação será feita em Brasília ou em São Paulo. A idéia inicial é que Lula conceda a entrevista em Brasília. O convite foi aceito pelo presidente na noite de segunda, depois de uma conversa com o diretor do programa, o jornalista Paulo Markun. De acordo com a emissora, o programa será gravado na segunda à tarde no gabinete de Lula, em Brasília, e vai ao ar no mesmo dia a partir das 22h30m. Como será uma entrevista comemorativa do milésimo programa, a entrevista será feita por Markun e outros jornalistas que já apresentaram o "Roda Viva", como Augusto Nunes e Rodolfo Konder.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/plantao/189012065.asp

Ciganos eslovacos vivem em 'favelas geladas'

Carolina Glycerio
Enviada especial a Presov

Crianças com roupas puídas vagam em meio a centenas de barracos de madeira, que se amontoam à beira do rio. O cenário de desamparo lembra algumas das mais miseráveis favelas brasileiras, mas a temperatura está abaixo de zero, e neva em plena primavera.
Cerca de 2 mil pessoas vivem no assentamento de Jarovnce, no leste da Eslováquia, e fazem parte da comunidade de 400 mil ciganos que vivem no país.
Os ciganos são a parcela mais pobre da sociedade eslovaca – uma das mais pobres que estão entrando na nova União Européia a partir do dia 1 de maio.
Faltam estatísticas oficiais que expressem a situação dos ciganos porque a lei eslovaca impede a discriminação de dados por origem étnica, mas a pobreza vivida em assentamentos como o de Jarovnce é desconhecida pelos outros cinco milhões de eslovacos.
Famílias extensas
A maioria dos ciganos mora na região mais pobre do país, onde o poder de consumo é um terço da média da capital eslovaca, Bratislava.
Boa parte deles depende de benefícios sociais, divididos entre os vários membros da família, tradicionalmente extensa na cultura romani.
"Nós estamos vivendo na pobreza. Não temos emprego, não temos renda, às vezes não temos dinheiro para pagar o aluguel", diz um cigano que preferiu não se identificar.
Autoridades e ativistas concordam que não há como melhorar a situação dos cigano sem diminuir o desemprego entre a comunidade, que é especialmente afetada num país no qual da 17% da população ativa está sem trabalho.
Discriminação
A maioria carece de nível educacional ou qualificação profissional, mas ativistas dizem que o desemprego entre os ciganos não seria tão alto se não houvesse discriminação.
"É muito difícil conseguir um emprego não só para cigano, como também para os que não são ciganos. Se o empregador tiver que escolher um não-cigano qualificado e um cigano não qualificado, ele vai escolher o não-cigano. Se houver a mesma escolha entre desqualificados, ele também escolheria o eslovaco", afirma Erika Godlova, consultora de projetos culturais da cidade de Presov.
Ela própria uma cigana, Erika é uma exceção na comunidade. Com formação acadêmica e fluente em quatro línguas, ela é a única cigana da estrutura de 100 pessoas em que trabalha.
Apesar disso, ela conta que demorou meses até conseguir fazer o trabalho para o qual foi contratada, porque lhe mandavam fazer tarefas como servir café e fazer compras. "As pessoas tinham medo de que eu fosse estragar tudo."
"Eles (eslovacos) não acham que os ciganos são capazes de trabalhar, não acham que os ciganos querem trabalhar. A opinião geral na sociedade é que ciganos só querem ficar em casa, viver de benefícios sociais, ter muitas crianças para que o Estado lhes pague pensão."
De fato, não é difícil encontrar eslovacos que declarem abertamente o seu preconceito contra a minoria.
Tensão
"Eles não mudam de vida porque não querem e esta sociedade não é feita para quem não quer mudar", diz Kristina Rebrova, uma estudante de 20 anos, de Bratislava.
A tensão entre eslovacos e ciganos chegou ao auge no início deste ano, logo após um corte nos benefícios sociais, que atingiu os ciganos em cheio. A decisão causou revolta entre a comunidade e grupo iniciou uma onda de saques a lojas e supermercados – reprimidos com tropas do Exército.
"Eles estão roubando os nossos supermercados porque o governo cortou os benefícios deles, mas eu não acho que a solução seja dar esse dinheiro para eles. Não é justo que eles não façam nada e recebam o dinheiro que os meus pais trabalharam para ganhar", diz Kristina.
Michal Sebesta, assistente da Plenipotenciária para os ciganos no governo eslovaco, diz que o sistema anterior de benefícios, criado durante a transição do comunismo para o capitalismo, era "insustentável" a longo prazo. O sistema beneficiava e, mesmo depois de reformado, ainda beneficia tanto ciganos quanto eslovacos.
Segundo Sebesta, que é eslovaco, as diferenças entre a maioria da população e os ciganos são uma combinação do que aconteceu no comunismo com o período econômico difícil pelo qual o país passou na transição para o capitalismo.
"Durante o comunismo, a comunidade cigana estava perdendo as suas origens, mas, por outro lado, o Estado estava lhe dando determinados padrões sociais. Durante a transição, eles podiam reivindicar as suas origens e passaram a contribuir para a sociedade, mas, por outro lado, perderam os seus trabalhos e as diferenças entre a minoria cigana e a maioria eslovaca foram aumentando."
O alto desemprego entre os ciganos, os primeiros a perderem os seus trabalhos na transição, e o fato decorrente de receberem benefícios sociais agravaram o preconceito, que já existia, embora mais disfarçado, no comunismo. Por outro lado, diz Sebesta, a exclusão afetou a cultura de trabalho dos ciganos.
"Crianças de 12 anos nunca viram os seus pais trabalhar", diz.
Ele diz que os assentamentos como de Jarovnce "são o problema mais difícil" na estratégia de integração da comunidade.
"As pessoas têm problema de moradia, de emprego e, além disso, problemas com a população eslovaca. E todos esses problemas estão interligados. Se há dez pessoas vivendo em uma casa, a criança não consegue fazer a lição de casa, tem problemas na escola e, por consequência, enfrenta dificuldades para obter um emprego no futuro. É por isso que nós temos que enfrentar esses problemas ao mesmo tempo."
O problema é que nem governo nem ativistas parecem saber muito bem como.

