01 novembro, 2005

Febre maculosa: superintendente de vigilância sanitária tem morte cerebral

31/10/2005 - 20h38m
Globo Online

RIO - O superintendente da Vigilância Sanitária municipal, Fernando Villas Boas Filho, internado com suspeita de febre maculosa, teve morte cerebral nesta segunda-feira. Ele estava internado na UTI do Hospital Quinta D'Or, em São Cristóvão. Segundo o diretor do hospital, Rodrigo Gavina, o quadro neurológico do paciente piorou nas últimas 36 horas.Esta é a segunda morte possivelmente causada pela doença. Um professor aposentado de 62 anos está internado no CTI do Hospital São Lucas, em Copacabana e é o terceiro caso suspeito. O jornalista Roberto Moura, que também teria contraído a doença, morreu na quinta-feira. Os três estiveram hospedados nos últimos 15 dias na pousada Capim Limão, em Itaipava, que foi interditada preventivamente pela Vigilância Sanitária da Prefeitura de Petrópolis. Os 12 hóspedes que ainda permaneciam no local tiveram que sair no domingo. O estabelecimento ficará fechado até o fim das investigações sobre a possível infestação na vizinhança de carrapatos-estrela, ou micuins, infectados pela bactéria Rickettisia rickettsii, que transmitem a febre maculosa. Especialistas da Fiocruz e técnicos da Vigilância Sanitária do Estado do Rio de Janeiro fizeram, nesta segunda-feira, uma nova vistoria na pousada. A transmissão ocorre quando o carrapato infectado com a bactéria Rickettsia rickettsii pica o homem durante pelo menos quatro horas. Os sintomas aparecem em média sete dias depois: manchas avermelhadas, dores no corpo, vômitos e febre com calafrios. O paciente deve ser medicado em, no máximo, cinco dias. Segundo a Fiocruz, em 2002, duas pessoas morreram com febre maculosa em Barra de Piraí, no sul do estado. A infectologista Elba Lemos disse que quem tiver febre depois de contato com carrapato deve procurar um médico. - O antibiótico existe e é barato. Quando se trata a febre maculosa, ninguém morre. O problema é quando não se pensa na doença e se demora a fazer o tratamento, porque, então, passa a ser fatal. Não tem como reverter - explicou Elba. Os sintomas da doença são febre, manchas e dores no corpo. A Secretaria de Saúde de Petrópolis colocou o telefone (0XX24) 2221-6262 à disposição do público para o esclarecimento de dúvidas.

Fonte:

http://oglobo.globo.com/online/rio/188998833.asp

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