Fonte:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2004/04/040426_ueromacg.shtml

Estômago denuncia mentirosos, diz pesquisa nos EUA

Detector de mentiras que mede alterações estomacais é mais preciso
Cientistas nos Estados Unidos disseram que é possível detectar se uma pessoa está mentido escutando o estômago.


A técnica parece ser um método mais eficiente que os atuais testes de polígrafo, que medem o ritmo cardíaco e a sudorese e têm cerca de 80% a 90% de precisão.
Pankaj Pasricha e sua equipe apresentaram os resultados de um estudo com 16 pessoas da Universidade do Texas num encontro gastroenterologistas.
Eles explicaram que o teste que desenvolveram, chamado de eletrogastrograma (EGG), é capaz de revelar com clareza quando alguém está mentindo.
Os 16 voluntários foram submetidos ao mesmo tempo ao EGG e a um eletrocardiograma. Ambos os testes são feitos por meio de eletrodos grudados na pele.
Os pesquisadores perceberam que tanto mentiras quanto respostas verdadeiras provocam alterações no eletrocardiograma.
Já no caso do eletrogastrograma, só havia alterações significativas quando os voluntários contavam uma mentira.
"É preciso fazer mais pesquisas em situações da vida real e utilizando um número maior de pessoas para validar esses resultados", disseram os autores do estudo.
Eles acrescentaram que o EGG pode ser usado como um instrumento adicional do teste do polígrafo, melhorando a precisão dos detectores de mentiras já existentes.

Fonte:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2005/11/051101_estomagoms.shtml

Jovens advogadas britânicas sofrem assédio sexual

02/11/2005 - 17h06m
O Globo

LONDRES -Estagiárias de direito estão sendo coagidas a aceitar avanços sexuais de advogados para conseguirem empregos, revela um relatório que avaliou a situação em firmas de advocacia na capital britânica. Num caso, uma advogada de 24 anos ouviu de seu superior que a menos que saísse com ele não seria contratada, conta o jornal "Independent". Uma outra soube que só ganharia o treinamento que pedira se sentasse no colo do chefe.Uma linha telefônica criada para ouvir queixas de jovens advogados também recebeu outros tipos de reclamações, como a pressão para realizar tarefas extras, como limpar os banheiros, estacionar carros ou passar o dia tirando cópias de documentos ou atendendo o telefone na recepção. Os casos fazem parte de um relatório do Grupo de Advogados Trainees, que mostra um cenário de abuso e exploração de jovens advogados londrinos, especialmente mulheres.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/plantao/189019443.asp

01 novembro, 2005

Câmara de SP aprova criação do bilhete único para crianças

01/11/2005 - 08h21m
Diário de S.Paulo

SÃO PAULO - Os vereadores de São Paulo aprovaram na semana passada, em segunda e última votação, o projeto de lei que cria o bilhete único infantil. Hoje, crianças de até seis anos não pagam passagem, mas precisam pular a catraca ou passar por baixo dela. Com o ônibus em movimento, muitas vezes a criança tem dificuldade em ultrapassá-la. O projeto prevê a criação de um cartão eletrônico que libere a catraca para que crianças de dois a seis anos passem sem pagar a tarifa. O projeto vai agora para a análise do prefeito José Serra (PSDB), que pode sancioná-lo ou vetá-lo. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, a Câmara ainda não enviou a carta de lei para apreciação do prefeito. A assessoria informa que a administração só pode se manifestar sobre o projeto depois de verificar seu conteúdo. A proposta, segundo o vereador Tião Farias (PSDB), autor do projeto, tem como objetivo dar mais conforto às crianças e a seus pais. Segundo dados do IBGE de 2001, existem 1,2 milhão de crianças na capital de zero a seis anos. Pelos dados escolares municipais, 404.265 crianças de escolas infantis e creches seriam potenciais beneficiárias do bilhete único infantil.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/plantao/189005528.asp

SP dá recibo de desconto no IR para evitar esmolas nas ruas

01/11/2005 - 07h57m
Ana Paiva - Diário de S.Paulo

SÃO PAULO - Com objetivo de acabar com as esmolas nas ruas da capital, a Prefeitura de São Paulo lançou nesta segunda-feira um programa que prevê incentivos fiscais para doações no Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (Fumcad). O desconto no Imposto de Renda será de 1% para as pessoas jurídicas e de 6% às físicas que tiverem recibos de depósitos na conta do fundo. Denominada "Dê mais que esmola. Dê Futuro", a ação pretende acabar com a prática, que é comum nos semáforos. A meta da Prefeitura de São Paulo é retirar 3 mil crianças e adolescentes que trabalham diariamente em 180 cruzamentos da cidade. A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) está oferecendo uma conta no Banco do Brasil - agência 1897-x / c/c 5738-x - para os depósitos. Os doadores também poderão escolher as entidades credenciadas pela Prefeitura que deverão receber os recursos. - Queremos pedir dinheiro para os empresários e mostrar ao público que a esmola não ajuda - disse o secretário municipal de Assistência Social, Floriano Pesaro. - O Fundo tem uma vantagem. Em vez de mandar dinheiro do Imposto de Renda para o governo federal, o contribuinte deixa na cidade de São Paulo para que seja gasto com programas para nossas crianças - disse Pesaro. A Prefeitura confeccionou 50 mil folhetos, 500 mil adesivos e mil camisetas para divulgar a campanha. A Secretaria também pretende fazer chamadas na televisão e no rádio, mas vai tentar verbas com o empresariado para pagar a propaganda. O projeto piloto do programa "São Paulo Protege suas Crianças" foi lançado em junho em São Mateus, zona leste. Segundo balanço a Secretaria, o projeto conseguiu tirar das ruas 171 das 400 crianças que trabalham nos semáforos do bairro. Com a ampliação do programa, a Prefeitura pretende colocar mais 334 agentes sociais nas ruas para o atendimento às crianças. Hoje são 64. De acordo com Pesaro, eles farão o trabalho de abordagem uniformizados para que sejam reconhecidos como agentes sociais. A Prefeitura também pretende aumentar de 60 mil para 500 mil o número de crianças e adolescentes atendidas em Núcleos Socioeducativos (NSE) e criar mais oito Centros de Referência até junho de 2006. Três já foram inaugurados: Pinheiros, Ipiranga e São Miguel.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/plantao/189005517.asp

Comentário:

A questão de se dar DINHEIRO, eu concordo plenamente, pois minha avó já me dizia isto também. É preferível ajudar uma instituição SÉRIA. Quanto a questão de NÃO se dar NADA, eu já não concordo, pois temos que pelo menos dar CARINHO, que pode ser num gesto de dar balas, balões de soprar, criança é sempre criança, não gosta de receber NÃO, igual os adultos.

Febre maculosa: superintendente de vigilância sanitária tem morte cerebral

31/10/2005 - 20h38m
Globo Online

RIO - O superintendente da Vigilância Sanitária municipal, Fernando Villas Boas Filho, internado com suspeita de febre maculosa, teve morte cerebral nesta segunda-feira. Ele estava internado na UTI do Hospital Quinta D'Or, em São Cristóvão. Segundo o diretor do hospital, Rodrigo Gavina, o quadro neurológico do paciente piorou nas últimas 36 horas.Esta é a segunda morte possivelmente causada pela doença. Um professor aposentado de 62 anos está internado no CTI do Hospital São Lucas, em Copacabana e é o terceiro caso suspeito. O jornalista Roberto Moura, que também teria contraído a doença, morreu na quinta-feira. Os três estiveram hospedados nos últimos 15 dias na pousada Capim Limão, em Itaipava, que foi interditada preventivamente pela Vigilância Sanitária da Prefeitura de Petrópolis. Os 12 hóspedes que ainda permaneciam no local tiveram que sair no domingo. O estabelecimento ficará fechado até o fim das investigações sobre a possível infestação na vizinhança de carrapatos-estrela, ou micuins, infectados pela bactéria Rickettisia rickettsii, que transmitem a febre maculosa. Especialistas da Fiocruz e técnicos da Vigilância Sanitária do Estado do Rio de Janeiro fizeram, nesta segunda-feira, uma nova vistoria na pousada. A transmissão ocorre quando o carrapato infectado com a bactéria Rickettsia rickettsii pica o homem durante pelo menos quatro horas. Os sintomas aparecem em média sete dias depois: manchas avermelhadas, dores no corpo, vômitos e febre com calafrios. O paciente deve ser medicado em, no máximo, cinco dias. Segundo a Fiocruz, em 2002, duas pessoas morreram com febre maculosa em Barra de Piraí, no sul do estado. A infectologista Elba Lemos disse que quem tiver febre depois de contato com carrapato deve procurar um médico. - O antibiótico existe e é barato. Quando se trata a febre maculosa, ninguém morre. O problema é quando não se pensa na doença e se demora a fazer o tratamento, porque, então, passa a ser fatal. Não tem como reverter - explicou Elba. Os sintomas da doença são febre, manchas e dores no corpo. A Secretaria de Saúde de Petrópolis colocou o telefone (0XX24) 2221-6262 à disposição do público para o esclarecimento de dúvidas.

Fonte:

http://oglobo.globo.com/online/rio/188998833.asp

Quem não deve, não Teme(r)

31/10/2005 - 19h11m
Arthur Virgílio denuncia supostas ameaças à sua família
Agência Senado

BRASÍLIA - O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), pediu providências à Mesa do Senado para que sejam investigadas ameaças contra sua família. Ele disse que um ex-policial estaria investigando sua vida em Manaus. Virgílio manifestou a suspeita de que o investigador tenha sido contratado pelo PT e comentou existirem notícias de que ele receberia R$ 100 mil pelo trabalho. Segundo Arthur Virgílio, a revelação partiu do deputado federal amazonense Pauderney Avelino (PFL) e de um sindicalista da Força Sindical. Presidindo a Mesa, o senador Tião Viana (PT-AC) garantiu que encaminhará o pedido do senador ao Ministério da Justiça.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/plantao/189000213.asp

Comentário:

Simples e objetivo: Quem não deve não teme, não Sr. Senador? Ou será que tem algo de podre no reino do Amazonas?

Assessor de Bush revela identidade de agente secreta americana

31/10/2005 - 09h34m
Diplomata conta que revelação destruiu carreira da mulher na CIA
Reuters

WASHINGTON - A carreira de quase duas décadas de Valerie Plame na CIA (agência secreta dos EUA) e a vida secreta que criou para esconder isso foram destruídas quando sua identidade foi revelada por um colunista de jornal, disse seu marido, Joe Wilson, em entrevista ao programa "60 Minutes", da CBS, transmitida no domingo. Wilson, ex-diplomata de carreira, contou que Plame, de 42 anos, ficou chocada quando viu o nome publicado pela coluna de Robert Novak. "Ela sentiu como se tivesse sido atingida no estômago", afirmou Wilson. "Quando ele publicou o nome ficou muito fácil revelar tudo sobre ela, toda a sua cobertura", acrescentou. Perguntado se ela percebeu que sua carreira como agente secreta da CIA havia terminado, Wilson disse: "Claro. Não havia dúvidas". Wilson alega que a identidade da mulher foi revelada deliberadamente pelo governo Bush por vingança devido à posição de desafio dele à inteligência americana antes da guerra no Iraque. Lewis Libby, ex-chefe de gabinete do vice-presidente Dick Cheney, foi indiciado na sexta-feira por obstrução da justiça e perjúrio em conseqüência da investigação de dois anos sobre quem foi responsável pelo vazamento da identidade de Plame. A CIA recusou-se a comentar, dizendo que o processo legal ainda está correndo. Antes da revelação, a identidade de Plame era mantida em segredo. Amigos e até mesmo parentes não sabiam sobre o seu trabalho, disse Wilson ao "60 Minutes". "No dia em que apareceu o artigo do senhor Novak, minha cunhada virou para o meu irmão e perguntou 'Você acha que Joe sabia?'. Então, nem mesmo meu irmão ou minha cunhada nem ninguém da minha família direta sabia", contou Wilson. O ex-agente da CIA Jim Marcinkowski, que agora é procurador municipal em Royal Oak, em Michigan, disse ao programa que a exposição do nome de Plame é "escandalosa". "Gente da CIA não gosta de câmeras. Não gostamos de publicidade. Operamos nos bastidores tanto quanto for possível. Então ela ficou em uma posição muito, muito desconfortável", observou Marcinkowski, que treinou com Plame na CIA. O jornal "Washington Post" publicou uma reportagem dizendo que Plame, filha de um coronel da Força Aérea e de uma professora, foi recrutada pela CIA quando tinha 22 anos, pouco depois de se formar pela Universidade do Estado da Pensilvânia. Ela foi treinada em uma sede da CIA conhecida como "A Fazenda", perto de Williamsburg, na Virgínia, e estava na turma de oficiais de 1985-86.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/online/mundo/188994499.asp